domingo, 30 de outubro de 2022

Homilia Diária - 04.11.2022

 É preciso ser fiel até nas coisas mínimas da vida


HOMILIA


“Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes” (Lucas 16,10).


O segredo da vida é ser fiel em tudo aquilo que você faz. O segredo da vida é ser bom na presença e na ausência, nas coisas mínimas e nas coisas grandes. Quem não tem honestidade, bondade e verdade nas coisas mínimas da vida, como poderemos confiar a ela coisas maiores? É o que, muitas vezes, o pai ensina para o filho: “Meu filho, aprenda a administrar um real, dois reais, para que você possa, um dia, administrar quantias maiores”.


Muitas pessoas se perdem justamente nisso. Há pessoas que com 100 reais sabem administrar a vida apertada, e há quem tenha 100 mil reais no bolso e vive sempre devendo, vive sempre na penúria, vive sempre pendurado porque não aprendeu a administrar o pouco, e quando tem muito se lambuza.


É preciso ser fiel ou ser habilidoso nas coisas que parecem mínimas e até sem importância

Quem não cuida da sua cama assim que se levanta, quem não dobra a sua coberta, pode saber que não vai administrar bem o seu tempo nem o seu dia a dia. Você pode achar o mínimo: “É a minha cama. Ninguém vai ver”, mas você vai ver, é o lugar onde você vai deitar, você vai dormir. É por isso que eu digo: começar o dia bem é com oração e arrumando a cama. Se você deixar para depois, você vai se acostumar a ter sempre a sua cama bagunçada. E, uma vez ou outra, quando alguém está para chegar na sua casa, você corre para arrumar as coisas, de modo que a pessoa chega e tem que ficar lá na porta falando, porque ninguém pode entrar para ver a sua casa, pois as coisas não estão organizadas lá dentro, e também porque não estão organizadas dentro do seu próprio coração.


É preciso ser fiel ou ser habilidoso nas coisas que parecem mínimas e até sem importância. Não fazemos as coisas para sermos vistos pelos outros, fazemos e realizamos o bem, cuidamos bem para termos realmente fidelidade e sermos justos em tudo aquilo que realizamos.


A advertência do Evangelho de hoje é para termos cuidado, porque não há nada mais injusto na vida do que o dinheiro. O dinheiro é para uma pequena minoria se esbanjar dele e uma grande maioria padecer pela ausência dele. Então, precisamos administrar o dinheiro que é injusto, para um dia sabermos administrar aquilo que, justo, Deus vai nos dar. Não podemos servir a Deus e ao dinheiro, não podemos nos tornar escravos do dinheiro, porque ele é injusto. Temos que usar o dinheiro injusto para praticar o bem, para fazer a justiça, para reparar os males que muitas vezes o dinheiro, a falta dele ou o seu uso excessivo provoca na vida humana.


Há quem gaste, numa noite só, o que um trabalhador, às vezes, a vida inteira não ganha. Precisamos ter bom senso e equilíbrio, porque um dia teremos que prestar conta de tudo aquilo que fizemos nessa vida.

Deus abençoe você!

Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Homilia Diária - 03.11.2022

 A OVELHA E A DRACMA PERDIDA Lc 15,1-10


HOMILIA


Ao proferir a parábola da ovelha perdida, Jesus diz para os seus ouvintes que um pastor ao contar o seu rebanho ainda no deserto, verificou que estava faltando uma ovelha de suas cem ovelhas. O homem tinha cem ovelhas, mas acabando de contar-lhes tinha somente noventa e nove. Ele não tinha mais uma centena de ovelhas porque lhe faltava uma. Aquele homem se orgulhava de sua centena de ovelhas. Ele tinha intimidade com o seu rebanho. Ele o conhecia. Tinha o cuidado de contá-las sempre que as remanejava para se certificar que suas cem ovelhas estavam presentes. Mas, quando verificou que lhe faltava uma, ficou desesperado e ansiosamente saindo depressa foi em busca daquela que se havia perdido. Jesus diz que ele a achou e colocando-a sobre os seus ombros se encheu de júbilo, de alegria e de regozijo, porque a sua ovelha que estava perdida foi achada. Ao chegar em casa, este homem faz uma festa, convidando seus amigos e vizinhos para juntos se alegrarem, porque a sua ovelha foi achada. Ele tinha noventa e nove ovelhas e faltava somente uma. Uma ovelha não devia significar tanto para o fazendeiro porque ele tinha ainda as noventa e nove. Mas, não era assim que ele pensava. Ele pensava que o seu rebanho só estaria completo com as cem ovelhas. Ela era importante para ele porque completava o seu rebanho e dava-lhe prazer e regozijo possuir uma centena de ovelhas. As noventa e nove ovelhas não eram motivo de festa e regozijo naquele momento, mas a ovelha que estava perdida e foi achada. Essa sim, era motivo de grande alegria.


Jesus mostra então, que haverá grande regozijo no céu por um só pecador que se arrepende, de que para noventa e nove que não necessitem de arrependimento. Os noventa e nove já pertencem a Deus. Já fazem parte do seu gozo eterno. Mas aquela alma que está perdida e se arrepende, entregando-se a Deus, é motivo de muito gozo e alegria. Assim, como um fazendeiro se alegra ao encontrar uma ovelha que se perdeu do rebanho, Deus, o Pai Eterno, se alegra e se regozija ao encontrar um pecador perdido que se arrepende. Isto quer dizer que publicanos, pecadores e prostitutas, carecem da misericórdia e do amor de Deus.


Este era o propósito que levava Jesus a amar estas pessoas e admitir a presença delas no seu círculo de amizades e discipulado. Os fariseus e os escribas não entendiam este propósito de Jesus, por isso murmuravam. Eles não necessitavam de Jesus, nem de serem buscados, porque não se arrependiam de seus delitos e pecados, a cegueira os envolvia, deixando-os sem o discernimento de que Jesus era o Filho de Deus. E como tal, estava em busca dos que precisavam de Deus e não dos que se julgavam justificados pela Lei que tão somente Jesus conseguiu cumprir. O que levava fariseus e escribas a seguir Jesus, não era matar a sede de conhecer a Deus, mas de pegar Jesus em alguma falha para acusarem-no segundo os seus conceitos religiosos. Já os publicanos, pecadores e prostitutas seguiam a Jesus porque tinham sede de conhecer a Deus e seguir os seus ensinos.


A parábola da dracma perdida segue o mesmo raciocínio. Qual a mulher que tendo dez dracmas, perdendo uma, não varre a casa toda até encontrá-la e encontrando-a, não chama as suas vizinhas e amigas para se regozijarem com ela, porque tinha perdido uma dracma e a achou. O dracma era uma moeda grega de prata (Mateus 26:15). Quatro dracmas formavam um tetradracma. O dracma é equivalente ao denário que era uma moeda romana. Isso é tudo o que sabemos à respeito dessa moeda. Mas, não há dúvida que era valiosíssima, se assim não o fosse, aquela mulher não chamaria as vizinhas e amigas para se regozijar de alegria por tê-la achado. Da mesma forma, a grande alegria nos céus quando um pecador se arrepende e é achado por Deus. Porque as 9 moedas nas mãos daquela mulher eram importantes, valiam muito e estavam presentes e seguras, mas no momento em que ela sentiu falta da décima, esta sim, passou a ser a mais importante e com sede foi buscada por toda a casa até ser achada. Agora, a mulher estava feliz por haver recomposto novamente as suas finanças de dez dracmas. Toda vez que o céu é recomposto, com pecadores remidos que estavam perdidos e são achados, há festa, regozijo e Deus é glorificado. Sempre que alguém reconhece que é pecador e se reconcilia com Deus por intermédio de Jesus, há festa no céu.


Os fariseus e os escribas não entendiam nada do Amor de Deus e de sua Salvação em Cristo, motivo pelo qual Jesus proferiu estas parábolas para que eles entendessem que a alma do pecador é importante para Deus. Em Lucas 19:10, Jesus confirma o que as parábolas já tinham expressado: “Porque o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Homilia Diária - 02.11.2022

 


AS BEM-AVENTURANÇAS Mt 5,1-12

HOMILIA


O Sermão da Montanha, introduzido pela proclamação das bem-aventuranças, é o programa do Reino dos Céus já presente entre nós. Elas constituem as virtudes de Jesus. São, segundo Santo Agostinho, uma regra perfeita de vida cristã. Nas bem-aventuranças encontramos valores universais, que podem ser entendidos e acolhidos por todos. As bem-aventuranças são o caminho concreto para a transformação deste mundo em um mundo de fraternidade, justiça e paz.


Bem Aventurados os pobres de espírito (…). Os bens, desde que sejam adquiridos com justiça, devem ser possuídos e administrados em justiça. A ganância é contrária à pobreza de espírito. Deixemos que o Espírito nos dê um coração de pobre. Somos mendigos do Espírito.


Bem Aventurados os que choram (…). Vivamos numa experiência da misericórdia divina no nosso coração. Deixemos que Deus enxugue as nossas lágrimas e recebamos a sua consolação. Acreditemos que por maiores que sejam os nossos sofrimentos e dores, a Misericórdia divina superabunda tudo isso.


Bem Aventurados os mansos (…). Conhecemos que a mansidão, a paciência e a humildade são caminhos para a glória eterna. Sejamos mansos, puros e humildes.


Bem Aventurados os que têm fome e sede de justiça (…). A nossa fome e sede do espírito são de amor a Deus, que é justiça e de amor ao próximo. Desenvolvamos essa fome espiritual, que só a fé sacia.


Bem Aventurados os misericordiosos (…). A misericórdia é a força do nosso coração. Como a anunciamos aos irmãos?


Bem Aventurados os puros de coração (…). O nosso coração cresce em sinceridade e retidão para com os outros? Cultivamos um coração simples? Deixemos vivificar em nós, a experiência de que somos templos do Espírito Santo.


Bem Aventurados os pacíficos (…). Os nossos valores éticos constituem uma afirmação evangélica contra as normas de uma sociedade desprovida do Deus de Amor. A Paz esteja convosco: disse-nos Jesus. Assim, ela é um dom de Deus. Somos construtores da paz. Nunca se esqueça que a Paz se opõe as atitudes de guerra, de agressividade, de conflito e de autoritarismo.


Bem Aventurados os que sofrem perseguição (…). As perseguições, mentiras e ataques perseguem os discípulos de Jesus. Como ontem, assim hoje são perseguidos, às vezes até pela própria família. Você é perseguido? A explicação está aí. Por isso, aguente firme. Aceitemos tudo isso, para nos deixarmos morrer interiormente, afim de que Cristo ressuscite em nós. Que a partilha das Bem-Aventuranças contribua para uma vivência de vida cristã e de uma comunidade de amor. Deus te abençoe meu irmão, minha irmã, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Homilia Diária - 01.11.2022

 Somos convidados para o grande banquete da vida


HOMILIA


“Pois eu vos digo: Nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete” (Lucas 14,24).


Que sentença dura é essa que Jesus dá, hoje, no Evangelho. Na verdade, é a sentença do patrão que mandou os empregados convidarem os convivas para as festas e esses começaram a dar uma desculpa, cada um começou a mostrar que tinha outras ocupações e não poderiam responder ao convite do patrão. Por isso, o patrão mandou chamar outros, mandou chamar aqueles que estavam nas praças, nas ruas, os pobres, os aleijados, os cegos, os coxos para que participassem do banquete que ele preparou.


Os verdadeiros convidados, os primeiros convidados, os que foram agraciados não levaram na devida importância a graça do convite e do chamado porque estavam demasiadamente ocupados.


Pessoas egoístas e individualistas geralmente são assim, elas estão demasiadamente ocupadas em seus negócios, trabalhos e em sua vida.


Muitas vezes, eu vejo que os pais não têm tempo para os seus filhos; os casais não têm tempo um para o outro, estão ocupados demais consigo, com suas coisas e com seu mundo.


Precisamos, no mínimo, uma vez por semana, aproximarmo-nos da Eucaristia, o grande banquete da vida

Olhamos para nós, servidores de Deus, convidados para o banquete celeste, estamos demasiadamente ocupados para as coisas de Deus. Eu sei que, na vida, temos as obrigações, compromissos e responsabilidades. E que maravilha é, de fato, nos ocuparmos com aquilo que são as nossas obrigações! Mas é preciso cuidar para não desprezar. É preciso cuidar para não perdermos o foco do essencial. É Jesus quem nos chama e nos convida, por isso, não podemos abrir mão de algumas coisas.


Não podemos abrir mão do banquete eucarístico, precisamos, no mínimo, uma vez por semana, nos aproximarmos da Eucaristia, o grande banquete da vida. Não podemos abrir mão da Palavra de Deus, não podemos dar aquelas desculpas esfarrapadas que estamos cansados e trabalhando muito e não nos voltamos diariamente para meditar a Palavra de Deus.


Não podemos abrir mão da nossa oração pessoal. Poderia ir para as outras esferas: um casal não pode abrir mão da sua oração conjugal, os pais não podem abrirem mão de orarem com seus filhos. Cada um, nas suas situações, não pode ir se ocupando de outras coisas que não seja ocupar-se, primeiro, do essencial.


Aquele que ama a Deus, ocupa-se de Deus e deixa Ele ocupar um lugar essencial na sua vida e no seu coração.


Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 


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Homilia Diária - 31.10.2022

 Para seguir Jesus, precisamos ser livres


HOMILIA

“Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” (Lucas 14,33).

 
Escutando as palavras do Mestre Jesus, Ele parece ser muito exigente no seu seguimento, para poder segui-Lo. A verdade é que para seguir Jesus precisamos ser livres. Então, a espiritualidade da renúncia é, no fundo, a espiritualidade do desapego.

O que vai acontecendo é que vamos nos apegando a tudo e a todos, e a tudo o que nos apegamos, ficamos presos; depois, não conseguimos nos soltar. Muitas vezes, apegamo-nos a uma caneta, a uma máquina, ao nosso celular, aos nossos computadores, às bijuterias e coisas pequenas.

Não podemos ser apegados a nada nem a ninguém. Portanto, para ser discípulo de Jesus, precisamos ter, primeiro, a disposição de amar. Quem ama não se apega, quem ama cuida, tem zelo, sabe viver cada coisa no seu tempo e no seu lugar.

Torna-se pesado seguir Jesus, porque nós temos o peso do mundo nas nossas costas
A mãe que ama seus filhos sabe que precisa cuidar deles, mas a mãe também sabe que precisa se desprender dos seus filhos, pois eles crescerão, seguirão seus caminhos; e assim em cada situação da vida.

Hoje, temos um bem para administrar, para cuidar, mas esse bem é apenas de forma provisória, porque tudo passa e não precisamos nos apegar, precisamos cuidar daquilo que nós temos. Por isso, o Mestre Jesus, que cuida de nós, do nosso coração, da nossa vida e do nosso ser, também quer nos ensinar a cuidar uns dos outros sem nenhum apego doentio, sem nenhuma possessão sobre as pessoas e sobre as coisas, para que o nosso coração seja livre para segui-Lo, para amá-Lo e servi-Lo.

Assim, poderemos cuidar melhor dos nossos, cuidar com mais responsabilidade das coisas que nós temos, porque temos de ter critérios de valores, temos de ter uma escala de valores dentro de nós. Se, na nossa escala de valores, o amor a Deus está em primeiro lugar, podemos ter a certeza de que nós saberemos amar de forma ordenada todas as coisas, e não será pesado seguir Jesus.

Torna-se pesado seguir Jesus, porque nós temos o peso do mundo nas nossas costas. Amamos demais o mundo, as coisas dele, e é difícil renunciarmos ao mundo. É difícil um rapaz que fica o dia inteiro no seu videogame, no seu computador, no seu celular, ter que deixar aquilo para ir à Missa, para ir para os seus compromissos religiosos.

É pesado fazermos a oração da noite, a oração da manhã quando estamos cheios de coisas mais importantes que colocamos dentro do nosso coração. Aqui, é questão de invertermos, é questão de nos enchermos de Deus, da graça d’Ele para cumprir os nossos deveres, obrigações e responsabilidades.

Estamos ficando doentes, pesados, porque fazemos o contrário, enchemo-nos do mundo, das coisas dele, das tarefas, obrigações e de tudo mais; focamo-nos nos amores do mundo, mas, depois que tudo isso fica pesado, queremos recorrer  a Deus, mas não conseguimos, porque não temos tempo para rezar e nos colocarmos na presença d’Ele.

Amemos a Deus sobre todas as coisas e tudo mais será ordenado em nossa vida.

Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Homilia Diária - 30.10.2022

 JESUS E ZAQUEU Lc 19,1-10


HOMILIA


Zaqueu era um homem rico. Mas Jesus despertou algo diferente em Zaqueu, e vemos logo à frente que devido à pouca estatura de Zaqueu ele subiu em uma figueira brava ou seja, uma árvore de sicômoros. Mas como podemos imaginar um homem rico simplesmente subindo numa árvore só para ver alguém? Com tanto dinheiro ele subiria numa árvore só para ver um homem que aglomerava uma multidão onde chegava? Por que tudo isso se ele nem conhecia Jesus?


A diferença é justamente essa, porque ele já ouvira falar de um Cristo que fazia sinais, prodígios e maravilhas. E as maravilhas que ele ouvia a respeito de Cristo eram tão grandes e verdadeiras que fez com que um homem da alta sociedade tivesse uma atitude de criança levada: subir numa árvore.


Mas esse Cristo já conhecia Zaqueu, veja no versículo 5. E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa.


Imagine você chegar em um lugar para ver alguém que muitos comentam a respeito e essa pessoa que você nunca viu olha para você e te chama pelo nome. Deve ser algo sem explicação. Aí Zaqueu ficou maravilhado! Agora vamos analisar o versículo 6: E, apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo.


Agora percebe-se um homem com prestígio na sociedade obedecendo a uma ordem (com educação, claro!) e ainda feliz da vida. Resumindo: é assim que acontece quando Cristo quer algo com alguém, ele não olha para classe social, cor, se têm nível fundamental, médio, superior ou se é analfabeto. Porque na verdade Cristo está procurando verdadeiros adoradores que o adorem em Espírito e em verdade!


Não importa a sua condição de vida, se você está até o pescoço no pecado, o que importa mesmo é que existe um homem que chamou a atenção de Zaqueu e que se importa com você. Esse mesmo homem, hoje mesmo, quer mudar a história da sua vida, acabar com essa vida de pecado e te dar uma vida digna! Uma vida em que você tenha orgulho de viver, e que todos vão olhar para você e dizer: Como essa pessoa mudou! E que a sua vida venha ser um espelho para muitos.


Se você quer hoje realmente ser uma pessoa diferente aos olhos humanos, faça como Zaqueu: chame a atenção de Cristo para você! E verás que Ele vai querer pousar em tua casa, mas não só na área de tua casa, mas em toda ela, ou seja, em toda sua vida , pois CRISTO se importa com você.


Decida-se por Cristo enquanto é tempo, busque a Cristo enquanto se pode achar. Que Deus te abençoe e te guarde. Lembre-se: Hoje mesmo Cristo te chama: APOCALIPSE 3:20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.


Pai, faça-me puro de coração, como o Zaqueu convertido, tornando-me desapegado das coisas deste mundo e capaz de dividi-las com os pobres.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Homilia Diária - 29.10.2022

 HUMILDADE E HOSPITALIDADE Lc 14,1.7-11


HOMILIA


Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido. «Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus. Eles o observavam atentamente». Ao ler o Evangelho a partir de um certo ponto de vista, acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios: hipocrisia, falsidade; os inimigos por antonomásia de Jesus. Com estes significados negativos, o termo «fariseu» passou a fazer parte do dicionário de nossa língua e de outras muitas.


Semelhante idéia dos fariseus não é correta. Entre eles havia certamente muitos elementos que respondiam a esta imagem e Cristo os enfrenta. Mas nem todos eram assim. Nicodemos, que vai ver Jesus de noite e que depois o defende ante o Sinédrio, era um fariseu (cf. João 3, 1; 7, 50ss). Também Saulo era fariseu antes da conversão, e era certamente uma pessoa sincera e zelosa, ainda que não estivesse bem iluminado. Outro fariseu era Gamaliel, que defendeu os apóstolos ante o Sinédrio (cf. Atos 5, 34 e seguintes).


As relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no amor de Deus e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da lei. Alguns, como neste caso, inclusive o convidam para uma refeição em sua casa. Hoje se considera que mais que os fariseus, quem queria a condenação de Jesus eram os saduceus, a quem pertencia a casta sacerdotal de Jerusalém.


Por todos estes motivos, seria sumamente desejável deixar de utilizar o termo «fariseu» em sentido depreciativo. Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com grande honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história, especialmente após a destruição de Jerusalém.


Durante a refeição, naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um dirigido aos «convidados» e outro para o «anfitrião». Ao dono da casa, Jesus disse (talvez diante dele ou só em presença de seus discípulos): «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides seus amigos, nem seus irmãos, nem seus parentes, nem os vizinhos ricos…». É o que o próprio Jesus fez, quando convidou ao grande banquete do Reino os pobres, os alitos, os humildes, os famintos, os perseguidos.


Mas nesta ocasião quero deter-me a meditar no que Jesus diz aos «convidados». «Se te convidam a um banquete de bodas, não te coloques no primeiro lugar…». Jesus não quer dar conselhos de boa educação. Nem sequer pretende alentar o sutil cálculo de quem se põe em uma fila, com a escondida esperança de que o dono lhe peça que se aproxime. A parábola nisso pode dar pé ao equívoco, se não se levar em consideração o banquete e o dono dos quais Jesus está falando. O banquete é o universal do Reino e o dono é Deus.


Na vida, quer dizer Jesus, escolhe o último lugar, procura contentar os demais mais que a ti mesmo; sê modesto na hora de avaliar seus méritos, deixa que sejam os demais quem os reconheçam e não tu («ninguém é bom juiz em causa própria»), e já desde esta vida Deus te exaltará. Ele te exaltará com sua graça, te fará subir na hierarquia de seus amigos e dos verdadeiros discípulos de seu Filho, que é o que realmente importa.


Ele te exaltará também na estima dos demais. É um fato surpreendente, mas verdadeiro. Não só Deus «se inclina ante o humilde e rejeita o soberbo» (cf. Salmo 107, 6); também o homem faz o mesmo, independentemente do fato de ser crente ou não. A modéstia, quando é sincera, não artificial, conquista, faz que a pessoa seja amada, que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja desejada.


Vivemos em uma sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem evangélica sobre a humildade. Correr para ocupar os primeiros lugares, talvez pisoteando, sem escrúpulos, a cabeça dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas por todos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade e hospitalidade.


Pai, faz-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por ti.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Homilia Diária - 28.10.2022

 A ORAÇÃO E ELEIÇÃO DOS DOZE APÓSTOLOS Lc 6,12-19


HOMILIA


Jesus nunca subestimou a sua missão. Ele sabia da grande responsabilidade que era escolher, dentre muitos, os doze apóstolos que seriam os continuadores da sua obra aqui na Terra. Portanto, Ele subiu à montanha para em oração ao Pai fazer o discernimento. Quando desceu Ele estava seguro de que os seus escolhidos eram aqueles à quem o Pai havia destinado para pôr em prática o seu projeto salvífico. Até Judas teve o seu papel específico no plano de salvação de Deus Pai. Muitas vezes nós também rezamos, fazemos o discernimento e no primeiro sinal de que algo não vai muito bem, nós começamos a duvidar da nossa oração e do direcionamento do Senhor. Fica para nós o exemplo: Jesus ainda não sabia que entre os escolhidos havia um traidor, mas nunca duvidou de que fez a escolha certa segundo a vontade do Pai.


Para muitas coisas na vida nós nos preparamos, nós nos aprimoramos, nós nos adestramos. Porém, nas tomadas de decisões nós nos confundimos e não temos o mesmo cuidado. Agimos por impulso, por sentimento, por preferências pessoais. Jesus veio ao mundo não apenas para nos salvar da morte eterna. Ele veio nos ensinar a viver a vida em harmonia com o pensamento de Deus e, assim, descobrir o que é ou não agradável ao Pai a fim cumprir no mundo a missão que nos é proposta.


Ele nos instrui sobre o que fazer antes de tomar qualquer decisão, de resolver qualquer problema, de escolher, de fazer opções, enfim, antes de enfrentar as multidões. “…foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus,” a fim de escolher os doze apóstolos a quem Ele entregaria a sua Igreja. Ao amanhecer Ele já sabia o que fazer: entre muitos Ele escolheu somente doze. Unicamente depois de escutar o Pai foi que Jesus tomou a iniciativa de reunir os seus discípulos e fazer a escolha conforme o Pai lhe havia segredado. Será que Jesus escolheu os melhores, os mais preparados, os mais capazes, os mais obedientes? Dentre os doze, haviam traidores, descrentes, pretensiosos, nenhum deles era exemplo de santidade. Porém, Jesus tinha a convicção de que aqueles lá eram os eleitos do Pai e por isso não relutou em chamá-los.


Muitas vezes nós também nos prostramos aos pés do Pai e pedimos orientação para a nossa caminhada. Falta-nos, no entanto, a paciência para esperar o fruto das escolhas que fazemos sob a orientação do Espírito. No primeiro contratempo nós já estamos nos decepcionando e nos frustrando, achando que fizemos as escolhas erradas e culpamos a Deus pelos acontecimentos. Jesus sabia que na sua Missão Ele teria que enfrentar dificuldades também com os seus escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Precisamos também nós, estarmos firmes e convictos em tudo quanto nos for revelado pelo Pai, em oração.


A sua Palavra é a garantia para confirmar o que Ele nos confidenciar durante a oração. Não tenhamos medo de confiar na força do Espírito Santo quando precisarmos de orientação. Jesus é o nosso modelo, o nosso Mestre e com Ele nós aprendemos a viver, sem temor, o que Deus nos mandar fazer.


Quando nós também subirmos à montanha para orar estejamos certos de que lá o Senhor nos dará a orientação segura para que possamos descer e enfrentar a multidão e até os traidores com serenidade e segurança. O que você faz quando tem que tomar uma decisão importante: pede o conselho dos homens ou o conselho de Deus? Você se reúne com alguém em oração para fazer suas opções de vida? Você pede ajuda a pessoas que têm intimidade com Deus? Você costuma orar pedindo discernimento para suas ações? Quando você reza e as coisas não acontecem de acordo com o que você esperava, qual é a sua reação? Você confia que o Senhor sempre dá o direcionamento seguro mesmo que haja algum contratempo em algum momento? Peça ao Senhor a graça da perseverança na oração.


O seu irmão, em Cristo Jesus, envia-lhe a benção do alto.

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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Homilia Diária - 27.10.2022

 JESUS E A SUA MISSÃO Lc 13,31-35


HOMILIA


Caminhando para Jerusalém, Jesus atravessava cidades e povoados e firmemente caminhava para o desfecho final. Por outro lado estão os fariseus que, na sua ignorância, preveniam-no de que Herodes procurava matá-lo. Porém, Jesus continuava firme no seu propósito de fazer a vontade do Pai e não estava preocupado com o que Herodes poderia fazer com Ele. Por isso, afirmava que continuaria operando milagres até que seus dias chegassem ao fim. Ele caminhava para a morte e tinha consciência do que iria ter que enfrentar. Ele sabia muito bem o que o esperava em Jerusalém, mas era para lá que Ele deveria caminhar. Jerusalém, a cidade santa, seria o palco dos acontecimentos. Era lá que estava erguido o templo e, ao mesmo tempo, seria lá que Jesus morreria e, depois de três dias, ressuscitaria.


Jerusalém é, também hoje, o nosso destino. É para a Jerusalém celeste que nós caminhamos. Jesus Cristo abriu o caminho para nós, não precisaremos ser flagelados nem crucificados porque Ele mesmo já o foi por nós, entretanto haveremos de caminhar com coragem para atravessarmos os vales sombrios da nossa vida.


Colocando na nossa vida prática nós podemos tirar como mensagem o exemplo da determinação de Jesus diante da missão a que Ele se propunha. Não temeu os homens, mas permaneceu fiel ao Pai. Ele, como homem, tinha inteira liberdade para dar justificativas de afastar-se de Jerusalém porque o rei  queria matá-lo. No entanto, o seu ideal de vida era justamente “beber o cálice” que lhe estava destinado. E, assim, permaneceu fiel aos seus propósitos. Jesus chorou diante das muralhas de Jerusalém lamentando sua rebeldia e obstinação em não aceitá-lo como Salvador. Chorou por aqueles que não o acolheram e previu para eles um tempo de abandono e dispersão. Nós podemos também colocar-nos no lugar de Jerusalém, isto é, do povo que não aceita a salvação de Jesus e não aproveita o tempo em que é visitado. Muitas vezes rejeitamos a Deus, não caminhamos segundo sua Palavra, não seguimos os seus ensinamentos e perdemos o precioso tempo que estamos vivendo aqui na terra. Jesus também chora diante de nós e lamenta a nossa ignorância, mas, mesmo assim, torce e espera que nós, no devido tempo, possamos ainda dizer de coração: “Bendito aquele que veio em nome do Senhor”. Hoje, também, todos aqueles que não acolhem Jesus como Salvador e Senhor, vivem abandonados, sem templo, à espera daquele que ainda virá.


Como você tem agido diante das dificuldades do dia-a-dia? Você tem desistido de assumir a salvação em vista das dificuldades? Você tem coragem de enfrentar os “seus inimigos” como Jesus os enfrentou? Você tem medo de se entregar pela causa do Evangelho? Você é uma pessoa que caminha firme para a santidade mesmo sabendo que dificuldades o(a) esperam? Você foge da realidade quando percebe algum indício de sofrimento? Lembre-se: como vimos, a atividade de Jesus provoca temor e reação das autoridades. Todavia, Jesus não as teme, e continua a realizar a missão que liberta as pessoas e que ao mesmo tempo vai levá-lo à morte. Assim como Ele fez, também devem fazer os seus discípulos e missionários.


Pai, predispõe-me pela força do teu Espírito a acolher a salvação que teu Filho Jesus me oferece, fazendo-me digno deste dom supremo de tua bondade.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Homilia Diária - 26.10.2022

 O Reino de Deus é de quem se esforça


HOMILIA


“Jesus respondeu: Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão” (Lucas 13,24).


 O Reino de Deus é para quem se esforça. Sabemos que o esforço é a força interior que fazemos conosco. Precisamos de muita força para vencer, inclusive, vencer as más inclinações da alma e do coração que vamos adquirindo ao longo da vida.


Se Deus nos criou inclinados para Ele, já o mal nos inclinou para o pecado, para o erro, para a ignorância e para a maldade. É todo um esforço primeiro da graça de Deus, é a graça de Deus que vem em nosso socorro para nos endireitar e nos colocar no caminho reto.


Há forças dentro de nós, desejos, concupiscências, as ditas más inclinações que nos alargam para esse mundo fasto, cheios de prazeres e facilidades. E estamos em busca das facilidades, dos caminhos mais fáceis e dos prazeres gratuitos da vida, mas não estamos nos esforçando para disciplinar a nossa alma e o nosso coração para que estejam em Deus.


O Reino de Deus é feito de duas realidades, a primeira delas é a graça de Deus que vem ao nosso socorro e auxílio, a graça de Deus que é oferecida para nos santificar. A segunda parte é a nossa resposta para essa graça. A resposta para a graça exige um esforço da nossa parte. Por isso, o Reino de Deus é para aquele que faz todo o esforço possível para entrar pela porta estreita.


O Reino de Deus é de quem se esforça e de quem faz sacrifício para ser melhor, para ser justo e santo

A porta estreita é aquela que é apertada. E nos apertamos, nos sufocamos para conseguir passar por ela. Não nos acostumemos com aquelas portas largas cheias de facilidades que a vida nos oferece. Muitos entram por ela porque está aberta e escancarada, mas ela conduz muitas almas e corações para os abismos que, muitas vezes, não têm volta os abismos que levam as pessoas a se perderem. E como se perdem no mundo de hoje com as facilidades!


Olhemos para o mundo das drogas, o mundo das bebidas alcoólicas, o mundo do sexo fácil, do amor livre, é tudo muito fácil. Para alguns basta dizer: “Eu quero”, então as coisas acontecem.


Olhemos para a realidade dos prazeres desenfreados e do dinheiro fácil. Não trilhemos o caminho das facilidades, trilhemos o caminho do esforço, da luta, do sacrifício pessoal, das virtudes que, muitas vezes, leva a doer a alma, mas santifica o coração, coloca-nos no caminho para o Reino dos Céus.


A partir das nossas crianças e dos nossos adolescentes não indiquemos os caminhos fáceis da vida a eles. Tem valor na vida aquilo que é conseguido com esforço e sacrifício, por isso, o Reino de Deus é de quem se esforça e de quem faz sacrifício para ser melhor, para ser justo e santo, e para estar no caminho da salvação.

Deus abençoe você!

Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 

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Homilia Diária - 25.10.2022

 A SEMENTE DE MOSTARDA E O FERMENTO Lc 13,18-21


HOMILIA


Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo então eles tinham mais dificuldade de entender, e às vezes se confundiam.


Hoje, Ele se desafia. Com que poderei comparar o Reino dos Céus? Primeiro Ele compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme… E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar aonde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados… e mesmo quando vem o lenhador e corta o seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.


A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com 3 porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto… Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa. E eu fico imaginando aquelas mulheres, quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão. A farinha é o nosso ser, e o fermento é o Amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual. Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual, sem áreas deformadas pela falta do fermento.


Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus, e desejar, com todas as forças, fazer parte dele.


Senhor, faça com que eu seja instrumento de seu Reino para que ele chegue à todas as pessoas, sem exceção, mormente aos pobres e marginalizados.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Homilia Diária - 24.10.2022

 JESUS CURA A MULHER ENCURVADA Lc 13,10-17


HOMILIA


O Evangelho de Lucas traz uma mensagem universal, global, anunciando Jesus como o Salvador do mundo; mas faz isso usando de uma linguagem e estilo literário regionais.


As parábolas de Jesus são organizadas no Evangelho de Lucas de forma a comporem um todo doutrinário, que pode melhor ser compreendido a partir do entendimento da cultura da época.


Entre os Evangelhos, o livro de Lucas é o único que possui a narrativa da cura da mulher encurvada. Jesus estava mais uma vez ministrando na sinagoga e entre a multidão estava uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; ela andava encurvada sem de modo algum poder endireitar-se. Vivia debaixo de um governo maligno. Sua enfermidade era espiritual e refletia no físico. Suas vértebras se fundiram e era impossível consertar. Hoje temos obras científicas comprovadas de que as doenças do espírito provocam descargas muito fortes na estrutura física do homem provocando todo tipo de enfermidades. Quem sabe na vida daquela mulher a falta de perdão, ressentimentos, raízes profundas de amargura, foram as brechas para o inimigo trabalhar e lançar a enfermidade. Não sabemos, pois a Palavra não nos afirma assim, mas podemos conjecturar.


Durante dezoito anos aquela mulher encurvada estava todas as semanas no templo, ouvindo as pregações, louvando, ofertando e sacrificando, mas sem nenhuma solução para o seu problema. Hoje temos muitos vivendo como essa mulher: vida pessimista, encurvada, oprimida por cargas e fracassos durante anos.


O versículo 12 nos diz que Jesus viu aquela mulher. As mulheres na sinagoga ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam junto com os homens, havia uma cortina que separava, mas Jesus a viu, chamou-a e liberou uma Palavra de Autoridade contra o espírito de enfermidade que a atormentava, e logo em seguida tocou-a e ela se endireitou e glorificava a Deus. O Mestre a contemplou nos últimos bancos, na ala das mulheres, sentiu compaixão pela dor daquela mulher, parou tudo, e chamou-a para frente, a ala dos homens, quebrando totalmente o protocolo da tradição e diante de todos libertou-a de todo o tormento.


Em seguida os religiosos se levantaram contra a vitória daquela mulher, pois não aceitaram a cura em dia de sábado. Nunca haviam feito nada por ela em todo o decorrer dos anos, mas quando alguém fez levantaram-se contra. Jesus defendeu-a! A vida é muito mais importante do que as tradições e ritos. Quem sabe muitos tem se levantado contra a tua vitória, mas creia que Jesus no momento certo te defenderá diante de tudo e todos, tu serás justificado pelo Bom Mestre.


No versículo 6 Jesus afirma que aquela mulher estava cativa e era “Filha de Abraão”, ou seja, era israelita, filha da promessa, mas Satanás a havia escravizado.


Não é apenas Satanás que faz as pessoas se curvarem. O pecado (Salmo 38:6), a tristeza (Salmo 42:5), o sofrimento (Salmo 44,25) entre outros, também podem ter esse efeito. Jesus é o único capaz de libertar o cativo!


Ao final da história, no último versículo, haviam duas classes de pessoas: os envergonhados e os que se alegravam com a vitória daquela mulher.


Talvez você em alguma área da sua vida esteja encurvado. Você não consegue andar corretamente. Aquela mulher não levantava a cabeça, só olhava para o chão. Ninguém conseguia ver sua face, andava escondida, cheia de complexos. Mas quando Jesus chega, Ele muda tudo. Quando Jesus chega o inferno tem que se render diante do Seu grande Poder. Quando Jesus chega os inimigos tem que recuar e saírem envergonhados.


Meu irmão, minha irmã, este é o seu dia. Este é o seu momento!


Levante-se, erga a cabeça e tome posse do milagre! Jesus está lhe dizendo: “Você está curada. Vai em paz.”


Amém.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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