sexta-feira, 31 de março de 2023

Homilia Diária - 01.04.2023

 NÃO JULGUEIS E NÃO SEREIS JULGADOS Jo 11,45-56


HOMILIA


A mensagem central de hoje e de todo o Evangelho de São João é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que não morra todo aquele que nele crê, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). A presença de Jesus, como luz do mundo, divide inevitavelmente os seres humanos entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.


Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a sua fama e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, onde questionavam a pessoa de Cristo. Até que finalmente, os pontífices e os fariseus convocaram o conselho. E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.


Decidiram matar Jesus. Resolveram matá-lo por Ele fazer o bem. Curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a seguir o caminho reto, a não nos preocupar com o dia de amanhã, e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. E o que mais indignou os pontífices ou sumo sacerdotes, foi Ele dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia, mas na verdade, eles queriam apagar o concorrente. Então aquele conselho foi um pré-julgamento de Jesus, onde o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.


Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades: sejam no emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja aquele cara forte que arrasa quando chega na área.


Jesus era consciente de que um efeito ainda que não desejado do seu trabalho, fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam donos da verdade.


Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da nova e eterna aliança. A Quaresma é ocasião oportuna para reforçarmos nossa decisão pela luz, que é Cristo, e ajudarmos os que estão nas trevas a optar pela luz e abandonar a morte.


Que esta quaresma, tempo favorável da graça de Deus, nos dê as forças necessárias para renovar nossos corações, e assim possamos viver a Páscoa do Senhor, que deseja devolver-nos a alegria de viver.


Precisamos tomar mais cuidado para não fazer como os líderes judaicos. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. E, lembrar, acima de tudo o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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quinta-feira, 30 de março de 2023

Homilia Diária - 31.03.2023

 O RETORNO À FONTE BATISMAL Jo 10,31-42


HOMILIA


Mais uma vez procuravam prender Jesus, mas Ele escapou das mãos deles. Para os que meditaram o Evangelho dessa semana, além de ler a partilha, puderam perceber que durante toda a semana os fariseus tentaram prender Jesus, mas nunca conseguiam prendê-lo e nem apedrejá-lo.


Em primeiro lugar eles não conseguiam prender Jesus e muito menos apedrejá-lo porque ainda não era a hora dEle viver a sua Paixão, e nós muitas vezes em meio às doenças, o desemprego, as tribulações na família, as dificuldades nos relacionamentos, ficamos apreensivos, nos sentimos como se já não tivéssemos mais forças para continuar. Mas saiba que nada é por acaso, e jamais Jesus deixaria que algo nos acontecesse se não for a nossa hora. Jesus pregava sabendo que os fariseus tentariam prendê-lo, mas Ele não tinha medo. Ele os incomodava, e o que O fazia perseverar era a confiança que Ele tinha no Pai. Mas essa confiança vinha da oração de amados, e se tu não rezas, se tu não buscares a Deus em oração, todas as vezes que surgirem as tribulações na tua vida, tu te sentirás derrotado, desanimado e com sentimento de abandono de Deus na tua vida. Talvez hoje estejas assim, mas saiba que Jesus está ao teu lado e nada acontece antes da hora.


O que devemos fazer, isto sim, é entrar na pessoa de Jesus humano que foi perseguido, que foi caluniado, que foi maltratado e que foi crucificado, mas que no fim saiu glorioso e vitorioso. E essa é a vontade de Deus para nossa vida, para a tua vida meu irmão, minha irmã: que sejas vitorioso, vitoriosa das tribulações e perseguições que tens sofrido. Saiba e perceba que quando Jesus se sentia ameaçado Ele se retirava do meio dos homens para ficar só. E no caso de hoje, Ele retorna à fonte, ao início do Seu ministério. Vai para o Jordão onde foi batizado e onde recebeu a unção do Espírito Santo, e a voz do Pai testemunhou a Seu favor. Assim, quando te sentires ameaçado volte às origens. Relembre do lugar onde foste batizado e deixe que se reinflame a unção batismal para seres reconfirmado na fé e poderes caminhar pacientemente ao encontro do Cristo vitorioso. Tu foste batizado na Igreja, na casa de Deus. Se voltares para lá como Jesus fez para se fortalecer tu sairás vitorioso. Por isso, acorde meu irmão, minha irmã. Saiba que sem Deus nada podemos fazer. Retira-te para a pia batismal, o lugar onde recebeste a unção do Espírito Santo. E então como Cristo serás testemunha e testemunho da Boa Nova da salvação a todas as pessoas a começar pelos da tua casa.


Ademais, a Igreja dá muita ênfase à missão evangelizadora do cristão, à necessidade e obrigação que temos de levar a Palavra de Deus até onde nos for possível. O acolhimento da Palavra é essencial para desenvolvermos nossa fé. “A Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a Palavra de Deus” O sinal efetivo de nossa fé se reflete nas obras que realizamos que brotam segundo os critérios divinos, nos identificando como criaturas semelhantes a Deus. “Acaso não está escrito na vossa Lei: Eu disse: vós sois deuses?”


A verdadeira fé nos induz à disponibilidade a Deus, semelhante a de Maria na Anunciação do Anjo, tornando-nos instrumentos para Sua ação junto aos nossos irmãos. Deus sempre age através dos homens, mas nós só teremos méritos quando nos colocamos conscientemente disponíveis à sua ação.


As boas obras decorrentes de nossa fé são elementos importantes de evangelização, servindo de testemunho às nossas palavras, o que levou os contemporâneos de Jesus a afirmarem convictamente: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo que ele disse a respeito deste homem, é verdade.” Mas para isso é preciso voltar a fonte batismal para sermos reabastecidos constantemente.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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terça-feira, 28 de março de 2023

Homilia Diária - 30.03.2023

 JESUS REVELA A SUA IDENTIDADE Jo 8,51-59


HOMILIA


Diante da incredulidade do mundo e dos desatinos que nele acontecem dia após dia, Jesus revela a Sua verdadeira identidade: Eu vos digo que isto é verdade: antes de Abraão nascer, “EU SOU”. Ontem como hoje, a maior parte dos homens não tem experiência com o amor de Deus, não observam os Mandamentos da Lei de Deus e como se não bastasse, ignorando a pessoa de Jesus procura obter sinais e se interrogam sobre quem seja Jesus. Convém dizer, porém, que somente quem conhece e guarda a Sua Palavra pode dizer que O conhece e experimenta o Seu amor. Jesus mesmo foi quem afirmou isso aos judeus: vós não conheceis aquele que vós dizeis ser o vosso Deus, mas eu o conheço e guardo a sua palavra. Não podemos dizer que conhecemos a Deus se não conhecemos a Sua Palavra. A Palavra de Deus é quem nos direciona para a vida eterna em Cristo Jesus, a qual começa no agora da nossa vida. Quem não compreende a Palavra, quem não tem abertura para o Espírito Santo, morre na ignorância do pecado e, lamentavelmente, nunca poderá conhecer a Deus.


A origem e o destino de Jesus foram motivos de controvérsia com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte”. Por outro, afirmava: “Antes que Abraão existisse, Eu sou”.


Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não iria experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à sua origem, era suficiente considerar sua idade bastante jovem – “Ainda não tens cinqüenta anos” – para se dar conta da falsidade de sua afirmação.


Este modo de pensar estava em total descompasso com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais radical que a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida eterna, na comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida terrena. Ao referir-se à sua origem, não estava pensando no seu nascimento carnal, historicamente determinável, e sim na sua vida prévia, no seio do Pai. Neste sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma existência eterna.


Neste texto, temos a conclusão do tenso e longo diálogo de Jesus com os judeus em Jerusalém, por ocasião da festa das Tendas. Jesus mostra-se acolhedor e reafirma o dom da vida eterna, já: “Se alguém cumprir a minha palavra, nunca verá a morte”. Contudo os judeus permanecem firmes em sua rejeição a Jesus, procurando apedrejá-lo.


Jesus, que cumpre a palavra do Pai, já vive a eternidade. Pois antes que Abraão existisse, Eu sou. Disse Jesus àquele povo e continua dizendo o mesmo hoje. Quando estas palavras encontrarem espaço em nossos corações, então significa que vivemos em comunhão eterna com Jesus e com o Pai ao cumprirmos sua palavra, no despojamento e na partilha, na mansidão, na acolhida ao irmão, na prática da misericórdia e da justiça que liberta e promove a vida.


Voltando à questão da palavra diremos que o estudo da Sagrada Escritura é o melhor caminho para conhecermos quem é Jesus. Pois Ele é o Verbo, é a Palavra feita Carne. Ouvi-l’O é ouvir a Palavra de Deus. Assim, sem medo de errar quero que saibas que a Bíblia é a própria Palavra Pai dirigida a nós, afim de que possamos conhece-l’O e nos conhecer a nós mesmo e simultaneamente termos acesso ao Seu grande amor e Misericórdia. É feliz quem adora a Deus mergulhando nos Seus ensinamentos. Tu tens a Palavra de Deus como ensinamento para o seu dia a dia?

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Homilia Diária - 29.03.2023

 A VERDADE QUE LIBERTA Jo 8,31-42


HOMILIA

O Evangelho de hoje dentre tantas coisas que nos traça está o caminho da santidade que passa pelo seguimento a Cristo. Fazer-se seus discípulos, isto é, o caminho da santidade é na realidade um caminho na verdade e na liberdade. De fato, Jesus diz: “Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á”.

Propor a santidade de vida mais não é do que propor o caminho da verdade e da liberdade.

À luz da fé, a santidade é vida na verdade total não limitada às realidades materiais ou apenas à vida terrena. Com efeito, o santo tem em consideração tanto os bens materiais como os espirituais; tem em consideração tanto a realidade terrena como a sobrenatural; contempla a própria vida não apenas na perspectiva temporal, mas também eterna. Por outras palavras, o santo vive na verdade considerando todos os aspectos da própria existência.

O aspecto mais importante é que aquele que deseja a santidade abre-se a Deus que é o bem supremo e a fonte da verdade. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Depois da sua morte e ressurreição, prometeu que nos enviaria o Espírito Santo como “o Espírito de verdade” (Jo 16, 13), que nos “guiaria à verdade total” (Jo 16, 13). Rezou ao Pai pelos seus discípulos: “Consagra-os na verdade. A tua palavra é verdade” (Jo 17, 17; ). Diante de Pilatos disse: “Foi por isso que nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37). Seguindo radicalmente Cristo, caminhamos na verdade, na verdade total, na verdade que não desilude (cf. Rm 9, 33).

A santidade de vida e a abertura à graça ajudam-nos na realidade a compreender mais profundamente as verdades de Deus. São Paulo justamente escreve: “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus; para ele são loucura, e não é capaz de as compreender” (1 Cor 2, 14). Ou ainda: “Todo aquele que peca não viu Deus nem o conheceu” (1 Jo 3, 6). Não alcançamos a contemplação plena do rosto do Senhor unicamente com as nossas forças, mas deixando-nos guiar pela graça. Só a experiência do silencio e da oração oferece o horizonte adequado no qual pode maturar e desenvolver-se o conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente do mistério de Deus. Por este motivo com frequência nos surpreende a compreensão perspicaz da verdade de Deus que os santos demonstram, mesmo os que não fizeram muitos estudos.

Sim, o caminho da santidade é um caminho na verdade, na verdade total.

No Evangelho, Jesus diz também que “a verdade libertar-vos-á”. O Mestre Divino fala aqui da liberdade verdadeira, espiritual. Na realidade, o caminho na verdade, isto é, o olhar sobre todos os aspectos da nossa existência, ajuda-nos a encontrar uma justa escala de valores. Ajuda-nos, por conseguinte, a não nos tornarmos ou a permanecermos escravos dos bens materiais e das nossas concupiscências, dos vícios, do pecado, mas estimula-nos e torna-nos capazes de desejar os valores mais importantes, indestrutíveis, perenes.

Jesus, no Evangelho de hoje responde aos Judeus de maneira clara: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que cometer pecado é escravo do pecado”. Vem à nossa mente tantos jovens que hoje são escravos da droga, do sexo, do prazer, do dinheiro, do orgulho, da preguiça, da inveja, etc. Não são livres. Não são livres de desejar os valores maiores. Contudo, quem de nós não experimentou e não experimenta em maior ou menor medida a escravidão de vários vícios e debilidades? Santo Agostinho que depois de uma vida tão libertina teve que se esforçar bastante para encontrar esta liberdade espiritual, isto é, para partir as correntes dos seus maus hábitos e da paixão carnal depois escreveu com convicção: “Ouso dizer que na medida em que servimos a Deus somos livres, enquanto que na medida em que servimos a lei do pecado somos escravos”.

Santo Agostinho também tinha a consciência de que a liberdade espiritual não se alcança plenamente com as próprias forças, mas unicamente através da graça, da ajuda do Senhor. Contudo, Jesus afirma isto de maneira clara no Evangelho que ouvimos: “Por conseguinte, se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”. Portanto, seremos verdadeiramente livres, se o Filho nos libertar!

O caminho da santidade é um caminho para a liberdade, a liberdade verdadeira, espiritual, que pode manifestar-se “até em condições de constrição exterior como nos ensina o papa João Paulo II, na carta Encíclica Redemptor hominis, 12. A condição da sua autenticidade é “a exigência de uma relação honesta em relação à verdade […] a toda a verdade acerca do homem e do mundo” Continua sua santidade. Assim, voltam à nossa mente as palavras de Jesus no Evangelho de hoje: “a verdade libertar-vos-á”.

Peçamos ao Senhor que nos ajude, a saber, aceitar seriamente o convite à santidade nas nossas condições de vida quotidiana, que mais não é que um convite a caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

segunda-feira, 27 de março de 2023

Homilia Diária - 28.03.2023

 MORREREIS NOS VOSSOS PECADOS Jo 8,21-30


HOMILIA


Em Jesus a humanidade é “elevada” à participação da vida divina. Estar com o Pai, fazer o que é do seu agrado, é nossa vocação. Porque Ele está connosco!


O “pecado”, segundo os critérios da Lei, é qualquer falta à sua estrita observância. A Lei servia tanto para explorar e excluir os pobres e pequenos, taxados de pecadores, como também para garantir os privilégios das elites religiosas do estado teocrata de Israel. O apego à Lei leva à rejeição da verdade de Jesus e do Pai, que é a comunicação da vida.


Estamos diante de um texto no qual Jesus narra a sua própria morte. Perante tal facto, alguém poderia dizer: Se Cristo tinha mesmo de entregar o seu corpo à morte por nós todos, porque é que não morreu normalmente, como homem? porque é que tinha de se deixar crucificar? Poder-se-ia, na verdade, dizer que era mais conveniente para Ele entregar o seu corpo de uma maneira digna do que suportar a infâmia de tal morte… Esta objecção é demasiado humana: o que aconteceu ao Salvador é verdadeiramente divino e digno da sua divindade por várias razões.


Em primeiro lugar, porque a morte que acontece aos homens tem a ver com a fraqueza da sua natureza; não podendo durar indefinidamente, eles desagregam-se com o tempo. Chegam as doenças e, tendo perdido as suas forças, acabam por morrer. Mas o Senhor não é fraco; Ele é a Força de Deus, o Verbo de Deus, a própria Vida. Se Ele entregasse o corpo em privado, num leito, à maneira dos homens, teriam pensado… que Ele não tinha nada a mais do que os outros homens… Não convinha que o Senhor adoecesse, Ele que curava as doenças dos outros…


Então porque é que Ele não afastou a morte, tal como tinha afastado a doença? Porque Ele possuía um corpo precisamente para isso e para não pôr entraves à ressurreição… Mas, dirá talvez alguém, Ele deveria ter evitado a conjura dos seus inimigos, para conservar o seu corpo absolutamente imortal. Que esse aprenda, então, que também isso não convinha ao Senhor.


Tal como não era digno do Verbo de Deus, por ser a Vida, dar a morte ao seu corpo por sua propria iniciativa, também não lhe convinha fugir da morte que outros lhe queriam dar…


Morrer como morreu não significou de modo algum a fraqueza do Verbo, mas fê-lo ser conhecido como Salvador e Vida… O Salvador não veio experimentar a sua própria morte, mas a morte dos homens. Eis o segredo que os judeus que acabavam de celebrar o dia da Reconciliação não entenderam. Portanto, contraditoriamente, estão procurando a morte de Jesus. Repetindo por três vezes “morrereis nos vossos pecados”, Jesus reverte o quadro. Rejeitar Jesus é rejeitar o dom da vida eterna e consequentemente fazer uma opção pela morte.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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sábado, 25 de março de 2023

Homilia Diária - 27.03.2023

 ... NEM EU TE CONDENO, VAI EM PAZ Jo 8,1-11


HOMILIA


No Evangelho de hoje, a pergunta dos mestres da lei tinha uma resposta clara segundo a Torá e a tradição. Porém existiam umas conclusões que podiam colocar em situação crítica aquele que respondesse legalmente à pergunta solicitada. Caso Jesus desse uma resposta afirmativa, ele seria condenado pela autoridade romana como executor de uma sentença de morte, à qual não tinha direito; e, portanto seria punido como um assassino. Caso sua resposta fosse negativa, Jesus seria condenado como quem despreza a lei pátria e seu desprestígio seria máximo entre os judeus ortodoxos, com uma reputação totalmente negativa que o aniquilava como mestre em Israel.


Por isso, como bom Mestre, Jesus nada responde e se inclina para escrever no chão como quem desenha letras sem sentido na terra. Ele se desentende de um problema que não é seu e que não tem por que responder, pois ele não tinha testemunhado o adultério e não era juiz no caso, que como caso de morte seria o sinédrio quem o julgaria. Eram as testemunhas que deviam atuar através da denúncia ao juiz e atirando as primeiras pedras, para que o povo respondesse e assim evitar o mal que do contrário, contaminaria todo o povo (Dt 22, 22). È costume entre os árabes fazer traços com o dedo quando o que estão escutando não é de seu interesse. É possível que Jesus atuasse em consonância com esta última suposição. Por isso os acusadores insistem.


Para entendermos a resposta de Jesus, devemos buscar precedentes na tradição e na Lei. Já disse que são as testemunhas que deveriam ser as primeiras pessoas a atirar as pedras que deviam ser dirigidas ao coração da vítima para acabar de imediato com sua vida. Quem estiver sem pecado entre vós atire a primeira pedra. Pela resposta de Jesus e venho que naquele tempo os homens adúlteros eram tantos que se deixou de aplicar a lei. E então, suas atitudes estavam em confronto com a posição do Mestre: O sem pecado entre vós seja o primeiro a lhe atirar a pedra. Ninguém esperava esta resposta que respeita a lei e não é um mandato, mas um aviso e uma lição.


Meu irmão minha irmã, nós que gostamos de julgar e condenar os outros por pouco que façam de errado. Não podemos e nem temos o direito de julgar e condenar se somos culpados do mesmo delito. Veja que os mestres da lei atacaram a Jesus com a lei. Mas Ele os contra-ataca com a consciência, que é a lei suprema para todo homem em particular. O que aconteceu ontem se repete em nossos dias. Que aconteceu dentro da consciência dos acusadores? Por que começaram a desfilar, a começar pelos mais velhos? Eles ficaram com a consciência pesada de tantos pecados e por isso fora saindo um por um. Os mais velhos foram os primeiros. Efetivamente os jovens são como discos novos em que o pecado inicia seu caminho de vício e raia com a ação repetitiva a consciência do indivíduo. Os mais velhos não são mais pecadores, mas os que acumulam maior número de pecados. Os mais velhos entenderam por experiência que agora eram eles, as testemunhas, as que passavam de declarantes a juizes e o processo e a condenação estava transferido de Jesus a eles mesmos. Jesus não poderia ser incriminado nem pela relaxação da lei de Moisés, nem pela execução de uma pessoa que a lei romana não permitia na época.


A morte da adúltera não era o motivo principal da denúncia, pois o que pretendiam era a implicação de Jesus na morte da mesma. Faltando este último, o teatro urdido desmoronava como um castelo de cartas.


Falando do perdão S Agostinho, diz que no fim duas pessoas estavam presentes na cena: a miséria e a misericórdia. Se ninguém a condenava, Jesus tampouco a condena. A lei divina foi transformada por esta sentença: sempre que o arrependimento seja sincero e o acompanhe o propósito de não pecar mais, o perdão será absoluto O passado é apagado e o futuro só depende do presente e das disposições do momento. A memória servirá para enaltecer a bondade de Deus que perdoa, sem exigir compensações e reditos pelo passado.


É assim que Deus faz conosco quando erramos e Jesus nos ensina a fazer quando os nossos nos ofendem. Portanto, a sabedoria de Jesus dá um xeque-mate a quem pensava tê-lo apanhado. E é precisamente por meio de uma consciência que aparentemente não funcionava que os mais velhos reconhecem seu erro e retiram sua denúncia. Como está a tua consciência quando censuras o teu marido, esposa, filho, filha, pais, vizinho, colega, funcionário ou qualquer um com quem te encontras pelo caminho pelos mesmos delitos que nós usualmente cometemos e talvez até mais graves do que os que consegues enxergar dos outros? Lembro-te que muitas falhas erros que os outros cometem teriam solução na tua casa se nós os assumíssemos como nossos e nos empenhássemos a resolve-los. Até porque neles somente os contemplamos para criticá-los e não para ajuda na solução. Verdade ou mentira?


Levante os olhos e veja que o perdão divino é mais amplo do que nós geralmente acreditamos. Só exige que tenhamos a vontade de não optar mais pelo mal. Pare de olhar para o pecado do outro e de formular um juízo de condenação, pois os teus são maior do que os do outro. A única diferença é que os teus são invisível e dificilmente os vês com os teus olhos ao passo que os dos outros consegues ver. Mas se te colocas no lugar do outro e te propões a ajudar para que o outro se levante e caminhe. Terás ganhado o seu irmão e tu terás a tua recompensa nos céus.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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sexta-feira, 24 de março de 2023

Homilia Diária - 26.03.2023

 LÁZARO, SÁI PARA FORA! Jo 11,1-45


HOMILIA


Ressurreição e Luz são dois temas intimamente ligados, porque são sinônimos da salvação: “Se alguém caminha de dia, não tropeça; mas tropeçará, se andar de noite”(Cf. Jo 11,10).


O tema central do Evangelho de hoje é a vida. Vida que foi restituída a Lázaro e que está ligada à amizade, ao amor fraterno, a compaixão, atitudes cristãos que estão presentes na glorificação de Deus, que é o destino dos homens e mulheres que crêem verdadeiramente. A vida verdadeira, que o Cristo trouxe, tem face humana e face divina, que se misturam.


A ressurreição de Lázaro é um dos maiores sinais de Jesus. Jesus, assim, vai manifestando a sua filiação divina, seu poder messiânico, sua missão salvadora, e provoca, cada vez mais, a admiração, a fé, o testemunho daqueles que são beneficiados pela sua ação evangelizadora. O próprio Evangelista João anuncia que Jesus fez muitos outros sinais, e que Estes sinais foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, em crendo, tenhais a vida” (Jo 20,30-31).


Assim, poderíamos afirmar que a vida do homem é a razão de ser da encarnação de Jesus. Os milagres e sinais de Jesus foram efetuados para destacar a VIDA PLENA, a VIDA QUE SÓ ELE PODE NOS DAR.


Jesus afirmou: EU SOU A VIDA; EU SOU O PAO DA VIDA, EU SOU A LUZ DA VIDA. Jesus veio ao mundo para despertar a criatura humana do sono.


E esta vida nova só será possível àqueles que viverem, com dignidade, a grandeza do seu Batismo. Aderindo a Cristo o batizado deve viver uma vida realmente nova, animada pelo espírito de Cristo. Mas sem a fé, traduzida em obras, o batismo ficará morto. A vida da fé batismal se verifica, se atualiza, por exemplo, quando ela transforma a sociedade de morte numa comunidade viva de vida, de fraternidade e de comunhão.


Como Lázaro, acolhamos a ordem de Jesus: “SAI PARA FORA”. Peçamos ao Senhor que nos desperte e ressuscite do sono da morte e nos revista da Sua imortalidade com a Celebração da Festa da Páscoa que se aproxima.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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quinta-feira, 23 de março de 2023

Homilia Diária - 25.03.2023

 JESUS É ANUNCIADO Lc 1,26-38


HOMILIA


O evangelho de hoje dá continuidade ao evangelho lido no dia do Natal. Aos pastores que guardavam os rebanhos de seu patrão, é anunciado o nascimento de Jesus. Eles vão às pressas ao encontro do recém-nascido. Lucas, com suas narrativas de infância de João Batista e de Jesus, no início de seu evangelho, já apresenta um de seus temas fundamentais. Em Jesus, Deus se revela como o Deus dos pobres, fracos e excluídos.


A escolha de Maria, uma jovem da periferia da Galiléia, para ser a mãe de Jesus, Filho de Deus, nos revela que o projeto de Deus difere dos projetos dos homens neste mundo.


O poder e o prestígio tão ansiosamente buscados, nada significam para Deus. Maria viveu a humildade e o serviço e nisto identifica-se com seu filho Jesus. O título de “rainha” aplicado a Maria não indica poder e superioridade, mas sim amor que se doa cativa, e se comunica. Maria está presente em nossos lares, nas alegrias e nos sofrimentos, nos confortando, como mãe e companheira de caminhada no seguimento de Jesus.


Seu amor misericordioso é universal e a fonte da paz a ser consolidada pelos laços de fraternidade e justiça entre todos, homens e mulheres.


Unindo o Filho que se encarna e a Mãe que o acolhe, aparece misteriosamente a obediência, o “Sim” de total disponibilidade ao Pai: o sim eterno do Filho, que ecoa no tempo através do sim da Virgem Maria. Assim, aparece o quanto a salvação do mundo e da humanidade manifesta-se na atitude de obediência, o contrário da atitude do pecado original: a humanidade voltará pela obediência Àquele de quem se afastou pela covardia da desobediência. O Criador e a criatura, de modo admirável e incompreensível, comungam nessa obediência ao plano amoroso de salvação.


Somos convidados a contemplar a atitude de fé, madura e disponível de Nossa Senhora: crente porque se confia totalmente ao Senhor, como Abraão, que partiu sem saber para onde ia (Hb 12,8): casamento, futuro, filhos, tudo isso a Virgem Mãe deixou nas mãos de Deus, sem pedir explicações, sem pedir provas, sem pedir garantias… Atitude madura porque humildemente procurou compreender o quanto possível o plano de Deus a seu respeito para melhor aderir a ele; atitude disponível, pela sua insuperável resposta ao convite do Senhor: “Eis a Serva!” – Não se pertence a si própria, não considera sua vida e seu destino a partir de seus interesses e projetos; ela se confia total e absolutamente ao seu Senhor e Deus.


Concluindo diremos que a anunciação do anjo mostra a dinâmica da fé e de Maria: sendo virgem, descobre-se grávida; perturba-se e tem medo; descobre a mão de Deus ao Espírito Santo; toma consciência que o que cresce em seus seios é o Divino; não duvida desta iluminação interior; apenas pergunta como se fará isso. Aceita realidades que não se vêem. Ela creu, pois para Deus nada é impossível. A fé consiste exatamente nisso: na antecipação das coisas que se esperam, na prova das realidades que não se vêem. (Hb 11,1). Com Maria digamos sim, à voz de Deus, e Jesus continuará nascendo em mim e em ti todos os dias.


Vem Senhor Jesus, o coração já bate forte ao te ver, é esta canção que quer preparar o nosso coração para adorar e bendizer o nome do Senhor. Vem Senhor Jesus andar, curar e restaurar a vida, a vida que tem se perdido no mundo sem Ti, vem Senhor Jesus, transformar a nossa vida! AMÉN.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Homilia Diária - 24.03.2023

 QUERIAM PRENDER JESUS Jo 7,1-2.10.25-30


HOMILIA


No Evangelho de hoje João mostra-nos como diferentemente do que os sinóticos fazem o grande destaque ao conflito entre Jesus e os judeus em geral. Pois naqueles, Jesus se restringe aos dirigentes, fariseus, escribas e sacerdotes. A razão será porque este evangelho tem como base a comunidade cristã samaritana? Talvez sim, mas talvez não. Estamos diante da expressão do tradicional conflito entre Israel, reino do norte, e Judá, reino davídico do sul. O messias esperado pelo judaísmo seria um líder que conquistaria a liberdade nacional dos judeus e imporia ao mundo sua religião. Portanto, trata-se de uma salvação que atingirá a todos os homens e mulheres do mundo inteiro já que os destinatários da salvação o rejeitam.


A atividade de Jesus denuncia o agir perverso da sociedade, e por isso provoca ódio. Os parentes de Jesus pensam no sucesso. As autoridades o procuram, vendo nele um perigo. E o povo expressa opiniões diversas a respeito dele: uns o julgam a partir das obras que ele realiza, e outros a partir de leis e estruturas estabelecidas. Assim a presença de Jesus é sinal de contradição que vai revelando a face das pessoas.


Os chefes religiosos do templo e das sinagogas rejeitavam o messianismo de Jesus e procuravam e tentam prender matá-lo. Pois para eles é uma ameaça. E no meio do povo a divisão continua: o tema da discussão é sobre a origem do Messias. Uns não aceitam Jesus, baseados numa tradição teórica sobre a origem do Messias. Outros que já são muitos, acreditam que Jesus é o Messias, porque prestam atenção na sua prática libertadora e vêem nisso sinal da presença de Deus.


Jesus, descartando qualquer aspiração ao poder, revela-se como o enviado que comunica a verdadeira vida vinda do Seu Pai. Desafiando-lhes diz: Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não o conhecem. Mas eu o conheço porque venho dele e fui mandado por ele.


Assim Jesus mostra o verdadeiro critério para reconhecer o Messias: não é o lugar de sua origem, mas o fato de Ele ser o enviado de Deus, cuja atividade deve ser reconhecida pelas obras que faz.


Depois de tudo o que você ouviu, viu e leu e tocou sobre o Verbo Divino feito homem para a tua salvação, que critérios estabeleces para reconhecer Jesus.


Pai ajuda-me a acolher, sem preconceitos, a revelação de Jesus, pois sua identidade messiânica de Filho de Deus transparece nas palavras e nos sinais que Ele realizou.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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quarta-feira, 22 de março de 2023

Homilia Diária - 23.03.2023

 JESUS É A ÚLTIMA PALAVRA DO PAI Jo 5,31-47


HOMILIA


Assim como hoje, existiam no tempo de Jesus, pessoas que ouviram seus ensinamentos, presenciaram seus milagres, mas mesmo assim tinham dúvidas. E eram judeus, como Jesus! Hoje, eles não acreditam que Jesus é, de fato, o Filho de Deus. E continuam esperando a primeira vinda do Messias Salvador, anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Também existem muitos não-judeus, que não acreditam que Jesus é o Filho de Deus, e nem acreditam em seu poder. Se você é uma destas pessoas, no Evangelho de hoje Jesus fala diretamente para você!


Jesus cita dois profetas famosos e conhecidos de todos, na época: João Batista e Moisés. Os dois vieram para anunciar a vinda do Messias Salvador. Pois bem, Jesus se apresenta como esse Messias! Quem não acreditar nesses dois profetas, também não acreditará em Jesus. Eles dão testemunho de Jesus. Mas o maior testemunho de Jesus é o próprio Pai, que lhe enviou. Mas quem de vocês já ouviu a voz de Deus? Deus não fala da forma que conhecemos. Deus fala através dos milagres que Jesus realizou e realiza ainda hoje, para quem lhe pede.


Mas no Evangelho de hoje, Jesus não se dirige aos desentendidos. Ele se dirige àqueles que estudam a Bíblia, mas que mesmo assim não acreditam que Ele é o Filho de Deus! E afirma categoricamente: “Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus.” Ou seja, quem não consegue enxergar os milagres realizados por Jesus como sendo obras de Deus Seu Pai, é porque tem o coração endurecido. E num coração endurecido não existe o Amor. E se Deus é Amor, então essa pessoa não tem o Amor de Deus. Essa é a pior tristeza que um ser humano pode ter na vida: a falta do Amor que vem de Deus.


Há uma “sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que, desde antes dos séculos, Deus antecipadamente nos destinou”. Esta sabedoria de Deus é Cristo; Ele é “poder de Deus e sabedoria de Deus”. No Filho, com efeito, “encontram-se escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”; oculto no mistério, destinado previamente, desde antes dos séculos, Ele é o que foi predestinado e prefigurado na Lei e nos profetas. Por isso, os profetas tinham o nome de “videntes”; viam Aquele que estava escondido e desconhecido dos outros. Também Abraão “viu o seu dia e rejubilou”. Para Ezequiel, os céus abriram-se, enquanto para o povo pecador permaneciam cerrados. “Retirai o véu de cima dos meus olhos, diz David, e contemplarei as maravilhas da vossa lei”. Na verdade, a lei é espiritual e, para compreendê-la, é preciso que seja “afastado o véu” e que “a glória de Deus seja contemplada de rosto descoberto”. No Apocalipse, mostra-se um livro fechado com sete selos. Quantos homens hoje, que se pretendem instruídos, têm nas mãos um Livro selado! São incapazes de o abrir, a menos que seja aberto por “Aquele que tem a chave de David; se Ele abrir, ninguém o fechará e, se Ele fechar, ninguém o abrirá”. Nos Atos dos Apóstolos, o eunuco lia o profeta Isaías; contudo, ignorava Aquele que venerava no livro sem O conhecer. Surge Filipe: mostra-nos o Pai e isto nos basta! Jesus mostra-lhe oculto pela letra: há tanto tempo que estou convosco e não me conheces? Eu e o Pai somos Um.


Compreende, pois, que não podes comprometer-te com as Sagradas Escrituras sem teres um guia que te mostre o caminho. E este guia é a Última Palavra de Deus. Não espere outros sinais. Em Jesus tu tens tudo o que precisas para ser feliz para sempre. Se ainda tens dúvidas eu mostro-te o caminho. Hoje Jesus bate à tua porta e te diz venha e siga-me, pois Eu e o Pai somos Um. Venha que te mostrarei o caminho que te conduz à vida eterna.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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terça-feira, 21 de março de 2023

Homilia Diária - 22.03.2023

 Jesus veio para nos dar a Sua vida e nos resgatar do mal!


HOMILIA


Enquanto o inimigo deste mundo estiver destruindo a obra de Deus, Jesus a estará resgatando, salvando, libertando e restaurando. Cristo não para, Ele está agindo no meio de nós, Ele está entre nós!


”Meu Pai trabalha sempre, portanto, também eu trabalho” (João 5,17).


Nós, hoje, queremos refletir sobre a Palavra de Deus em João 5, 17, que fala de Jesus no cumprimento de Sua missão. É o próprio Jesus quem nos diz que Ele é o reflexo da ação do Pai. Você sabe que Deus Pai criou todas as coisas, fez todas as coisas, mas a obra da criação não terminou; por isso, Jesus afirma: ”Assim como meu Pai trabalha, eu também estou trabalhando e não vou parar a minha obra!”.


Como os judeus ficaram incomodados com a ação de Jesus; melhor dizendo: contra a missão de Jesus, porque Ele realizava curas, prodígios e milagres, porque Ele cuidava das pessoas no dia de sábado.


Deixe-me dizer a você: curar alguém e cuidar de alguém é continuar a obra da criação de Deus. O machucado, o doente, o sofrido e o maltratado são a criação de Deus Pai, e Jesus veio resgatar essa criação. O Senhor não quer que aquilo, que o Pai criou, simplesmente se perca pela falta de cuidado e por tudo aquilo que o pecado e as opressões da vida fazem com a criação de Deus.


Jesus vem restaurá-la e não tem dia nem hora para cuidar da obra do Senhor. Seja numa sexta, seja num sábado, seja no domingo ou em outro dia, Jesus trabalha para fazer o Reino de Deus acontecer. E quanto isso causa fúria no inimigo de Deus! Quanto isso causa fúria naquele que veio para roubar, destruir, matar e assassinar, naquele que se opõe ao Reino de Deus desde o seu princípio. O que ele [inimigo de Deus] estraga, Jesus restaura; o que ele pisa e derruba, Jesus levanta. Ele massacra e oprime; Jesus alivia e conforta! Ele veio para tirar a vida, Jesus veio para nos dar a Sua vida e nos resgatar.


Enquanto o inimigo deste mundo estiver destruindo a obra de Deus, Jesus a estará resgatando, salvando, libertando e restaurando. Ele não para, Ele está agindo no meio de nós, Ele está entre nós.


Já dizem os padres da Igreja que a obra da criação de Deus é feita com duas mãos: o Pai que usa a ”mão de Jesus” e a ”mão que é o Espírito”. Jesus é a continuação dessa ação do Pai, no meio de nós, por meio de Seu Espírito.


Deixe-se ser cuidado por Deus, deixe-se ser restaurado por Ele, deixe que Jesus, o Homem Perfeito, cuide de você nesse tempo de resgate. Jesus está resgatando nossas almas, deixemo-nos ser cuidados por Ele.


Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Fonte http://homilia.cancaonova.com

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segunda-feira, 20 de março de 2023

Homilia Diária - 21.03.2023

 A CURA DE UM PARALÍTICO Jo 5,1-16


HOMILIA


Segundo São João por cinco vezes Jesus foi para Jerusalém por ocasião da grande festa do templo. Enquanto para alguns a ida à Jerusalém é motivado pela participação nos ritos judaicos, para comer e beber. Para Jesus o motivo é outro.


É sim o anúncio do seu projecto. Ele quer lançar mãos à obras a vontade de Deus seu Pai. Dar a conhecer a todo o mundo que está chegando a hora em que o príncipe deste mundo será derrotado. Novos céus e a nova terra estão para chegar. E os verdadeiros adoradores já não dependerão das paredes do Templo de Jerusalém e nem tão pouco das sinagogas. Eles hão de adorar o Pai em espírito e em verdade.


Numa destas idas e voltas ao Templo e precisamente na Porta das ovelhas onde costumavam estar os pagãos, negociadores, cambistas e outros, dá conta da enfermidade que infernizava a vida daquele homem. Curando um paralítico ali presente, Jesus revela ser a fonte do amor e da vida para todos. Em contradição, os judeus promotores da festa religiosa perseguem Jesus por sua prática misericordiosa e libertadora.


Muitas vezes, as pessoas que sofrem diferentes formas de males possuem uma fé muito grande no poder de Deus, mas de algumas formas são impedidas de chegar até ele e receber as suas graças, condição indispensável para a superação de seus males e sofrimentos. É o caso do paralítico, que acreditava no poder de Deus e na cura que viria pela ação do anjo ao agitar a água, mas era impedido pelos outros que entravam primeiro na piscina. Assim também acontece hoje quando criamos uma série de regras e preceitos humanos que dificultam a participação de muitos na vida divina e um relacionamento pessoal com ele, que é a fonte de todas as graças que nos dão vida em abundância.


Apresenta-te também tu a Jesus e diz para Ele: não tenho quem me ajuda. Enquanto eu vou outros descem antes de mim… E Ele que tudo pode te dirá. Pega a tua maca, cama e vai para a casa que tua fé te salvou.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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quarta-feira, 15 de março de 2023

Homilia Diária - 20.03.2023

 O TEU FILHO VAI VIVER Jo 4,43-54


HOMILIA


Teu filho vai viver. É a garantia que Jesus dá ao homem cujo filho estava a beira da morte. No texto de hoje mais uma vez estamos diante de um milagre ou simplesmente sinal, característica fundamental do Evangelho de Jesus Segundo São João.


Jesus conforme nos narra o evangelho, sai da sua terra e vai para Galileia. Como era de esperar, depois de tantos milagres e prodígios que fizera em Jerusalém, aquando da celebração da páscoa é bem recebido. E por encontrar receptibilidade continua fazendo milagres. É de salientar que apesar de Galiléia ser uma região predominantemente gentílica, com presença de descendentes de colonos judeus, fora em Caná da Galileia que tinha transformado a água em vinho por causa da fé daqueles homens.


Hoje neste trecho do Evangelho salienta-se mais um sinal, um milagre. O milagre da vida como sendo o dom de Deus.


Evangelho de São João, respondendo ao apóstolo Tomé, afirma com toda a sua autoridade: “Eu Sou a Vida” (Jo 14,6). Muitas vezes me pergunto sobre o profundo sentido dessa afirmativa. Em outro tópico Ele parece completar o que ali está dito: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em plenitude” (Jo 10,10). Outra afirmação categórica de Jesus a Maria, irmã de Lázaro, é esta: “Eu sou a Ressurreição e a Vida” (Jo 11,25). Isto vale a dizer: “Sou o princípio, o autor também da nova vida, após a morte”.


Quem n’Ele procura a vida sempre a encontra. Veja a certeza com que pronuncia as belas palavras ao funcionário do rei: Podes ir, que teu filho está vivo.


Para os homens com grande fé como o alto funcionário do rei, novos céus e nova terra existirão. Porque na verdade reconhecem o Evangelho como Palavra de Salvação eterna.


A plenitude da vida que Jesus nos veio trazer não se restringe aos horizontes fechados da vida presente, como pensavam muitos humanistas e utopistas. A vida humana, acima de tudo, é dom de Deus: vem de Deus e se realiza na posse terrena e eterna de Deus. Foi essa a vida que Deus concedeu a nossos primeiros pais e Jesus nos veio reconquistar pela Encarnação, pelo mistério de sua vida, morte e Ressurreição. Por isso Santo Agostinho afirma, com tanta propriedade: “O nosso coração está inquieto até que descanse em Vós”.


De regresso a casa, «ele creu, com todos os da sua casa». Gente que não viu nem ouviu Jesus acredita nEle. Que ensinamento se retira daqui? É preciso acreditar nEle sem exigir milagres: não é preciso exigir a Deus provas do Seu poder. Basta acreditar nas Suas palavras: O teu filho vai viver. Os teus serão libertos da situação em que se encontram. Acredite. É Jesus quem está falando! Ele quer curar todas as nossas feridas e enfermidades. Quer libertar os nossos de todos os vícios e pecados. Ele quer ressuscitar os membros do nosso corpo e dar-lhes nova vida. Nos nossos dias, quantas pessoas mostram um maior amor a Deus depois de seus filhos ou sua mulher terem recebido alívio na doença?


Ontem como hoje Ele continua fazendo milagres e prodígios. Mesmo que os nossos votos não sejam atendidos, é preciso perseverar nas ações de graça e de louvor. Permaneça ligado a Deus mesmo na adversidade, no abandono, na dor, na tristeza ainda que a morte venha bater a sua porta. Não perca a esperança de que os teus hão de viver, e viver para sempre. Confiar, e esperar com fé firme em Deus é optar pela vida. Por isso, escolha, pois a vida descansando nos braços e no colo de Jesus para que tenha vida e vida em abundância.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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