sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Homilia Diária - 03.10.2022

 COMO AMAR Lc 10,25-37


HOMILIA


O homem perguntou: Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? Usando a forma rabínica, Jesus respondeu com uma pergunta ou duas questões: O que está escrito na Lei? Como você a lê. Quando o perito na lei respondeu citando Deuteronômio


6.5 e Levíticos 19.18, Cristo disse: Você respondeu corretamente; e, então, citou Levíticos 18,5 e Ezequiel 20,11 para deixar claro aquilo de que o homem precisava:Faça isto; viverá. Em outras palavras, não era suficiente recitar a lei de Deus, mas vivê-la de maneira a agradar a Deus! Para isso, a pessoa tem que colocar em ação o que a lei de Deus requer, sendo a essência desta o amor: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, com todas as forças e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo.


Agora, se estivéssemos no lugar daquele homem, poderíamos ter deixado por isso mesmo. Afinal de contas, Jesus tinha dito na frente de todos os presentes, que ele havia respondido corretamente. Receber um 10, porém, não era suficiente para o doutor na lei. Ao invés disso, queria receber algum crédito extra. Lembre: ele planejara testar Cristo, e realmente ainda não havia feito isso! Assim, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo? Generosamente, até mesmo com compaixão, o Senhor Jesus contou-lhe uma parábola para ajudá-lo a entender o verdadeiro significado da lei do amor, considerando que amar é uma disposição interna, não uma qualificação externa. Uma história sobre compaixão


À medida que Jesus contava a história, os ouvintes puderam pintar vividamente a cena: A estrada rochosa, tortuosa, de Jerusalém para Jericó, tem sido notória, por todos os séculos, como um lugar onde os ladrões, muito freqüentemente, atacam os viajantes. Ela era uma descida íngreme por locais desolados. A distância era de, aproximadamente, vinte e seis quilômetros e a estrada descia um total de 1.040 metros. Era o tipo de caminho no qual os ladrões poderiam estar bem seguros. Jesus não disse que os salteadores da história roubaram o homem: isso seria subentendido. Ele concentrou-se no tratamento violento dispensado ao viajante. Eles deixaram-no quase morto.


Então, um a um, Cristo apresentou três homens; qualquer um deles poderia ter ajudado ao homem severamente ferido: O primeiro homem que, casualmente descia pelo mesmo caminho, era certo sacerdote. Ele ficou diante de um dilema ético: o único meio de saber se realmente o homem ainda estava vivo, e precisando de ajuda, era se aproximar e tocá-lo, mas, se já estivesse morto e ele tocasse no falecido, ficaria ritualmente imundo. Não apenas deixou de ajudar, como também foi para o outro lado da estrada. Ele evitou qualquer possibilidade de contato. Outros fatores podem ter pesado, como por exemplo, a possibilidade de os ladrões retornarem, a natureza dos negócios daquele homem moribundo, e assim por diante. Nós não temos conhecimento… Sabemos que o sacerdote deixou o homem onde ele estava sem se importar com o sofrimento e com as necessidades dele.


O segundo homem a entrar em cena era um levita. O que aconteceu no caso do sacerdote se repetiu… Nos tempos do Novo Testamento, os levitas estavam em posição de inferioridade em relação aos sacerdotes; não obstante, formavam um grupo privilegiado pela sociedade judaica. Eram responsáveis pela liturgia no templo e por manter a ordem no culto; Pode-se presumir que os mesmos motivos do sacerdote, para não ajudar, estavam na mente do levita.


O terceiro homem era samaritano, estando de viagem e, quando viu o homem ferido, moveu-se de íntima compaixão dele. Aquele sentimento de condolência levou-o a ajudar: ele foi até o homem machucado, enfaixou-lhe as feridas, derramando vinho e óleo. Depois, colocou-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria na qual poderia se recuperar. Porque o viajante piedoso tinha que retomar sua jornada, deu ao hospedeiro o equivalente a duas diárias para que ele cuidasse do homem em sua ausência e prometeu pagar as despesas adicionais, se houvessem, quando retornasse de sua viagem.


Jesus selecionou cuidadosamente os detalhes para a história contada. Primeiro o sacerdote e, depois, um passou pelo homem ferido. Os que ouviam estavam prontos para o herói ser introduzido e, provavelmente, presumiam que seria um judeu leigo, como uma última condenação dos líderes religiosos, o clero, que havia passado para o outro lado da rua. Para surpresa deles, o herói era um samaritano!


Jesus tinha dado o papel de bom sujeito a um inimigo dos judeus, a uma pessoa cuja herança, há muito, repugnava-os.


Passados todos estes séculos, referimo-nos à história como a parábola do Bom Samaritano. Ao fazer isso, inconscientemente, estamos caindo no mesmo preconceito que era evidente na audiência de Jesus, porque estamos afirmando que tal samaritano era diferente dos outros samaritanos pelo fato de que era bom. Talvez, como os judeus, nós também precisemos de uma lição sobre compaixão, começando por mencionar novamente a história.


Em qualquer situação que nos encontrarmos, como necessitados ou como colaboradores somos convocados pelo Senhor a amar o nosso próximo como a nós mesmos. Às vezes nós ajudamos às pessoas e as socorremos por obrigação ou a contra gosto, porém a própria Palavra do Evangelho nos esclarece: o próximo “é aquele que usou de misericórdia para com ele”. A misericórdia, então, é o sinal para que nós sejamos “o próximo” de alguém. Agir com misericórdia é fazê-lo por amor a Deus e acolher a miséria do outro com o mesmo amor de Deus e não somente com o nosso amor imperfeito e interesseiro.


Como você costuma agir: como o sacerdote, como o levita, como o samaritano, como o hospedeiro? – Ou você sempre é aquele que desce de Jerusalém para Jericó, se mete em enrascadas e está sempre precisando que alguém se aproxime de você?- Você já experimentou ser aquele (a) que está necessitado (a) e espera o socorro de alguém?- Quando você ajuda alguma pessoa você o faz por amor a Deus e com o amor de Deus?


A narração de Jesus ensina que viver agora, e sempre, como povo de Deus, significa demonstrar compaixão, mesmo quando nos incomoda, mesmo quando isso faz nossa vida tornar-se impura, mesmo quando desafia nossa compreensão tradicional e, até mesmo, quando nos custa algo pessoalmente. Isso é o que Jesus está nos dizendo: Vá e faça o mesmo.

Fonte homilia.cancaonova.

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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Homilia Diária - 02.10.2022

 Fazer o bem é a nossa obrigação


HOMILIA


“Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’” (Lucas 17,10).


 

Aquilo que são nossas obrigações, deveres e responsabilidades, não devem ser motivo de mérito, reconhecimento e aplausos para alguém dizer: “Obrigado por você ter feito o que deveria ter feito”.


Deve acontecer o contrário, precisamos ser corrigidos e alertados, chamados à atenção quando não cumprimos nossas obrigações. Eu não tenho de ser aplaudido porque faço a minha obrigação e meu dever de padre. Você não tem de ser agradecido nem exaltado porque faz a sua obrigação e seu dever de pai, suas tarefas de mãe. Você não deve ganhar troféu porque vai todos os dias trabalhar. É nossa obrigação cumprirmos as nossas responsabilidades.


Vivemos numa sociedade onde a exaltação do ego, onde tudo que merece troféus e prêmios é o mais importante, quando, na realidade, o mais importante é cumprirmos nossas responsabilidades e obrigações sem esperar nada em troca. Somos apenas servidores daquilo que devemos fazer.


Fazer o bem é nosso dever e nossa obrigação, ser um bom cristão é nosso dever e nossa obrigação

O servidor público deve esmerar por servir o povo porque é a sua obrigação. Ficamos tão felizes quando um servidor público nos serve bem, mas é a obrigação dele e todos os outros nos servirem bem. É a obrigação de todos nós, na tarefa, no trabalho, na missão que realizamos neste mundo, fazer bem o nosso trabalho.


É verdade que ficamos muito satisfeitos e agradecidos quando, em qualquer lugar, encontramos a pessoa que nos serve de forma educada e gentil, mas educação e gentileza não é algo para simplesmente ser uma obrigação de vida, de modo a ser algo exaltado e louvado.


As pessoas se tornaram tão intolerantes, estamos nos tornando tão rudes uns com os outros que, quando alguém se apresenta de forma mais educada para nós, nos surpreendemos. Por isso, não espere ser louvado, exaltado e agradecido para, então, fazer o bem.


Fazer o bem é nosso dever e nossa obrigação, ser um bom cristão é nosso dever e nossa obrigação. Não podemos esperar ser canonizados, receber palmas ou méritos porque cumprimos o nosso papel de cristão. Devemos pedir a Deus que nos corrija, que nos coloque em alerta quando não estamos cumprindo as nossas responsabilidades.


Que Deus nos dê a graça de dia a dia fazermos o que devemos fazer, cumprirmos as nossas tarefas, obrigações e responsabilidades sem esperar nada em troca.


Que o bem seja feito porque ele precisa sempre ser feito, porque é o nosso dever fazer o bem.


Deus abençoe você!

Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 

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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Homilia Diária - 01.10.2022

 A VOLTA DOS SETENTA E DOIS DISCÍPULOS Lc 10,17-24


HOMILIA


Os setenta e dois discípulos voltam «cheios de ale¬gria» e Jesus revela-lhes o conteúdo profundo daquilo que fizeram.


O tema é tratado em duas secções ligeiramente diferentes, mas unitárias. Temos, em primeiro lugar a missão, considerada pelos 72 discípulos uma vitória na luta contra Satanás; depois, a vitória sobre Satanás, que evidencia a capacidade dos discípulos em vencer o mal que há no mundo. Por isso são chamados «Felizes» e os seus nomes estão «escritos no Céu»; em terceiro lugar, o evangelho faz notar que «os pequenos» estão abertos ao mistério e recebem a verdade de Jesus; finalmente, Jesus louva o Pai pelo dom concedido «aos pequenos» e revela a união de amor entre Ele e o Pai: «Tudo me foi entregue por meu Pai; e nin¬guém conhece quem é o Filho senão o Pai…».


Pode dizer-se que a missão é irradiação do amor que une o Pai e o Filho. Este amor, revelado «aos pequenos» é a força que destrói o mal. Os discípulos são «felizes» porque vêem e saboreiam desde já o amor do Pai e do Filho.


“Porém não fiquem alegres porque os espíritos maus lhes obedecem, mas sim porque o nome de cada um de vocês está escrito no céu.” É para mim e para ti que Jesus está se dirigindo agora. Será que o meu e o teu nome também já está escrito no céu? Os nomes de todos os Apóstolos e santos, eu sei que já estão. O que temos feito para que eles estejam escrito neste livro? Sei que estou tentando anunciar o Reino de Deus, já há um bom tempo. E tu?


Pai, por ter meu nome inscrito no céu e por estar unido a Ti, única fonte de vida e de libertação, ajuda-me a lutar contra o mal que mantém a humanidade cativa do egoísmo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Homilia Diária - 30.09.2022

 O mundo precisa de bons samaritanos!


HOMILIA


O bom samaritano é aquele que usa do perdão, da misericórdia para quem o feriu, para quem o machucou, para aquele que, em alguma situação de sua vida, lhe fez mal.


“’Qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu:’Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa’” (Lucas 10, 36-37).


Amado irmão e irmã, a Palavra de Deus que hoje vem ao nosso coração, apresenta-nos esta linda parábola do bom samaritano. Entenda uma coisa, o samaritano foi muito bom, porque ele não só cuidou daquele homem que havia caído na mão dos assaltantes; ele fez mais do que isso. Ele venceu seu orgulho, venceu a rivalidade histórica, venceu o desprezo, venceu as situações passadas e ultrapassadas que havia nas relações entre os judeus e os samaritanos. Ele foi um vitorioso sobre o seu próprio coração; não deixou que o sentimento da vingança, do desprezo, que nenhum desses sentimentos tomassem conta do seu coração.


A bondade dele não foi só de ter feito uma caridade para alguém, mas ele fez uma sublime caridade para alguém que, na verdade, representava o inimigo para ele. Esta era a oportunidade que tinha para se vingar, para deixar aquele homem prostrado, porque os seus próprios assim o fizeram.


Um sacerdote passou adiante, um levita, que era conhecedor da Lei, também não deu atenção para ele [o homem que caiu nas mãos de assaltantes]. Foi aquele coração bom que usou da bondade, usou da suprema bondade, usou da suprema misericórdia para socorrer o seu irmão necessitado.


Quando olhamos para esta parábola do bom samaritano, acreditamos que para sermos bons samaritanos precisamos apenas socorrer quem está jogado nas ruas, fazer algo pelos pobres – e isso nós precisamos fazer sempre. Mas, o bom samaritano é aquele que sabe usar do perdão, da misericórdia para com seu próximo em todas as situações da vida.


O bom samaritano, na verdade, o bom cristão, não é aquele que usa da vingança, não é aquele que usa do ressentimento, não é aquele que usa da mágoa. Mas, é aquele que usa do perdão, da misericórdia para quem o feriu, para quem o machucou, para aquele que, em alguma situação de sua vida, lhe fez mal.


A resposta dele é diferente [o bom samaritano]. Ele usa do bálsamo, da misericórdia divina e gasta o “algo a mais”, gasta de si próprio, do seu tempo, do seu dinheiro, da sua disposição, seja do que for, para cuidar daquele que o feriu.


Alguém pode até dizer: ‘Isso é impossível!’ Pode ser impossível para quem não conhece a bondade de Deus e o tamanho da misericórdia de Jesus para conosco, para quem, de fato, não experimenta na sua vida a misericórdia divina que Ele usa para com seu próximo: o remédio da misericórdia.


O mundo precisa de bons samaritanos! A Igreja, a sociedade, espera muito dos bons cristãos! Onde é que eles estão?


Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 

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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Homilia Diária - 29.09.2022

 ANTES QUE FILIPE TE CHAMASSE EU JÁ TINHA TE VISTO Jo 1,47-51


HOMILIA


São João nos apresenta um Jesus conhecedor de tudo e de todos. Que não precisa que alguém lhe conte e mostre quem são as pessoas com as quais Ele se relaciona. Deus conhece todas as ações humanas, e Ele é o Justo Juiz, e seu Reino não terá fim. O mal um dia será vencido e não mais estará presente entre os homens. Mas isto somente vai acontecer quando vermos o céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Todavia somos convidados já a nos alegrarmos : por isso, alegra-te ó céu, e todos os que viveis nele. O convite é extensivo aos coros celestes, serafins, arcanjos e anjos. É Cristo quem nos chama para estar junto dele e participar de sua obra redentora!


Filipe não tinha guardado para si a grande alegria de ter encontrado o Messias anunciado pelos Profetas, mas comunicara-a ao seu amigo Natanael, que se mostrou incrédulo em face da procedência humilde de Jesus, filho de um carpinteiro de Nazaré, quando o Messias devia ser descendente de Davi e procedente de Belém. Filipe não se desmoraliza com as razoáveis objeções do amigo e também não confia em suas próprias explicações ao amigo; opta por convidar Natanael a aproximar-se pessoalmente de Jesus: “vem e verás” (v. 46).


Passemos agora para o nome Natanael. Biblicamente ele é de origem semítica e significa dom de Deus. Foi um dos Doze Apóstolos (cf. Jo 21, 2). É bem provável que tenha sido Bartolomeu, o qual teria dois nomes, sendo este último um nome patronímico (filho de Tolmay), como o patronímico de Simão Pedro, Baryona (filho de Jonas). Esta identificação é deduzida dos diversos catálogos dos Apóstolos que nos deixaram os Sinópticos, onde Bartolomeu sempre se segue a Filipe, aquele Apóstolo que levou Natanael a Jesus .


“Eu te vi, debaixo da figueira”. Natanael sentiu que o olhar de Jesus penetrava os mais profundos recônditos da sua alma, pois algo de significativo devia ter passado no seu coração naquela hora e naquele local exato a que Jesus se referia, e que só Deus podia conhecer.


Natanael é um israelita fiel à tradição da Lei, e parece não ter idéia da ruptura de João Batista com as instituições do Judaísmo. A fala de Jesus a Natanael, “quando estavas debaixo da figueira, eu te vi”, remete ao profeta Zacarias: Naqueles dias convidar-vos-ei, uns aos outros, debaixo da figueira. (Zc 3,10). Corresponda ou não, verdade é que, Natanael vê-se descoberto e então respondendo professa a sua fé em Jesus: Mestre, Tu és o Filho de Deus, o Rei de Israel. Tanto uma palavra quanto outra fazem parte dos títulos messiânicos procedentes do Salmo 2. A intenção do Evangelho revela-se ao apresentar, desde a primeira hora, confissões explícitas de fé em Jesus.


E com a expressão: “Então vereis o céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”, esconde e ao mesmo tempo revela de uma forma muito clara e expressiva que Jesus é o Mediador entre o Céu e a terra, ficando assim os Céus abertos para a humanidade. Ele é a porta pela qual os homens têm acesso ao Pai. É a escada de Jacó, pela qual subiam e desciam os Anjos na visão de Jacó (Gn 28,12).


Portanto, assim como Natanael, reconheçamos em Jesus “o Caminho, a Verdade e a Vida “.  Proclamemos bem alto: “Senhor, tu és o Filho do Homem, o Rei de Israel”, para que no final possamos ver o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre Ele; e com Ele reinemos eternamente.


Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Homilia Diária - 28.09.2022

 O JEITO DE SEGUIR JESUS Lc 9,57-62


HOMILIA


Jesus usa essa pequena parábola para ilustrar o caminho do discipulado. Ser seu discípulo é tornar-se alguém tão concentrado em sua missão quanto o agricultor que ara sua terra. Não é possível olhar para trás, ter outras preocupações ou distrações. Envolver-se com o reino de Deus significa “já” estar com a mão no arado e não se pode perder tempo nenhum. Jesus é mais exigente que Elias, pois enquanto este permitiu que Eliseu fosse despedir-se de seus familiares, nem isso Jesus consente. É nessa radicalidade que este voluntário é surpreendido. Não se pode esperar o pai morrer, mas também não se pode nem despedir-se dele. O discipulado exige um engajamento imediato. Este homem foi confrontado com a radicalidade nua e crua da “urgência” com que se deve tratar o discipulado e o reino de Deus.


Novamente, como nos dois diálogos anteriores, não há resposta por parte da pessoa que conversa com Jesus. Sua reação? Não sabemos; fica apenas o silêncio. Um silêncio que pode ocultar uma multidão de pensamentos.


Este é um dos textos mais enfáticos sobre o seguimento de Jesus em todo o Novo Testamento. Ele apresenta a questão de que para ser discípulo de Jesus devemos pagar um “preço” e temos que ter consciência da “urgência” de seu chamado.


O “preço” a pagar é a certeza de que seguimos um Senhor que, embora seja dono de todo o universo, foi rejeitado e humilhado. Nossa vida não será diferente da d’Ele. Ser discípulo de Jesus significa assumir a disposição de ter uma vida simples, até mesmo com algumas necessidades, passar por incompreensões, às vezes estar sozinho nas lutas. Se não for assim, não estaremos aptos para seguir ao Senhor Jesus.


Levar o nome de cristão também implica em colocar o reino de Deus como prioridade em nossa existência. O texto ilustra isso de um modo chocante: nossas relações familiares. Se não estivermos dispostos a pagar o “preço” de colocar Jesus acima de “tudo”, até mesmo da família, e de assumir essa decisão com rapidez, pois o reino de Deus exige “urgência”, não conseguiremos ser discípulos. Você já pensou nisso? Já fez essa decisão?


É importante notar que o texto não apresenta nomes. Todas as três pessoas são desconhecidas. Você sabe por quê? Para que analisemos nossas vidas e vejamos se nosso nome não deve aparecer no lugar daquelas pessoas, devido ao nosso comportamento idêntico ao delas. Será que seu nome deve ser colocado no lugar do primeiro homem? Ou no do segundo? Talvez você se assemelhe ao terceiro? Essa é uma questão que só você pode responder.


As respostas que você der a esse texto definirão se você pode viver como discípulo conforme ilustrado em 9,51-56 e 10,1-12. Você tem conseguido viver com alegria como discípulo de Jesus?


Pai torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Homilia Diária - 27.09.2022

 O JEITO DE SEGUIR JESUS Lc 9,57-62


HOMILIA

Jesus usa essa pequena parábola para ilustrar o caminho do discipulado. Ser seu discípulo é tornar-se alguém tão concentrado em sua missão quanto o agricultor que ara sua terra. Não é possível olhar para trás, ter outras preocupações ou distrações. Envolver-se com o reino de Deus significa “já” estar com a mão no arado e não se pode perder tempo nenhum. Jesus é mais exigente que Elias, pois enquanto este permitiu que Eliseu fosse despedir-se de seus familiares, nem isso Jesus consente. É nessa radicalidade que este voluntário é surpreendido. Não se pode esperar o pai morrer, mas também não se pode nem despedir-se dele. O discipulado exige um engajamento imediato. Este homem foi confrontado com a radicalidade nua e crua da “urgência” com que se deve tratar o discipulado e o reino de Deus.

Novamente, como nos dois diálogos anteriores, não há resposta por parte da pessoa que conversa com Jesus. Sua reação? Não sabemos; fica apenas o silêncio. Um silêncio que pode ocultar uma multidão de pensamentos.

Este é um dos textos mais enfáticos sobre o seguimento de Jesus em todo o Novo Testamento. Ele apresenta a questão de que para ser discípulo de Jesus devemos pagar um “preço” e temos que ter consciência da “urgência” de seu chamado.

O “preço” a pagar é a certeza de que seguimos um Senhor que, embora seja dono de todo o universo, foi rejeitado e humilhado. Nossa vida não será diferente da d’Ele. Ser discípulo de Jesus significa assumir a disposição de ter uma vida simples, até mesmo com algumas necessidades, passar por incompreensões, às vezes estar sozinho nas lutas. Se não for assim, não estaremos aptos para seguir ao Senhor Jesus.

Levar o nome de cristão também implica em colocar o reino de Deus como prioridade em nossa existência. O texto ilustra isso de um modo chocante: nossas relações familiares. Se não estivermos dispostos a pagar o “preço” de colocar Jesus acima de “tudo”, até mesmo da família, e de assumir essa decisão com rapidez, pois o reino de Deus exige “urgência”, não conseguiremos ser discípulos. Você já pensou nisso? Já fez essa decisão?

É importante notar que o texto não apresenta nomes. Todas as três pessoas são desconhecidas. Você sabe por quê? Para que analisemos nossas vidas e vejamos se nosso nome não deve aparecer no lugar daquelas pessoas, devido ao nosso comportamento idêntico ao delas. Será que seu nome deve ser colocado no lugar do primeiro homem? Ou no do segundo? Talvez você se assemelhe ao terceiro? Essa é uma questão que só você pode responder.

As respostas que você der a esse texto definirão se você pode viver como discípulo conforme ilustrado em 9,51-56 e 10,1-12. Você tem conseguido viver com alegria como discípulo de Jesus?

Pai torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Homilia Diária - 26.09.2022

 O MAIS IMPORTANTE DO REINO Lc 9,46-50


HOMILIA


O Evangelho de hoje trata de um assunto que nunca sai de moda: a vaidade, a soberba, o orgulho, a avareza, ou seja, dos sete pecados capitais que se resume no desejo de ser grande. O desejo de se sentir importante é um dos mais primitivos desejos do ser humano. Aliás, o ditado popular diz que o coração do homem é insaciável de ambições. Quanto mais tem mais quer.


Diferentemente da nossa maneira de pensar, olhar e ver humanos, Jesus nunca olha para uma pessoa, mas sempre olha através da pessoa. Quando olhamos para alguém, não percebemos o que aquela pessoa está passando, pensando, sentindo. Isso nós só conseguimos saber quando nos anulamos e nos colocamos no lugar da outra pessoa. Jesus foi, então, o maior de todos os psicólogos que já existiu. Ele sondava o coração, e era capaz de ser aquela pessoa.


Na passagem de hoje, Ele sondou o coração dos discípulos e sentiu que eles se perguntavam quem, dentre os Doze, seria o maior. Eles eram humanos como nós, e dentro do grupo, procuravam uma posição de destaque. Observe que Jesus não coloca todos no mesmo patamar. Jesus admite que haja a possibilidade de alguém ser maior que os outros. Existe uma hierarquia no Reino dos Céus! Mas essa hierarquia é o inverso da nossa.


Aqui, neste mundo, quanto maior for a sua posição, mais inacessível você se torna. Na hierarquia de Jesus, quanto mais acessível você for, maior a sua posição. Viu como inverte duplamente? Neste mundo, você cresce e se torna inacessível; no Reino dos Céus, você se torna acessível e cresce!


Quando as pessoas tiverem medo e resistência em falar com você, significa que algo está errado. O primeiro passo é assumir. Se você não assumir, não vai conseguir nem passar para o segundo passo: descobrir o porquê. A maioria das pessoas quer interagir mais, ter mais e melhores amigos. Mas só o farão se encontrarem abertura no seu coração. E isto pode ser na forma de um sorriso, uma brincadeira ou até em você saber o nome da pessoa e chamá-la pelo nome. E esse já é o terceiro passo: abrir-se. Em pouco tempo, você já vai ser tão solicitado, que não vai dar nem conta de tanta responsabilidade.


O missionário do Reino, portanto, não pode desprezar ninguém! A criança que Jesus tomou em seus braços nesta passagem, representa não só as crianças, mas todos os que são excluídos neste mundo.


Jesus nos revela hoje a novidade do projeto de Deus: é um mundo de justiça, de vida plena para todos, abolindo os privilégios daqueles que concentram poder a partir da acumulação de riquezas ou do prestígio religioso. Percebe-se, nos Evangelhos, que os discípulos vindos do judaísmo sempre tiveram dificuldades em compreendê-lo. Estavam tomados pela ideologia messiânica nacionalista. Como Jesus falou para eles sobre a fragilidade de sua condição humana, vulnerável ao sofrimento e à morte, aludindo ao fim que pressentia acontecer em Jerusalém e os discípulos não entenderam e logo em seguida, passam a discutir quem seria o maior, pensando que Jesus estaria na iminência de conquistar o poder, assim também Ele quer falar para nós. Jesus nos apresenta como exemplo e, sobretudo, condição para sermos os maiores no Seu Reino o olhar puro e simples de uma criança. A criança como símbolo e modelo de humildade e exclusão do Reino dos Céus. Somos chamados a viver dedicados ao serviço, sem pretensões ao poder e a privilégios.


Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, aos mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo. E que nesta busca eu seja simples, puro e humilde como as crianças.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Homilia Diária - 25.09.2022

 O POBRE LÁZARO Lc 16,19-31


HOMILIA


Esta parábola é uma seqüência de parábolas mencionadas por Jesus no Evangelho de Lucas, a do filho pródigo, o administrador infiel e automaticamente a parábola do rico e Lázaro.


Existe uma suposição de que Jesus queria dizer através desta parábola que os homens bons e maus recebiam suas recompensas após a morte, porém esta alegoria contradiz dois princípios:


1º) Um dos princípios mais relevantes de interpretação, é que cada parábola tem um propósito de ensinar uma verdade fundamental.


2º) O sentido de cada parábola deve ser analisado a partir do contexto geral da Bíblia.


Na verdade Jesus nesta parábola não estava tratando do estado do homem na morte, nem do tempo quando se darão as recompensas. Ademais interpretar que esta parábola ensina que os homens recebem sua recompensa imediatamente após a morte, é contradizer claramente o que a Bíblia apresenta por um todo (Mt 16:27, 25:31-40, ICo 15:51-55, Isa 4:16, 17, Ap 22:12), dentre outros textos.


Obviamente nesta parábola Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a vida presente e a futura, pretendendo através desta relação mostrar que a salvação do judeu-fariseu, ou de qualquer homem, seria individual e não coletiva, como criam, e isso através da verdadeira consideração a imutável lei de Deus aos profetas (Lc 16:27-31).


A parábola do rico e Lázaro tem o propósito de ensinar que o destino futuro fica determinado pelo modo que o homem aproveita as oportunidades nesta vida.


Em conexão com o contexto da parábola anterior do administrador infiel. “Se, pois, não vos tornardes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” Lc 16:11.


Sendo assim, compreende-se que os fariseus não administravam suas riquezas de acordo com a vontade divina, e por isso estavam arriscando seu futuro, perdendo a vida eterna.


Portanto, fica estabelecido que interpretar esta parábola de forma literal, resultaria em ir contra os próprios princípios encontrados nas escrituras. Fosse essa história uma narrativa real, enfrentaríamos, o absurdo de ter que admitir ser o ‘seio de Abraão’ o lugar onde os justos desfrutarão o gozo, e que os ímpios podem se ver e falar uns com os outros.


As lições apresentadas nesta parábola são claras e convincentes, porém os justos ou injustos receberam suas recompensas somente no dia da ressurreição (Jo 14:12-15,20 e 21, Sl 6:5, 115:17, Ec 9:3-6 e Isa 38:18).


Na verdade esta parábola traça um contraste entre o rico que não confiava em Deus e o pobre que nele depositava confiança. Os Judeus criam ser a riqueza um sinal das bênçãos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão, e a pobreza indício, do seu desagrado para com os ímpios.


O problema não estava no fato do homem ser rico, mas sim por ser egoísta. A má administração dos bens concedidos por Deus havia afastado os fariseus e os Judeus da verdadeira riqueza, que é a vida eterna, esqueceram do segundo objetivo que se encerra na lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” Mt 22:39.

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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Homilia Diária - 24.09.2022

 O FILHO DO HOMEM SERÁ ENTREGUE Lc 9,43b-45


HOMILIA


Diante de tanta gente que procurava Jesus por causa das coisas que Ele fazia e das palavras que saíam de sua boca, Ele adverte aos seus discípulos que não ficassem com os olhos e as mentes na admiração e não se deixassem levar pela correnteza do povo que a Ele fluía.


Aquele que o povo procura ver, o homem que faz milagres, que alimenta o povo como que por “mágica” e não o Filho do Homem, o Filho do dono de tudo quanto existe, mas que para salvar os homens seus irmãos, deveria morrer numa cruz.


Cristo insiste em anunciar a Sua Paixão e Morte. Primeiro veladamente à multidão, e depois com mais clareza aos discípulos no Evangelho de hoje. Estes, porém, não entendem as Suas palavras, não porque não sejam claras, mas pela falta das disposições adequadas, pela falta de fé.


Talvez você também fique chocado: como é possível o Filho do dono da vida morrer? Se isso tiver de acontecer contigo é sinal de que ainda não chegou para ti o entendimento pleno do mistério do sofrimento, o significado da cruz. E então deves escutar o comentário de São João Crisóstomo: “Ninguém se escandalize ao contemplar uns Apóstolos tão imperfeitos, porque ainda não tinha chegado a Cruz nem tinha sido dado o Espírito Santo.”


Os discípulos tinham uma admiração e carinho extraordinários por Jesus. Percebendo isso, Jesus avisou-os: O Filho do Homem será entregue aos homens. Para nós, que sabemos o que Jesus passou da Quinta-feira Santa até a Crucificação, essa frase de Jesus é muito clara, mas o que tem de mais interessante no Evangelho de hoje é fazer o exercício de se colocar no lugar dos discípulos, e tentar entender o que se passava em seus corações e mentes.


O Evangelho de Lucas diz que os discípulos não alcançaram o sentido, e tinham medo de perguntá-lo a respeito. Eles não alcançaram o sentido porque não se passava em suas cabeças que Jesus poderia ser entregue à morte! E tinham medo de perguntá-lo porque sabiam que não iriam gostar do que iriam ouvir.


Os discípulos admitiram a fragilidade de não fazerem perguntas a Jesus sobre esse assunto porque tinham medo. Será que nós também não temos medo de saber sobre algum assunto desagradável?


Se os discípulos tivessem perguntado a Jesus sobre o que Ele estava falando, certamente poderiam ter se preparado melhor para os acontecimentos… Se o exame tivesse sido analisado a tempo, uma vida poderia ter sido salva… Se o assunto delicado tivesse sido conversado com calma, talvez muitos aborrecimentos pudessem ter sido evitados…


É preciso que o Filho do Homem seja entregue nas mãos dos homens para que nós tenhamos a vida e vida em plenitude. E quem no-lo confirma é o próprio Jesus: se o grão de trigo caído na terra não morre, permanece só. Mas se morre dá muito fruto. Permita que te diga meu irmão, a vida autêntica vai ser entregue nas mãos dos homens, para que os homens a possuam. Pois, na lógica humana, só é vivo quem tem a vida e para nós a termos é necessário que alguém a conceda. E então se justifica a entrega da vida de Jesus aos homens. No Evangelho segundo João 10,10 Jesus diz: eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Como a teríamos em plenitude se Ele não morresse na cruz?


Senhor, dá-me a graça de entender que a vida autêntica de fé e de missão é entrega e doação plena como vós mesmos fizestes. Que eu seja um dom, uma doação para os meus irmãos e irmãs. O mistério da Cruz, que não é outro senão o mistério Pascal da salvação do mundo em Cristo morto e ressuscitado domina toda a vida de Jesus. Para os discípulos de todos os tempos, ele será sempre uma realidade misteriosa, difícil de ser acreditada. No entanto, é nele que se revela todo o mistério de Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.

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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Homilia Diária - 23.09.2022

 PEDRO RECONHECE O MESSIAS Lc 9,18-22


HOMILIA


Lucas nos apresenta hoje a preocupação de Jesus sobre o conceito que as pessoas tem e fazem da Sua pessoa e então faz aos discípulos a inquietante pergunta: “Quem dizem as pessoas sobre quem é o Filho do Homem?” E o interessante disso tudo é que os discípulos escutavam os mesmos comentários que chegaram aos ouvidos de Herodes: que Jesus era ou João Batista, ou Elias, ou algum dos profetas antigos, que ressuscitou. Mas o que Jesus realmente queria saber era o que os seus discípulos pensavam a respeito dele. E nesse momento é Pedro quem toma a iniciativa da resposta e erguendo a voz diz: Tu és o Cristo de Deus!


A palavra Cristo vem do grego, é uma tradução literal de Messias, e significa ungido. Esta resposta de Pedro tem todo um significado, e é sobre isso que vamos refletir hoje.


Os livros proféticos do Antigo Testamento falam da vinda do Messias, o Salvador. E atribui a Ele o poder de curar os doentes, expulsar demônios, e trazer a paz ao povo. João Batista sabia disso. E é por isso que quando ele mandou seus discípulos perguntarem a Jesus se Ele era o Messias, Jesus pediu que os discípulos de João o acompanhassem durante aquela tarde enquanto Ele realizou a cura de cegos e aleijados. Depois disso, Jesus disse aos discípulos de João que voltassem para dizer o que tinham visto. Jesus não queria dizer, neste momento, que Ele era o Messias, pois muitas coisas ainda precisavam acontecer antes do seu martírio. João Batista, como conhecedor das Escrituras, sabia desses sinais. Se Jesus já afirmasse desde esse momento que era a Promessa de Deus, o alvoroço e a polêmica seriam ainda maiores do que este que já estava acontecendo. E isso poderia encurtar a sua trajetória no meio de nós.


Mas então as pessoas da época não sabiam que Ele era o Ungido de Deus? O Filho de Deus? Que não deveriam esperar que viesse outro? Pois é, não sabiam. Somente os discípulos sabiam disso. E foram severamente proibidos de comentar isso com alguém até que Ele passasse pelo martírio, morte e ressurreição.


Ainda hoje os judeus esperam a primeira vinda do Messias. Para eles, Jesus foi apenas mais um profeta, que teve a sua importância, mas que não libertou o povo, como eles esperavam. O entendimento deles não permite que vejam a libertação que Jesus veio trazer… A libertação da escravidão do pecado. Essa libertação vai muito além da libertação que eles esperavam, que era a libertação da servidão aos romanos da época, e depois a tantos outros povos ao longo da história. A libertação que Jesus veio trazer é de dentro para fora. Você pode estar acorrentado numa prisão, e ser livre. Você pode estar doente em um leito de hospital, rejeitado pelos seus pais e estar em um orfanato ou um asilo, pode ter perdido a saúde, a dignidade, o dinheiro, a liberdade de ir e vir… e ainda ser livre. Parece contraditório, mas é a Verdade. E a Verdade vos libertará. Nem a morte causa medo a quem tem essa liberdade. E essa é a maior prova de fé: não temer a morte.


Para Pedro, Jesus é Filho do Homem. É o Deus que se faz humano, convivendo no dia-a-dia comum entre as multidões e comunicando-lhes seu amor divino e eterno, que permanece para sempre, além da morte. E para ti quem é Jesus? A pergunta: E vós quem dizeis que Eu sou?, exige um comprometimento pessoal. Pedro corajosamente mostrou sua crescente lealdade, ao afirmar que Jesus era o Cristo de Deus. Nesta confissão Pedro quis dizer que Jesus era o único Deus, Filho ungido para seus propósitos. Quais propósitos? A maioria não tinha idéia, portanto Jesus não queria que seus discípulos divulgassem o que Pedro havia dito. Ao invés de um Rei ungido para sofrer e morrer por pecadores, a maioria dos judeus estavam à procura de um rei que trouxesse libertação política. Jesus então deixou claro o preço que teria que pagar para seguir a confissão de Pedro num mundo que não apenas estava confuso a seu respeito, como também era contra seu ministério. Concordar com a confissão de Pedro significa causar conflito entre os crentes e o mundo e os levaria a negar a si mesmos, ao carregarem a cruz do discipulado.


O discipulado de Cristo lá e aqui tem seu preço, seu custo. Dar a sua vida por amor aos seus irmãos. Esta é a mensagem para o dia de hoje. Peça e ore ao Senhor para que te ajude a abrir mão, se preciso for, da segurança, conforto e diversões deste mundo para O seguir. Que Ele te ensine a negar a ti mesmo, carregar a cruz e seguí-lo. Pois, sua promessa é: quem perder a vida por minha causa, este a salvará.


Por isso, peça a Deus esta graça. Pai, só tu podes revelar-me a identidade de teu Filho Jesus. Que eu a conheça de forma verdadeira para poder conformar com ela a minha vida.

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terça-feira, 20 de setembro de 2022

Homilia Diária - 22.09.2022

 HERODES VIU, MAS NÃO CREU Lc 9,7-9


HOMILIA


O evangelista Lucas narra esta interrogação de Herodes sobre Jesus por ocasião do envio dos Doze em missão pela Galileia, território não muito extenso, que estava sob sua jurisdição. Recebendo notícias da crescente atividade de Jesus e seus discípulos, Herodes alarma-se, parecendo-lhe que se repetia a mesma agitação ocorrida com João Batista.  E por isso procura ver e saber quem é este homem de quem se ouve falar tanto.


Herodes estava ciente de que mandara degolar João Batista para ver-se livre da acusação que lhe pesava em vista da sua situação de adultério. Porém, o que Herodes não sabia era que João Batista havia sido apenas o precursor do Messias e que o verdadeiro Salvador estava vivo e sendo interrogado e acusado pelos prodígios que realizava. Por isso, “Herodes procurava ver Jesus” e se questionava sobre a Sua verdadeira identidade. A pessoa de Jesus continua a ser questionada por aqueles(as) que ainda não tiveram com Ele uma experiência de salvação. Muitos também, hoje, O buscam, mas não têm consciência de que e porque O procuram!


Escrevem sobre Jesus sem tê-Lo conhecido e fazem suposições sobre a Sua pessoa levando muitos outros a acreditarem nas suas falsas conjecturas. Jesus é o protótipo do homem vindo do céu, é o modelo que todo filho e filha de Deus precisam seguir para serem reconhecidos pelo Pai. Para que nós tenhamos convicção sobre quem é Jesus e qual o Seu verdadeiro papel na nossa vida nós precisamos conhecê-Lo através da Palavra, ter intimidade com Ele na oração, na adoração, na Eucaristia.


Neste mundo, o Senhor só é visto quando as pessoas querem vê-lo. Não há de que nos espantarmos. Mesmo na Ressurreição, só foi dado ver Deus aos que tinham o coração puro: “Bem-aventurados os corações puros, porque verão a Deus” (Mt 5,8). Quantos bem-aventurados não tinha Jesus enumerado já e, contudo, não lhes tinha prometido esta possibilidade de verem Deus. Se, portanto, aqueles que têm o coração puro hão de ver Deus, seguramente que os outros não o verão; aquele que não quis ver Deus não pode ver Deus.


Porque Deus não se vê num lugar, mas, através de um coração puro. Não são os olhos do corpo que procuram Deus; ele não é captado pelo olhar, nem tocado pelo tato, nem ouvido numa conversa, nem reconhecido numa atitude. Julgamo-lo ausente e vemo-lo; está presente e não o vemos. Aliás, nem todos os apóstolos viam Cristo; foi por isso que ele lhes disse: “Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis?” (Jo 19,9) Com efeito, todo aquele que conheceu qual é “a largura, o comprimento, a altura e a profundidade – o amor de Cristo que ultrapassa todo o conhecimento” (Ef 3,18-19), esse viu também Cristo, viu também o Pai. Porque, no que nos toca, não é segundo a carne que conhecemos Cristo (2 Cor 6,16), mas segundo o Espírito: “O Espírito que está diante da nossa face é o Ungido do Senhor, o Cristo”. Que Ele se digne, na sua misericórdia, cumular-nos com toda a plenitude de Deus, a fim de que O possamos ver!


Assim sendo poderemos apresentá-Lo àqueles que ainda não O conhecem para que tenham também um encontro com a Salvação. O que você fala de Jesus você o diz com conhecimento de causa? Você conhece Jesus porque lê muito sobre Ele ou porque encarna Sua Palavra como uma comida para a sua alma?


Pai, diversamente dos inimigos de Jesus, quero conhecer a identidade e a missão de teu Filho, pois é por ele que me guiarei para ser fiel a Ti.

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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Homilia Diária - 21.09.2022

 PECADOR PÚBLICO Mt 9,9-13


HOMILIA


O Evangelho de hoje nos fala sobre a vocação de Mateus, ou seja, sobre Jesus que o chama para ser seu discípulo. Precisamos perceber que Jesus chama um pecador público. Isto era algo de extraordinário. Mas, o que significa esta expressão “pecador público“? Significa que alguém era considerado publicamente pecador, pois todos conheciam a sua conduta de pecado.


Os capítulos depois do Sermão da Montanha, ou seja, os capítulos 8 e 9, narram a atividade de Jesus. Diríamos assim que se trata do programa de vida que proclamou no Sermão da Montanha como felicidade e paz para o povo é o que ele realiza com suas atitudes e obras. Dessa maneira, Mateus apresenta a atividade messiânica de Jesus no seio de seu povo. No meio desta atividade está situado o texto que a Igreja nos oferece para refletir neste dia. Cabe-nos perguntar por que o evangelista situa o chamado de Levi neste momento de sua narrativa.


Talvez a resposta esteja no último versículo que hoje lemos: Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos e sim pecadores, ou seja, o evangelista acha necessário esclarecer que o centro da missão do Messias é buscar o que estava perdido, curar os doentes, libertar os cativos, proclamar o ano de graça de misericórdia do Senhor! (Lc 4, 18-19).


Este é o reino que Jesus vem inaugurar e comunicar com sua vida, morte e ressurreição. E para ser partícipes e, mais ainda, colaboradores na expansão deste reino, todos(as), sem exceção, são convidados de uma maneira ternamente pessoal, rompendo qualquer norma ou preconceito que deixe alguém fora do âmbito deste reino.


Se olharmos agora para Levi, cobrador de impostos, é, sem dúvida, uma das pessoas que na época de Jesus sofriam a exclusão. Não eram queridos pelo povo por causa de seu trabalho ganancioso. Eram considerados impuros por parte das autoridades religiosas judaicas, e para o império romano não eram mais que um dos últimos degraus na escada da opressão que exerciam sobre o povo.  Por essa razão, é escandaloso para os judeus e também para os discípulos de Jesus, que ele chame Mateus para ser seu seguidor! E, como se isso não bastasse, vai à sua casa e se senta à sua mesa.


Se considerarmos a casa como símbolo da história da pessoa, e partilharmos sua mesa assim como a sua intimidade, podemos entender que o evangelista está mostrando que Jesus, quando chama Mateus, o faz dentro de sua própria história com suas luzes e sombras. A resposta que Jesus dá aos fariseus revela seu conhecimento da vida de Mateus, que o faz “merecedor” de uma atenção privilegiada por parte dele: As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes.


Esta maneira de olhar que Jesus tem é, por assim dizê-lo, revolucionária porque está carregada de compaixão e misericórdia. Por isso, não julga nem condena o cobrador de impostos, antes é capaz, sendo conhecedor de sua fraqueza e também de seus erros, de convidá-lo para uma vida diferente que brota da amizade com Ele.


E aqui podemos nos lembrar das palavras do Evangelho de João, quando Jesus fala da amizade: ”eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que o ouvi de meu Pai” (Jo15,15b).


O Evangelho de hoje nos diz que Jesus viu primeiro. Referindo-se a Mateus, é vê-lo na sua situação cotidiana: Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos. Mas o olhar de Jesus é capaz de ir além do que um simples olhar enxerga de um judeu cobrador de impostos. Ele reconhece em Mateus um filho muito querido de Deus, e isso é o que Ele comunica primeiro para o cobrador de impostos. Seu olhar sobre Mateus está carregado da ternura e misericórdia de Deus Pai-Mãe, que cura as feridas e perdoa os pecados, amando-o incondicionalmente.


Mas Jesus continua e diz para ele: “Segue-me!”. Abre-se diante de Mateus a possibilidade de um caminho novo, impensável até esse momento. É convidado a deixar de ser uma engrenagem do império opressor, para passar a ser íntimo colaborador na construção de um reino de liberdade, justiça e solidariedade.


Deixemos que Jesus passe e nos olhe no nosso dia-a-dia e, como Mateus, tenhamos a coragem de acolher esse olhar e a proposta que dele brota. Sem dúvida, nossa vida passará a ser diferente e poderemos também ser parte deste círculo aberto, inclusivo e integrador de amigos e amigas de Jesus que continuam lutando pela sua mesma paixão: o ser humano e a casa em que ele habita!


Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.

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