quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A CHAVE DA NOSSA FELICIDADE Lc 16,9-15 - 08.11.2014


HOMILIA

Jesus continua nos ensinando a como usar das coisas do mundo tendo como motivação as coisas do alto. Não podemos separar as duas realidades. Temos que viver aqui com o sentido naquilo que viveremos depois. Uma coisa não dispensa a outra. O verdadeiro bem é a vida eterna, prometida àqueles que viverem bem, isto é, com fidelidade, a vida terrena. Só o Senhor conhece profundamente as intenções do nosso coração e pode ajuizar as nossas ações com justiça e equidade. Enquanto aqui estamos, nós precisamos do dinheiro “injusto” para sobreviver.
O dinheiro injusto é o dinheiro que compra as coisas passageiras, mas que não serve para nos comprar o céu. O modo como nós ganhamos esse dinheiro e como nós o usamos, só poderá ser avaliado por Deus, que sonda os nossos corações e conhece a nossa verdade. No entanto, nós podemos, conscientemente, também fazer uma reflexão dos nossos sentimentos e intenções quando praticamos as nossas ações tendo em vista o objetivo para o qual nós vivemos. Dependendo do modo como nós usamos o dinheiro injusto que nós ganhamos, ele poderá se converter em boas obras as quais se transformarão em riquezas que nos esperarão no céu. Jesus fala em fidelidade no pouco e no muito. Ser fiel no pouco é ser leal a Deus com relação à Sua providência na nossa vida, empregar bem o dinheiro que Ele nos propicia ganhar.
A chave da nossa felicidade aqui na terra está na maneira como nós nos relacionamos uns com os outros bem como na reciprocidade com que cultivamos o amor, mandamento maior da lei de Deus. Tudo o mais, os nossos bens materiais, a nossa bagagem intelectual e todas as coisas que nós adquirimos pelo trabalho, honesto, ou desonesto, com esforço ou sem empenho, são apenas instrumentos que dispomos para desenvolver entre nós a vivência do amor.
Nas nossas pequenas ações diárias nós já demonstramos amor ou desamor. Às vezes, nós pensamos que seremos julgados apenas pelas grandes “coisas” que fazemos, no entanto, para Deus não importa o que nós realizamos, mas, o caráter com que nós fazemos essas “coisas”. “O que é importante para os homens é detestável para Deus”, diz-nos Jesus. Desse modo, vejamos, se o que tem sido “tão importante” para nós, é abominável para Deus, porque ainda é tempo de conversão.
Todo homem, consciente ou inconsciente, tem na vida um valor fundamental, um absoluto que determina toda a sua forma de ser e viver. Qual é o absoluto: Deus ou as riquezas? Deus leva o homem à liberdade e à vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são resultado da opressão e da exploração, levando o homem à escravidão e à morte. È preciso escolher a qual dos dois queremos servir.
Você está usando o dinheiro que ganha, com justiça, ou você o tem usado só para comprar as coisas do mundo?- Os bens que você amealha o ajudam a adquirir um tesouro no céu? – Em que você tem investido o seu dinheiro injusto? – Você o esbanja com coisas supérfluas? – Você tem ajudado as pessoas que estão precisando, porque passam necessidade?
Pai, meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha felicidade.
Fonte padre BANTU SAYLA

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