sexta-feira, 30 de junho de 2023

Homilia Diária - 05.07.2023

 O QUE QUERES DE NÓS, VIESTE PARA NOS PERDER? Mt 8,28-34


HOMILIA


A Bíblia descreve pelo menos 39 milagres que Jesus realizou durante o Seu Ministério Público, e vários outros milagres com ele, são descritos, como seu nascimento, Transfiguração, Ressurreição e Ascensão. Esta apresentação dá uma sequência cronológica dos Milagres, tal como foi apresentado nos quatro Evangelhos. Cada evento inclui a referência adequada escritural. Além disso, a localização dos eventos é indicada, para melhor seguir as viagens do Senhor, enquanto Ele estava na Terra.


Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento. Esses demônios faziam o homem escravo e os levavam a viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e se ferirem.


O endemoniado sabe da origem, do poder e da ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso O pergunta: Filho de Deus, o que o Senhor quer de nós? O Senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o Senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!


Em duas palavras: Pois vão! Jesus responde e Suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos. Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido a expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo. É que eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna.


E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Ele. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna, na pessoa de Jesus entre nós, cantemos a Deus um hino de louvor e de ação de graças!


Gritarmos, como aqueles dois homens o que o Senhor quer de nós? Só que sem desespero, porque Ele não veio para nos perder, mas para nos ganhar eternamente. Seu projeto é de vida eterna.


Pai coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Homilia Diária - 04.07.2023

 JESUS ACALMA O VENTO E AS ONDAS DA SUA VIDA Mt 8,23-27


HOMILIA


Jesus estava atravessando o lago da Galiléia, saindo de Carfanaum e indo para Gadara. Ele dormia, estava cansado, porque naquele mesmo dia havia curado muitos enfermos. A tempestade era típica daquela região. Os pescadores entraram em desespero assim que a tempestade começou, acordaram Jesus e Ele fez o mar se acalmar. Muitas vezes somos como os discípulos, no meio de muitas provações esqueceram quem estava com eles, guiando o seu barco e a sua vida!


Assim como eles, muitas vezes também eu e você vemos que durante a nossa caminhada cristã enfrentamos diversas provações. Em 2 Co 14,17 Paulo afirma: “Pois nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais que todos eles”.


Deus opera em nossa vida, para desenvolver o nosso caráter, nos moldar e aperfeiçoar. Por mais que você peque, erre feio, Ele nunca vai desistir de você. Jesus veio para morrer pela sua vida, seus pecados, e hoje você pode comemorar isso com Ele, em uma caminhada íntima.


Durante o nosso dia-a-dia, enfrentamos diversas provações todo o tempo, essas dificuldades nos forçam a olhar para Deus e a depender Dele em vez de confiar em nós mesmos. Não importa o tamanho da sua “onda”, do seu problema ou da sua provação, Deus vai estar lá para ajudar você a enfrentá-la.


Jesus estava dormindo e os discípulos acharam que pelo fato Dele está dormindo, eles iriam perecer, morrer na tempestade. Eles estavam estranhando a calma de Jesus, o Seu silêncio, durante toda a tempestade. Mas Ele não iria deixar de agir! Deus age, por mais que para você Ele esteja parecendo em silêncio! Em Is. 8:17 diz: “Ele se escondeu do seu povo, mas eu confio Nele e Nele ponho minha esperança”. Devemos amá-lo durante todo tempo! Por mais que Ele pareça distante! Devemos confiar e entregar os nossos planos nas mãos Dele. Precisamos dizer: “Senhor que os Teus planos, sejam o objetivo da minha vida”; “Eu preciso diminuir para que somente Tu cresça dentro de mim”. Esse “distanciamento” ou “silêncio” de Deus, está relacionado a maturidade da sua amizade com Ele. Então, você pode se perguntar: “Senhor qual o meu problema?” O Seu problema?! Você pára para pensar, e analisar, talvez, você esteja pegando a onda errada, tomando um rumo que não vai de acordo com os planos de Deus na sua vida, como por exemplo, a onda do mundo, buscando coisas erradas, que magoam o coração de Deus! Então, Ele se cala para você refletir sobre suas atitudes, e voltar a buscá-lo verdadeiramente.


Não procure somente uma experiência com Deus, busque a Ele acima de tudo! Ele quer que você confie Nele. A fé agrada a Deus! Diga a Deus como você está se sentindo. Confie que Deus cumprirá Suas promessas. Não esqueça que Jesus desistiu de todas as coisas para que você pudesse ter todas as coisas. Ele morreu para que você tivesse vida e vida em abundância! E pudesse ter a oportunidade de fazer coisas que você gosta, seja surfar, jogar, correr… E esse já é um bom motivo, motivo suficiente para o seu agradecimento contínuo, e uma vida de louvor e consagração! Deus sabe como você se sente! Ele está decidido a acalmar as tempestades, os ventos e as ondas que assolam e abalam a barca da tua vida, da tua casa e de toda a tua família. Veja o que está escrito em Hb. 13,5: “Deus mesmo disse: Nunca os deixarei e jamais os abandonarei”. Portanto, coragem! Alegra-se! Ele está com você, entregue tudo nas mãos Dele, seus sonhos e planos… Espere com paciência no nosso Senhor que Ele agirá em seu favor!


Pai põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Homilia Diária - 03.07.2023

 JESUS E TOMÉ Jo 20,24-29


HOMILIA


Este Evangelho nos chama atenção pela falta de fé do discípulo Tomé que por tanto tempo acompanhou Jesus, que conviveu lado a lado, que partilhou dos mesmos ideais do Mestre.


Ora, pois, bem! Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Só este discípulo estava ausente; e, ao voltar e ouvir contar o que acontecera, negou-se a acreditar no que ouvia. Veio outra vez o Senhor e apresentou ao discípulo incrédulo o seu lado para que lhe pudesse tocar, mostrou-lhe as mãos e, mostrando-lhe também a cicatriz das suas chagas, curou a ferida daquela incredulidade. Que pensais, irmãos caríssimos, de tudo isto? Julgais porventura ter acontecido por acaso que aquele discípulo estivesse ausente naquela ocasião, que ao voltar ouvisse contar, que ao ouvir duvidasse que ao duvidar tocasse e que ao tocar acreditasse?


Tudo isto não aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina. A bondade de Deus atuou de modo admirável, a fim de que aquele discípulo que duvidara, ao tocar as feridas do corpo do seu Mestre curasse as feridas da nossa incredulidade. Mais proveitosa foi para a nossa fé a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos que não duvidaram; porque, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde tocar, a nossa alma põe de parte toda a dúvida e confirma-se na fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e tocou, tornou-se testemunha da realidade da ressurreição. Tocou e exclamou: Meu Senhor e meu Deus. Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, acreditaste.


A incredulidade de Tomé chocou até mesmo os outros discípulos. Mas entenderam a atitude do amigo, afinal nem eles mesmos haviam acreditado que Cristo iria ressuscitar ao terceiro dia, apesar de terem presenciado a ressurreição de Lázaro após quatro dias de morto. Como não teria poder para ressuscitar a Si mesmo para a Glória de Deus?


Jesus, com sua bondade infinita, pediu a Tomé que tocasse em suas chagas, mas não foi preciso, alí mesmo Ele reconheceu o poder imenso do Filho de Deus, que desceu à mansão dos mortos e veio a ressuscitar para também nos ressuscitar das trevas.


Como o apóstolo Paulo diz: A fé é o fundamento dos bens que se esperam, a prova das realidades que não se vêem, torna-se claro que a fé é a prova da verdade daquelas coisas que não podemos ver. Pois aquilo que se vê já não é objeto de fé, mas de conhecimento direto. Então, se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: Meu Senhor e meu Deus. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.


A falta de fé muitas vezes nos deixa cegos para o amor, nos deixa cegos para reconhecer Jesus como o verdadeiro Messias e Salvador, a falta de fé nos deixa cegos para reconhecer em cada irmão necessitado a presença viva de Jesus, a falta de fé nos deixa cegos para amar o próximo, a falta de fé nos deixa cegos para crer que a PAIXÃO, MORTE e RESSURREIÇÃO de Jesus foi em nome de toda a humanidade.


Muita alegria nos dá o que se segue: Felizes os que não viram e acreditaram. Por esta frase, não há dúvida que somos nós especialmente visados, pois não O vimos em sua carne, mas possuímo-l’O no nosso espírito. Somos nós visados, desde que as obras acompanhem a nossa fé. Na verdade só acredita verdadeiramente aquele que procede segundo a fé que professa. Pelo contrário, daqueles que têm fé apenas de palavras, diz São Paulo: Professam conhecer a Deus, mas negam-n’O por obras. A este respeito diz São Tiago: A fé sem obras é morta!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia

terça-feira, 27 de junho de 2023

Homilia Diária - 02.07.2023

 A AFIRMAÇÃO DE PEDRO Mt 16,13-19


HOMILIA


Na narrativa de Mateus encontramos duas de suas características dominantes. Ele acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. Escreve na década de 80, quando os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas que até então frequentavam. Ele pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus. Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Pedro é apresentado como o fundamento da Igreja e detentor das chaves do Reino dos Céus.


Ó Deus, hoje nos concedeis a alegria de festejar S. Pedro e S.Paulo… apóstolos que nos deram as primícias da fé. Estamos aqui como Igreja a reconhecer a unidade de fé que viveram na diversidade de missão. Por isso os celebramos juntos. Sua fé em Jesus foi força que encontraram para suas vidas e para sua missão. O Espírito moldou seus corações de tal modo que puderam, como diz Paulo, dizer: “Para mim, viver é Cristo” (Fl 1,21). Pedro faz a primeira expressão de fé do discípulo: “Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo” (Mt 16.16). Eu tenho a tentação de ver Pedro mais ligado à tradição e Paulo como um tipo mais avançado e rebelde. Os dois eram parecidos. Vemos Pedro romper com a tradição judaica e entrar em casa de pagãos consciente de que não devia chamar de impuro o que Deus declarara puro (At 10,15). Pedro abre as portas do paganismo ao Evangelho, no Concílio de Jerusalém, tachando a tradição judaica de um jugo impossível de suportar (At.15,10). Era uma grande libertação que fazia dentro de si mesmo pela ação do Espírito. Essa posição liberou a Igreja. Esse ato dá liberdade total a Paulo para evangelizar os pagãos (v.12). Paulo tão forte na liberdade, mantém tradições judaicas como cortar cabelos para cumprir um voto (At 18,18) e, por causa dos judeus, circuncidar Timóteo que tinha pai grego (At 16,3). A fé professada por Pedro se dá em um momento crucial da vida de Jesus, e O anima a seguir rumo à Paixão. Pedro recebe uma bem-aventurança: “Feliz és tu Simão, pois não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus”. Tem o dom de ser pedra de alicerce sobre a qual Jesus constrói a Igreja e lhe dá o poder de ligar e desligar (Mt 16,17-19). Paulo reconhece a ação do Espírito: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4,7).


Deram a vida pela Igreja e por Cristo. Rezamos no prefácio: “Unidos pela coroa do martírio, recebem igual veneração”. Eles têm consciência durante sua vida de que a perseguição que sofrem é por causa do Evangelho. Herodes desencadeou a perseguição sobre a Igreja; Matou Tiago e prendeu Pedro para apresentá-lo ao povo e ser morto. Ele foi libertado da prisão por um anjo (At 12,1-11). Paulo tem consciência do fim: “Já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida” (2Tm 4,8). Os dois têm a experiência de que são protegidos pelo Senhor: “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças” (v. 17); Pedro reconhece: “Agora sei que o Senhor enviou seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava” (v.11).


O ensinamento desta festa à Igreja é a abertura à tradição e ao acolhimento da novidade para ser fiel. A Igreja tem que se voltar sempre para o dinamismo destes dois homens que deram a vida pelo evangelho. Eles nos ensinam. Não podemos ficar na superficialidade e celebrar sem refletir o que os fez grandes. Eles não só são colunas da fé, mas também dão rumos para seu futuro. Vivemos tempos nos quais há tendências de voltar à tradição pela tradição e à novidade pela novidade. Mas devemos partir da fé que professamos em cada celebração.


A Igreja celebra Pedro e Paulo no mesmo dia porque trabalharam na unidade da fé e na diversidade de modalidades. Sua força apostólica está na fé em Jesus. Pedro e Paulo não se diferem pelo apego à tradição ou inovação, mas pelo campo. Ambos têm a tradição que preserva e a inovação que assume caminhos novos. Ambos vivem da fé.


Unidos pelo martírio recebem igual veneração. Sofrem por causa do Evangelho. Herodes prende Pedro e Paulo está preso em Roma com a consciência de ter combatido o bom combate e guardado e fé. Ambos sabem que o Senhor esteve sempre com eles.


O ensinamento desta festa é a abertura à tradição e o acolhimento da novidade para ser fiel. Eles são colunas da Igreja, mas também dão rumos. Há tendência de voltar à tradição pela tradição ou ir à novidade pela novidade. Como Pe. Vitor Coelho dizia: a Igreja não é de bronze, pois enferruja. É uma árvore que cresce porque tem ramos novos e permanece porque tem tronco.


Celebrando S. Pedro e S. Paulo nós celebramos a ação de Deus em Jesus para implantar o seu Reino no mundo. Ele usou duas luvas de briga: uma grosseira, Pedro, e outra mais caprichada, Paulo. Por que essa diferença?


Os dois implantaram a Igreja de Deus em dois mundos diferentes, mundo judeu e mundo pagão. Missão diferente, mas o mesmo fim. Diferente é o modo de compreender a fé. Isso enriquece. O judaísmo tende ao ritualismo; o paganismo tende a um modo mais livre de vida. A Igreja se enriquece com esses dois modos de entender.


Eles se fundam na fé. Pedro e Paulo vivem Jesus. Mesmo passando na boca do leão, foram salvos e preservados. Deram a vida por Jesus. Eles falavam grosso e tinham o que dizer sobre Deus. Eu e você, o que temos feito no que toca a nossa fé em Deus?


Pai consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia

Homilia Diária - 01.07.2023

 A FÉ DO CENTURIÃO Mt 8,5-17


HOMILIA


As promessas de Deus a Abraão não eram apenas para ele, mas para toda a sua descendência; e a descendência de Abraão são todos os que, pela fé, se virão a tornar membros do povo de Deus. Assim o declarou Jesus, quando, no centurião, encontrou alguém que, não sendo descendente de Abraão segundo a carne, pois que era pagão, se tornou tal pela fé, enquanto que os que eram da descendência carnal de Abraão seriam lançados fora por não aceitarem na fé a palavra que Jesus lhes anunciava.


Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:


«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro:


‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.» Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.» Disse, então, Jesus ao centurião:


«Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.


Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre. Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo. Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.


A fé do centurião nasce do testemunho de amor de Jesus. Não é uma fé decorrente das tradições do judaísmo. Sua fé supera a fé de Israel. O “choro e ranger de dentes” aparece seis vezes em Mateus. É uma fórmula típica da manifestação da cólera divina contra o pecador, inspirada no Primeiro Testamento. E Mateus é o único evangelista a fazer esta interpretação teológica. Com a narrativa da expulsão de espíritos maus e das curas, Mateus associa cumprimento das profecias na pessoa de Jesus. Ele faz a inculturação de Jesus de Nazaré nas tradições do judaísmo. Cabe à ação missionária fazer a inculturação de Jesus nas diversas culturas do mundo de hoje. E os missionários de hoje sou eu, és tu meu irmão e minha irmã. A massa que temos por missão de fermentar, a carne ou o peixe que temos que salgar para não apodrecer é primeiro os da minha e tua casa, o marido, a esposa, os filhos. Depois os vizinhos, os amigos e colegas. Todos aqueles com quem nos encontramos no nosso dia a dia. Que seja uma tarefa dura e difícil já o sabemos. Mas que é possível o milagre acontecer não tenha dúvidas. Olhe para a fé do centurião.


A condição de centurião pode ser minha e tua. Assim como ele implorando pedia que Jesus fosse com ele para curar o seu empregado, assim eu e tu devemos gritar para o Senhor: vinde Senhor curar a minha doença, os meus vícios e toda a minha família

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Homilia Diária - 30.06.2023

 SÊ CURADO Mt 8,1-4


HOMILIA


Sê curado, foi a resposta de Jesus ante aquele homem, rejeitado por tudo e por todos. Condenado a solidão como fruto dos seus próprios pecados. Como era costume da época tratar todas as pessoas afetadas pela lepra.


O homem, reconhece em Jesus a única solução, a única saída para a sua enfermidade. Se aproxima d’Ele com muita fé, confiança e esperança de que a sua doença será curada, caso o Médico dos médicos quisesse. De joelhos suplica: Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.


Veja meu irmão, minha irmã. O leproso prefere usar a palavra purificar e não curar. Por quê? A razão é simples. Somente Jesus tem o poder. E o Seu poder não somente cura. Porque quem é curado fisicamente pode vir a contrair no futuro ou a mesma doença ou uma outra. Ao passo que o purificar, vai mais longe. Tem um alcance espiritual. Diz respeito ao nosso relacionamento com Deus. Invoca o perdão de Deus que não por mérito próprio, mas por mandato do próprio Deus os sacerdotes administram nos confessionários.


Segundo a doutrina da nossa mãe igreja católica, os pecados são categorizados em três grupos:


1 – o pecado original, que é transmitido a todos os homens, sem culpa própria, devido à sua unidade de origem, que é Adão e Eva. Eles desobedeceram à Palavra de Deus no início do mundo, originando este pecado, que, felizmente, pode ser atualmente perdoado pelo sacramento do Batismo. Este pecado faz com que “a natureza humana fique submetida à ignorância, ao sofrimento, ao poder da morte, e inclinada ao pecado.


2 – o pecado mortal, que é cometido “quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do Inferno, se dele não nos arrependermos” sinceramente.


3 – o pecado venial, “que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afeto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificatórias temporais”, nomeadamente no Purgatório.


E o único que tem o poder de perdoar os pecados que tornam o homem impuro e por isso, merecedor do castigo eterno é Jesus. Em outro espaço da Sagrada Escritura Jesus diz aos sumos sacerdotes e anciãos do povo perante a cura do paralítico: para saberdes que o Filho do Homem tem poder de perdoar os pecados, levanta-se e anda.


O pecado nos faz leprosos, nos esola dos amigos de Deus, nos retira a dignidade de filhos e filhas de Deus. Quebra a nossa vida com Deus. Ele nos suja e nos leva à morte. Pois como diz São Paulo, o salário da pecado é a morte.


Todavia, ele não é maior do que o coração aberto de Jesus na cruz pela lança do soldado. Ele não tem mais poder do que os braços abertos de Cristo sempre pronta para nos compreender, e dialogando conosco nos acolher e perdoar todas as nossas faltas. Para Ele, não há pecado algum que não possa ser perdoado. Basta na humildade e simplicidade do coração nos ajoelharmos como este leproso que arguirmos a nossa voz: Senhor se queres podes me purificar.


A única palavra que ouviremos d’Ele não é de censura, não! É pura e simplesmente esta: Eu quero, fique limpo. Este é o coração manso e humilde, lento na ira e rápido em perdoar os pecados. Ele olha para o coração arrependido e o espírito humilhado. Portanto, pare de sofrer e se maltratar por causa dos grande ou poucos pecados que cometeste. Para Ele, ainda que eles sejam vermelhos como a púrpura ficarão brancos como a neve. Levante a cabeça. Recomece hoje. Procure o sacerdote da sua comunidade. Jesus já te perdoou, vai à ele apresente o teu arrependimento e cumpra a penitência que ele te recomendar e serás totalmente purificado.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia

Homilia Diária - 29.06.2023

QUEM PODE ENTRAR NO REINO DO CÉU? Mt 7,21-29


HOMILIA


Meu irmão, minha irmã, você sabia que a nossa entrada no Reino dos céus não acontece em vista de palavras pronunciadas, orações recitadas e pregações bem elaboradas? Que não adiantará nada para nós somente, clamar Senhor, Senhor, e não pôr em prática a vontade de Deus?


Pois é. Se não sabia é preciso que o saiba! As nossas ações têm mais eficácia do que as nossas palavras.  Se não praticamos o que dizemos, tudo será igual a nada. Para que nós possamos entrar no Reino dos céus, precisamos estar firmes no seguimento da vontade de Deus que se apresenta por meio de Sua Palavra.


Praticar o mal é não fazer conforme nos direciona a Palavra de Deus e agir conforme os nossos próprios pensamentos humanos. O próprio Jesus nos mostra no Evangelho: ouvir a Palavra e praticá-la é construir na rocha. A casa construída sobre a rocha é a vida do homem que caminha à luz da Palavra de Deus. Deus é a Rocha, Deus é o Amor e aquele que se ajusta à Sua vontade, terá uma vida firme, confiante e as tempestades, os terremotos, os ventos não o abalarão.


As dificuldades da nossa vida são momentos preciosos para percebermos se estamos firmes sobre a rocha firme que é Jesus, ou não.


Existem devoções às ostensivas invocações do nome de Jesus e às espantosas narrativas de expulsões de demônios e de milagres de Jesus. Contudo, estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus.


Neste texto de Mateus, vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai-nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das Bem-aventuranças e na sua vida, com seu amor promovendo os pobres e excluídos.


Como você está construindo a casa da sua vida: na rocha ou na areia? – Você já experimentou alguma tempestade na sua vida? Como ficou a sua casa? –- Você sente firmeza nos seus pés nas horas das dificuldades? – Você acha que a sua vida está firmada sobre a Rocha ou você é um “homem sem juízo”? – Em que a Palavra de Deus o (a) tem instruído?


Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na Tua vontade.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

domingo, 25 de junho de 2023

Homilia Diária - 28.06.2023

 Deus deseja que produzamos bons frutos


HOMILIA


Devemos deixar na vida do outro o rastro dos bons frutos

“Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo” (Mateus 7, 18-19).


Deus quer que sejamos árvores boas e de excelente qualidade, por isso precisamos produzir frutos para o Reino de Deus, e frutos não são palavras. Há, no mundo, toda uma lógica, uma falácia de pessoas que falam muito, mas, quando olhamos para elas, seus frutos são podres.


É fácil falar do amor em família, difícil é ver os frutos que as pessoas produzem naquela família. É fácil falar, o importante é observar os frutos.


Se há muitos falsos profetas no mundo, corremos o risco de sermos também falsos em nosso profetismo, quando não aplicamos nem na nossa própria vida aquilo que nós falamos, acreditamos e são nossas convicções de vida.


Devemos deixar na vida do outro o rastro dos bons frutos. Não passemos por cada lugar deixando um fruto estragado, porque as pessoas não saberão que árvore somos por aquilo que falamos, mas por aquilo que estamos produzindo a partir dos nossos atos.


Uma árvore pode crescer maravilhosa, mas ela não dá um fruto que presta. Todo fruto que vem dela está ruim, não dá para consumir, por mais que ela produza uma “sombrinha”, mas ela não está sendo o que precisa ser, então essa árvore é cortada, é queimada, porque ela não produz mais frutos.


Deus não quer nos cortar do Seu Reino, Ele não nos quer longe d’Ele. O que nos coloca no Reino de Deus não é a árvore que somos – “Porque eu sou da família tal. Porque eu tenho uma boa reputação. Porque eu tenho uma família importante. Porque eu sou da igreja”. O que nos mantêm é saber se essa árvore produz frutos ou não, se os frutos que ela produz são bons e de qualidade. Deus quer que sejamos frutuosos, e que os nossos frutos estejam testemunhando aquilo em que nós acreditamos.


Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

sábado, 24 de junho de 2023

Homilia Diária - 27.06.2023

A PORTA ESTREITA Mt 7,6.12-14


HOMILIA


Temos aqui mais algumas sentenças esparsas da coleção de Mateus, compiladas no Sermão da Montanha. A primeira destas sentenças é enigmática e choca por seu teor rude e discriminatório. Estamos próximos da conclusão do sermão da montanha sobre a vida no Reino de Deus. Jesus chama seus ouvintes para fazerem uma escolha e depois dá-lhes a “regra de ouro” do agir: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”. Esta norma de comportamento faz parte da cultura universal e supre a complexidade de toda a Lei e dos Profetas. A alusão às portas e aos caminhos, largos ou estreitos, aponta para o Império Romano. Na ânsia de exploração e dominação, construíram largas estradas para as grandes cidades dominadas, com suas amplas portas, centros de produção e comércio, favorecendo a expropriação. O acesso às pequenas aldeias do povo humilde e pobre era feito por estreitas vias. Para isto, Ele conta três metáforas — uma sobre duas portas, outra sobre duas árvores e outra sobre dois alicerces. Um local conhecido, hoje em dia na cidade de Belém, é a Igreja da Natividade, construída onde se acredita que Jesus tenha nascido.


A imensa igreja tem apenas uma pequena entrada. Para entrar na igreja, através dessa pequena porta, a pessoa tem que se curvar, praticamente tem que se agachar. E a não há possibilidade de entrar levando consigo alguma bagagem.O significado da pequena entrada dessa igreja é claro. Há apenas uma porta por onde se pode entrar no Reino de Deus e essa porta é estreita. Jesus deixa claro que Ele é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6).


O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos.


Todos procuram uma vida melhor e mais segura, e por isto se fadigam e correm. Numa tarefa assim tão importante, é conveniente que não andemos atrás dos outros, mas que verifiquemos com cuidado e sabedoria em quais mãos colocamos o nosso futuro, a nossa eternidade. Não nos esqueçamos que o guia seguro que devemos buscar é Jesus.


A porta é estreita, mas quando se passa por ela, os campos são verdes, a água cristalina, a proteção é completa. Há fartura, alegria e paz do outro lado, o lado da vida plena em Cristo Jesus.


Pai, faze-me capaz de reconhecer quem está predisposto a acolher a tua mensagem, de forma que eu não semeie a tua Palavra no coração de quem lhe é refratário.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

Homilia Diária - 26.06.2023

 NÃO JULGUEIS E NÃO SEREIS JULGADOS Mt 7,1-5


HOMILIA


A partir do capítulo 7 de S. Mateus, que hoje começamos a ver, o discurso da montanha parece tomar uma nova profundidade, orientado mais em particular para os discípulos, isto é, para os membros da comunidade cristã de Mateus e de todos os tempos.


O contraste exagerado entre o cisco no olho alheio e a trave no próprio pode refletir um provérbio popular de então, a rápida observação das faltas dos outros, em contraste com a tolerância das faltas do próprio caráter, é tema comum em todos os povos e línguas. E por isso, os homens ao longo dos tempos foram compondo provérbios que iluminam claramente as suas culturas e tradições.


No provérbio de hoje Jesus pretende chamar a atenção dos seus discípulos para um perigo que os cerca: o perigo de se considerarem perfeitos e superiores e por isso se separarem dos outros, como fariseus. O significado da palavra fariseu é separado.


O sentido que tem aqui o verbo julgar não é simplesmente fazer-se uma opinião, algo que dificilmente poderemos evitar, mas julgar duramente, ou seja, condenar os outros, como se diz na passagem paralela de S. Lucas: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados (6, 37).


O julgamento pertence a Deus e não a nós, porque só Deus conhece a fundo o coração do homem. Constituir-se em juiz dos outros é uma ousadia irresponsável, é tomar o lugar de Deus. Deus nos aceita e ama todos tal como somos, e olha-nos com amor de Pai que dissimula as faltas dos seus filhos, a quem vê através do seu próprio Filho, Cristo.


Se, anteriormente, ao longo do discurso da montanha, Jesus falou do perdão das ofensas e do amor inclusivamente ao inimigo, para tentar aproximar-nos ao menos um pouco da perfeição de Deus, agora está apontando à imitação da sua misericórdia. Como diz o livro da Sabedoria, Deus compadece-se de todos corrige os que caem para que se convertam e acreditem n’Ele.


À medida que usarmos com os outros, usá-la-ão conosco. Isso não quer dizer que Deus – a quem não se menciona no texto por respeito – nos julgará com a nossa medida injusta e impiedosa. Esse não é o seu modo de proceder. Certamente, quem age assim com os outros, expõe-se a um julgamento mais severo para si mesmo.


Deus teria, digamos, duas medidas para o seu julgamento: uma de justiça, outra de misericórdia. Ele medir-nos-á com aquela que nós utilizarmos, nesta vida, com os irmãos. É a mesma lição da parábola do devedor insolvente que é perdoado e não perdoa, ou a contida petição do Pai-nosso: perdoa as nossas ofensas… O que condena o irmão auto-exclui-se do perdão de Deus e cai sob a jurisdição da lei, que não deixará de acusá-lo e condenar como imperfeito que é.


Todos somos imperfeitos, tanto e mais que os outros, ainda que, julgando-os com superioridade, os desprezemos. Tal atitude, desprovida de amor, provém da nossa própria cegueira que nos impede de ver os nossos defeitos. Manter a conscientemente tal postura é hipocrisia astuta, cujo modelo no evangelho são escribas e fariseus.


É muito velho o costume de criticar os outros. Assim, pensamos justificar-nos a nós como melhores. Mas, a experiência demonstra que os mais críticos, os que julgam ser perfeitos, saber tudo e ter a melhor solução para qualquer problema, costumam ser os que menos fazem e levam aos outros.


Um olhar no espelho, uma vista de olhos à nossa pequenez e insignificância, à nossa “trave” no olho, minimizará sem dúvida as falhas dos outros, e far-nos-á mais tolerantes e acolhedores, pensando que os outros também têm que suportar-nos a nós. Conhecer as nossas próprias limitações, admiti-las e aceitá-las ensinar-nos-á, a saber, estar e viver com os outros. Assim, caminharemos em verdade e simplicidade, com ânimo de fraternidade, tolerância e compreensão para com os outros sem os condenar.


Se Deus é otimista a respeito do homem e o ama apesar de tudo, o discípulo de Cristo há-de fazer o mesmo em relação aos seus irmãos. Este é um caminho mais seguro para a realização e a felicidade pessoal do que o engano da presunção.


Meu irmão, minha irmã, nós não temos o direito de julgar, ao menos que tiremos primeiro a trave que está no nosso olho. Ou seja, se eu sou um exemplo, no caso tenho todo direito de julgar, mas através da Escritura, logo, se eu sou um homem integro diante de Deus no que concerne a alguma prática, seja ela confessional, doutrinária, ou moral, tenho duas ferramentas em mãos e que contribuem entre si para o julgamento Cristão; Primeiro: O fato que a Escritura Sagrada condena expressamente determinada prática, e em segundo, eu sou um homem que não pratico tais coisas, e assim, a trave do meu olho já foi tirada, e se eu tirei a trave do meu olho, tenho todo o argumento para tirar o argueiro do olho do meu irmão.


Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Homilia Diária - 25.06.2023

 NÃO TENHAIS MEDO! Mt 10,24-33


HOMILIA


Para que seus discípulos não desanimem diante das perseguições, Jesus lembra que também ele encontrou oposição.


As exigências da missão são extremas, podendo incluir a perseguição e a morte! Hoje, Jesus introduz no seu discurso a expressão «Não temais», que ocorre 366 vezes na Bíblia. O nosso texto está estruturado sobre a repetição, a modo de imperativo: “ não tenhais medo”! E depois dá razões pelas quais a confiança deve sempre vencer. A primeira razão é: ainda que o bem esteja, por agora, velado, e a astúcia e a virulência do mal pareçam escondê-lo, acontecerá uma reviravolta completa e veremos, no triunfo de Cristo, a vitória dos que escolheram praticar o bem. Eis a razão pela qual os discípulos de Jesus são encorajados à audácia do anúncio. O que recebemos é pequeno como uma luzinha nas trevas, como um sussurro ao ouvido, mas deve ser dado à plena luz do dia, gritado sobre os telhados. Inicialmente, o Evangelho era algo de oculto e misterioso, que era preciso manter em segredo, dado a conhecer a poucos e com as devidas precauções, para não desencadear a perseguição. Mas chegou o tempo de o dar a conhecer ao mundo inteiro! O pior que pode acontecer aos missionários do Reino é a morte do corpo. Mas seria muito pior a morte da alma, a perda da vida. Ora, só Deus pode tirar a vida. Mas não o faz àqueles que O amam e O temem. Jesus conclui a sua argumentação com duas imagens muito ternas: a dos pássaros que, valendo pouco, são amados pelo Pai, e a dos cabelos da cabeça, contados por Ele. Não há, pois, que temer: Ide: proclamai que o Reino do Céu está perto! (Mt 10, 7).


O temor de Deus é uma atitude complexa em que conflui o respeito reverente, a obediência, a adesão profunda, a adoração, o amor. Foi sentido por muitos profetas e santos, que fizeram a experiência do encontro com Deus, três vezes santo. Diante d´Ele, damo-nos conta da nossa condição de criaturas e da impureza da nossa vida. Já o salmista rezava: «Senhor, nosso Deus, como é admirável o teu nome em toda a terra! Adorarei a tua majestade, mais alta que os céus… que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te preocupares?» (Sl 8, 2.5). Mas, se nos deixarmos penetrar por esta atitude, também poderemos ter toda a confiança na sua misericórdia. Jesus une o temor de Deus e a confiança: «Não se vendem dois pássaros por uma pequena moeda? E nem um deles cairá por terra sem o consentimento do vosso Pai! … Não temais, pois valeis mais do que muitos pássaros» (vv. 29.31)


Ambas as leituras nos falam da experiência de temor na presença de Deus, que Se nos revela e chama a uma missão. Mas também em ambas as leituras escutamos a palavra do Senhor que nos diz: «não tenhas medo», «não temais». Aquele que nos ama, nos chama e nos envia, purifica-nos e está conosco: «Não temas: eu estarei contigo»; «não temais, eu estarei convosco» (Ex 3, 12; Dt 31, 6; 31, 15; 1 Cr 28, 20; Jr 1, 17; 46, 28; 30, 11). A Virgem Maria também experimentou a sua condição de criatura limitada e frágil perante a grandeza e poder de Deus, no dia da Anunciação. Por isso, o Anjo lhe diz: «Não tenhas medo, Maria » (Lc 1, 30).


O medo e a desconfiança, na relação com Deus, mas também na relação conosco ou com os outros, paralisam-nos, transformam-nos em escravos. Mas Paulo adverte-nos: «Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, por meio do qual gritamos: “Abbá, Pai!”. O mesmo Espírito atesta ao nosso espírito que somos filhos de Deus» (Rm 8, 15-16). «Se vivemos do Espírito, caminhemos segundo o Espírito» (Gl 5, 25). Na relação com Deus, embora conhecendo os nossos limites e os nossos pecados, temos consciência de estar perante um Pai, cheio de amor e de misericórdia. No exercício da missão que nos confia, na sua obra de salvação do mundo, sabemos que não estamos sós, mas que Ele está connosco.


Senhor purifica os meus lábios, mas purifica, sobretudo, o meu coração. Quantas vezes alimento pensamentos e desejos, que não nascem da certeza do teu amor, da vontade de lhe corresponder, da confiança em Ti. Quantas vezes me deixam dominar pelo temor, quando surgem dificuldades e problemas no caminho para Ti, ou na missão que me confiaste. Faz-me escutar novamente a tua palavra: «Não temas; Eu estou contigo!». Purifica-me, Senhor, e dá-me coragem e confiança para aceitar a purificação! Dá-me agilidade no combate espiritual contra as paixões, para que deseje e queira, sempre, em tudo, e somente a tua glória. Assim encontrarei também a paz e a serenidade, que tornarão mais felizes e plenos os breves dias da minha vida. Amén!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Homilia Diária - 24.06.2023

 A PROFECIA DE ZACARIAS Lc 1,57-66.80


HOMILIA


A Igreja celebra o nascimento de João como acontecimento sagrado: não há nenhum, entre os nossos antepassados, cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: isto tem, sem dúvida, uma explicação. E se não a damos tão perfeita como exige a importância desta solenidade, meditemos ao menos nela, mais frutuosa e profundamente.


João nasce de uma anciã estéril; Cristo nasce de uma jovem virgem. O futuro pai de João não acredita que este possa nascer e é castigado com a mudez; Maria acredita, e Cristo é concebido pela fé. Eis o assunto, que quisemos investigar e prometemos tratar. E se não formos capazes de perscrutar toda a profundeza de tão grande mistério, por falta de capacidade ou de tempo, melhor vo-lo ensinará Aquele que fala dentro de vós, mesmo estando nós ausentes, Aquele em quem pensais com amor filial, que recebestes no vosso coração e de quem vos tornastes templos.


João apareceu como o ponto de encontro entre os dois testamentos, o Antigo e o Novo. O próprio Senhor o testemunha quando diz: A Lei e os Profetas até João Baptista. João representa o Antigo e anuncia o Novo. Porque representa o Antigo, nasce de pais velhos; porque anuncia o Novo, é declarado profeta quando está ainda nas entranhas de sua mãe. Na verdade, ainda antes de nascer, exultou de alegria no ventre materno, à chegada de Santa Maria. Já então ficava assinalada a sua missão, ainda antes de nascer; revelava-se de quem era o precursor, ainda antes de O ver. São realidades divinas que excedem a limitação humana. Por fim, nasce; é-lhe dado o nome e se solta a língua do pai. Reparemos no simbolismo que estes fatos representam.


Zacarias cala-se e perde a fala até ao nascimento de João, o precursor do Senhor; e então recupera a fala. Que significa o silêncio de Zacarias senão que antes da pregação de Cristo o sentido das profecias estava, em certo modo, latente, oculto e fechado? Mas tudo se abre e faz claro com a vinda d’Aquele a quem elas se referiam. O fato de Zacarias recuperar a fala ao nascer João tem o mesmo significado que o rasgar-se do véu no templo, ao morrer Cristo na cruz. Se João se anunciasse a si mesmo, Zacarias não abriria a boca. Se solta a língua porque nasce aquele que é a voz. Com efeito, quando João já anunciava o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? E ele respondeu: Eu sou a voz de quem clama no deserto. João é a voz; mas o Senhor, no princípio era a Palavra. João é a voz passageira; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna.


Não sei até que ponto a Igreja vai permitir a utilização do nome desse santo homem para rotular uma festa que não tem mais nada a ver com ele, e que chega a ser até uma falta de respeito pela memória dele.


Que ao menos nós, cristãos conscientes, saibamos dar o devido valor ao anunciador de Jesus, nosso querido João Batista, e comemoremos com a nossa família e amigos, relembrando a mensagem trazida por ele: “Fazei penitência, porque está próximo o Reino dos Céus.” (Mt 3,2).


Pai toma-me sob a tua proteção e robustece-me com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com coragem e fidelidade, as tarefas do Reino que me são confiadas.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé