quinta-feira, 30 de junho de 2016

JESUS E O PECADOR Mt 9,9-13 - 01.07.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

O Evangelho de hoje nos diz que Jesus viu primeiro. Referindo-se a Mateus, é vê-lo na sua situação cotidiana: Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos. Mas o olhar de Jesus é capaz de ir além do que um simples olhar enxerga de um judeu cobrador de impostos. Ele reconhece em Mateus um filho muito querido de Deus, e isso é o que Ele comunica primeiro para o cobrador de impostos. Seu olhar sobre Mateus está carregado da ternura e misericórdia de Deus Pai-Mãe, que cura as feridas e perdoa os pecados, amando-o incondicionalmente.
Enganamo-nos achando que somente os que já vivem cumprindo os mandamentos têm primazia no reino dos céus. Entendemos que os grandes pecadores, isto é, os que cometem barbaridades não têm mais chances com Deus por causa das suas grandes transgressões. Jesus Cristo, neste Evangelho vem nos dizer justamente o contrário: “eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Ele compara o pecador àquele que está doente e, por isso, precisa de médico para ser curado. Todos nós precisamos de médico, pois somos doentes, pecadores. Portanto, Jesus Cristo é o médico que foi enviado pelo Pai para nos devolver a saúde.
Por isso, Ele nos chama e nos atrai para si, mesmo que estejamos “sentados na coletoria de impostos” com a mente cheia de interesses pecaminosos e com mil planos para colocar em ação. Jesus nos vê e se apieda do nosso coração doente e nos chama com autoridade: “Segue-me”! Quando escutamos a Sua Palavra que nos chama, nós não conseguimos mais ficar parados no mesmo posto. Como Mateus, nós também nos levantamos e O seguimos. O seguimento de Jesus nos leva, então, a negar tudo o que o mundo nos ensinou e a assumir compromisso com uma vida digna de filhos e filhas de Deus. Jesus chama os pecadores, a sua missão é esta. Em qualquer lugar ou situação em que nos encontremos Ele nos faz o convite para segui-Lo, no entanto, Ele deseja ser convidado para entrar na nossa casa e levar para lá a salvação, não importando como esteja a nossa família. Ele não quer só a nós, Ele quer a todos.
Qual é a sua postura diante daqueles que são “pecadores públicos”? – Você acha que eles também têm direito a salvação? – Você se reconhece doente, necessitado de médico? – Jesus veio para você? – Você sente-se também julgado por alguém quando erra?
Senhor Jesus, faze-me trilhar o caminho da solidariedade, para que eu me aproxime daqueles aos quais deve ser levada a salvação.
Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA

quarta-feira, 29 de junho de 2016

JESUS E O PARALÍTICO Mt 9,1-8 - 30.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

A cura do paralítico nos é contada também pelos evangelistas Marcos (2,1-12) e Lucas (5,17-26). Marcos apresenta a história do paralítico com mais particularidades. Nos diz que os portadores do leito sobre o qual jazia o paralítico, não podendo apresentar o doente a Jesus por causa da multidão.

São todos particulares que não pertencem à historia em si, mas ao modo de apresentá-la. Na sua versão, Mateus estiliza a cena reduzindo-a ao essencial, omitindo todos os particulares. A chave para descobrir a intenção de Mateus está nas palavras de Jesus: Vendo a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.

Neste texto, Mateus quer afirmar que Jesus tem o poder de perdoar os pecados. A cura do paralítico comprova esse poder. Além de ter o poder de perdoar os pecados, Jesus demonstra que tem um poder mais forte, que é aquele de penetrar os pensamentos dos escribas, sem que alguém lhe contasse, e disse-lhes: Por que pensais mal em vossos corações?

Por sua vez, Jesus, possui um conhecimento sobre-humano, sobrenatural, doado-lhe pelo Espírito Santo. Em outros momentos Jesus dirá: Vocês vêem as aparências. Eu vejo o coração. Este conhecimento sobrenatural de Jesus demonstra que Ele tem também uma dignidade única e que justifica o seu poder também único, aquele de perdoar os pecados.

Quando Jesus quer demonstrar que tem o poder sobre o pecado, o paralítico passa em segundo plano, como se não interessasse mais o paralítico curado, e sim para que saibais que o Filho do homem tem o poder de perdoar os pecados.

A razão da cura do paralítico que ouviu as palavras de Jesus levanta-te… toma a maca e volta para tua casa, é demonstrar a saúde eterna; o perdão dos pecados é mais importante do que a saúde do corpo.

Mateus, além de demonstrar o poder de Jesus, quer realçar a fé daquela multidão que se aproximou de Jesus, atraída a Ele justamente por causa deste poder. Fé tão grande que venceu todas as dificuldades. Fé que é confiança ilimitada no poder de Jesus, posto a serviço do ser humano.

Por fim, Mateus, depois de nos contar a cura e o perdão dos pecados do paralítico, nos fala daquela multidão que, diante deste milagre de Jesus, ficou com medo, glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.

O poder de Jesus de perdoar os pecados foi passado aos seus discípulos-apóstolos, quando ao ressuscitar dos mortos e aparecendo-lhes, disse-lhes: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois destas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (João 20, 21-23).

Antes Pedro, à pergunta de Jesus: “No dizer do povo, quem é o Filho do homem?” E aos seus discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. E Jesus disse a Pedro: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: Tudo o que ligares na Terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus (Mt16,13-19).

Portanto, a Igreja de Cristo e na Igreja os homens escolhidos por Cristo, têm a missão de administrar o sacramento do perdão. Não são eles que perdoam. Mas é Cristo que o faz na pessoa do Sacerdote. Este poder de perdoar os pecados é inseparável da pessoa de Cristo e da Sua Igreja, Uma, Santa Católica e Apostólica.

Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior.
Fonte Canção Nova

Leia também:
Mensagens de Fé

terça-feira, 28 de junho de 2016

O QUE QUERES DE NÓS, VIESTE PARA NOS PERDER? Mt 8,28-34 - 29.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

A Bíblia descreve pelo menos 39 milagres que Jesus realizou durante o Seu Ministério Público, e vários outros milagres com ele, são descritos, como seu nascimento, Transfiguração, Ressurreição e Ascensão. Esta apresentação dá uma sequência cronológica dos Milagres, tal como foi apresentado nos quatro Evangelhos. Cada evento inclui a referência adequada escritural. Além disso, a localização dos eventos é indicada, para melhor seguir as viagens do Senhor, enquanto Ele estava na Terra.

Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento. Esses demônios faziam o homem escravo e os levavam a viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e se ferirem.

O endemoniado sabe da origem, do poder e da ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso O pergunta: Filho de Deus, o que o Senhor quer de nós? O Senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o Senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!

Em duas palavras: Pois vão! Jesus responde e Suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos. Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido a expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo. É que eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna.

E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Ele. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna, na pessoa de Jesus entre nós, cantemos a Deus um hino de louvor e de ação de graças!

Gritarmos, como aqueles dois homens o que o Senhor quer de nós? Só que sem desespero, porque Ele não veio para nos perder, mas para nos ganhar eternamente. Seu projeto é de vida eterna.

Pai coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.
Fonte Canção Nova

segunda-feira, 27 de junho de 2016

JESUS ACALMA O VENTO E AS ONDAS DA SUA VIDA Mt 8,23-27

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

Jesus estava atravessando o lago da Galiléia, saindo de Carfanaum e indo para Gadara. Ele dormia, estava cansado, porque naquele mesmo dia havia curado muitos enfermos. A tempestade era típica daquela região. Os pescadores entraram em desespero assim que a tempestade começou, acordaram Jesus e Ele fez o mar se acalmar. Muitas vezes somos como os discípulos, no meio de muitas provações esqueceram quem estava com eles, guiando o seu barco e a sua vida!

Assim como eles, muitas vezes também eu e você vemos que durante a nossa caminhada cristã enfrentamos diversas provações. Em 2 Co 14,17 Paulo afirma: “Pois nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais que todos eles”.

Deus opera em nossa vida, para desenvolver o nosso caráter, nos moldar e aperfeiçoar. Por mais que você peque, erre feio, Ele nunca vai desistir de você. Jesus veio para morrer pela sua vida, seus pecados, e hoje você pode comemorar isso com Ele, em uma caminhada íntima.

Durante o nosso dia-a-dia, enfrentamos diversas provações todo o tempo, essas dificuldades nos forçam a olhar para Deus e a depender Dele em vez de confiar em nós mesmos. Não importa o tamanho da sua “onda”, do seu problema ou da sua provação, Deus vai estar lá para ajudar você a enfrentá-la.

Jesus estava dormindo e os discípulos acharam que pelo fato Dele está dormindo, eles iriam perecer, morrer na tempestade. Eles estavam estranhando a calma de Jesus, o Seu silêncio, durante toda a tempestade. Mas Ele não iria deixar de agir! Deus age, por mais que para você Ele esteja parecendo em silêncio! Em Is. 8:17 diz: “Ele se escondeu do seu povo, mas eu confio Nele e Nele ponho minha esperança”. Devemos amá-lo durante todo tempo! Por mais que Ele pareça distante! Devemos confiar e entregar os nossos planos nas mãos Dele. Precisamos dizer: “Senhor que os Teus planos, sejam o objetivo da minha vida”; “Eu preciso diminuir para que somente Tu cresça dentro de mim”. Esse “distanciamento” ou “silêncio” de Deus, está relacionado a maturidade da sua amizade com Ele. Então, você pode se perguntar: “Senhor qual o meu problema?” O Seu problema?! Você pára para pensar, e analisar, talvez, você esteja pegando a onda errada, tomando um rumo que não vai de acordo com os planos de Deus na sua vida, como por exemplo, a onda do mundo, buscando coisas erradas, que magoam o coração de Deus! Então, Ele se cala para você refletir sobre suas atitudes, e voltar a buscá-lo verdadeiramente.

Não procure somente uma experiência com Deus, busque a Ele acima de tudo! Ele quer que você confie Nele. A fé agrada a Deus! Diga a Deus como você está se sentindo. Confie que Deus cumprirá Suas promessas. Não esqueça que Jesus desistiu de todas as coisas para que você pudesse ter todas as coisas. Ele morreu para que você tivesse vida e vida em abundância! E pudesse ter a oportunidade de fazer coisas que você gosta, seja surfar, jogar, correr… E esse já é um bom motivo, motivo suficiente para o seu agradecimento contínuo, e uma vida de louvor e consagração! Deus sabe como você se sente! Ele está decidido a acalmar as tempestades, os ventos e as ondas que assolam e abalam a barca da tua vida, da tua casa e de toda a tua família. Veja o que está escrito em Hb. 13,5: “Deus mesmo disse: Nunca os deixarei e jamais os abandonarei”. Portanto, coragem! Alegra-se! Ele está com você, entregue tudo nas mãos Dele, seus sonhos e planos… Espere com paciência no nosso Senhor que Ele agirá em seu favor!

Pai põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.
Fonte Canção Nova

domingo, 26 de junho de 2016

SEGUIR JESUS IMPLICA ROMPIMENTO COM O PASSADO Mt 8,18-22 - 27.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

O tema desta narrativa é o seguimento de Jesus, que Mateus insere em sua coletânea de dez milagres. O evangelista elabora sua narrativa a partir da mesma fonte (Q) que Lucas. Neste, os seguidores de Jesus seriam samaritanos, pois o episódio ocorre na Samaria.

Nesta fala, a figura do pai simboliza as tradições familiares que se perpetuam a fim de manter privilégios religiosos, sociais e econômicos, os quais favorecem as regalias e o enriquecimento de minorias e a subserviência de maiorias excluídas e oprimidas. Jesus propõe a ruptura com estas tradições.

Atualizando este texto para nós hoje diria que estamos diante de dois fatos importantíssimos como Cristãos chamados a seguir as pegadas do Mestre: tu vens e segue-me. A opção de seguir Jesus não é minha iniciativa pessoal. É ele que me chama e me consagra para a missão. Depois que ele me chamou eu sabendo as exigências da missão responder sim incondicionalmente. Ora vejamos o que se segue.

Primeiro um escriba que se aproxima, afirmando sua determinação de seguimento incondicional de Jesus: Mestre, estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar aonde o senhor for. A resposta de Jesus é uma advertência para uma tomada de posição consciente quanto à opção pelo seu seguimento. Apela pelo abandono total de si mesmo e renúncia aos bens materiais: as raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.

Quem realmente quer seguir Jesus deve abandonar e renunciar tudo e confiando-se somente nas mãos providentes de Deus. Jesus a firmar o Filho do Homem, Jesus, que não tem onde repousar a cabeça. Quer-nos ensinar e levar a aderir ao abandono total nas mãos do Pai.

O segundo, é o caso de um dos discípulos que quer ganhar tempo e pede que Jesus permita enterrar o pai: Senhor deixe-me primeiro ir enterrar meu pai. Pai aqui, não se aplica no sentido biológico. Mas na permanência das tradições Judaicas dos seus antepassados, presos à Lei, que ao em vez de salvar e libertar o homem mata e escraviza. Para nós é estar preso as nossas idéias egoísticas, no orgulho, na vaidade, na preguiça, no individualismo, na nossa tibieza, em fim nas inúmeras desculpas que nós damos no nosso dia-a-dia para não nos consagrarmos ao ministério do Senhor como discípulos e missionários d’Ele.

Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem assim insiste comigo e contigo e diz: deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me. O chamado de Jesus não está no futuro. Mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixe que os espiritualmente mortos cuidem dos seus próprios mortos.

Há pessoas que vivem esperando as coisas se ajeitaram para depois servirem a Deus. Eu e tu meu irmão minha irmã não temos nem o poder, nem o dever tão pouco o direito de dizer não. Portanto, levanta-te e segue Jesus. Ele é o teu Deus e o teu Senhor.

Pare dar desculpas furadas. Quero que saibas que quando obedecemos a um chamado de Deus, Ele é poderoso para suprir nossas necessidades e nos orientar em toda espécie de dificuldades relacionadas ao Seu chamado para nossas vidas.

Rompa, pois com todas as barreiras que vedam os seus olhos para não enxergar o projeto de Deus sobre ti. Entenda que o seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas que não favorecem a vida e aderir ao amor vivificante do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Pai confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça.
Fonte Canção Nova

Leia também:
Mensagens de Fé

sábado, 25 de junho de 2016

Homilia do Mons. José Maria – XIII Domingo do Tempo Comum (Ano C) - 26.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

Não olhar para trás

O Evangelho do XIII Domingo (Lc 9, 51-62) diz que Jesus tomou resolutamente o caminho para Jerusalém. Este caminho, ou esta viagem, é modelar. Simboliza a resposta de Jesus ao plano do Pai. Ele não vacila. Vai ao encontro do Pai, segue rumo a Jerusalém, onde se consumará a sua missão.

Quem quiser ser discípulo de Jesus, deve pôr-se a caminho com Ele. Ser discípulo de Cristo não consiste em conhecer a sua doutrina! É segui-Lo, é aderir inteiramente a Ele. É fazer o mesmo caminho que Cristo percorreu.

Enquanto percorria o caminho Jesus encontra três candidatos a discípulo, que representam os inumeráveis candidatos, que desejarão seguí-Lo ao longo dos séculos e Jesus põe-lhes as condições do Seu seguimento. “Seguir-Te-ei para onde quer que fores” (Lc 9, 57), diz o primeiro; e o Senhor respondeu-lhe: “As raposas têm tocas e a aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9, 58). Aquele que deseja seguir a Cristo, não pode ter pretensões de segurança ou vantagens terrenas. Ao segundo, Jesus dirige-lhe um convite decisivo, como que uma ordem: “Segue-Me” (Lc 9, 59) e a este, tal como ao terceiro, que pede um adiamento por questões familiares, Jesus não hesita em declarar que é preciso seguí-Lo sem adiar a Sua chamada. Há casos em que um adiamento, ou mesmo o pensar demasiadamente no assunto, poderiam comprometer tudo. “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus” (Lc 9, 62). O Cardeal Roncalli, falando aos padres, dizia: “Deixamos a nossa terra e a nossa família, sem perder o amor à terra e à família, mas elevando este amor a um significado mais alto e mais vasto… Ai de nós, se continuamos a pensar numa casa cômoda…, num teor de vida que nos procure glória, honras ou satisfações mundanas!”

Meditando nestas palavras devemos reagir contra a tentação de um cristianismo medíocre, fácil, preguiçoso, feito à medida das próprias comodidades e interesses.

Por a mão no arado e olhar para trás… Temos que olhar para frente! Estar decidido a seguir o Mestre. Pois, a chamada do Senhor é sempre urgente, porque a messe é grande e os operários são poucos. E há messes que se perdem por não haver quem as recolha. Entreter-se, olhar para trás, por “senões” à entrega, tudo isso vem a dar no mesmo.

Para sermos fiéis e felizes, é preciso que tenhamos sempre os olhos fixos em Jesus, como o corredor, que, uma vez iniciada a corrida, não se distrai com nada: a única coisa que lhe interessa é a meta. Comentando esta passagem diz São Josemaria Escrivá: “Eu te darei um meio seguro para venceres esses temores – tentações do diabo ou da tua falta de generosidade! – despreza-os, tira da tua memória essas lembranças. Pregou-o de modo terminante o Mestre há vinte séculos: “ Não olhes para trás!”(Sulco, 133).

Santo Atanásio diz: “Olhar para trás significa ter pesares e voltar a experimentar o gosto das coisas do mundo”. É a tibieza, que se introduz no coração dos que não têm os olhos postos no Senhor; é não ter o coração transbordante de Deus e das coisas nobres da vocação.

Nós queremos ter olhos para olhar unicamente para Cristo e para todas as coisas nobres nEle. Por isso podemos dizer com o Salmista: “O Senhor é a porção da minha herança. Ensinar-me-ás o caminho da vida, cheio de alegrias em tua presença e delícias à tua direita, perpetuamente” (Sl 15, 11). O caminho da vida é a nossa vocação, que temos de olhar com amor e agradecimento.

O homem define-se pela vocação recebida de Deus. Cada homem é aquilo para que Deus o criou, a vida humana não tem outro sentido senão ir conhecendo e realizando livremente essa vontade divina. O homem realiza-se ou perde-se conforme cumpre ou não na sua vida o desígnio concreto que Deus tem a seu respeito. Todos nós recebemos uma vocação, quer dizer, uma chamada para conhecermos a Deus, para o reconhecermos como fonte da vida; um convite para entrarmos na intimidade divina, para cultivarmos um relacionamento pessoal com Ele.

A fidelidade a essa vocação implica uma correspondência às chamadas que Deus nos vai fazendo ao longo da vida, como desdobramento dessa vontade divina a nosso respeito. Regra geral, trata-se de uma fidelidade em face das pequenas coisas de cada dia, de amar a Deus no trabalho, nas alegrias e nas penas, de repelir com firmeza tudo o que signifique de alguma maneira olhar para onde não podemos encontrar o olhar de Cristo.

Peçamos ao Senhor as virtudes essenciais para que a fidelidade possa encontrar um apoio. Sem essas virtudes seria difícil ou impossível seguir o mestre. Algumas são: humildade de reconhecer que temos os pés de barro (cf Dn 2, 33); a prudência e a sinceridade, que são consequências da humildade; a caridade e a fraternidade, que nos impedem de encerrar-mos em nós mesmos; o espírito de sacrifício, que conduz à temperança, à sobriedade, à luta contra o comodismo e o aburguesamento; e sobretudo o espírito de oração que nos leva a tratar a Deus como um Amigo, como o Amigo de toda a vida. Ensina Santa Teresa: “Aquele que não deixa de avançar, ainda que demore, acaba por chegar. Abandonar a oração não me parece outra coisa senão perder o caminho”.

Mons. José Maria Pereira
Fonte Presbíteros

Leia também:
Mensagens de Fé

sexta-feira, 24 de junho de 2016

A FÉ DO CENTURIÃO Mt 8,5-17 - 25.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

As promessas de Deus a Abraão não eram apenas para ele, mas para toda a sua descendência; e a descendência de Abraão são todos os que, pela fé, se virão a tornar membros do povo de Deus. Assim o declarou Jesus, quando, no centurião, encontrou alguém que, não sendo descendente de Abraão segundo a carne, pois que era pagão, se tornou tal pela fé, enquanto que os que eram da descendência carnal de Abraão seriam lançados fora por não aceitarem na fé a palavra que Jesus lhes anunciava.

Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:

«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro:

‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.» Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.» Disse, então, Jesus ao centurião:

«Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.

Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre. Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo. Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.

A fé do centurião nasce do testemunho de amor de Jesus. Não é uma fé decorrente das tradições do judaísmo. Sua fé supera a fé de Israel. O “choro e ranger de dentes” aparece seis vezes em Mateus. É uma fórmula típica da manifestação da cólera divina contra o pecador, inspirada no Primeiro Testamento. E Mateus é o único evangelista a fazer esta interpretação teológica. Com a narrativa da expulsão de espíritos maus e das curas, Mateus associa cumprimento das profecias na pessoa de Jesus. Ele faz a inculturação de Jesus de Nazaré nas tradições do judaísmo. Cabe à ação missionária fazer a inculturação de Jesus nas diversas culturas do mundo de hoje. E os missionários de hoje sou eu, és tu meu irmão e minha irmã. A massa que temos por missão de fermentar, a carne ou o peixe que temos que salgar para não apodrecer é primeiro os da minha e tua casa, o marido, a esposa, os filhos. Depois os vizinhos, os amigos e colegas. Todos aqueles com quem nos encontramos no nosso dia a dia. Que seja uma tarefa dura e difícil já o sabemos. Mas que é possível o milagre acontecer não tenha dúvidas. Olhe para a fé do centurião.

A condição de centurião pode ser minha e tua. Assim como ele implorando pedia que Jesus fosse com ele para curar o seu empregado, assim eu e tu devemos gritar para o Senhor: vinde Senhor curar a minha doença, os meus vícios e toda a minha família
Fonte Canção Nova

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA Lc 1,57-66 - 24.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

A Igreja celebra o nascimento de João como algo sagrado, e é o único nascimento que se festeja: celebramos o nascimento de João e o de Cristo; e o seu nascimento foi motivo de alegria para muitos. Quando São João Batista nasceu, a Virgem Maria estava em sua casa. Quanta alegria e doçura reinavam naquele lar! Os dias da Virgem na casa de Zacarias foram de grande gozo para todos. Maria dava um novo sentido aos pequenos sucessos cotidianos. Esta alegria era contagiosa, e dela participavam os vizinhos e os parentes que ouviram dizer que Deus a cumulara com sua misericórdia e com ela se alegraram.

Os vizinhos e parentes também se alegraram por Isabel ter sido agraciada por Deus: “Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida, e Isabel, tua mulher, vai te dar um filho, ao qual porás o nome de João. Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento. Pois ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida embriagante; ficará pleno do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe” (Lc 1, 13-15).

Hoje, infelizmente, muitos se enchem de inveja e de ódio, quando ficam sabendo que uma pessoa recebeu alguma graça ou que está progredindo na vida. Essa é a atitude de pessoas amigas e discípulas do demônio. Tu sabes quais são os sinais para saber se uma pessoa é invejosa?

1º Alegrar-se com o mal alheio. Se você percebe que uma pessoa se alegra com a desgraça do próximo, que sente prazer por qualquer insucesso ou fracasso do próximo, então já descobriu uma pessoa invejosa. Em 1 Pd 2,1 diz: “Rejeitai… qualquer espécie de inveja”. Cuidado com esse tipo de gente; isto é, cuidado com a pessoa que se alegra com o mal alheio, a mesma é pior que o diabo. Os invejosos são piores que o diabo, pois o diabo não inveja os outros diabos, ao passo que os homens não respeitam sequer os participantes da sua própria natureza.

2º Entristecer-se com o bem alheio. Se você percebe que uma pessoa se entristece, só porque viu alguém subir de cargo, tome cuidado, ela é invejosa e venenosa. O invejoso não consegue se controlar diante do sucesso do próximo, ele fica inquieto e se transforma num monstro: enruga a testa, cerra os dentes, torce o nariz, fica com o semblante azedo e olhos fixos no chão. A inveja quando não destrói o invejado, tira a paz do invejoso!

3º Reprimir os louvores dados aos outros. O invejoso não suporta ouvir ninguém ser elogiado, logo diz algo contra a pessoa que foi elogiada; o mesmo encontra defeito em tudo. Aos olhos do invejoso qualquer defeito dos outros é grande. O invejoso também vê o bem, mas sempre com maus olhos. Até das pessoas santas o invejoso tenta tirar alguma coisa, não podendo negar o louvor aos santos, ele o faz com avareza e reserva. Quanta maldade!

4º Falar mal do próximo. A língua do invejoso se assemelha a uma metralhadora incontrolável; a sua inveja é tão grande, que ele fala mal do próximo publicamente e também em segredo; quanto aos defeitos dos outros, o invejoso sempre aumenta ou inventa. Da inveja nascem o ódio, a maledicência e a calúnia.

No Antigo Testamento a circuncisão era um rito instituído por Deus para assinalar com uma marca os que pertenciam ao povo eleito. Deus mandou a circuncisão a Abraão como sinal da Aliança que estabelecia com ele e com toda a sua descendência (cf. Gn 17,10-14), e prescreveu que se realizasse no oitavo dia do nascimento. O rito realizava-se na casa paterna ou na sinagoga, e além da operação sobre o corpo do menino, incluía bênçãos e a imposição do nome.

Com a instituição do batismo cristão cessou o mandamento da circuncisão. Os Apóstolos, no Concílio de Jerusalém (cf. At 15,1ss.), declararam definitivamente abolida a necessidade do antigo rito para os que se incorporassem na Igreja. A libertação da voz de Zacarias, no nascimento de João, é o mesmo que o rasgar-se do véu do templo, pela cruz de Cristo. Se anunciasse a si mesmo, João não abriria a boca de Zacarias. Se solta a língua, é porque nasce a voz; já a prenunciar o Senhor. Com razão se soltou em seguida a sua língua, porque a fé desatou o que tinha atado a incredulidade. É um caso semelhante ao do apóstolo São Tomé, que tinha resistido a crer na Ressurreição do Senhor, e acreditou depois das provas evidentes que lhe deu Jesus ressuscitado (cf. Jo 20,24-29). Com estes dois homens, Deus faz o milagre e vence a sua incredulidade; mas ordinariamente Deus exige-nos fé e obediência sem realizar novos milagres. Por isso repreendeu e castigou Zacarias, e censurou o apóstolo Tomé: “Porque Me viste acreditaste; bem-aventurados os que sem ter visto acreditaram” (Jo 20, 29).

As pessoas ali presentes compreenderam que estavam diante de algo sobrenatural, ainda que não tivessem um conhecimento completo do que estava a suceder: “… e por toda a região montanhosa da Judéia comentavam-se esses fatos”. E diziam: ‘Que virá a ser esse menino? ‘ E, de fato, a mão do Senhor estava com ele”. Que São João Batista abra os nossos olhos e a nossa língua, porque estamos cegos e mudos espiritualmente, os vícios nos cegaram e taparam nossa boca, não conseguimos enxergar e falar da grandeza da vida de santidade.

Pai, conta comigo para realizar o teu projeto, como contaste com João cujo nascimento foi revestido de gestos amorosos de tua Providência.
Fonte Canção Nova

Leia também:
Mensagens de Fé

quarta-feira, 22 de junho de 2016

A PORTA ESTREITA Mt 7,6.12-14 - 23.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

Temos aqui mais algumas sentenças esparsas da coleção de Mateus, compiladas no Sermão da Montanha. A primeira destas sentenças é enigmática e choca por seu teor rude e discriminatório. Estamos próximos da conclusão do sermão da montanha sobre a vida no Reino de Deus. Jesus chama seus ouvintes para fazerem uma escolha e depois dá-lhes a “regra de ouro” do agir: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”. Esta norma de comportamento faz parte da cultura universal e supre a complexidade de toda a Lei e dos Profetas. A alusão às portas e aos caminhos, largos ou estreitos, aponta para o Império Romano. Na ânsia de exploração e dominação, construíram largas estradas para as grandes cidades dominadas, com suas amplas portas, centros de produção e comércio, favorecendo a expropriação. O acesso às pequenas aldeias do povo humilde e pobre era feito por estreitas vias. Para isto, Ele conta três metáforas — uma sobre duas portas, outra sobre duas árvores e outra sobre dois alicerces. Um local conhecido, hoje em dia na cidade de Belém, é a Igreja da Natividade, construída onde se acredita que Jesus tenha nascido.

A imensa igreja tem apenas uma pequena entrada. Para entrar na igreja, através dessa pequena porta, a pessoa tem que se curvar, praticamente tem que se agachar. E a não há possibilidade de entrar levando consigo alguma bagagem.O significado da pequena entrada dessa igreja é claro. Há apenas uma porta por onde se pode entrar no Reino de Deus e essa porta é estreita. Jesus deixa claro que Ele é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6).

O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos.

Todos procuram uma vida melhor e mais segura, e por isto se fadigam e correm. Numa tarefa assim tão importante, é conveniente que não andemos atrás dos outros, mas que verifiquemos com cuidado e sabedoria em quais mãos colocamos o nosso futuro, a nossa eternidade. Não nos esqueçamos que o guia seguro que devemos buscar é Jesus.

A porta é estreita, mas quando se passa por ela, os campos são verdes, a água cristalina, a proteção é completa. Há fartura, alegria e paz do outro lado, o lado da vida plena em Cristo Jesus.

Pai, faze-me capaz de reconhecer quem está predisposto a acolher a tua mensagem, de forma que eu não semeie a tua Palavra no coração de quem lhe é refratário.
Fonte Canção Nova

Leia também:
Mensagens de Fé

terça-feira, 21 de junho de 2016

Conhecemos uma árvore de Deus por seus frutos - 22.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

Só se conhece uma árvore, quando ela vive aquilo que prega e não faz da Palavra de Deus um meio para se enriquecer e para se tornar mais do que os outros.

“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes” (Mateus 7, 15).

Nós, na maturidade da fé, não podemos nos deixar encantar por palavras bonitas, palavras que parecem prodigiosas, mas, no fundo, são enganosas. Falar de Deus não é difícil não! Hoje existem cursos, artes de oratória e treinamentos para que se fale tudo que se possa de Deus, muitas vezes, de modo até melhor do que nós cristãos. Conheci gente que nem acreditava em Deus, mas sabia tudo da Bíblia – leu, estudou, analisou, criticou e fez dela o que quis.

Conhecemos uma árvore, quando ela é de Deus, pelos frutos que ela dá e, às vezes, achamos que os frutos vão fazer muitos milagres, curar ali e aqui, coisas que satisfaçam aquilo que nós queremos. Os frutos que Jesus nos fala são os frutos do Espírito.

Só se conhece uma árvore quando ela é boa, quando ela é generosa, quando ela é afável e mansa, quando ela, na verdade, vive aquilo que prega e não faz do Evangelho, não faz da Palavra de Deus, um meio para se enriquecer e para se tornar mais do que os outros.

Não nos convém julgarmos nenhuma religião, não nos convém julgarmos nenhum homem, nenhuma mulher, porque o julgamento cabe somente a Deus; mas cabe a nós termos o discernimento e a sabedoria para não sermos iludidos e enganados no mundo em que nós vivemos.

A Igreja, desde os seus primórdios, tem sofrido devido a vários daqueles que se dizem pregadores, seguidores do Senhor e, na verdade, não vivem ou não pregam o Senhor como os apóstolos o faziam. Os tempos se passaram e se multiplicam os  falsos profetas e se multiplicam as falsas igrejas. É verdade que vivemos no mundo da liberdade religiosa; e como nos faz bem a liberdade de culto, a liberdade de pregar, a liberdade de anunciar [nossa fé]. A liberdade só não pode ser um pretexto para o erro, para a ilusão e para o engano.

Existem tantas coisas boas, existem tantas pregações maravilhosas, existe muita vivência de Deus em outras igrejas que não são católicas; existe muita bondade, existe muita vivência do mandamento de Jesus até em igrejas que não são cristãs, mas não cabe a nós dizermos que tudo é bom e que basta falar de Deus. Este talvez seja o maior dos enganos e um tremendo mal para os nossos dias.

É preciso discernir o que, de fato, é de Deus, é preciso olhar as obras e os frutos que estão sendo gerados. Não são imagens bonitas na televisão, não é o choro, não são as lágrimas que esperamos da pregação do Evangelho; o que se espera é que essa pregação favoreça a união, o bem e, sobretudo, o amor entre os irmãos.

Onde se vive o amor, Deus ali está presente! Onde se prega o dinheiro, curas e tantas outras coisas acima do amor de Deus devemos questionar e nos rever e olhar para dentro de nós e perceber se estamos sendo verdadeiros profetas de Deus e se estamos verdadeiramente vivendo Seus mandamentos ou não.

Que Deus hoje nos dê a graça de olharmos para dentro de nós para não nos enganarmos e não enganarmos a ninguém na vivência da Palavra do Senhor!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Fonte Canção Nova

Leia também:
Mensagens de Fé

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A PORTA ESTREITA Mt 7,6.12-14 - 21.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

Temos aqui mais algumas sentenças esparsas da coleção de Mateus, compiladas no Sermão da Montanha. A primeira destas sentenças é enigmática e choca por seu teor rude e discriminatório. Estamos próximos da conclusão do sermão da montanha sobre a vida no Reino de Deus. Jesus chama seus ouvintes para fazerem uma escolha e depois dá-lhes a “regra de ouro” do agir: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”. Esta norma de comportamento faz parte da cultura universal e supre a complexidade de toda a Lei e dos Profetas. A alusão às portas e aos caminhos, largos ou estreitos, aponta para o Império Romano. Na ânsia de exploração e dominação, construíram largas estradas para as grandes cidades dominadas, com suas amplas portas, centros de produção e comércio, favorecendo a expropriação. O acesso às pequenas aldeias do povo humilde e pobre era feito por estreitas vias. Para isto, Ele conta três metáforas — uma sobre duas portas, outra sobre duas árvores e outra sobre dois alicerces. Um local conhecido, hoje em dia na cidade de Belém, é a Igreja da Natividade, construída onde se acredita que Jesus tenha nascido.

A imensa igreja tem apenas uma pequena entrada. Para entrar na igreja, através dessa pequena porta, a pessoa tem que se curvar, praticamente tem que se agachar. E a não há possibilidade de entrar levando consigo alguma bagagem.O significado da pequena entrada dessa igreja é claro. Há apenas uma porta por onde se pode entrar no Reino de Deus e essa porta é estreita. Jesus deixa claro que Ele é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6).

O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos.

Todos procuram uma vida melhor e mais segura, e por isto se fadigam e correm. Numa tarefa assim tão importante, é conveniente que não andemos atrás dos outros, mas que verifiquemos com cuidado e sabedoria em quais mãos colocamos o nosso futuro, a nossa eternidade. Não nos esqueçamos que o guia seguro que devemos buscar é Jesus.

A porta é estreita, mas quando se passa por ela, os campos são verdes, a água cristalina, a proteção é completa. Há fartura, alegria e paz do outro lado, o lado da vida plena em Cristo Jesus.

Pai, faze-me capaz de reconhecer quem está predisposto a acolher a tua mensagem, de forma que eu não semeie a tua Palavra no coração de quem lhe é refratário.
Fonte Canção Nova

domingo, 19 de junho de 2016

NÃO JULGUEIS E NÃO SEREIS JULGADOS Mt 7,1-5 - 20.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

A partir do capítulo 7 de S. Mateus, que hoje começamos a ver, o discurso da montanha parece tomar uma nova profundidade, orientado mais em particular para os discípulos, isto é, para os membros da comunidade cristã de Mateus e de todos os tempos.

O contraste exagerado entre o cisco no olho alheio e a trave no próprio pode refletir um provérbio popular de então, a rápida observação das faltas dos outros, em contraste com a tolerância das faltas do próprio caráter, é tema comum em todos os povos e línguas. E por isso, os homens ao longo dos tempos foram compondo provérbios que iluminam claramente as suas culturas e tradições.

No provérbio de hoje Jesus pretende chamar a atenção dos seus discípulos para um perigo que os cerca: o perigo de se considerarem perfeitos e superiores e por isso se separarem dos outros, como fariseus. O significado da palavra fariseu é separado.

O sentido que tem aqui o verbo julgar não é simplesmente fazer-se uma opinião, algo que dificilmente poderemos evitar, mas julgar duramente, ou seja, condenar os outros, como se diz na passagem paralela de S. Lucas: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados (6, 37).

O julgamento pertence a Deus e não a nós, porque só Deus conhece a fundo o coração do homem. Constituir-se em juiz dos outros é uma ousadia irresponsável, é tomar o lugar de Deus. Deus nos aceita e ama todos tal como somos, e olha-nos com amor de Pai que dissimula as faltas dos seus filhos, a quem vê através do seu próprio Filho, Cristo.

Se, anteriormente, ao longo do discurso da montanha, Jesus falou do perdão das ofensas e do amor inclusivamente ao inimigo, para tentar aproximar-nos ao menos um pouco da perfeição de Deus, agora está apontando à imitação da sua misericórdia. Como diz o livro da Sabedoria, Deus compadece-se de todos corrige os que caem para que se convertam e acreditem n’Ele.

À medida que usarmos com os outros, usá-la-ão conosco. Isso não quer dizer que Deus – a quem não se menciona no texto por respeito – nos julgará com a nossa medida injusta e impiedosa. Esse não é o seu modo de proceder. Certamente, quem age assim com os outros, expõe-se a um julgamento mais severo para si mesmo.

Deus teria, digamos, duas medidas para o seu julgamento: uma de justiça, outra de misericórdia. Ele medir-nos-á com aquela que nós utilizarmos, nesta vida, com os irmãos. É a mesma lição da parábola do devedor insolvente que é perdoado e não perdoa, ou a contida petição do Pai-nosso: perdoa as nossas ofensas… O que condena o irmão auto-exclui-se do perdão de Deus e cai sob a jurisdição da lei, que não deixará de acusá-lo e condenar como imperfeito que é.

Todos somos imperfeitos, tanto e mais que os outros, ainda que, julgando-os com superioridade, os desprezemos. Tal atitude, desprovida de amor, provém da nossa própria cegueira que nos impede de ver os nossos defeitos. Manter a conscientemente tal postura é hipocrisia astuta, cujo modelo no evangelho são escribas e fariseus.

É muito velho o costume de criticar os outros. Assim, pensamos justificar-nos a nós como melhores. Mas, a experiência demonstra que os mais críticos, os que julgam ser perfeitos, saber tudo e ter a melhor solução para qualquer problema, costumam ser os que menos fazem e levam aos outros.

Um olhar no espelho, uma vista de olhos à nossa pequenez e insignificância, à nossa “trave” no olho, minimizará sem dúvida as falhas dos outros, e far-nos-á mais tolerantes e acolhedores, pensando que os outros também têm que suportar-nos a nós. Conhecer as nossas próprias limitações, admiti-las e aceitá-las ensinar-nos-á, a saber, estar e viver com os outros. Assim, caminharemos em verdade e simplicidade, com ânimo de fraternidade, tolerância e compreensão para com os outros sem os condenar.

Se Deus é otimista a respeito do homem e o ama apesar de tudo, o discípulo de Cristo há-de fazer o mesmo em relação aos seus irmãos. Este é um caminho mais seguro para a realização e a felicidade pessoal do que o engano da presunção.

Meu irmão, minha irmã, nós não temos o direito de julgar, ao menos que tiremos primeiro a trave que está no nosso olho. Ou seja, se eu sou um exemplo, no caso tenho todo direito de julgar, mas através da Escritura, logo, se eu sou um homem integro diante de Deus no que concerne a alguma prática, seja ela confessional, doutrinária, ou moral, tenho duas ferramentas em mãos e que contribuem entre si para o julgamento Cristão; Primeiro: O fato que a Escritura Sagrada condena expressamente determinada prática, e em segundo, eu sou um homem que não pratico tais coisas, e assim, a trave do meu olho já foi tirada, e se eu tirei a trave do meu olho, tenho todo o argumento para tirar o argueiro do olho do meu irmão.

Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.
Fonte Canção Nova

Leia também:
Mensagens de Fé

sábado, 18 de junho de 2016

A AFIRMAÇÃO DE PEDRO Lc 9,18-24 - 19.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

Lucas mostra Jesus como um mestre peregrino, assim, encontramos Jesus num permanente caminhar de um lado para o outro levando a Boa Nova do reino de Deus a todo o povo. Neste caso concreto estamos na fase final da etapa da Galileia. Ao longo deste caminhar, alguns foram se juntando a ele, formou-se um grupo de discípulos que se sentem entusiasmados com o agir deste mestre singular. A caminhada, porém, chegou a um momento decisivo: a subida a Jerusalém, antes de entrar nela, Jesus faz uma “sondagem”: quem dizem as pessoas que eu sou? Todo o evangelho é marcado por esta pergunta, que logo a seguir fica pessoal para aqueles que o acompanham de perto.
O ponto de partida deste episódio é a revelação de que Jesus reza a sós, este que é um outro elemento que o evangelista Lucas gosta de ressaltar. Lucas mostra como Jesus, antes de algo importante, reza. Dando a entender que a ação de Jesus não é capricho pessoal, mas um realizar da vontade do Pai.
A caminhada chegara a um momento decisivo e Jesus quer fazer uma espécie de balanço daquele que foi a sua missão até aquele ponto, assim, lança uma curta “sondagem”: quem dizem as multidões que eu sou? É importante recordar que aquela época era marcada pelo sofrimento do Povo de Deus, que tinha gerado uma enorme expectativa messiânica. Asfixiado pela dor que a opressão trazia, muitos sonhavam com a chegada de um libertador anunciado pelos profetas. Assim, não é de espantar que “surgissem” alguns clamando ser os tais “enviados de Deus”, os quais criavam à sua volta um clima de ebulição, arrastavam atrás de si grupos de discípulos exaltados e acabavam, muitas vezes, aniquilados pelas tropas romanas. Deste modo Jesus quer saber o que pensam as pessoas sobre a sua ação/missão. Aparentemente, Jesus não é considerado pelas multidões “o messias”: o Povo identifica-o, preferentemente, com Elias, o profeta que os judeus consideravam estar junto de Deus, responsável pelo anúncio do grande momento da libertação do Povo de Deus; talvez as atitudes e a mensagem de Jesus não correspondessem àquilo que se esperava de um rei forte e vencedor. A resposta do povo não está totalmente correta, logo Jesus se volta para os “seus” procurando saber se estes o conhecem de verdade. De fato, é isso que acontece. Pedro não tem dúvidas ao afirmar: “Tu és o messias de Deus”.
Dizer que Jesus é o “messias” significa reconhecer n’Ele esse “enviado” de Deus. Jesus parece concordar com a afirmação de Pedro. No entanto, Jesus está consciente que os discípulos sonhavam com um “messias” político, poderoso e vitorioso. Assim, rapidamente desfaz possíveis equívocos e esclarece as coisas: Ele é o enviado de Deus para libertar a humanidade; no entanto, não vai realizar essa libertação pelo poder das armas, mas pelo amor e pelo dom da vida. No seu horizonte próximo não está um trono, mas a cruz: é aí, na entrega da vida por amor, que Ele realizará as antigas promessas de salvação feitas por Deus ao seu Povo.
A última parte do texto contém palavras destinadas aos discípulos: aos de ontem, de hoje e de amanhã. Todos somos convidados a seguir Jesus, isto é, a tomar a cruz do amor e da entrega, a derrubar os muros do egoísmo e do orgulho, a renunciar a si mesmo e a fazer da vida um dom. Isto não deve acontecer em circunstâncias excepcionais, mas na vida quotidiana. Desta forma fica definida a existência cristã. Jesus quis saber o que a multidão e os discípulos pensavam que ele fosse, mas agora pergunta para cada um individualmente: quem eu sou para você? O que isso significa em termos práticos para você perder a sua vida e tomar sua cruz diariamente? A multidão esperava um tipo de messias forte e poderoso, Jesus se apresentou com outro estilo, qual das duas propostas está mais próxima de você? O evangelho começa com o detalhe de que Jesus estava em oração a sós, qual a importância da oração na sua vida? Como está de “saúde” a sua vida de oração?
Espírito do Messias solidário e servidor, não me deixes nutrir esperanças vãs de um messianismo glorioso e mundano, que não corresponde à opção do Senhor Jesus.
Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Não podemos servir a Deus e ao dinheiro! - 18.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

Aquele que é cobiçoso não possui nada! Pelo contrário, ele é possuído pelos seus bens e pela gana de ter muito mais. Por isso, o coração cobiçoso, ambicioso, nunca está satisfeito com o que tem e procura sempre ter mais e mais.

”Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mateus 6,33).

Meus amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo, as lições maravilhosas do Evangelho de hoje são para trazer a paz ao nosso coração, que tanto necessita e precisa dessa graça. A primeira lição dessa passagem bíblica é que nós não podemos servir a Deus e ao dinheiro, porque Deus é Senhor único e não cede o Seu lugar a nenhum outro; porque o dinheiro, na verdade, é o deus Mamon, que é o deus do dinheiro, é um deus da cobiça. E aquele que é cobiçoso não possui nada! Pelo contrário, ele é possuído pelos seus bens e pela gana de ter muito mais; por isso, o coração cobiçoso, ambicioso, nunca está satisfeito com o que tem e procura sempre ter mais e mais.

Quando nós nos pomos a serviço do deus deste mundo, que se chama ”dinheiro”, o nosso coração não consegue encontrar a paz, não consegue encontrar a quietude. Não é que nós não podemos ter dinheiro, muito pelo contrário, nós precisamos do dinheiro e ele faz parte da nossa vida e nos ajuda a organizarmos nossa vida. No entanto, nós não podemos estar a serviço do dinheiro; pelo contrário, o dinheiro precisa estar a serviço do homem e da vida. Quando nos fazemos escravos dele, ele nos domina e não nos dá a liberdade para servirmos a Deus.

A cobiça gera em nós preocupações desnecessárias, e para não sucumbir às preocupações impostas pela vida, nós precisamos viver a chamada espiritualidade da confiança. Por meio dessa graça [confiança] nós vivemos um dia de cada vez, não vivemos as preocupações exageradas, tendo em vista que a única coisa que estas fazem, na verdade, é ruir a nossa saúde, a nossa mente, o nosso bem-estar e os nossos relacionamentos uns com os outros.

Quantas amizades, famílias e amigos terminaram as suas relações por causa do dinheiro! Que hoje nós aprendamos de Jesus a ter um coração despojado, a ter o suficiente para sobreviver e trabalhar com dignidade para conseguir o pão de cada dia a fim de colocarmos aquilo que é necessário em nossa casa. Claro, uma vida modesta, uma vida digna, tendo aquilo que nós precisamos, mas, nunca fazer loucuras por causa do dinheiro.

Aquele que se põe como louco para servir o dinheiro pode até conseguir muitas coisas, mas pode ter certeza de que mais perde do que ganha e, muitas vezes, perde a própria vida!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Canção Nova

Leia também:
Mensagens de Fé

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Os bens terrenos passam; só o amor permanece - 17.06.2016

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA

Abra uma poupança no céu, junte muitos tesouros no céu. Desta vida não levamos nada, a não ser o amor que vivemos uns para com os outros!

“Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6, 21).

Jesus vem hoje nos ensinar onde deve estar o nosso verdadeiro tesouro, pois onde estiver o nosso tesouro ali também estará o nosso coração. Por isso não devemos ajuntar tesouros aqui na Terra, porque todo e qualquer tesouro, a traça e a ferrugem vão destruir e corroer e mais ainda: os ladrões vão nos assaltar e roubá-lo. Ao passo que, quando eu tenho um tesouro no céu, não há ladrão, não há ferrugem e não há traça que possam corroê-lo.

Existem pessoas que guardam dinheiro debaixo da cama, há pessoas que trabalham a vida inteira para juntar, para ter posses, para ter bens, para ter fazendas, para ter isso e para ter aquilo. Não é que ninguém possa ter tesouros, é precioso o trabalho do homem que se esforça, que dá o melhor de si para ter alguma coisa, para ter um bem, para garantir o bem-estar da sua casa e da sua família. Contudo, se você só ajunta tesouros aqui na Terra, se a alegria do seu coração, se a cobiça do seu olho são os bens terrenos – maldito seja o seu olho, porque a própria Palavra diz que o olho é a luz do corpo.

Se o seu olho está são, abençoado e iluminado você vai trabalhar e trabalhar muito para ter uma vida digna, mas o seu olhar não vai ser movido pela cobiça, porque o olhar do cobiçoso é horrível, porque ele nunca está satisfeito, nem sossegado com aquilo que tem, ele sempre quer ter mais e mais. Pode ser que ele nem tenha nada, mas ele se comporta de forma avarenta com relação a tudo o que ele possui e na sua relação com o outro por não sabe repartir o que tem, não saber promover a paz, não saber promover a festa com o seu próximo, com o seu irmão. Porque ele está sempre preocupado com seus bens, com os seus tesouros.

Abra uma poupança no céu, junte muitos tesouros no céu! Pratique as virtudes que nos levam para junto de Deus, porque a nossa vida é breve. Daqui a pouco nós vamos e desta vida não levamos nada, a não ser o bem que praticamos ao outro e o amor que vivemos uns para com os outros.

O rico morre, o pobre morre; o rico pode ser até enterrado em um caixão de ouro, e o pobre pode até morrer como indigente, mas o que vale para Deus é o bem que um ou que o outro tenha praticado!

Deus abençoe você!
Fonte Canção Nova

Leia também:
Mensagens de Fé