quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Homilia Diária - 01.10.2020

 A MISSÃO DOS SETENTA E DOIS Lc 10,1-12


HOMILIA

Lucas narra que Jesus envia um novo grupo: o dos 72 discípulos. Eles são enviados “na frente” do Senhor, como precursores, como preparadores da chegada do reino de Deus. O número 72 é simbólico e indica a universalidade da missão: o número 72 é múltiplo de 12 para representar a totalidade do povo de Deus.


A missão, portanto, não é uma tarefa somente de alguns, do grupo dos doze, mas uma obra também dos leigos, ou seja, de todos os cristãos. Assim, a missão é universal desde a sua origem e compreende todos. O texto especifica que Jesus envia “dois a dois”, pois o anúncio do Evangelho não é uma tarefa pessoal, mas de uma comunidade. O fato de serem enviados de dois a dois também quer mostrar a credibilidade do testemunho, além do fato do encorajamento que um pode dar ao outro no caso de desânimo diante das dificuldades.


Jesus, depois de ter falado em semente e em arado, fala agora de colheita. Esta última, por sua vez, é imensa, mas os trabalhadores disponíveis são poucos. Ontem e hoje vivemos a mesma situação! É um trabalho gigantesco, e nunca haverá trabalhadores suficientes; só o Pai pode chamá-los e enviá-los. Assim, é necessário rezar a Ele, pedindo que chame mais pessoas. É justamente por causa da extensão da missão que Jesus chama mais este grupo de ajudantes, e, mesmo assim, são poucos diante da imensidão da missão que Ele tem pela frente e da qual nos torna participantes.


Jesus faz o envio: “Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos”. É a imagem clássica da fraqueza diante da violência. A missão é uma obra difícil e perigosa. Aqueles que Ele enviou devem cumprir fielmente o seu trabalho, mas não devem exigir demasiado de si mesmos nem entrar em pânico diante da grandeza da missão. Devem, sim, ter consciência que não será uma tarefa fácil e que nem sempre serão recebidos de braços abertos. Devem fazer sua parte, com competência e perseverança, pois, em último caso, a responsabilidade é de Deus, e Ele não vai deixar cair em ruínas a sua messe, mandando trabalhadores necessários para isto.


A mensagem a ser levada é o dom da paz, no sentido mais completo, para as pessoas e às famílias, e, sobretudo, a mensagem de que “o Reino de Deus está próximo de vós”. O reino de Deus é, antes de tudo, uma pessoa: Jesus. Quem O acolhe encontra a vida, a alegria, a missão de anunciá-Lo.


O gesto de bater, sacudir a poeira dos pés, era um gesto simbólico dos israelitas que, ao ingressar de novo no próprio país, depois de terem estado em terra pagã, não queriam ter nada em comum com o modo de vida deles. Libertar-se da poeira que se grudou aos pés enquanto estavam em território pagão significava ruptura total com aquele sistema de vida. Fazendo isso, os discípulos transferem toda  a responsabilidade pela rejeição da Palavra àqueles que os acolheram mal e rejeitaram o anúncio do Evangelho. E a paz oferecida não se perde, mas volta a quem oferece.


O estilo da missão de Jesus e dos discípulos é o oposto daquele dos poderosos que o mundo de hoje idolatra. Não se baseia sobre a vontade de dominar, a arrogância ou a ambição, mas sobre a proposta humilde, respeitosa, atenta aos mais fracos, oferecida na gratuidade, sem buscar outras recompensas. O Evangelho de Jesus é uma mensagem de vida verdadeira para quem confia somente em Deus, que é Pai e também Mãe: “como uma mãe que acaricia o filho, assim eu vos consolarei” e em Cristo crucificado e ressuscitado.


Os 72 tinham uma tarefa nova e difícil. Mas, estes voltam para Jesus muito contentes porque ficaram impressionados pelos prodígios que puderam ver. Jesus freia um pouco esta alegria e diz: “antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”.


Como podemos, nós, discípulos de Jesus, seguir nossa missão em meio aos lobos do tempo atual? A missão é mais forte do que o medo. Às vezes, somos tomados por pensamentos negativos, tipo “o que vão pensar?” ou “o que vão dizer?”. É humano sentir medo, mas a missão deve superar os nossos temores. Nenhum profissional tem medo de falar de sua profissão. Então, por que deveríamos, nós cristãos, ter medo de falar de Cristo, da sua pessoa, da sua verdade, da sua vida, do seu amor, do seu mistério? A fé e a missão começam no coração e devem terminar nos lábios e nas ações. Não podemos deixar que o receio atrapalhe a nossa missão cristã.


Pai, que a perspectiva de dificuldades a serem encontradas no apostolado não me faça recuar da missão de preparar o mundo para acolher teu Filho Jesus.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé


terça-feira, 29 de setembro de 2020

Homilia Diária - 30.09.2020

 O JEITO DE SEGUIR JESUS Lc 9,57-62


HOMILIA

Jesus usa essa pequena parábola para ilustrar o caminho do discipulado. Ser seu discípulo é tornar-se alguém tão concentrado em sua missão quanto o agricultor que ara sua terra. Não é possível olhar para trás, ter outras preocupações ou distrações. Envolver-se com o reino de Deus significa “já” estar com a mão no arado e não se pode perder tempo nenhum. Jesus é mais exigente que Elias, pois enquanto este permitiu que Eliseu fosse despedir-se de seus familiares, nem isso Jesus consente. É nessa radicalidade que este voluntário é surpreendido. Não se pode esperar o pai morrer, mas também não se pode nem despedir-se dele. O discipulado exige um engajamento imediato. Este homem foi confrontado com a radicalidade nua e crua da “urgência” com que se deve tratar o discipulado e o reino de Deus.


Novamente, como nos dois diálogos anteriores, não há resposta por parte da pessoa que conversa com Jesus. Sua reação? Não sabemos; fica apenas o silêncio. Um silêncio que pode ocultar uma multidão de pensamentos.


Este é um dos textos mais enfáticos sobre o seguimento de Jesus em todo o Novo Testamento. Ele apresenta a questão de que para ser discípulo de Jesus devemos pagar um “preço” e temos que ter consciência da “urgência” de seu chamado.


O “preço” a pagar é a certeza de que seguimos um Senhor que, embora seja dono de todo o universo, foi rejeitado e humilhado. Nossa vida não será diferente da d’Ele. Ser discípulo de Jesus significa assumir a disposição de ter uma vida simples, até mesmo com algumas necessidades, passar por incompreensões, às vezes estar sozinho nas lutas. Se não for assim, não estaremos aptos para seguir ao Senhor Jesus.


Levar o nome de cristão também implica em colocar o reino de Deus como prioridade em nossa existência. O texto ilustra isso de um modo chocante: nossas relações familiares. Se não estivermos dispostos a pagar o “preço” de colocar Jesus acima de “tudo”, até mesmo da família, e de assumir essa decisão com rapidez, pois o reino de Deus exige “urgência”, não conseguiremos ser discípulos. Você já pensou nisso? Já fez essa decisão?


É importante notar que o texto não apresenta nomes. Todas as três pessoas são desconhecidas. Você sabe por quê? Para que analisemos nossas vidas e vejamos se nosso nome não deve aparecer no lugar daquelas pessoas, devido ao nosso comportamento idêntico ao delas. Será que seu nome deve ser colocado no lugar do primeiro homem? Ou no do segundo? Talvez você se assemelhe ao terceiro? Essa é uma questão que só você pode responder.


As respostas que você der a esse texto definirão se você pode viver como discípulo conforme ilustrado em 9,51-56 e 10,1-12. Você tem conseguido viver com alegria como discípulo de Jesus?


Pai torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Homilia Diária - 29.09.2020

 ANTES QUE FILIPE TE CHAMASSE EU JÁ TINHA TE VISTO Jo 1,47-51


HOMILIA

São João nos apresenta um Jesus conhecedor de tudo e de todos. Que não precisa que alguém lhe conte e mostre quem são as pessoas com as quais Ele se relaciona. Deus conhece todas as ações humanas, e Ele é o Justo Juiz, e seu Reino não terá fim. O mal um dia será vencido e não mais estará presente entre os homens. Mas isto somente vai acontecer quando vermos o céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Todavia somos convidados já a nos alegrarmos : por isso, alegra-te ó céu, e todos os que viveis nele. O convite é extensivo aos coros celestes, serafins, arcanjos e anjos. É Cristo quem nos chama para estar junto dele e participar de sua obra redentora!


Filipe não tinha guardado para si a grande alegria de ter encontrado o Messias anunciado pelos Profetas, mas comunicara-a ao seu amigo Natanael, que se mostrou incrédulo em face da procedência humilde de Jesus, filho de um carpinteiro de Nazaré, quando o Messias devia ser descendente de Davi e procedente de Belém. Filipe não se desmoraliza com as razoáveis objeções do amigo e também não confia em suas próprias explicações ao amigo; opta por convidar Natanael a aproximar-se pessoalmente de Jesus: “vem e verás” (v. 46).


Passemos agora para o nome Natanael. Biblicamente ele é de origem semítica e significa dom de Deus. Foi um dos Doze Apóstolos (cf. Jo 21, 2). É bem provável que tenha sido Bartolomeu, o qual teria dois nomes, sendo este último um nome patronímico (filho de Tolmay), como o patronímico de Simão Pedro, Baryona (filho de Jonas). Esta identificação é deduzida dos diversos catálogos dos Apóstolos que nos deixaram os Sinópticos, onde Bartolomeu sempre se segue a Filipe, aquele Apóstolo que levou Natanael a Jesus .


“Eu te vi, debaixo da figueira”. Natanael sentiu que o olhar de Jesus penetrava os mais profundos recônditos da sua alma, pois algo de significativo devia ter passado no seu coração naquela hora e naquele local exato a que Jesus se referia, e que só Deus podia conhecer.


Natanael é um israelita fiel à tradição da Lei, e parece não ter idéia da ruptura de João Batista com as instituições do Judaísmo. A fala de Jesus a Natanael, “quando estavas debaixo da figueira, eu te vi”, remete ao profeta Zacarias: Naqueles dias convidar-vos-ei, uns aos outros, debaixo da figueira. (Zc 3,10). Corresponda ou não, verdade é que, Natanael vê-se descoberto e então respondendo professa a sua fé em Jesus: Mestre, Tu és o Filho de Deus, o Rei de Israel. Tanto uma palavra quanto outra fazem parte dos títulos messiânicos procedentes do Salmo 2. A intenção do Evangelho revela-se ao apresentar, desde a primeira hora, confissões explícitas de fé em Jesus.


E com a expressão: “Então vereis o céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”, esconde e ao mesmo tempo revela de uma forma muito clara e expressiva que Jesus é o Mediador entre o Céu e a terra, ficando assim os Céus abertos para a humanidade. Ele é a porta pela qual os homens têm acesso ao Pai. É a escada de Jacó, pela qual subiam e desciam os Anjos na visão de Jacó (Gn 28,12).


Portanto, assim como Natanael, reconheçamos em Jesus “o Caminho, a Verdade e a Vida “.  Proclamemos bem alto: “Senhor, tu és o Filho do Homem, o Rei de Israel”, para que no final possamos ver o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre Ele; e com Ele reinemos eternamente.


Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

domingo, 27 de setembro de 2020

Homilia Diária - 28.09.2020

O MAIS IMPORTANTE DO REINO Lc 9,46-50


HOMILIA

O Evangelho de hoje trata de um assunto que nunca sai de moda: a vaidade, a soberba, o orgulho, a avareza, ou seja, dos sete pecados capitais que se resume no desejo de ser grande. O desejo de se sentir importante é um dos mais primitivos desejos do ser humano. Aliás, o ditado popular diz que o coração do homem é insaciável de ambições. Quanto mais tem mais quer.


Diferentemente da nossa maneira de pensar, olhar e ver humanos, Jesus nunca olha para uma pessoa, mas sempre olha através da pessoa. Quando olhamos para alguém, não percebemos o que aquela pessoa está passando, pensando, sentindo. Isso nós só conseguimos saber quando nos anulamos e nos colocamos no lugar da outra pessoa. Jesus foi, então, o maior de todos os psicólogos que já existiu. Ele sondava o coração, e era capaz de ser aquela pessoa.


Na passagem de hoje, Ele sondou o coração dos discípulos e sentiu que eles se perguntavam quem, dentre os Doze, seria o maior. Eles eram humanos como nós, e dentro do grupo, procuravam uma posição de destaque. Observe que Jesus não coloca todos no mesmo patamar. Jesus admite que haja a possibilidade de alguém ser maior que os outros. Existe uma hierarquia no Reino dos Céus! Mas essa hierarquia é o inverso da nossa.


Aqui, neste mundo, quanto maior for a sua posição, mais inacessível você se torna. Na hierarquia de Jesus, quanto mais acessível você for, maior a sua posição. Viu como inverte duplamente? Neste mundo, você cresce e se torna inacessível; no Reino dos Céus, você se torna acessível e cresce!


Quando as pessoas tiverem medo e resistência em falar com você, significa que algo está errado. O primeiro passo é assumir. Se você não assumir, não vai conseguir nem passar para o segundo passo: descobrir o porquê. A maioria das pessoas quer interagir mais, ter mais e melhores amigos. Mas só o farão se encontrarem abertura no seu coração. E isto pode ser na forma de um sorriso, uma brincadeira ou até em você saber o nome da pessoa e chamá-la pelo nome. E esse já é o terceiro passo: abrir-se. Em pouco tempo, você já vai ser tão solicitado, que não vai dar nem conta de tanta responsabilidade.


O missionário do Reino, portanto, não pode desprezar ninguém! A criança que Jesus tomou em seus braços nesta passagem, representa não só as crianças, mas todos os que são excluídos neste mundo.


Jesus nos revela hoje a novidade do projeto de Deus: é um mundo de justiça, de vida plena para todos, abolindo os privilégios daqueles que concentram poder a partir da acumulação de riquezas ou do prestígio religioso. Percebe-se, nos Evangelhos, que os discípulos vindos do judaísmo sempre tiveram dificuldades em compreendê-lo. Estavam tomados pela ideologia messiânica nacionalista. Como Jesus falou para eles sobre a fragilidade de sua condição humana, vulnerável ao sofrimento e à morte, aludindo ao fim que pressentia acontecer em Jerusalém e os discípulos não entenderam e logo em seguida, passam a discutir quem seria o maior, pensando que Jesus estaria na iminência de conquistar o poder, assim também Ele quer falar para nós. Jesus nos apresenta como exemplo e, sobretudo, condição para sermos os maiores no Seu Reino o olhar puro e simples de uma criança. A criança como símbolo e modelo de humildade e exclusão do Reino dos Céus. Somos chamados a viver dedicados ao serviço, sem pretensões ao poder e a privilégios.


Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, aos mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo. E que nesta busca eu seja simples, puro e humilde como as crianças.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/


sábado, 26 de setembro de 2020

Homilia Diária - 27.09.2020

OS DOIS FILHOS Mt 21,28-32


HOMILIA

“Os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no reino dos céus”, disse Jesus às autoridades judaicas que o escutavam no Templo. Podemos imaginar o escândalo que estas palavras causaram aos ouvidos dos “justos” de Israel! Ser precedido nos céus por uma prostituta ou um cobrador de impostos?!  No tempo de Jesus, os cobradores de impostos eram totalmente desonestos. Não poderia se ouvir ofensa maior. Ser colocado para trás logo por quem? Por pessoas de má fama?I


Mas, por que Jesus reprova tanto estes sacerdotes e anciãos? Onde foi que eles erraram? Exatamente na incoerência entre o “falar” e o “fazer”. E Jesus mostra isso claramente com a parábola dos dois filhos. Nela, para ambos os filhos, o pai pede cordialmente que trabalhem na vinha. O primeiro se prontifica imediatamente: “Sim, Senhor!”, mas não move uma palha. O segundo está decidido: “Não quero!”, mas pensa melhor e aparece lá para trabalhar.


No primeiro filho, as palavras são boas e gentis, mas falta a sua realização. No segundo, as palavras até parecem brutas, mas a ação é boa. As palavras por si só não salvam, é preciso praticá-las. O próprio Jesus já havia alertado: “Não quem me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). Já o exemplo do segundo filho é autêntico: ele cumpre a vontade do pai não com palavras, mas com ações.


Os chefes judaicos até que estavam de acordo que a vontade do Pai só pudesse ser cumprida com ações, mas não estavam de acordo de jeito nenhum com a aplicação que Jesus fizera desta parábola. Assim, percebemos que tipo de distância abismal havia entre o dizer e o fazer na religiosidade farisaica e que é tão viva ainda hoje. A reprovação de Jesus é dirigida a quem dá mais valor às aparências do que à essência, mais às palavras que à prática, mas ao exterior que ao interior. Se formos fazer um exame de consciência bem feito, vamos perceber imediatamente como somos fariseus, como o primeiro filho pronto a dizer “sim” com os lábios, mas a não fazer quase nada quando o assunto é cumprir a vontade de Deus.


A exortação de Jesus se torna ainda mais provocante, como já dissemos acima, porque contrapõe aos seus interlocutores os publicanos e as prostitutas. Para os chefes dos judeus, o fato de serem mencionados juntamente com pessoas dessa classe era muito ofensivo. Eles desprezavam e excluíam totalmente estas pessoas. Jesus, pelo contrário, vê nelas o segundo filho. Num primeiro momento, deram um não, mas depois se arrependeram e fizeram a vontade do Pai. Jesus não aprova o modo de vida delas, mas reconhece a acolhida que elas deram à mensagem de conversão de João Batista e a julga como o cumprimento da vontade de Deus.


Jesus afirma que só aquele que reconhece o seu pecado pode se arrepender; aquele que se acha justo, um auto-suficiente, seguro de sua justiça, nunca vai reconhecer que erra. De fato, foi isto o que aconteceu pela pregação de João Batista: os fariseus o rejeitaram, enquanto os pecadores se arrependeram e se converteram. Aqueles, de fato, não se agradaram em ouvi-lo, estavam fechados ao Evangelho e só quem se deixa tocar pelo Evangelho, se afasta de si mesmo (já que, no fundo, a religiosidade farisaica é o agradar a si mesmo, pelo próprio comportamento, pelas próprias ações) e se abandona à vontade de Deus.


Até que os fariseus faziam boas e muitas ações, pois observavam a lei de Moisés, mas esqueciam a parte fundamental: reconhecer os sinais da presença de Deus, primeiramente em João Batista, depois em Jesus. Descobrimos assim que a manifestação concreta da vontade de Deus não coincide nunca com aquilo que nós desejamos e que já pré-estabelecemos como o nosso bem, mas tem sempre a ver com a fé, uma fé que envolve todo o nosso ser e se concretiza numa pequena, simples, mas dificílima ação. O importante não é, portanto, fazer alguma coisa, mas fazer aquilo que Deus quer que nós façamos pela obediência da fé.


Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta ao teu apelo não seja pura formalidade.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Homilia Diária - 26.09.2020

 O FILHO DO HOMEM SERÁ ENTREGUE Lc 9,43b-45


HOMILIA

Diante de tanta gente que procurava Jesus por causa das coisas que Ele fazia e das palavras que saíam de sua boca, Ele adverte aos seus discípulos que não ficassem com os olhos e as mentes na admiração e não se deixassem levar pela correnteza do povo que a Ele fluía.


Aquele que o povo procura ver, o homem que faz milagres, que alimenta o povo como que por “mágica” e não o Filho do Homem, o Filho do dono de tudo quanto existe, mas que para salvar os homens seus irmãos, deveria morrer numa cruz.


Cristo insiste em anunciar a Sua Paixão e Morte. Primeiro veladamente à multidão, e depois com mais clareza aos discípulos no Evangelho de hoje. Estes, porém, não entendem as Suas palavras, não porque não sejam claras, mas pela falta das disposições adequadas, pela falta de fé.


Talvez você também fique chocado: como é possível o Filho do dono da vida morrer? Se isso tiver de acontecer contigo é sinal de que ainda não chegou para ti o entendimento pleno do mistério do sofrimento, o significado da cruz. E então deves escutar o comentário de São João Crisóstomo: “Ninguém se escandalize ao contemplar uns Apóstolos tão imperfeitos, porque ainda não tinha chegado a Cruz nem tinha sido dado o Espírito Santo.”


Os discípulos tinham uma admiração e carinho extraordinários por Jesus. Percebendo isso, Jesus avisou-os: O Filho do Homem será entregue aos homens. Para nós, que sabemos o que Jesus passou da Quinta-feira Santa até a Crucificação, essa frase de Jesus é muito clara, mas o que tem de mais interessante no Evangelho de hoje é fazer o exercício de se colocar no lugar dos discípulos, e tentar entender o que se passava em seus corações e mentes.


O Evangelho de Lucas diz que os discípulos não alcançaram o sentido, e tinham medo de perguntá-lo a respeito. Eles não alcançaram o sentido porque não se passava em suas cabeças que Jesus poderia ser entregue à morte! E tinham medo de perguntá-lo porque sabiam que não iriam gostar do que iriam ouvir.


Os discípulos admitiram a fragilidade de não fazerem perguntas a Jesus sobre esse assunto porque tinham medo. Será que nós também não temos medo de saber sobre algum assunto desagradável?


Se os discípulos tivessem perguntado a Jesus sobre o que Ele estava falando, certamente poderiam ter se preparado melhor para os acontecimentos… Se o exame tivesse sido analisado a tempo, uma vida poderia ter sido salva… Se o assunto delicado tivesse sido conversado com calma, talvez muitos aborrecimentos pudessem ter sido evitados…


É preciso que o Filho do Homem seja entregue nas mãos dos homens para que nós tenhamos a vida e vida em plenitude. E quem no-lo confirma é o próprio Jesus: se o grão de trigo caído na terra não morre, permanece só. Mas se morre dá muito fruto. Permita que te diga meu irmão, a vida autêntica vai ser entregue nas mãos dos homens, para que os homens a possuam. Pois, na lógica humana, só é vivo quem tem a vida e para nós a termos é necessário que alguém a conceda. E então se justifica a entrega da vida de Jesus aos homens. No Evangelho segundo João 10,10 Jesus diz: eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Como a teríamos em plenitude se Ele não morresse na cruz?


Senhor, dá-me a graça de entender que a vida autêntica de fé e de missão é entrega e doação plena como vós mesmos fizestes. Que eu seja um dom, uma doação para os meus irmãos e irmãs. O mistério da Cruz, que não é outro senão o mistério Pascal da salvação do mundo em Cristo morto e ressuscitado domina toda a vida de Jesus. Para os discípulos de todos os tempos, ele será sempre uma realidade misteriosa, difícil de ser acreditada. No entanto, é nele que se revela todo o mistério de Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.


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Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Homilia Diária - 25.09.2020

PEDRO RECONHECE O MESSIAS Lc 9,18-22


HOMILIA

Lucas nos apresenta hoje a preocupação de Jesus sobre o conceito que as pessoas tem e fazem da Sua pessoa e então faz aos discípulos a inquietante pergunta: “Quem dizem as pessoas sobre quem é o Filho do Homem?” E o interessante disso tudo é que os discípulos escutavam os mesmos comentários que chegaram aos ouvidos de Herodes: que Jesus era ou João Batista, ou Elias, ou algum dos profetas antigos, que ressuscitou. Mas o que Jesus realmente queria saber era o que os seus discípulos pensavam a respeito dele. E nesse momento é Pedro quem toma a iniciativa da resposta e erguendo a voz diz: Tu és o Cristo de Deus!


A palavra Cristo vem do grego, é uma tradução literal de Messias, e significa ungido. Esta resposta de Pedro tem todo um significado, e é sobre isso que vamos refletir hoje.


Os livros proféticos do Antigo Testamento falam da vinda do Messias, o Salvador. E atribui a Ele o poder de curar os doentes, expulsar demônios, e trazer a paz ao povo. João Batista sabia disso. E é por isso que quando ele mandou seus discípulos perguntarem a Jesus se Ele era o Messias, Jesus pediu que os discípulos de João o acompanhassem durante aquela tarde enquanto Ele realizou a cura de cegos e aleijados. Depois disso, Jesus disse aos discípulos de João que voltassem para dizer o que tinham visto. Jesus não queria dizer, neste momento, que Ele era o Messias, pois muitas coisas ainda precisavam acontecer antes do seu martírio. João Batista, como conhecedor das Escrituras, sabia desses sinais. Se Jesus já afirmasse desde esse momento que era a Promessa de Deus, o alvoroço e a polêmica seriam ainda maiores do que este que já estava acontecendo. E isso poderia encurtar a sua trajetória no meio de nós.


Mas então as pessoas da época não sabiam que Ele era o Ungido de Deus? O Filho de Deus? Que não deveriam esperar que viesse outro? Pois é, não sabiam. Somente os discípulos sabiam disso. E foram severamente proibidos de comentar isso com alguém até que Ele passasse pelo martírio, morte e ressurreição.


Ainda hoje os judeus esperam a primeira vinda do Messias. Para eles, Jesus foi apenas mais um profeta, que teve a sua importância, mas que não libertou o povo, como eles esperavam. O entendimento deles não permite que vejam a libertação que Jesus veio trazer… A libertação da escravidão do pecado. Essa libertação vai muito além da libertação que eles esperavam, que era a libertação da servidão aos romanos da época, e depois a tantos outros povos ao longo da história. A libertação que Jesus veio trazer é de dentro para fora. Você pode estar acorrentado numa prisão, e ser livre. Você pode estar doente em um leito de hospital, rejeitado pelos seus pais e estar em um orfanato ou um asilo, pode ter perdido a saúde, a dignidade, o dinheiro, a liberdade de ir e vir… e ainda ser livre. Parece contraditório, mas é a Verdade. E a Verdade vos libertará. Nem a morte causa medo a quem tem essa liberdade. E essa é a maior prova de fé: não temer a morte.


Para Pedro, Jesus é Filho do Homem. É o Deus que se faz humano, convivendo no dia-a-dia comum entre as multidões e comunicando-lhes seu amor divino e eterno, que permanece para sempre, além da morte. E para ti quem é Jesus? A pergunta: E vós quem dizeis que Eu sou?, exige um comprometimento pessoal. Pedro corajosamente mostrou sua crescente lealdade, ao afirmar que Jesus era o Cristo de Deus. Nesta confissão Pedro quis dizer que Jesus era o único Deus, Filho ungido para seus propósitos. Quais propósitos? A maioria não tinha idéia, portanto Jesus não queria que seus discípulos divulgassem o que Pedro havia dito. Ao invés de um Rei ungido para sofrer e morrer por pecadores, a maioria dos judeus estavam à procura de um rei que trouxesse libertação política. Jesus então deixou claro o preço que teria que pagar para seguir a confissão de Pedro num mundo que não apenas estava confuso a seu respeito, como também era contra seu ministério. Concordar com a confissão de Pedro significa causar conflito entre os crentes e o mundo e os levaria a negar a si mesmos, ao carregarem a cruz do discipulado.


O discipulado de Cristo lá e aqui tem seu preço, seu custo. Dar a sua vida por amor aos seus irmãos. Esta é a mensagem para o dia de hoje. Peça e ore ao Senhor para que te ajude a abrir mão, se preciso for, da segurança, conforto e diversões deste mundo para O seguir. Que Ele te ensine a negar a ti mesmo, carregar a cruz e seguí-lo. Pois, sua promessa é: quem perder a vida por minha causa, este a salvará.


Por isso, peça a Deus esta graça. Pai, só tu podes revelar-me a identidade de teu Filho Jesus. Que eu a conheça de forma verdadeira para poder conformar com ela a minha vida.


«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?


Fonte https://homilia.cancaonova.com/


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Homilia Diária - 24.09.2020

HERODES VIU, MAS NÃO CREU Lc 9,7-9


HOMILIA

O evangelista Lucas narra esta interrogação de Herodes sobre Jesus por ocasião do envio dos Doze em missão pela Galiléia, território não muito extenso, que estava sob sua jurisdição. Recebendo notícias da crescente atividade de Jesus e seus discípulos, Herodes alarma-se, parecendo-lhe que se repetia a mesma agitação ocorrida com João Batista.  E por isso procura ver e saber quem é este homem de quem se ouve falar tanto.


Herodes estava ciente de que mandara degolar João Batista para ver-se livre da acusação que lhe pesava em vista da sua situação de adultério. Porém, o que Herodes não sabia era que João Batista havia sido apenas o precursor do Messias e que o verdadeiro Salvador estava vivo e sendo interrogado e acusado pelos prodígios que realizava. Por isso, “Herodes procurava ver Jesus” e se questionava sobre a Sua verdadeira identidade. A pessoa de Jesus continua a ser questionada por aqueles(as) que ainda não tiveram com Ele uma experiência de salvação. Muitos também, hoje, O buscam, mas não têm consciência de que e porque O procuram!


Escrevem sobre Jesus sem tê-Lo conhecido e fazem suposições sobre a Sua pessoa levando muitos outros a acreditarem nas suas falsas conjecturas. Jesus é o protótipo do homem vindo do céu, é o modelo que todo filho e filha de Deus precisam seguir para serem reconhecidos pelo Pai. Para que nós tenhamos convicção sobre quem é Jesus e qual o Seu verdadeiro papel na nossa vida nós precisamos conhecê-Lo através da Palavra, ter intimidade com Ele na oração, na adoração, na Eucaristia.


Neste mundo, o Senhor só é visto quando as pessoas querem vê-lo. Não há de que nos espantarmos. Mesmo na Ressurreição, só foi dado ver Deus aos que tinham o coração puro: “Bem-aventurados os corações puros, porque verão a Deus” (Mt 5,8). Quantos bem-aventurados não tinha Jesus enumerado já e, contudo, não lhes tinha prometido esta possibilidade de verem Deus. Se, portanto, aqueles que têm o coração puro hão de ver Deus, seguramente que os outros não o verão; aquele que não quis ver Deus não pode ver Deus.


Porque Deus não se vê num lugar, mas, através de um coração puro. Não são os olhos do corpo que procuram Deus; ele não é captado pelo olhar, nem tocado pelo tato, nem ouvido numa conversa, nem reconhecido numa atitude. Julgamo-lo ausente e vemo-lo; está presente e não o vemos. Aliás, nem todos os apóstolos viam Cristo; foi por isso que ele lhes disse: “Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis?” (Jo 19,9) Com efeito, todo aquele que conheceu qual é “a largura, o comprimento, a altura e a profundidade – o amor de Cristo que ultrapassa todo o conhecimento” (Ef 3,18-19), esse viu também Cristo, viu também o Pai. Porque, no que nos toca, não é segundo a carne que conhecemos Cristo (2 Cor 6,16), mas segundo o Espírito: “O Espírito que está diante da nossa face é o Ungido do Senhor, o Cristo”. Que Ele se digne, na sua misericórdia, cumular-nos com toda a plenitude de Deus, a fim de que O possamos ver!


Assim sendo poderemos apresentá-Lo àqueles que ainda não O conhecem para que tenham também um encontro com a Salvação. O que você fala de Jesus você o diz com conhecimento de causa? Você conhece Jesus porque lê muito sobre Ele ou porque encarna Sua Palavra como uma comida para a sua alma?


Pai, diversamente dos inimigos de Jesus, quero conhecer a identidade e a missão de teu Filho, pois é por ele que me guiarei para ser fiel a Ti.


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terça-feira, 22 de setembro de 2020

Homilia Diária - 23.09.2020

 A MISSÃO DOS DOZE APÓSTOLOS Lc 9,1-6


HOMILIA

E chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois e dava a eles autoridade sobre os espíritos impuros. De dois em dois como se fossem testemunhas de uma verdade perante o mundo que não a conhecia. Evidentemente, a verdade era o Reino para o qual deviam se preparar com nova mentalidade. A autoridade sobre os espíritos impuros ou imundos é como o carimbo da divindade ao dominar os que na época se consideravam seus inimigos e triunfadores na luta entre o bem e o mal. O triunfo sobre eles indicava que o seu reino estava no fim e um novo reinado prestes a ser instaurado: o reinado da luz, da verdade e do bem em nome de Jesus, o representante do Deus vivo. Lucas em lugar paralelo, expressamente fala de proclamar o reino de Deus. O envio de dois em dois era próprio do tempo, pelo que dizia respeito aos mensageiros enviados para atestar uma mensagem. Também podemos ver nessa situação uma oportunidade para o mútuo apoio em situações difíceis. Jesus, no início de sua escolha, chama de dois em dois os irmãos pescadores. Os espíritos imundos: cremos que esta autoridade é para fazer calar os mesmos como Jesus fez na sinagoga de Cafarnaum ou expulsá-los como no caso da sogra de Simão, pois era considerada essa doença como causada por um espírito.  Os enfermos que curam eram os indispostos, para distingui-los dos que estavam mal e dos débeis. Não cremos que exista uma diferença real entre os termos que expressam uma mesma realidade: a doença.


E ordenou a eles de modo que não tomem para [o] caminho se não unicamente bordão, nem alforje, nem pão, nem cobre na cintura. Mas tendo atado [as] sandálias e não vestissem duas túnicas. As ordens eram umas positivas: bordão,  sandálias e uma túnica. Coisas necessárias para o caminho, pois nunca se caminhava descalço e um bordão era necessário tanto para se apoiar naqueles caminhos rudes e difíceis como arma defensiva contra os bandidos. Uma túnica é o mínimo que devia cobrir um corpo nu, ou seja, o necessário. As ordens negativas eram: não levar o alforje, que correspondia não ao cesto onde os judeus carregavam as provisões, especialmente o pão e vinho em sua peregrinação para Jerusalém, mas ao embornal dos mendigos que muitos missionários ambulantes levavam em suas missões. Também impede o dinheiro que era carregado numa bolsa na cintura ou dentro da faixa com que se atava a túnica ao redor dos rins. O texto fala de cobre, as moedas mais pobres sem ouro ou prata. Evidentemente com isto queria dizer que não podiam recolher qualquer dinheiro, nem como pobres, em sua missão. O texto de Mateus fala de não possuir ouro, nem  prata, nem cobre em seus cintos, nem sacola de provisões para o caminho nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão. Lucas diz que ordenou não tomar nada para o caminho, nem bordões, nem embornal, nem pão, nem prata, nem duas túnicas por cabeça. Dos textos vemos que não coincidem nos detalhes, especialmente Mateus para quem o bordão e as sandálias eram tão descartáveis como os alforjes e a túnica sobressalente. Os enviava com recursos até menores que os que tinham os mendigos, os mais pobres, para indicar que seu trabalho missionário não dependia dos valores humanos, mas da confiança que a Ele deviam: ao jovem rico manda dar tudo aos pobres para segui-lo. A pobreza era uma das características de Jesus, que não tinha nem onde reclinar a cabeça.


Se nas ordens anteriores era o caminho quem ditava as condições de pobreza para evitar se enriquecer com o pretexto da missão, agora coloca os discípulos como hóspedes gratuitos daqueles que aceitam o Evangelho. Caso não sejam recebidos, Jesus anuncia o que deve ser feito, profetizando que tal cidade teria um fim ainda pior do que foi dado às cidades que representavam no mundo antigo dos judeus o pecado propriamente dito. E todos que não vos receberem nem vos ouvirem, saindo dali sacudi o pó sob vossos pés para testemunho. Em verdade vos digo: Mais tolerável será no dia da condenação para os de Sodoma e de Gomorra do que para aquela cidade. Era costume entre os judeus em cada cidade haver um encarregado que se ocupava da comida e vestuário dos peregrinos. Sacudir o pó das sandálias era um gesto que o israelita fazia ao voltar de terra pagã. Dado que a terra participa do caráter de seus habitantes, despedir-se dos ímpios, comporta liberar-se também de seu pó. Sacudir o pó das sandálias não era uma maldição, mas um testemunho de que tal cidade era comparada a uma cidade pagã. Mas o final dessa cidade e de seu povo será o mesmo que Jesus anuncia contra as cidades em que tantos milagres foram feitos e que não se converteram. Se o destino das cidades é igualado, também é igualada a missão dos apóstolos e a missão de Jesus.


E tendo saído pregavam para que se convertessem. Embora Marcos não tenha narrado como Mateus que foram enviados para proclamar que o Reino estava às portas ou como Lucas diz para proclamar o Reino de Deus e curar os doentes, agora Marcos nos dá uma idéia de qual era o fim da missão apostólica. O arrependimento foi uma constante da pregação do Batista, do início da pregação de Jesus aos judeus, da proclamação de Pedro logo após a manifestação de Pentecostes. Mas quando se dirigem aos pagãos só pedem a fé.


E lançavam muitos demônios e ungiam com óleo muitos adoentados e saravam. O caso dos demônios é único aqui em Marcos, e também é única a narração de que ungiam os enfermos com óleo e sanavam. Deste resultado da missão também se tornam testemunhas tanto Mateus como Lucas. Porém, será Tiago quem de novo falará sobre a unção como uso corrente entre os membros da Igreja. Aqui está a base do sacramento da Unção aos Enfermos. A expulsão dos demônios (seja qual for a natureza dos tais) e a cura dos doentes eram a prova de que os apóstolos eram enviados por um ser superior às forças humanas. Como no caso de Pedro, a cura do aleijado deu ocasião para suscitar a fé nos presentes, e de se reafirmar na rejeição de Jesus pelos culpados. Também as curas eram a base da conversão ao Evangelho dos cidadãos presentes.


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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Homilia Diária - 22.09.2020

 A PROVA DE SER FILHO DE DEUS Lc 8,19-21


HOMILIA

“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam”. Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a sua família, Jesus não estava renunciando à sua família segundo a carne. Como filho mais velho, ele continuou a cuidar do bem estar da sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a sua vida na cruz, ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava. Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significado no Reino de Deus.


O relacionamento mais próximo do Senhor Jesus é com o seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual – e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.


Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o seu ministério a todos aqueles que o receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.


O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.


O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.


Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias uma das assíduas comentadoras da homilia diária perguntava sobre este aspecto. Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).


Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.


Lê-se em Gênesis que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27) que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’: “Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 13, 8). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).


No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por S. Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?” Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cléofas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, S. Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cléofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cléofas, e Maria Madalena”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cléofas é o pai deles.


Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria de Cléofas e Alfeu.


Também decorre uma pergunta: Por que nunca os Evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?


Portanto, a própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de S. Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.


Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.


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Homilia Diária - 21.09.2020

 PECADOR PÚBLICO Mt 9,9-13


HOMILIA

O Evangelho de hoje nos fala sobre a vocação de Mateus, ou seja, sobre Jesus que o chama para ser seu discípulo. Precisamos perceber que Jesus chama um pecador público. Isto era algo de extraordinário. Mas, o que significa esta expressão “pecador público“? Significa que alguém era considerado publicamente pecador, pois todos conheciam a sua conduta de pecado.


Os capítulos depois do Sermão da Montanha, ou seja, os capítulos 8 e 9, narram a atividade de Jesus. Diríamos assim que se trata do programa de vida que proclamou no Sermão da Montanha como felicidade e paz para o povo é o que ele realiza com suas atitudes e obras. Dessa maneira, Mateus apresenta a atividade messiânica de Jesus no seio de seu povo. No meio desta atividade está situado o texto que a Igreja nos oferece para refletir neste dia. Cabe-nos perguntar por que o evangelista situa o chamado de Levi neste momento de sua narrativa.


Talvez a resposta esteja no último versículo que hoje lemos: Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos e sim pecadores, ou seja, o evangelista acha necessário esclarecer que o centro da missão do Messias é buscar o que estava perdido, curar os doentes, libertar os cativos, proclamar o ano de graça de misericórdia do Senhor! (Lc 4, 18-19).


Este é o reino que Jesus vem inaugurar e comunicar com sua vida, morte e ressurreição. E para ser partícipes e, mais ainda, colaboradores na expansão deste reino, todos(as), sem exceção, são convidados de uma maneira ternamente pessoal, rompendo qualquer norma ou preconceito que deixe alguém fora do âmbito deste reino.


Se olharmos agora para Levi, cobrador de impostos, é, sem dúvida, uma das pessoas que na época de Jesus sofriam a exclusão. Não eram queridos pelo povo por causa de seu trabalho ganancioso. Eram considerados impuros por parte das autoridades religiosas judaicas, e para o império romano não eram mais que um dos últimos degraus na escada da opressão que exerciam sobre o povo.  Por essa razão, é escandaloso para os judeus e também para os discípulos de Jesus, que ele chame Mateus para ser seu seguidor! E, como se isso não bastasse, vai à sua casa e se senta à sua mesa.


Se considerarmos a casa como símbolo da história da pessoa, e partilharmos sua mesa assim como a sua intimidade, podemos entender que o evangelista está mostrando que Jesus, quando chama Mateus, o faz dentro de sua própria história com suas luzes e sombras. A resposta que Jesus dá aos fariseus revela seu conhecimento da vida de Mateus, que o faz “merecedor” de uma atenção privilegiada por parte dele: As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes.


Esta maneira de olhar que Jesus tem é, por assim dizê-lo, revolucionária porque está carregada de compaixão e misericórdia. Por isso, não julga nem condena o cobrador de impostos, antes é capaz, sendo conhecedor de sua fraqueza e também de seus erros, de convidá-lo para uma vida diferente que brota da amizade com Ele.


E aqui podemos nos lembrar das palavras do Evangelho de João, quando Jesus fala da amizade: ”eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que o ouvi de meu Pai” (Jo15,15b).


O Evangelho de hoje nos diz que Jesus viu primeiro. Referindo-se a Mateus, é vê-lo na sua situação cotidiana: Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos. Mas o olhar de Jesus é capaz de ir além do que um simples olhar enxerga de um judeu cobrador de impostos. Ele reconhece em Mateus um filho muito querido de Deus, e isso é o que Ele comunica primeiro para o cobrador de impostos. Seu olhar sobre Mateus está carregado da ternura e misericórdia de Deus Pai-Mãe, que cura as feridas e perdoa os pecados, amando-o incondicionalmente.


Mas Jesus continua e diz para ele: “Segue-me!”. Abre-se diante de Mateus a possibilidade de um caminho novo, impensável até esse momento. É convidado a deixar de ser uma engrenagem do império opressor, para passar a ser íntimo colaborador na construção de um reino de liberdade, justiça e solidariedade.


Deixemos que Jesus passe e nos olhe no nosso dia-a-dia e, como Mateus, tenhamos a coragem de acolher esse olhar e a proposta que dele brota. Sem dúvida, nossa vida passará a ser diferente e poderemos também ser parte deste círculo aberto, inclusivo e integrador de amigos e amigas de Jesus que continuam lutando pela sua mesma paixão: o ser humano e a casa em que ele habita!


Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.


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sábado, 19 de setembro de 2020

Homilia Diária - 20.09.2020

MUITOS DOS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS Mt 20,1-16a


HOMILIA

A parábola de hoje nasce da realidade agrícola do povo da Galiléia. Era uma região rica, de terra boa, – mas com o seu povo empobrecido, pois as terras estavam nas mãos de poucos, e a maioria trabalhava ou como arrendatários ou como “bóia-fria” como diríamos hoje. Embora a cena situe-se na Galiléia de dois mil anos atrás, bem poderia ser o Brasil da atualidade. Apresenta uma situação de trabalhadores braçais desempregados, não por querer, mas “porque ninguém nos contratou” (v.7). Talvez haja uma diferença, comparando com a situação de hoje – na parábola, o salário combinado era uma moeda de prata, um denário, que na época era o suficiente para o sustento diário duma família – o que nem sempre se verifica hoje.


O dono de uma vinha chamou trabalhadores para a colheita. A uns chamou pela manhã, outros ao longo do dia e outros, ainda, no fim do dia. A todos, compromete-se com o mesmo pagamento. Naturalmente, aqueles que começaram a trabalhar ainda cedo reclamaram ao patrão por ter recebido o mesmo montante dos outros que trabalharam apenas uma pequena parte do dia. Para o patrão, porém, está feita justiça: pagou a todos conforme o combinado e, ademais, dispôs daquilo que é seu. Se, aos olhos do empregado que se considera lesado aquilo era injusto, ao patrão foi apenas um acerto de contas equânime, dentro dos limites que tinha estabelecido.


Muitas vezes assumimos o papel dos trabalhadores que reclamam por ter trabalhado tanto enquanto outros que não sofreram as mesmas penas recebem a mesma recompensa. Assim o é na vida civil e na vida cristã. Mas, para Deus, não importa o “tempo de casa” ou aquilo tudo que já demos: importa com que amor o demos, com que dedicação o fizemos. Além disso, o Senhor nos dá a Sua graça e esta Ele dispõe como deseja. Essa é a aparente contradição: a perspectiva humana entende que o pagamento deve ser correspondente ao tempo ou à responsabilidade do trabalho. Deus, não. Ele entende que pode dispor do que é seu e dá a cada um como considera o seu merecimento.


O texto nos ensina que a lógica do Reino não é a lógica da sociedade vigente. Na nossa sociedade, uma pessoa vale pelo que produz – logo, quem não produz não tem valor. Assim se faz pouco caso do idoso, aposentado, doente, excepcional. Na parábola, o patrão (símbolo do Pai) usa como critério de pagamento, não a produção, mas o sustento da vida – também o trabalhador da última hora precisa sustentar a família, e por isso recebe o valor suficiente, um denário.


O Reino tem outros valores do que a sociedade do nosso tempo – a vida é o critério, não a produção. Por isso, quem procura vivenciar os valores do Reino estará na contramão da sociedade dominante. O texto nos convida a imitar o Pai do Céu, lutando por novas relações na sociedade e no trabalho, baseadas no valor da vida, não na produção e consumo. Para a comunidade de Mateus, a parábola tinha mais um sentido. Começavam a entrar pagãos na comunidade, e muitos cristãos de origem judaica tinham dificuldade em aceitá-los em pé de igualdade – eram “da última hora”. Mateus conta a parábola para ensiná-los que no Reino, experimentado através da comunidade, não pode haver discriminação entre cristãos de várias origens, por isso “os últimos serão os primeiros”. O critério é a gratuidade de Deus Pai, pois tudo o que temos, recebemos dele, e sendo todos filhos e filhas amados dele, a comunidade cristã não pode discriminar pessoas, por qualquer motivo que seja.


O Senhor está sempre a nos convocar para fazer parte do seu reino. Enquanto aqui vivemos seremos a cada instante convidados para entrarmos em sintonia com o reino dos céus. Feliz de quem atende ao chamado do Senhor logo cedo na vida, pois usufruirá de tudo quanto Ele providenciou para que tenhamos uma qualidade de vida melhor. Quando nós aceitamos o convite de Jesus para entrar no Seu reino, tendo-o como Rei e Senhor da nossa vida, nós também nos tornamos Seus colaboradores para atrair outros que ainda estão vagando no mundo e não encontraram ainda a verdadeira felicidade porque não abraçaram a salvação de Jesus. A recompensa é a salvação e o Senhor a promete a todos àqueles que a acolherem. Seja em qualquer hora da nossa vida, até na hora da nossa morte nós teremos a chance de ganhar o prêmio da vida eterna. É pela bondade e misericórdia do Pai que nos enviou Jesus Cristo que nós somos salvos. Portanto, não façamos questão para sermos os primeiros ou os últimos, o mais importante é que já estamos dentro do redil do reino de Deus. Você já aceitou o convite para trabalhar na vinha do Senhor? Qual é a recompensa que você espera? Você se incomoda se outros também receberem a mesma recompensa que você espera? Você deseja que muitos entrem também com você no reino de Deus? O que você tem feito para que isto aconteça?


Pai, que eu jamais me deixe levar pelo espírito de ambição e de rivalidade, convencido de que, no Reino, somos todos iguais, teus filhos.


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