domingo, 28 de fevereiro de 2021

Homilia Diária - 13.03.2021

TENDE PIEDADE DE MIM QUE SOU PECADOR! Lc 18,9-14


HOMILIA


O Evangelho de hoje nos mostra com clareza qual é o pensamento que Jesus tem a respeito da nossa oração, e não somente no que se relaciona ao nosso vínculo com os outros, mas especialmente diante de Deus, que nos conhece mais do que nós mesmos.


Lendo o evangelho de hoje eu fiquei muito feliz porque acredito que essa mensagem seja capaz de mudar de forma concreta a minha vida e a tua, uma vez que passamos a compreender o sentido real e concreto do ato de ser humilde e não apenas do conceito de humildade, podemos ser transformados interiormente e executar gestos no nosso cotidiano que irá nos proporcionar sentimentos bons e alegres.


É interessante verificar os dois tipos de oração! O Fariseu nomeia todas as suas observâncias, tudo que ele faz, conforme manda o a Lei! Ele não conta nenhuma mentira – ele faz isso mesmo. Só que ele confia absolutamente no poder da sua prática para garantir a salvação. Assim dispensa a graça de Deus, pois se a Lei é capaz de salvar, não precisamos da graça! E ainda se dá o luxo de desprezar os que não viviam como ele – ou porque não queriam, ou porque não conseguiam!: Ó Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens, que são ladrões, desonestos, adúlteros, nem como esse cobrador de impostos.


O publicano também não mente quando reza! Longe do altar, nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito em sinal de arrependimento de dizia: Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador. E era a verdade mesmo – ele era vigarista, ladrão opressor do seu povo, traidor da sua raça – mas ele tem consciência disso, e não só disso, mas do fato de que por ele mesmo é incapaz de mudar a sua situação moral. A sua única esperança é jogar-se diante da misericórdia de Deus. Para o espanto dos seus ouvintes, Jesus afirma que o desprezado publicano voltou para a casa “justificado” por Deus, e não o outro. Pois é Deus que nos torna justos por pura gratuidade, e não em recompensa por termos observado as minúcias duma Lei.


E como entrou o farisaísmo nas nossas tradições de espiritualidade! Como as nossas pregações reduziam a fé e o seguimento de Jesus à uma observância externa duma lista de Leis! Como reduzimos Deus a um mero “banqueiro”, que no fim da vida faz as contas e nos dá o que nós “merecemos”, segundo uma teologia de retribuição! Quem tem a conta em haver com Ele, ganhará o céu, e quem está em dívida irá para o inferno! E a graça de Deus? E a cruz de Cristo? Paulo mudou de vida quando descobriu que a Lei, por tão importante que fosse como “pedagogo”, não era capaz de salvar, mas que é Deus que nos salva, sem mérito algum nosso, através de Jesus Cristo! Com esta descoberta, se libertou! E defendia este seu “evangelho” a ferro e fogo! O texto de hoje nos convida para que examinemos até que ponto deixamos o farisaísmo entrar em nossas vidas; até que ponto confiamos em nós mesmos como agentes da nossa salvação; até que ponto nos damos o direito de julgar os outros, conforme os nossos critérios. Uma advertência saudável e oportuna que alerta contra uma mentalidade “elitista” e “excludente”, que pode insinuar-se na nossa espiritualidade, como fez na dos fariseu, sem que tomemos consciência disso!


Portanto, esse evangelho é transformador, ele vem ensinar para nós que a nossa oração é um meio de comunicação eficaz com o Pai, mas só subirá aos céus se nascer de um coração humilde, simples e puro! Se quisermos ser justificados e elevados diante de Deus, precisamos diminuir para que Deus cresça em nós! Meu Deus, é preciso que eu diminua e que Cristo cresça em mim. Dai-me Senhor um coração puro e humilde e assim como aquele cobrador de impostos clamou a ti eu também Te peço agora: tende piedade de mim que sou pecador.


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Homilia Diária - 12.03.2021

O MANDAMENTO MAIS IMPORTANTE Mc 12,28b-34


HOMILIA


Qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei? Partimos do princípio de que os escribas eram intelectuais, conhecedores profundos e pormenorizados dos textos da Lei de Moisés. A ser assim, não havia nenhuma razão para perguntar a Jesus sobre qual seria o maior mandamento. Por outro lado Jesus olhando bem para ele, poderia até se questionar como é possível, este homem sendo doutor da Lei não saber qual era o maior. Mas tudo bem: Escuta Israel! O Senhor, vosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com todas as tuas forças. E o segundo mais importante é este: Amarás próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.


Jesus, fazendo uma análise da figura deste escriba, e pelo seu interesse, chega a conclusão de que ele não está longe do Reino de Deus. Pelos detalhes, esta narrativa assemelha-se à cena do jovem rico (Mc 10,17-22), ao qual apenas faltou dar tudo aos pobres e seguir Jesus. Ao escriba faltava romper seus laços com as doutrinas e observâncias legais.


E para ti o que falta? Que barreiras deves romper para seguir e adorares ao Deus Único e verdadeiro? Saiba que a expressão da sua adesão ao amor de Deus não é o culto religioso, não é a observância do domingo, cumprimento de liturgias, mas sim o amor concreto e solidário ao próximo, que se resumem no: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a ti mesmo.


Nesta resposta de Jesus vemos duas realidades: A relação do homem com Deus e do homem com o próximo, para depois voltarem os dois para Deus, o princípio e o fim do homem. Portanto o segundo mandamento completa o primeiro e que, em conjunto, resumem toda a lei e todos os profetas. Sendo assim, Jesus explica ao escriba a impossibilidade que existe em cumprir o primeiro mandamento sem o segundo.


Para João não é possível amar a Deus, que não vemos, se não amarmos o nosso próximo a quem vemos. Se a assim for, não passamos de mentirosos. Porque Deus é amor e quem o ama deve amar o irmão. Logo, os dois mandamentos se abraçam e se completam. Este é o modelo que o próprio Evangelho nos apresenta na relação amistosa entre Jesus e o escriba, pois ambos se elogiam reciprocamente. Nisto consiste o amor: no reconhecimento de uma recíproca igualdade e numa mútua e perpétua fidelidade. É assim com amor: dá e recebe como Jesus. N’Ele está constantemente a cumprir-se o tudo, dar de Deus ao mundo no Filho e o tudo receber por parte do Filho para tudo dar ao Pai nos seus irmãos.


A fé pregada por Jesus apóia-se em dois pilares: o amor a Deus e o amor ao próximo. Isto é o essencial. Tudo o mais é complemento, e pode ser relativizado. Quem ama a Deus, recusa toda forma de idolatria, não aceitando ser subjugado por nenhum outro Absoluto fora dele. Quem ama o próximo, põe freios ao seu egoísmo, de modo a jamais desejar-lhe o mal, ou a fazer algo que possa prejudicá-lo.


Ante a sábia resposta do Verdadeiro Mestre, assim como o mestre da Lei, no diálogo com Jesus enxergou e afirmou que o amor a Deus e ao próximo supera todos os holocaustos e sacrifícios, que também eu possa ver e reconhecer nEle o caminho, a verdade e a vida, que me aproximam cada vez mais do Reino e da Casa do meu Pai que está no Céu.


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sábado, 27 de fevereiro de 2021

Homilia Diária - 11.03.2021

O PODER DE JESUS Lc 11,14-23


HOMILIA


Diante de um bem feito por Jesus, testemunhas oculares, habituadas à práticas demoníacas, ou seja a adivinhação, bruxaria, candomblé, umbandas e os seus derivados, se questionam sobre em nome e poder de quem Jesus estaria actuando. Ele acabava de libertar o homem endemoniado do poder de Satanás príncipe dos demônios. Vendo o homem curado e liberto, impávida e pasmada uma parte da multidão exclama:


 É Belzebu, o chefe dos demônios, que dá poder a este homem para expulsar demônios.


Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediam que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha de Deus.


E a atitude de como sempre é aconchegante e oportuna. Ele age na hora e no momento certo. Portanto, Jesus conhecendo-lhes os pensamentos, afirma: Todo o reino dividido acaba por se arruinar a si mesmo; a família que se divide em grupos que lutam entre si também acaba por ser destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Se vós dizeis é por Belzebu que eu expulso demônios. Por quem os expulsam os vossos mestres. Assim, os vossos seguidores provam que vós estais completamente enganados. Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios. O que prova que o Reino de Deus está no meio de vós.


Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele.


Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando.


A prática libertadora de Jesus restaurando a dignidade e a liberdade das pessoas suscita, por um lado, a admiração das multidões e, por outro, a repressão dos chefes religiosos de Isael.


Jesus afirma que veio para libertar todos que estão retidos sob o poder do encardido, ou seja, em poder daqueles chefes religiosos. Pois é preciso que todos saibam que é em nome e no poder de Deus que Ele veio, tornando presente o Reino de Deus Seu Pai entre nós.


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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Homilia Diária - 10.03.2021

 JESUS DÁ SENTIDO À LEI Mt 5,17-19


HOMILIA


Para Jesus, a lei moral é obra da Sabedoria divina. Por isso, Podemos defini-la, em sentido bíblico, como uma instrução paterna, uma pedagogia de Deus. Ela prescreve ao homem os caminhos, as regras de procedimento que o levam à bem-aventurança prometida e lhe proíbe os caminhos do mal, que desviam de Deus e do seu amor. E, ao mesmo tempo, firme nos seus preceitos e amável nas suas promessas. Eis a razão do porque Jesus diz: o céu e a terra passarão; porém, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento.


Portanto, a questão da obediência aos mandamentos divinos, ou tudo quanto Deus ordena, não visará à salvação, pois entra no campo da santificação, e não da justificação. Entender o papel da lei como meio de salvação seria um uso “ilegítimo” da mesma (1 Timóteo 1:8).


O fracasso espiritual de Israel, que motivou sua rejeição como propriedade de Deus, não estava na lei, que é “perfeita”, “santa, justa, boa, espiritual, prazerosa” (Salmo 19:7; Romanos 7:12, 14, 22). Mas sim na atitude de auto-confiança do povo quanto às suas possibilidades de obedecê-la plenamente.


Por isso é que Jesus dirigindo-se ao povo diz : Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Assim, Ele ressaltou os princípios básicos da lei divina como sendo “amor a Deus sobre todas as coisas” e “amor ao próximo como a si mesmo” (Mateus 22:36-40). Paulo o confirma em Romanos 13:8-10 e ambos estes princípios sempre foram reconhecidos pelos cristãos como a síntese da lei divina tanto na linha “horizontal” ou seja, no amor ao próximo, quanto “vertical” o amor para com Deus, de relacionamento.


Com uma pouca margem de erro diria que há preceitos de caráter cerimonial, civil e moral na lei divina independentemente de ocorrer tal linguagem “técnica” nas páginas bíblicas, fato reconhecido por Confissões de Fé e autoridades cristãs de diferentes confissões do passado e do presente. Em toda a Lei está a defesa da vida que a final é um dom de Deus.


No sermão da montanha (Mateus 5 a 7), bem como no diálogo com o jovem rico (Mateus 19:16ss), ao Cristo tratar do verdadeiro espírito da lei Ele lembra que Deus leva em conta não só a mera obediência ao seu texto, mas as reais e íntimas intenções do indivíduo quanto a tal obediência.


Nenhum dos mandamentos da Lei de Deus tem aplicação limitada a Israel. O próprio princípio do sábado foi estendido aos “filhos dos estrangeiros” (Isaías 56:2-8), e todas as pessoas de todas as nacionalidades têm necessidade de um dia regular de repouso, daí porque “o sábado foi feito por causa do homem” (Marcos 2:27).


No novo concerto os princípios básicos da lei divina são escritos por Deus nos corações e mentes dos Seus filhos, judeus ou gentios, nos moldes do que havia sido prometido ao antigo Israel em Ezequiel 36:26, 27 e Jeremias 31:31-33.


Nos debates de Cristo com os escribas e fariseus sobre o sábado Ele está corrigindo a prática extremada e insensível deles do Decálogo, e não combatendo uma norma estabelecida por Ele próprio como Criador e Legislador (ver Mateus 12:1-12; Heb. 1:2).


João no Apocalipse (1:10) refere-se ao “dia do Senhor” que para nós católicos é o Domingo, como sendo um dia especial dedicado a Deus. Portanto, ele mantinha um dia especial de observância, como estabelecido no 3º mandamento da lei de Deus: Santificar os Domingos e Festas de Guarda.


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Homilia Diária - 09.03.2021

 PERDOAR É UMA DECISÃO Mt 18,21-35


HOMILIA


O evangelho de hoje nos faz refletir muito sobre um aspecto de nossa vida que está bastante presente no nosso dia-a-dia: O PERDÃO.


Varias vezes por dia, e com diversas pessoas, nós sentimos a necessidade de pedir perdão. Isto acontece principalmente quando nossas atitudes magoam as pessoas que amamos e/ou quando vemos nos rostos destas pessoas a tristeza que causamos. Esse pedido de perdão nem sempre é tão simples, principalmente se temos o orgulho latente em nós e não queremos reconhecer o erro. Quando as pessoas magoadas não são as que amamos, esta atitude de humildade torna-se ainda mais difícil.


Mas apesar de tudo saiba que Perdoar é uma decisão. Ora veja!


Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete. Há pessoas que dizem que é difícil perdoar. No entanto, creio que esta afirmação surge porque muita gente não sabe ao certo o que é perdoar.


Neste ensinamento de Jesus aprendemos que devemos perdoar setenta vezes sete. mas, então, o que é perdoar? Perdoar não é um sentimento. Perdoar não é esquecer tudo, ou melhor, não é ter uma amenésia!


Perdoar é uma decisão. O que sente não interessa, porque a decisão de perdoar está no seu coração e você está livre. Você pode perdoar e continuar a sentir-se incomodado, aborrecido com a pessoa, mas pela Palavra de Deus, podemos ver que perdoar é fácil: não é um sentimento, é uma decisão.


Há pessoas que se recusaram a perdoar a outros e acabaram doentes ou paralisadas, sem que nada funcionasse na sua vida. Você sabia que a falta do perdão pode causar doenças terríveis em nós? Muitas doenças estão relacionadas com a falta de perdão. Você tem que perdoar a esposa, ao marido, ao seu vizinho, ao colega, ao patrão, seja a quem for. Senão é você que vai ficar mal na vida, pois se não perdoarmos os nossos pecados uns dos outros, também Deus não nos perdoará os nossos.


Em Mateus 18:33-35, Jesus disse que se nós não perdoarmos do coração, cada um ao seu irmão, as suas ofensas, Deus também não nos perdoaria as nossas ofensas e até nos deixaria nas mãos dos atormentadores que são demônios. Deus perdoou-nos as nossas maiores ofensas e nos deu salvação. Nós não temos o direito de não perdoar aos outros.


Veja este exemplo: Você também pode ter que acordar cedo para ir trabalhar e não lhe apetecer, mas você sabe que tem que ir, por isso, levanta-se não porque lhe apeteça, mas porque é uma obrigação. Quando tiver que perdoar alguém faça-o quer sinta ou não. Diga a Deus: Oh Deus, eu perdôo aquela pessoa que me magoou e partir de agora não guardo nada no meu coração contra ela. Mesmo que no dia seguinte você se sinta ainda magoado, o que interessa é a sua decisão feita na véspera e a pessoa está perdoada e o seu coração está limpo. Se a outra pessoa não quiser perdoar o problema é dela, já não é seu.


Ouvimos a pouco que certo homem devia muito dinheiro ao rei, e quando foram fazer contas, o rei teve misericórdia, e perdoou-lhe toda a dívida. Quando este homem saiu da presença do rei foi ter com aqueles que lhe deviam pequenas quantias, e como não lhe podiam pagar, lançou-os na prisão. Quando o rei soube disto entregou este homem aos carrascos, confiscou todos os seus bens, e toda a sua família foi vendida como escravos, até que pagasse toda a dívida.


E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um, a seu irmão, as ofensas.


Algumas pessoas dizem: Eu perdôo, mas não posso esquecer. Mas, quando Deus lhe perdoa alguma falta, você fica como se nunca tivesse pecado. Ele não se lembra mais disso. Nós também temos que fazer o mesmo, i.é., perdoar e esquecer o mal que nos fizeram; é apagar de coração as ofensas cometidas contra si.


A razão de algumas pessoas sofrerem de artrite, úlceras no estômago e até esgotamentos cerebrais, noites sem dormir, etc., é porque elas se recusam a perdoar. E porque não perdoam Deus também não lhes pode perdoar; por conseguinte, sofrem as maldições que o diabo lhes quiser pôr.


Se alguém o ofender perdoe-lhe nesse mesmo instante, não deixe passar um dia sem perdoar. Por quê? Porque está a dar lugar ao diabo, que virá a si com pensamentos errados acerca dessa pessoa. E à medida que o tempo passa, rancor começa brotar do seu coração e a sua comunhão com Deus fica cortada.


Quando Jesus ensinou que nos devemos perdoar 70 vezes sete, estava a dizer que, se for necessário devemos perdoar 490 vezes por dia, isto é perdoar sempre sem esmorecer, porque é assim que Deus faz também. Portanto, trata-se de tomar uma decisão. Perdoar é uma decisão hoje aqui e agora! Decida-se!


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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Homilia Diária - 08.03.2021

 JESUS EM NAZARÉ Lc 4,24-30


HOMILIA


Depois de Jesus ter andado pelas aldeias da redondeza, toma o firme propósito de ir à sua terra natal. Ele que curara os cegos, fizera andar os coxos e aleijados, fizera falar os mudos, ressuscitará os mortos, pregara a boa nova, a libertação aos oprimidos e anunciara um ano novo da graça do Senhor, vemo-lo interrogado pelos seus conterrâneos.


À estas perguntas Ele responde com firmeza, enfrentando a todos. Sua maior preocupação não é granjear simpatias ou privilégios, como estavam habituados os mestres dos templos e sinagogas dos fariseus que visitava.   


Ao citar Elias e a viúva de sarepta, Eliseu e Naamá, Jesus, antes desejava se fazer compreender e entender por todos pregando a verdade que as Escrituras continham. Alías, Ele é o novo Elias, é o novo Eliseu em cuja a Lei e os Profetas encontram o pleno cumprimento.


Suas palavras são incisivas e firmes, e até certo ponto rudes. Recorrendo ao que diz a Sagrada Escritura afirmando diz aos que o menosprezavam: nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. E diante deles estava quem é maior do que Jonas, o conhecido como profeta. Portanto, Jesus desafia tudo e todos. Ele é o sinal de contradição entre os que estão na sinagoga. Pois aí a religião era levada de modo tardio. Muitas vezes ao invés de salvar, libertar o homem, escravizava-o. A nova religião trazida por Jesus tem como fundamento o amor, a misericórdia. O que desencadeia no ódio e na perseguição não só contra as Suas palavras, mas também na Sua própria vida.


Todos desejavam mata-lo, mesmo os que alguns momentos antes o louvavam pela sua sabedoria. Jesus, porém, passando por meio deles, retirou-se seguindo o seu caminho porque ainda não tinha chegado a sua hora de partir deste mundo para o Pai.


O que podemos tirar e ver na atitude de Jesus? Primeiro é que é impossível agradar a todos. Segundo, não importam as contrariedades. O importante é  fidelidade e firmeza nas posições que agradem a Deus, mesmo que muitas vezes desagradem aos homens. O Cristão deve ser firme em suas posições como Jesus é o seu Mestre. Pois Ele mesmo nos disse: ao discípulo, basta ser como o seu mestre. E se o nosso mestre é o Mestre da Glória, um dia com Ele seremos glorificados.


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Homilia Diária - 07.03.2021

JESUS É O NOVO TEMPLO Jo 2,13-25


HOMILIA


Jesus sabendo do que os judeus e as pessoas pensam e fazem do templo e da festa da páscoa, Ele se levanta e dá um novo direcionamento daquilo que seria a verdadeira adoração e pureza. E sobretudo a nova relação para com o verdadeiro templo. Assim, no Evangelho de João, Jesus denuncia o sistema do templo como negação do projeto de Deus. Com a expressão “a Páscoa dos judeus”, João nos dá veladamente a conhecer que esta não é a festa de Jesus. A verdadeira Páscoa não consiste no que eles faziam.


Senão vejamos: Jesus está em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos crêem nele porque viram os milagres que ele fazia. Mas Ele não confia neles, pois os conhecia muito bem. E ninguém precisava falar com Ele sobre qualquer pessoa, pois ele sabia o que cada pessoa pensava.


No episódio da expulsão dos vendilhões do templo de Jerusalém, ao se referir à sua ressurreição, Jesus deixou claro que Ele era o templo novo e definitivo. Do templo de pedra se passou à noção do templo espiritual. Depois de sua vitória sobre a morte, ressuscitando imortal e impassível, esse corpo, sinal da presença divina neste mundo, conhecendo um novo estado transfigurado, permitirá sua presença em todos os lugares e em todos os séculos através da Eucaristia.


Do antigo templo de Jerusalém nada restará e a destruição da Cidade de Davi no ano de 70 será o sinal de que a casa projetada por Davi e edificada por Salomão tinha cumprido sua missão profética. São Paulo captou esta mensagem de maneira maravilhosa e nas suas Cartas demonstrou que o cristão é ele próprio templo de Deus por ser membro do Corpo de Cristo. Ediz aos Coríntios: “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (1 Cor 6,15) e explicará aos Efésios que os batizados são “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus” (Ef 2,20-22). Se Jesus exigiu respeito ao templo edificado pelos homens, muito mais ele requer acatamento para com a casa espiritual que é o seu seguidor: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá.


Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós” (1 Cor 3,17). Indaga então: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?” (1Cor 6,19). O templo de Jerusalém era uma prefiguração, indicativa, mas sombra, da realidade que se daria para os cristãos.


Cumpre, portanto, a cada batizado embelezar esta casa de Deus com a prática das virtudes. Aí está o alicerce para um namoro e casamento cristão e santo, a base do respeito ao próprio corpo, o fundamento da fuga da bebida, das drogas e de qualquer imoralidade. Para tanto é preciso muita oração, a mortificação, a fuga das ocasiões de pecado e tudo fazer com amor a Deus e ao próximo. É deste modo que o cristão se torna uma testemunha viva de Cristo ressuscitado, fortificando-se a cada hora com a Palavra de Deus.


A luta é grande mas nunca se deve esquecer o que disse Jesus a São Paulo: “ Minha graça te basta” (2 Cor 12,9). Eis por que o Apóstolo podia afirmar: “Pela graça de Deus, sou o que sou, e a graça que ele me deu não tem sido inútil. ” (1Cor 15,10). Portanto, embora o fato de Deus habitar no interior de cada um seja um privilégio, com os auxílios divinos é possível viver em função desta dignidade.


Deus nos propõe constante conversão para a purificação do Corpo de Cristo que somos nós. Quem sabe sejamos estimulados a retirar do culto cristão todo o cheiro do esterco do diabo que é o dinheiro. Se bem que, com ele, podemos fazer muita caridade, mas é bom que esteja fora do culto. O culto não é meio de vida nem lugar da exploração do povo como é feito em diversas igrejas e templos. O templo deve ser purificado de toda as sujeira, pela água salvadora. O corpo, templo do Espírito, seja também purificado das marcas do pecado neste tempo da Quaresma.


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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Homilia Diária - 06.03.2021

 O PAI MISERICORDIOSO Lc 15,1-3.11-32


HOMILIA


Prefiro denominar assim o texto de hoje porque na verdade, O Senhor é misericórdia e clemência, indulgente e cheio de amor. O Senhor é bom para com todos e, misericordioso para todas as suas criaturas (Sl 144,8s)


Este Evangelho narrado por Lucas, conhecido como “parábola do filho pródigo”, poderia muito bem ser denominado “parábola do pai misericordioso”. Nele temos a revelação do Deus de Jesus que a todos acolhe em seu infinito amor. Respeita plenamente a liberdade de seus filhos e está com o coração aberto para acolhê-los a qualquer momento, sem censuras, independentemente de sua história passada. Este é o meu Deus de quem eu devo aprender todos os dias e horas. Diferencia-se do deus dos escribas e fariseus, que castiga os que dele se afastam, impondo-lhes variados sofrimentos; e, se há arrependimento, reata sua aliança sob ameaças.


É por seu amor misericordioso que o Deus de Jesus move à conversão e ao reencontro com a vida plena. Assim a parábola do Pai Misericordioso vai mostrar como Deus pai age diante do filho pecador. A situação que relata é absolutamente real e facilmente encontrável em qualquer família humana. Um homem tinha dois filhos. Um pede a parte na herança e vai embora. Gasta os bens, passa fome e resolve pedir para voltar para que viva apenas como empregado de seu pai – ele sabe que errou muito e que, por ser um homem justo, seu pai não deixava os empregados passar fome; por isso, quer viver ali nem que seja como um deles, para não morrer de forme. O pai, contudo, vai além: não só o recebe como o aceita novamente e o coloca no lugar onde sempre esteve: o de seu filho. O outro filho – que permanecera fiel ao pai – cobra, sente inveja, sente raiva. E o pai o convida a participar daquela festa, porque seu irmão havia sido recuperado e a família estava novamente composta.


O processo de conversão começa com a tomada de consciência: o filho mais novo sente-se perdido econômica e moralmente. A acolhida do pai e as medidas tomadas mostram não só o perdão, mas também o restabelecimento da dignidade de filho.


É necessário, filho, que te alegres: teu irmão estava morto e reviveu, perdido e foi achado. O filho mais velho é justo e perseverante, mas é incapaz de aceitar a volta do irmão e o amor do pai que o acolheu. Recusa-se a participar da alegria. Esta é a tua é minha atitude quando tachados de corretos e justos não aceitamos no nosso meio todos os que arrependidos nos pedem desculpas e perdão pelas falhas cometidas. Quantas vezes oiço dizer. Padre, eu não consigo perdoar o que meu marido me fez, minha esposa me fez. Tenho mágoas do meu pai, da minha mãe, dos meus filhos. O que faço? Está aqui a resposta da tua pergunta. Com esta parábola, Jesus nos faz apelo supremo para que assim como os doutores da Lei e os fariseus deveriam aceitar e partilhar da alegria de Deus pela volta dos pecadores assim tu, assim eu devemos nos alegrar com o arrependimento, a conversão e o retorno à dignidade da vida dos nossos irmãos e irmãs.


A atitude do pai é incondicional: meu filho estava perdido e voltou! Com a festa ele demonstra a sua alegria – que deve ser a alegria de toda a comunidade, até daqueles que se sentem diminuídos em valor diante do que se considera pecador.


Devemos acreditar na misericórdia do Pai que nos recebe sempre de braços abertos e com muita festa. E devemos, sobretudo, pedir que essa mesma misericórdia seja derramada infinitamente em nosso coração para que possamos ver com os olhos de Deus os nossos irmãos que julgamos pecadores e reconhecer que todos somos merecedores do mesmo amor do Pai.


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Homilia Diária - 05.03.2021

 O REINO DOS CÉUS VOS SERÁ TIRADO Mt 21,33-43.45-46


HOMILIA


Os judeus, a quem Jesus se dirige no átrio do templo, compreendem muito bem a parábola que lhes conta, inspirada na alegoria da vinha (cf. Is 5, 1-7).


Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos são os vinhateiros que têm o privilégio de cultivar a vinha predileta de Deus, o povo de Israel. Estes vinhateiros hoje, sou eu, és tu meu irmão, minha irmã, a quem Jesus encarrega a missão de cuidar da vinha de Deus, seu Pai.


Lembro-te que no momento da colheita, em vez de apresentarem os frutos ao dono, que é Deus, eles quiseram apropriar-se deles e maltratam os profetas que lhes foram enviados. E hoje não acontece a mesma coisa? Não nos apropriamos da vida de outrem ao invés de protegê-la e fazê-la crescer em estatura e graça segundo o projeto do Criador? Não roubamos, traímos, mentimos e cometemos mil e uma orgias?


No Evangelho, Jesus fala-nos abertamente: o Reino nos será tirado e entregue à outros, se não nos convertermos das nossas ambições, orgulhos e vaidades. Se não abandonarmos a vida do pecado e não aprendermos a praticar a justiça e o bem!


«Finalmente», Deus nos enviou o seu próprio Filho, que é Jesus que nos está falando. É a última oportunidade que Deus nos oferece para que nos tornemos seus colaboradores na obra da salvação. Não aconteça exatamente o que a parábola dizia sobre os vinhateiros malvados: compreenderam que eram eles os visados e procuravam prendê-l´O. Veja que, como os vinhateiros conduzidos habilmente por Jesus e eles mesmos tiraram conclusões das consequências de tal ato: o dono, que é Deus, «Dá morte eterna aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida». Assim eu, assim tu. Precisamos tomar consciência que se nós não fizermos render os talentos que recebemos de Deus teremos o mesmo destino.


Os novos vinhateiros, os pecadores, os pagãos, os criminosos, os alcoólatras, as prostitutos, os excluídos que acolhendo a mensagem da Quaresma que os chama a rasgar os seus corações e não as vestes, a fazer penitência com jejum e oração por causa dos seus pecados convertidos se tornam verdadeiramente os cultivadores da nova vinha, falando, anunciam e pregando ferozmente Paulo Àquele que antes tinha perseguido; São os defensores da Igreja, dando a Deus abundantes frutos, ora 100, ora 60 ora 30 por um!


Oxalá, minha irmã meu irmão não tenhas a sorte dos vinhateiros retratados por Jesus neste evangelho. Mas sim a daqueles que assumindo a sua vocação se tornam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica!


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terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Homilia Diária - 04.3.2021

 O POBRE LÁZARO Lc 16,19-31


HOMILIA

Esta parábola é uma seqüência de parábolas mencionadas por Jesus no Evangelho de Lucas, a do filho pródigo, o administrador infiel e automaticamente a parábola do rico e Lázaro.

Existe uma suposição de que Jesus queria dizer através desta parábola que os homens bons e maus recebiam suas recompensas após a morte, porém esta alegoria contradiz dois princípios:

1º) Um dos princípios mais relevantes de interpretação, é que cada parábola tem um propósito de ensinar uma verdade fundamental.

2º) O sentido de cada parábola deve ser analisado a partir do contexto geral da Bíblia.

Na verdade Jesus nesta parábola não estava tratando do estado do homem na morte, nem do tempo quando se darão as recompensas. Ademais interpretar que esta parábola ensina que os homens recebem sua recompensa imediatamente após a morte, é contradizer claramente o que a Bíblia apresenta por um todo (Mt 16:27, 25:31-40, ICo 15:51-55, Isa 4:16, 17, Ap 22:12), dentre outros textos.

Obviamente nesta parábola Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a vida presente e a futura, pretendendo através desta relação mostrar que a salvação do judeu-fariseu, ou de qualquer homem, seria individual e não coletiva, como criam, e isso através da verdadeira consideração a imutável lei de Deus aos profetas (Lc 16:27-31).

A parábola do rico e Lázaro tem o propósito de ensinar que o destino futuro fica determinado pelo modo que o homem aproveita as oportunidades nesta vida.

Em conexão com o contexto da parábola anterior do administrador infiel. “Se, pois, não vos tornardes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” Lc 16:11.

Sendo assim, compreende-se que os fariseus não administravam suas riquezas de acordo com a vontade divina, e por isso estavam arriscando seu futuro, perdendo a vida eterna.

Portanto, fica estabelecido que interpretar esta parábola de forma literal, resultaria em ir contra os próprios princípios encontrados nas escrituras. Fosse essa história uma narrativa real, enfrentaríamos, o absurdo de ter que admitir ser o ‘seio de Abraão’ o lugar onde os justos desfrutarão o gozo, e que os ímpios podem se ver e falar uns com os outros.

As lições apresentadas nesta parábola são claras e convincentes, porém os justos ou injustos receberam suas recompensas somente no dia da ressurreição (Jo 14:12-15,20 e 21, Sl 6:5, 115:17, Ec 9:3-6 e Isa 38:18).

Na verdade esta parábola traça um contraste entre o rico que não confiava em Deus e o pobre que nele depositava confiança. Os Judeus criam ser a riqueza um sinal das bênçãos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão, e a pobreza indício, do seu desagrado para com os ímpios.

O problema não estava no fato do homem ser rico, mas sim por ser egoísta. A má administração dos bens concedidos por Deus havia afastado os fariseus e os Judeus da verdadeira riqueza, que é a vida eterna, esqueceram do segundo objetivo que se encerra na lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” Mt 22:39.

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Homilia Diária - 03.03.2021

QUEM AMA NÃO ASPIRA GRANDEZAS E SIM SERVE Mt 20,17-28


HOMILIA


Jesus anuncia a sua morte como conseqüência de toda a sua vida. Enquanto isso, Tiago e João sonham com poder e honrarias, suscitando discórdia e competição entre os outros discípulos. Jesus mostra que a única coisa importante para o discípulo é seguir o exemplo dele: servir e não ser servido. Na nova sociedade que Jesus projeta, a autoridade não é exercício de poder, mas a qualificação para serviço, que se exprime na entrega de si mesmo para os outros e o bem comum.


Apesar do testemunho de Jesus, os discípulos estavam atrelados aos esquemas mundanos, mostrando-se pouco sensíveis aos ensinamentos do Mestre. O pedido dos filhos de Zebedeu foi uma prova disto.


Fazendo ouvido de mercador, quando Jesus revelou seu destino de sofrimento e morte, estavam preocupados em garantir para si os melhores lugares no Reino a ser instaurado. Bem se vê que estavam longe de sintonizar com o Reino anunciado por Jesus, pois imaginavam um reino onde os chefes se tornam tiranos, e os grandes se tornam opressores, por estarem revestidos de autoridade.


No Reino almejado por Jesus, a grandeza consiste em pôr-se ao serviço do semelhante, de maneira despretensiosa, e o primeiro lugar será ocupado por quem se dispusera a assumir a condição de servo. A tirania cede lugar ao serviço, e a opressão transforma-se em amor eficaz em benefício do próximo. Bastava contemplar o modo de proceder do Mestre Jesus que se autodenomina “Filho do Homem”. Jamais buscara ser servido, como se a sua condição de enviado do Pai lhe desse este direito; tampouco teve a arrogância de se considerar superior a quem quer que seja. Manteve sempre sua postura de servo, consciente da missão recebida do Pai, a ponto de entregar a sua própria vida para que toda a humanidade obtivesse salvação. Dera o exemplo no qual os discípulos deveriam inspirar-se.


Para Jesus a autoridade e o primeiro lugar no reino estão intimamente associados à capacidade de servir: “o maior de vocês deve ser aquele que serve” (Mt 23,11). Esta atitude fundamental do discípulo e da discípula configurará o quadro de carismas e ministérios, com a responsabilidade de atuar no mundo para transformar as realidades à luz da Palavra de Deus. Daí algumas intuições que podem contribuir para compreender e assumir a missão da Igreja na ótica do serviço à organização e libertação de todo o Povo de Deus.


Assim, eu e tu, somente respondemos fielmente à nossa vocação de servir, quando nos tornamos mulheres e homens em profunda sintonia e comunhão com o Deus da Vida, sem esquecer nem deixar à margem, na luta de cada dia, os pobres e excluídos (cf. At 6,1), que precisam e, por isso, devem ser servidos. Quantas vezes nos aproximamos de Jesus, e, sem discernimento, pedimos coisas que não tem sentido? Quantas coisas desnecessárias, e que julgamos ser essencial, pedimos quando oramos? Por isso que, em todo instante, se faz necessário pedir auxílio ao Espírito Santo, para que Ele nos ensine a rezar. Até mesmo para orar necessitamos do auxílio e da misericórdia do Pai. Outro ponto forte desta palavra é o ensinamento de humildade que Jesus vem nos trazer. Hoje, infelizmente, o mundo nos ensina que devemos sempre estar à frente, sermos os melhores, ter o melhor emprego, receber o mais alto salário, enfim, devemos ter, ter e ter. Em meio a isso, devemos agir de forma contrária. Jesus nos chama a sermos os menores. não contarmos vantagem do que temos ou de quem somos, porém, devemos agir de forma humilde, sempre procurando mais servir do que ser servido, amar mais do que ser amado, perdoar mais do que ser perdoado. Peçamos que o Senhor nos dê um coração manso e humilde. Que no dia de hoje passemos a valorizar as coisas do alto e não as coisas terrenas. Nossa meta é o céu. Fomos feitos para sermos cidadãos do céu e o passaporte para lá é o Amor e a humildade e por isso, humildemente e dobrados devemos servir aos nossos irmãos e irmãs. Quem ama, serve. E quem serve se faz pequeno perante os homens e se torna grande perante o Senhor.


Que nosso coração possa se abrir mais e mais para Amar a Deus no próximo. Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso! Pai, transforma-me em servidor de meus semelhantes, fazendo-me sempre pronto a doar minha vida para que o Teu amor chegue até eles.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Homilia Diária - 02.03.2021

 JESUS E A HIPOCRISIA FARISAICA Mt 23,1-12


HOMILIA


Estamos na liturgia de hoje, diante de uma critica a religião falseada pela ausência de ética verdadeira, o culto fantasiado em ritos que não expressam a experiência de Deus e a sua soberana vontade.  Somente a vivência da Aliança garante unir comportamento e culto, vida e religião, moral e mística.  Esta fidelidade à Aliança é a pregação profética dirigida aos sacerdotes e a crítica de Jesus aos escribas e fariseus. 


Jesus denuncia a hipocrisia dos que se consideram mestres em Israel porque, conhecendo a crítica dos profetas, apresentam-se como justos, isto é, observantes, unindo a vida ao culto, mas, na realidade, atraem com sua observância a atenção dos homens para si mesmos e não para Deus, ao buscarem a admiração e o reconhecimento como pessoas dignas de honra. 


A hipocrisia, portanto, diz respeito, ainda que de forma subtil, também à incoerência entre religião e ética, expressando a não autenticidade do culto ou de vida, quando há observância.  Jesus se mostrou intransigente contra a hipocrisia farisaica até porque atinge a fé na sua pessoa e no seu ministério.  Só foi intolerante, em relação aos pecadores, contra os escribas e fariseus.  Para convocá-los e denunciar-lhes a dureza de coração, afirma que os publicanos e as prostitutas os precediam no Reino de Deus (Mt 21,31).  Em contrapartida, a hostilidade deles confirma que a hipocrisia é o pior obstáculo a impedir o caminho salvífico proposto por Jesus que supõe o assentimento da fé. 


Jesus que é a Luz se torna, paradoxalmente, a cegueira do fariseu ao desvendar-lhe a hipocrisia.  Podemos, portanto, afirmar que se trata de um visar os próprios interesses e a não os de Deus, ainda que aparentemente afirmando-os, impossibilitou, espantosamente, que homens religiosos e de estrita observância reconhecessem o Messias por eles esperado, e favoreceu que impedissem à muitos de reconhecê-lo.


     Por ser o ideal cristão muito elevado a nossa justiça deve exceder a dos escribas e dos fariseus e temos de ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito. Os fiéis de Cristo independentemente da busca sincera ou não de coerência, podem ser vistos ou podem se ver como hipócritas, isto é, merecedores da repreensão de Jesus: fazei e observai tudo quanto vos disserem.  Mas não imiteis as suas ações, pois dizem e não fazem.  Entretanto, há que se distinguir.  Uma coisa é não buscar a coerência de vida entre o que se crê e o que se celebra, fantasiando a religião, ritualizando os sacramentos, esvaziando a fé de seus compromissos.  Outra coisa é admitir a condição do homem fraco, falível e pecador que, mesmo buscando avidamente a coerência, descobre-se sempre em defasagem entre a mensagem e suas exigências e, por isso, vive a fé com humildade, em estado permanente de conversão e de busca constante do verdadeiro rosto de Deus.


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Homilia Diária - 01.03.2021

AS QUATRO SENTENÇAS DE JESUS Lc 6,36-38


HOMILIA


Dos ensinamentos de Jesus, São Lucas retira quatro sentenças e no-las apresenta. Tudo começa depois da proclamação das bem-aventuranças. Nestas, Jesus quer nos ensinar a arte de bem viver entre os homens. Pois, é por meio dela que o homem viverá na paz, na harmonia e será verdadeiramente semelhante a Deus seu Criador. Ele terá de aprender de Deus a ter compaixão, dó, misericórdia e imediatamente aplica-la aos seus semelhantes se quiser atrair para si a Misericórdia Divina.


Precisamos aprender de Deus a não julgar e condenar. Alías, o julgar e condenar são características próprias dos fracos e inconstantes. Porque os fortes compreendem e perdoam. Deus por ser o Sumo bem, o Todo-Poderoso, Omnisciente compreende e sabe as nossas limitações. Por isso nos perdoa todas as vezes que perdoando os pecados uns dos outros corremos para Ele pedindo perdão pelos nossos pecados. É o que Lucas nos seu evangelho nos propõe. Deus é misericórdia, é perdão, é reconciliação, é compassivo para com os pecadores.


Neste evangelho vemos o original ensino de Jesus em nos mostrar o rosto misericordioso de Deus. Ainda que os nossos pecados sejam tantos que não os possamos contar, eles não superam a tamanha bondade de Deus.


Num mundo marcado por indiferenças, rivalidades, cheio de excluídos, abandonados, depravação, criminalidade o desafio é amar até os inimigos, é misericórdia, é confiança nos mais frágeis, é partilha, é serviço, é amarmo-nos uns aos outros, é perdoando-nos, é não julgar os outros, é acolhendo-nos, é não condenar, é repartir o pão com os indigentes. Estes constituem o passaporte do Reino do Céu e a garantia da vida em Deus, com Deus e para Deus.


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