quinta-feira, 30 de abril de 2020

Homilia Diária - 01.05.2020

Jesus Eucarístico é o pão celestial
HOMILIA

Irmãos e irmãs, o Evangelho próprio da liturgia da Palavra de hoje, Jo 6,52-59, termina expressando: «Jesus falou estas coisas ensinando, na sinagoga, em Cafarnaum» (v. 59). Quando alguém visita a atual Cafarnaum, na Terra Santa, encontra uma grande placa ao passar por uma das entradas daquela localidade, na qual se lê: “Cidade de Jesus”.

Assim Cafarnaum entrou para a história: o lugar utilizado como uma espécie de “quartel general” de Cristo, pois de lá, muitas vezes, Jesus partia e retornava das missões e se hospedava na casa da família de Pedro. Também se encontram, ali, as ruínas da sinagoga frequentada por Cristo e citada no Evangelho de hoje.

Neste contexto material e geográfico, Jesus revela, surpreendentemente, um alimento que não podia faltar naquela cidade, nos lares e na missão da Igreja: «Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia» (v. 54).

Um alimento espiritual, sacramental e escatológico que se chama, antes de tudo, Jesus Cristo! Jesus Eucarístico é o Pão Celestial! Ele estava em sua cidade e próximo de lugares que O acolhiam, mas Ele quis mais… muito mais! Ele quis fazer morada em nós e permanecer para sempre numa comunhão de vida  eterna, por fundamentar-se no amor eterno de Deus pela humanidade. Um Amor que se traduz em entrega total e eucarística: “Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele… Quem se alimenta com este pão viverá para sempre” (v. 56.58).

Sabemos o que é entrar e sair de uma casa e cidade, mas permanecer para sempre realmente é uma experiência que foge completamente às capacidades puramente racionais, físicas e temporais. O impacto do espaço e do tempo atualmente nos tomam, como um peixe tomado e mergulhado na água. Mas fomos criados para águas mais puras, refrescantes, cristalinas e incontamináveis, ou seja, no plano de Deus todo ser humano foi criado para Ele. Por isso, Ele comunicou o Pão da Palavra e instituiu, na Quinta-feira Santa, o Sacramento dos Sacramentos, o qual nos leva a exclamar: “Graças e louvores se deem neste e em todo o momento ao Santíssimo Sacramento”. Assim, podemos antecipar – como penhor – pelo Sacramento do Filho do Homem e Filho de Deus, a participação na vida eterna.

Ainda que seja um desafio para a nossa fé e humilhação às inteligências orgulhosas, o Sacramento da Eucaristia pode e precisa ser acreditado, celebrado, comungado e adorado para ficarmos, então, surpreendidos positivamente pelas promessas e realizações do Senhor, diferentemente de muitos que O acompanhavam e O seguiam com espírito cético e provocador: «Como é que ele pode dar a sua carne a comer?» (v. 52). E o Pão da Vida não recuou e nem contradisse as Suas palavras por medo de perder “público ou ibope”, muito pelo contrário: fez questão de reforçar este dom e necessidade de cada um: «Em verdade, em verdade, voz digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós» (v. 53).

Mas eu não mereço tamanho dom de tomar, comer e beber deste Cálice! Realmente, em cada Santa Missa, mirando o Corpo de Deus nas mãos dos sacerdotes, precisamos, primeiramente, reconhecer a nossa indignidade: “Senhor, eu não sou digo de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo”. Mas também não podemos deixar de ver, nesta insistência de Cristo, uma grande manifestação da gratuidade divina.

O Papa emérito Bento XVI, que hoje recorda o dia de sua eleição para ocupar a Cátedra de Pedro, deixou claro esta graça que todos podem receber, ainda que exijam condições básicas como o objetivo estado de graça: «Trata-se de um dom absolutamente gratuito, devido apenas às promessas de Deus cumpridas para além de toda e qualquer medida. A Igreja acolhe, celebra e adora este dom com fiel obediência. O “mistério da fé” é mistério de amor trinitário, no qual, por graça, somos chamados a participar» (BENTO XVI, Exort. Apost. Sacramentum Caritatis, nº 8).

Neste tempo pascal, a Igreja de Cristo convida-nos a dar – pessoalmente e comunitariamente – nossa resposta perante o misterioso Dom da Eucaristia, Pão da Vida que constrói moradas de Deus em meio e dentro dos homens e mulheres. Pão da Cidade de Deus, capaz de dar sentido, alimentar e transformar as cidades e lares dos homens. Pão que alimenta e santifica a Casa de Deus no mundo, a Igreja, reanima a Igreja doméstica e encaminha para a nossa Páscoa pessoal e eterna, ou seja, prepara-nos para morarmos para sempre na verdadeira e permanente cidade de Jesus.

Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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quarta-feira, 29 de abril de 2020

Homilia Diária - 30.04.2020

JESUS É O PÃO DA RECONCILIAÇÃO Jo 6,44-51
HOMILIA

A Palavra pregada por Jesus deve ser recebida, acolhida, comida e ruminada pois ela é Palavra de vida eterna. Assim, a humanidade alimentada pela Palavra viva que é Jesus, com a alegria e a fé nascida do alimento que Deus lhe deu reconhece que Ele é o pão da vida, que lhe conduz à comunhão com o Pai e e por isso lhe dá a vida divina. Por sua vez com alegria e entusiamo deve comprometer-se com ela e anunciá-la aos seus irmãos fazendo com ela uma unica realidade. Pois assim como Jesus e o Pai são um só, assim também a humanidade deve ser uma só com Ele. Este foi, é deverá ser sempre o conteúdo da mensagem de Jesus. É fundamental que nós cristãos lutemos pela unidade en não pela desunião.

Para nós o ditado segundo o qual, “cada um por si Deus por todos”, não tem lugar. Mesmo entre os aqueles que não se conhecem ou são de outras confissões religiosas. Quando você se encontra com os que não são católicos qual tem sido o teu comportamento? De que tem falado ou discutido? Quanto à mim, por exemplo numa dialogo sobre coisas que nos dividem. Mas sim sobre coisas que nos aproximam e unem. Muitas vezes nós nos julgamos os melhores e os sabedores de tudo. Mas nos esquecemos que o nosso Deus também é o Deus daqueles que julguamos ruins.

A mim e a você hoje Jesus volta a ensinar. Mostra-nos que Ele e o Pai estão unidos pelo mesmo amor. A mesma união com o Pai deve acontecer com os discípulos que estão unidos a Jesus. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. Viver em comunão com Deus e entre nós deve ser nosso desejo e nossa missão de cristãos. Fomos feitos para a comunhão de irmãos, jamais para a divisão e separação. Portanto se você estiver vivendo isso, hoje mesmo levante-se vai ter com a pessoa com quem você não fala, com quem você brigou ou discutiu. Vai pedir perdão e reconcilie-se com ela. Este é o pão do qual Jesus redundantemente quer que comamos: Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.

Estamos diante da continuação do longo discurso sobre o pão, pronunciado após a partilha dos pães com a multidão, na montanha. Um dos aspectos que Jesus vem salientando é que a iniciativa da salvação vem do Pai. Ninguém se faz discípulo de Jesus se não for designado por Deus seu Pai. E todo aquele escuta a sua palavra e procura fazer a vontade daquele que o enviou é introduzido na vida que nunca mais terá fim. Visto que: aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá.

Nos nossos dias alimentar-se de Jesus é ter vida é contemplá-lo e seguir seus passos. No serviço, na fraternidade e na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em comunhão de vida eterna com Jesus.

Deixemo-nos tocar pelo convite que Jesus. Vinde convidados do meu Pai, a mesa está posta vinde. Participemos plena, consciente e ativamente; comamos e bebamos o corpo e o sangue de Jesus. Repito esta mesa é a mesa da compreensão, do diálogo, do perdão, da reconciliação. Ninguém se deve aproximar dela se não perdoar de todo o coração a seu irmão, irmã, marido, esposa, esposo, filhos, colegas amigos e até os seus inimigos. Mas padre, o que ele me fez foi muito duro e dolorido. Sinto as feridas até agora. Eu lhe respondo “busque em primeiro lugar o Reino dos céu e a sua justiça e o resto lhe será dado por acrescimo”! É Jesus quem está dizendo isso pra você meu irmão e minha irmã. Corra atraz daquilo que vo chama de prejuízo. Deus é maior, Ele pode tudo! Alias o verdadeiro cristão não deve ser inimigos e a ninguém deve ter dívida senão a dívida do amor!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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terça-feira, 28 de abril de 2020

Homilia Diária - 29.04.2020

EU SOU O PÃO VIVO DESCIDO DO CÉU Jo 6,35-40
HOMILIA

A Eucaristia é um mistério, uma realidade salvífica. As suas riquezas somente são acessíveis a quem acolher palavra reveladora de Jesus. Escutemos, então, o próprio Jesus, que quis revelar a verdade e a beleza deste mistério da fé. Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crêe em mim nunca mais tera sede.

A partir do que Jesus está falando a mim e a você precisamos acatar de uma voz por todas que a vida nos vem do Pão que desceu do céu. E esta vida é Jesus que se faz presente na história humana e nos dá o sentido pleno da vida, e sacia a fome e a sede de vida eterna.

Ele se define a si próprio como Pão da vida que é necessário comer mediante a fé: «Eu sou o pão da vida. Cristo reafirma com insistência a sua identidade como pão da vida oferecido para ser comido, não obstante a murmuração dos judeus perante as suas palavras.

A vontade do Pai, ao enviar o Filho, é que quem vê o Filho; suas palavras e ações e nele crê, seguindo seus passos, tenha a vida eterna e venha a ressuscitar no último dia. Por isso, para nós cristãos, comer o pão do céu significa assimilar o seu amor e seu exemplo de serviço, de partilha e dom da vida. Acolhamos e comamos, pois, deste pão do céu para que venhamos a ressuscitar no último dia para a vida eterna.

Prolongando na vida o que foi celebrado no mistério, somos constituídos em comunidade aprendem a tornar eucarística a própria existência.

De fato, assim como Jesus é Eucaristia para o Pai e para a Igreja, assim também a Igreja que vive de acordo com a fé professada e celebrada, fazendo da sua própria existência um culto espiritual agradável a Deus, pode tornar-se, em cada expressão do seu agir e do seu sofrer, eucaristia para o Pai e para o mundo. Deste modo, o povo de Deus, peregrino no mundo, encontra no pão eucarístico, “alimento dos viajantes”, o maná para o seu caminho, o pão para a sua peregrinação, com a certeza de chegar à meta. E faz da sua vida uma oblação agradável a Deus. É o que vemos na vida de Santa Catarina de Sena, cuja memória celebramos hoje. Ela fez da sua vida mensageira da paz no meio de uma sociedade violenta. Ofereceu sua vida em favor dos doentes e dos encarcerados. Foi a mulher que deu o pão da vida aos pobres e sofredores pela sua ação de caridade.

Portanto, faça da Eucaristia que comunga todos os dias o Pão dos fortes e da sua vida uma missão entre os homens, seus irmãos anunciando-lhes a salvação que Cristo o Pão da Vida nos trouxe. Seja instrumentos de alegria, da paz, da justiça, do amor, e da vitória de Deus na vida dos seus. É o próprio Jesus quem está falando isso para ti meu irmão e minha irmã: Pois a vontade do meu Pai é que todos os que vêem o Filho e crêem nele tenham a vida eterna; e no último dia eu os ressuscitarei. Portanto, acredite e tenha fé no Pão da vida. Você e os seus viverão eternamente.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Homilia Diária - 28.04.2020

SENHOR DÁ-NOS SEMPRE DESSE PÃO Jo 6,30-35
HOMILIA

A multidão que participou da partilha dos pães na montanha e, depois, seguiu Jesus em Cafarnaum, acaba percebendo que Jesus propõe algo novo. Pedem-lhe um sinal para crer. Não entenderam o sinal da partilha. Querem um sinal extraordinário como o de Moisés e o maná. É o apego do judaísmo às suas tradições, fechado à novidade de Jesus. Querem um messias poderoso, mesmo que seja opressor e explorador. E então Jesus revela a Sua verdadeira identidade bem como a daqueles que o recebem dignamente: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.

Ele é O verdadeiro Pão que desceu do Céu. Diferente do maná, alimento que Deus enviou por meio de Moises diz: Os nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deus-lhes a comer pão do céu. O maná avalizou Moisés diante do povo como profeta enviado por Deus. Mas Jesus é o Próprio Filho de Deus que se deu como alimento para os homens peregrinos. É o primeiro e o último sinal. É a primeira e última palavra do Pai, por quem tudo começou a existir. Sem Ele nada seria criado e nem salvo. Por Ele todos nós alcançamos graças sobre graças. Pois onde abundou o pecado superabundou à graça.

Por duas vezes no Evangelho de hoje se repete o tema do maná no discurso de Jesus sobre o pão da vida; é um tipo ou referência fundamental para a comparação que se estabelece entre Moisés e Jesus. Entre o alimento que nos leva à morte e pão de vida eterna. O mana apareceu em circunstâncias providencias de tempo e lugar em que apareceu para saciar a fome dos israelitas, perdidos no deserto dentro enquanto caminhavam, reclamando e com saudades das panelas do Egito. Infelizmente a crença popular judaica esperava que na era messiânica voltasse a repetir-se o “milagre” do maná. Jesus faz-lhes um desafio. Apresenta-lhes não um pão. Mas O Pão. Eis aqui um alimento material que simboliza outro superior e mais completo: o pão da vida que é o próprio Cristo.

Por isso Jesus instrui a multidão acerca da verdadeira natureza do pão do céu: Em verdade vos digo que não foi Moisés quem vos deu o pão do céu, mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro ao do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.

A expressão pão descido do céu nos remete hoje ao Pão eucarístico, que é o corpo de Jesus. Ele é o pão da vida. Então as pessoas, de acordo com a sua interpretação material do pão de que Cristo lhe fala – tal como a samaritana a respeito da água viva (Jo 4,14) -, dizem a Jesus: Senhor dá-nos sempre desse pão. Este pedido propicia a grande autorevelação em que Jesus se identifica com o pão em questão: Eu sou o pão da vida. O que vem a mim nunca mais terá fome, e o que crê em mim nunca mais terá sede. Jesus é o pão da vida que, tal como a água viva, satisfaz para sempre a fome e a sede do que crê nele.

Assim, o sinal que devemos pedir receber, acolher de Deus não deve ser outro senão Jesus. Ele é o resgate e o cultivo da vida. É a transformação das pessoas que, acolhendo o seu amor, passam a ser também fonte de vida para outros. Jesus deixa claro: o que vem do céu vem do Pai. O maná não foi dado por Moisés. É o Pai que dá o verdadeiro pão do céu, o pão que dá vida ao mundo. E este pão é Jesus. Os que o ouvem se sensibilizam de modo semelhante à samaritana quando Jesus oferece a fonte d”água da qual quem beber nunca mais terá sede. Pedem desse pão para sempre. Jesus identifica-se como sendo ele próprio o pão da vida. É Jesus que alimenta a vida eterna em nós por sua palavra, seu amor e seu testemunho. Como aquele povo diga você também: Senhor dá-nos sempre desse Pão.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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domingo, 26 de abril de 2020

Homilia Diária - 27.04.2020

JESUS É O PÃO DA VIDA Jo 6,22-29
HOMILIA

Toda pessoa sabe que se não comer morre. Há um ditado popular que diz: “saco vazio não para de pé”. Sabe também, que quem come muito pouco, ou passa fome, fica desnutrido, fraco, e muito mais propenso a doenças, e até à morte. Comer o pão e beber o vinho, é em primeiro lugar  viver. É fácil perceber o que o Senhor quis nos ensinar, ao usar este símbolo: Assim como sem comida, até o mais forte dos corpos definha e morre, assim também até o maior dos santos, sem a eucaristia não consegue se sustentar.

Durante todo o evangelho, podemos perceber a importância que Cristo dá às refeições. Várias vezes, Ele come com os fariseus, com os publicanos, com os pecadores.

Durante as refeições, o Senhor ensinava, exortava, por isso nada mais natural do que escolher uma refeição para nela instituir a Eucaristia (Jo. 13,2). A palavra “Koinonia”, significa comunhão. São pessoas que estão juntas, partilhando, comungando da mesma refeição.

Na família, o momento da refeição é o momento de reunião, de troca, de se por os assuntos em dia; é nesses momentos que a união da família se solidifica. Quando queremos confraternizar numa festa, sempre existe refeição para se partilhar. Quando queremos aumentar nossa intimidade com alguém, convidamos para comer juntos. Se isto tudo é verdadeiro para simples refeições diárias, quanto mais será para a refeição eucarística compartilhada! É nessa mesa do Pão vivo que se opera a unidade real e misteriosa da Igreja.(I Cor. 10,16-17).

A Eucaristia é, sacramento de unidade. Ela une a igreja em torno de Cristo, de seu sacrifício. A igreja “comunga” com Ele; torna-se o corpo de Cristo, unindo-se com células, que recebem o mesmo alimento, e são purificadas pelo mesmo sangue. Assim como o pulmão é diferente na sua anatomia e função do intestino, mas ambos são essenciais e pertencentes ao mesmo corpo, nós também, embora sendo diferentes uns dos outros, somos partes de Cristo pelo batismo. Uma só fé, um só batismo, um só Espírito. Esta é a essência da unidade, operada e mantida pela comunhão do corpo e sangue de Cristo.

Que pelo conhecimento que o Senhor nos dá, do valor da Eucaristia, puro dom de Deus para a nossa salvação, possamos participar dela, com novo ânimo, de maneira a sermos curados, libertos e restaurados. E assim comprometidos partilha-la com os nossos irmãos.

Por tudo quando disse posso concluir e afirmar sem medo de errar que a Eucaristia é vida e compromisso. É partilha e serviço.

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sábado, 25 de abril de 2020

Homilia Diária - 26.04.2020

NO CAMINHO DE EMAÚS Lc 24,13-35
HOMILIA

Dois discípulos caminham em desolação, afastando-se da comunidade de Jerusalém. Jesus se aproxima deles e caminha junto. Mas eles não o reconhecem. Um se conhece o nome: Cléofas e o outro não se especifica. Quero colocar no lugar dele o meu ou o seu. Muitas vezes ficamos como que sem esperança, não percebemos a presença do Ressuscitado. Podes se perguntar: em que situações costumo ficar desolado(a)? Como tenho reagido à desolação. Como deveria reagir?

Como Jesus perguntou aos dois também pergunta a você. “O que andais conversando pelo caminho?“ Eles respondem tristes, nervosos, irritados: “Você não sabe o que aconteceu em Jerusalém, nestes dias?” – “Que foi?” – “A morte de Jesus, o Nazareno… E nós que esperávamos que fosse ele o libertador de Israel!” – “Como sois lentos para crer o que os profetas falaram! Acaso não era necessário que o Cristo sofresse, para entrar na Glória?” As palavras de Jesus acendem a esperança nos discípulos. Refletir: Na desolação, é bom abrir-se, confrontar com alguém…

 “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entra para ficar com eles. À mesa, Jesus toma o pão, abençoa e lhes dá. “Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram”. Jesus desaparece da vista deles, mas fica no seu coração. “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos explicava as Escrituras?” A experiência é tão extraordinária, que os discípulos precisam levar à notícia, naquela mesma noite, a Jerusalém.

Onde encontramos, hoje, a presença de Jesus? Na Palavra, nos sacramentos, na comunidade, no serviço aos mais necessitados (pobres, doentes, crianças, idosos…). Um recadinho para você: Em todas as situações, nunca se afaste da sua Comunidade, Paróquia. Ficar lá, buscando Jesus com simplicidade. No apostolado, no serviço fraterno, somos um sopro de esperança para os outros, especialmente o povo mais sofrido. Jesus consola os seus discípulos. Nós o que buscamos: “consolar” ou “ser consolados”? Faça como os discípulos de Emaús e peça: Fica connosco Senhor Porque o anoitece, afim de que possas reconhece-lo como fonte da verdadeira felicidade.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Homilia Diária - 25.04.2020

SEJA TESTEMUNHA DO SENHOR RESSUSCITADO Mc 16,15-20
HOMILIA

Estamos diante das narrativas de aparições do ressuscitado que segundo os exegetas seriam (16,9-20) acréscimos posteriores, feitos pela Igreja estruturada, provavelmente já no segundo século, a qual achou por bem reforçar neste Evangelho a dimensão do Cristo glorioso.

Glorioso porque? A razão é simples. Os Apóstolos estavam angustiado por não poder realizar o seu sonho de levar o Evangelho a todos os povos conforme Jesus os havia mandado. Pois, eles enviados pelo poder que Jesus recebeu do Pai, os apóstolos deveriam partir, dispostos a caminhar por todas as estradas do mundo, e a anunciar a Boa Nova da salvação a quantos encontrassem. Ninguém podia ser deixado de lado, pois a salvação é um direito de todos. Assim como hoje também os discípulos muitas vezes vacilaram. Tiveram medo de anunciar e pregar o Evangelho com viva voz. E então ressurge Jesus e os confirma na fé dando-lhes a certeza da sua presença entre eles.

Para que eles não ficassem duvidando dá-lhes sinais visíveis e concretos. O primeiro sinal é o de adesão. Assim, Jesus envia-lhes soprando sobre eles afim de que recebam a Força do Espírito Santo. Portanto, o sinal de adesão a Jesus se dá no batismo feito “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Ele é a forma de vincular toda a humanidade com o Pai, por meio de Jesus, na força do Espírito Santo. Desta comunhão de amor deveria surgir uma humanidade nova, fundada na filiação divina e na fraternidade.

Por sua vez os apóstolos têm como tarefa levar os novos discípulos a pautar suas vidas pelos ensinamentos do Mestre. Bastaria ensinar os batizados a observar tudo quanto Jesus lhes havia ensinado: nada mais do que amar a Deus e ao próximo, como fora explicitado no Sermão da Montanha.

Uma certeza deveria animar os apóstolos: o Ressuscitado estaria para sempre junto deles, incentivando-os a serem fiéis à missão. Portanto, nada de se deixarem abater pela grandiosidade e pelas exigências da tarefa recebida.

Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Ou seja, tornai-vos a esperança dos homens, vós que sois, para vós mesmos, causa de desespero. Descobrireis a extensão de vossa incredulidade quando virdes o mundo crer em vossa palavra, vós que sequer confiastes no testemunho de vossos olhos. Sabereis qual a dureza de vosso coração, quando virdes no mundo inteiro os povos mais selvagens proclamarem meu nome sem jamais me terem visto, enquanto vós me renegastes quando vivi entre vós.

Vereis pela terra homens divididos, homens encerrados em ilhas, encravados em rochedos, perdidos no deserto, mágicos, gregos tagarelas, romanos bem-falantes, procurarem a fé pela própria fé, que vós procurastes com a mão e com o dedo no fundo de minhas chagas.

Assim Jesus enviou os Apóstolos ontem, assim faz com você. Ele está enviando hoje a você meu irmão, minha irmã como testemunha de Sua Paixão, de Sua Morte e Ressurreição; aceite que olhe mais de perto esses mistérios. Não deixe que a sua lentidão se serva de obstáculos para os seus irmãos e irmãs. Não tenha medo. Ele está com você. Nada acontecerá com você durante a sua missão. Saiba que a sua disponibilidade em aceitar o convite do anúncio do Evangelho vai fortificar a fé daqueles que hão de crer por meio de você. Quem crer e for batizado será salvo (Mc 16, 16), diz o Evangelho.

Como batizado, batizada saiba que, a fé é para o Batismo o que a alma é para o corpo. Assim, aquele que nasce da água vive da fé: O justo, diz S. Paulo, viverá pela fé (Rm 1, 17). Portanto, aceite o convite, não tenha medo, coloque-se ao serviço do Senhor, servindo os seus irmãos. Seja testemunha do Senhor Ressuscitado.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Homilia Diária - 24.04.2020

REPARTIR O NOSSO "PÃO" E NOSSO "PEIXE Jo 6,1-15
HOMILIA

Evangelho da encarnação, da Palavra que se fez carne, de Deus que se fez gente! É assim que pode ser chamado o Evangelho segundo João. Ele é o que mais aprofunda a transparência divina das realidades humanas. Cada uma dessas realidades, tocadas por Jesus, se transforma em sinal: são sinais da sua glória, como o foi a água transformada em vinho, em Caná; como o foi ainda a água, pedida e oferecida à samaritana, junto ao poço de Jacó; como o foi o paralítico curado à beira da piscina de Betesda, ou o cego de nascença, na fonte de Siloé; ou como os cinco pães, multiplicados para a multidão, nas colinas da Galiléia. São sinais que tantos viram, tantos presenciaram, mas não entenderam. E não entenderam porque não creram, não abriram o coração à fé.

Começando hoje o capítulo 6, João aborda um fato notório na vida pública de Jesus: o milagre da multiplicação dos pães, narrado também pelos outros evangelistas. Diferentemente de Marcos e Mateus João não apenas narra o episódio, mas reflete longamente sobre o seu significado, exatamente, a sua transparência.

No Evangelho de João, na narrativa da última ceia de Jesus em Jerusalém, não há menção à partilha eucarística do pão. A grande ação de Jesus nesta ceia é a de lavar os pés dos discípulos, como exemplo de serviço. Ele apresenta a eucaristia neste episódio da partilha do pão. A mesa da refeição tem lugar na montanha, onde Deus dá os dez mandamentos a Moisés. É o seu novo mandamento, mandamento da partilha, do amor. A figura destaque é um menino, com cinco pães de cevada e dois peixes. Jesus dá graças pela partilha, e ela acontece a partir dos mais humildes.

Dentre muitos apectos que poderia salientar está a prática da caridade da partilha. Jesus nos ensina que a vida é partilha, é um dom que deve ser fomentado. Alias costuma dizer-se que o pouco partilhado chega para todos. Assim, aconteceu com o milagre da multiplicação. Todos comeram e ficaram saceados. Sem medo de errar ouso afirmar que o milagre só aconteceu porque Jesus tinha em mente o espírito de não despedir o povo com fome, mas sim o de com eles e para eles repartir o pão. Assim você meu irmão. Se não aprender a partilhar com os sem pão, sem roupa sem teto, não terá a verdadeira a alegria de viver no seu dia a dia e nada conseguirá para a verdadeira saciedade. Alías o próprio Jesus diz: há mais alegria em dar do que em receber.

Sem excluir a ação do milagre da multiplicação vejo que a caridade foi um fator primordial na multiplicação dos pães.

Jesus mandou que se formassem grupos e se sentassem porque sabia de algo básico do ser humano: a maioria das pessoas não consegue comer vendo outra pessoa passando fome na sua frente. Imagine você dentro de desse grupo, com comida na sua bolsa. A maioria das pessoas com fome. Você, comeria sozinho ou dividiria uma parte da sua comida com as pessoas mais próximas? Se sim estás de parabéns. E se não for, é hora de rever seus conceitos. Deus deu a você o que tem para partilhar com os seus irmãos e irmãs. Decida-se, a vida é partilha e doação, é gração

A multiplicação dos pães não é questão do bla, bla. É na realidade uma questão de Fé! Veja que no Evangelho embora não apareca podemos imaginar a reação dos discípulos quando Jesus mandou que trouxessem os 5 pães e 2 peixes até Ele, na intenção de alimentar aquela multidão de 5 mil homens. Para quem não entende o que é fé, poderia duvidar e dizer será que isso vai dar certo? Mas Jesus como em todos os milagres, Jesus fez a parte d’Ele, e deixou que cada pessoa na multidão também fizesse a sua parte. Essa é a sua vez. Quando todos ao seu redor dizem que aquilo em que você acredita não existe, é preciso que você não desfaleça, vá e aguente firme. Acredite que com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado. Se a fé de Jesus fosse fraca, Ele nem teria tentado repartir os pães e peixes.

Somos você e eu convidados a viver a eucaristia como partilha concreta da vida na certeza de que com Cristo em Cristo e para Cristo nada é impossível. Por hoje, que saibamos repartir o nosso “pão” e nosso “peixe” com quem está do nosso lado passando fome quem física quer espiritual.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Homilia Diária - 23.04.2020

JESUS O HOMEM DO CÉU Jo 3,31-36
HOMILIA

O Evangelho de João, de maneira admirável, nos faz meditar a forma como estamos apegados as coisas terrenas, as coisas cá de baixo. O olhar prazeroso para esta vida e às suas coisas ofusca muitas vezes o nosso olhar para as coisas do alto de onde nos veio a Salvação!

Fazendo recurso frequentemente à repetição dos temas e palavras-chave principais da revelação de Jesus, São João, apresenta um vocabulário bem mais reduzido do que os Evangelhos sinóticos. Neste texto de hoje, a partir das oposições céu e terra, crer e não crer são afirmadas a originalidade e a autenticidade do testemunho de Jesus em revelar a Boa-Nova de Deus. Aquele que vem do céu, Jesus, foi enviado para anunciar as palavras de Deus e dar o espírito sem medida. Ele está acima de todos. Quem é da terra, sejam profetas, discípulos ou adversários, só entende segundo suas tradições terrenas. Jesus, enviado por Deus, fala das coisas do céu. Porém, ele dá o espírito sem medida, que inspira a fé e a compreensão das coisas do alto. O auge da revelação é o dom da vida eterna a todo aquele que crê em Jesus, Filho de Deus.

Para todos os que têm a sua fé n’Aquele que vem do alto o medo, a angústia estão fora de questão. O medo da morte é um exemplo do maior desastre da humanidade deixa de existir. Pois até mesmo numa pessoa idosa, com quadro de saúde terminal. Não consegue se entregar a Deus. Às vezes é pelo medo de não saber ao certo para onde vai.

O zelo exagerado que dedicamos aos nossos pertences, nossos bens materiais, às vezes nos torna ridículos. Em muitos de nós, mais do que nos preocuparmos com a saúde do esposo, esposa, filhos ou filhas a nossa maior preocupação é com os bens materiais. Verificar, o carro, a moto ou um outro bem depois que este foi usado. Será que eles valem mais do que a pessoa? Somos assim, somos deste mundo, agarrados a ele com todas as nossas forças. Preocupados ao extremo com os bens materiais ao ponto de deixar de lado as coisas de Deus, alegando que é por causa da sobrevivência, esquecendo-nos das palavras do Mestre quando diz: Buscai, em primeiro lugar o reino dos céus e a sua justiça e o resto vos será dado por acréssimo.

Faço-lhe um convite. Dedique-se com total entrega ao serviço de Deus e você verá que todo o restante de sua vida vai fluir naturalmente, maravilhosamente, ao ponto de sua “taça transbordar”. Não seja mesqinho na hora da coleta. Dê um pouco mais que umas moedinhas e verás que Deus vai recompensar você.

É claro que precisamos de abrigo, transporte, e de nos apresentar de preferência bem vestidos, etc.

O evangelista nos convida no dia de hoje a olhar para Jesus acolhendo as Suas palavras e transforma-las em um Evangelho vivo na nossa vida. Visto que são palavras de vida eterna. E se é verdade que formos regenerados e renascidos na água e no fogo do Espírito, como diz são Pedro devemos aspirar ao leite puro e espiritual. Afim de que por ele possamos crescer para a salvação. Para isso é fundamental que usemos o que temos com desapego. Use o seu carro como se não o estivesse usando, em vez de usá-lo como se o estivesse adorando. Se for preciso daremos a nossa vida pela causa missionária, por causa do reino de Deus, pois “Quem perde a sua vida ganha-la-á” É bom aproveitar e saborear todos os momentos de nossa vida, pois o momento presente é a única coisa que temos a certeza de possuir. O carro, a casa e tudo mais ficarão na terra. Só temos o momento presente. O ontem já passou, e o amanhã não sabemos se virá para nós. Portanto, viva hoje como se fosse morrer amanhã, e aprenda como se fosse viver para sempre. Ame as pessoas que lhe cercam como se fosse o seu último dia de vida. E estude principalmente a palavra de Deus, como se você fosse viver para a eternidade.

Portanto, por Ele e n’Ele, toda a humanidade recebe não por direito, por mérito, mas por mera benevolência de Deus a vida eterna, ontem, hoje e sempre!

Oxalá meu irmão vinha irmã, se hoje ouvíssemos a sua voz não fechássemos os nossos corações. Mas que os abríssemos profundamente para colhermos a sua palavra e transforma-la no evangelho vivo em nossas vidas.

Acolhamos e acreditemos nas palavras daquele que véu do Céu. Pois em nenhum outro nome podemos ser salvos senão no nome de Jesus que veio do céu.

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terça-feira, 21 de abril de 2020

Homilia Diária - 22.04.2020

QUEM CRÊ NÃO É JULGADO Jo 3,16-21
HOMILIA

Ao contrário do que muitas vezes nós pensamos Jesus não veio ao mundo para condenar as nossas más ações, mas, justamente para nos ajudar a não mais cometê-las. A salvação de Jesus implica, porém, em que nós o acolhamos e não o rejeitemos. No Evangelho de hoje mais uma vez Jesus afirma categoricamente. Ele não nos vai condenar. Antes pelo contrário, somos nós que nos condenamos ao não acreditar nas Suas Palavras: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado.”

“Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.” Quem rejeita a Luz vive nas trevas e é condenado pelas suas próprias obras. Quem não crê em Jesus e dele não se aproxima, rejeita a luz e tem medo de que a verdade seja revelada porque as suas ações são más.

Jesus é a luz enviada pelo Pai não para condenar, mas para nos salvar. Luz que iluminou e continua iluminando através dos missionários de hoje, as nossas mentes, conduzindo-nos a seguir o verdadeiro caminho da verdade e da vida em abundância.

Mas Essa luz é tão forte, penetrante e ofuscante que às vezes fugimos dela, para que ninguém veja a nossa sujeira, representada pela nossa inveja, o nosso egoísmo, a nossa ganância por mais riqueza do que na verdade necessitamos, etc. Então, ficar no escuro, no esconderijo, disfarçado, fugir da igreja, é a sugestão de satanás, para que não sejamos iluminados pela Luz.

É por isso que o mestre disse: “Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.”

Jesus veio iluminar a nossa mente e o nosso caminho a ser seguido. Ele nos mostrou de várias maneiras que longe de Deus não há felicidade. Nos convidou a segui-lo, mostrou-nos que Ele era o Próprio Deus, para que acreditássemos Nele, e tivéssemos um dia a vida eterna. Porém, muitos recusaram assim como hoje continuam recusando o seu convite. É convite por que Ele respeita a nossa decisão, a nossa escolha, o nosso sim ou não. Mas também não nos esqueçamos de rezar pela conversão principalmente daqueles a que dirigimos a palavra de Deus. Peçamos a Jesus que nos perdoe, nos proteja, e ao Espírito Santo que nos ilumine para que possamos levar a Luz para tanto quanto pudermos.

No entanto, se confiamos em Jesus, as nossas boas ações serão evidenciadas porque são elas realizadas em Deus, pelo poder do Seu Espírito Santo. Com efeito, a fé em Jesus Cristo é o meio mais eficaz para que nos aproximemos da luz de Deus. A luz esclarece, a luz tira da ignorância, a luz dá o norte, dá a direção. Jesus é a Luz do mundo, quem nele crer não ficará nas trevas. Ele veio para tirar todos os homens das trevas. Praticar o mal é não crer em Jesus, não se aproximar da Sua Luz, não aderir ao Seu projeto de Salvação. A Palavra de Deus nos assegura tudo isso. Ainda há tempo para que o mundo seja salvo. Ajudemos, portanto, a iluminá-lo com a luz de Deus que recebemos no nosso Batismo.

Você crê em Jesus como Luz para a sua vida? Como é que nós podemos iluminar o mundo com a Luz de Cristo? Qual é a virtude em você que mais revela ao mundo a luz de Jesus? Você tem tido a coragem de ficar debaixo da Luz, embora que a sua verdade seja descoberta? – Qual seria o primeiro passo para você fazer isto?

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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Homilia Diária - 21.04.2020

COMO NASCER DE NOVO? Jo 3,7b-15
HOMILIA

Mantendo-se distante, Nicodemos vinha acompanhando os milagres que Jesus operava, um após o outro. Aproveitando uma hora em que Jesus estava sozinho se aproxima para fazer pergunta. “Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele”, afirmou Nicodemos. Jesus, como era de costume, foi direto ao assunto. Ele sabia o que Nicodemos queria. “Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”, disse Ele. Imediatamente, Nicodemos perguntou: “Como assim nascer de novo?”.

Esta é a mesma pergunta que a humanidade tem feito há séculos, quando refletem sobre o ensinamento de Jesus em João 3:3. O que significa nascer de novo? Partamos do principio: Deus criou o homem originalmente como uma trindade – espírito, mente e corpo. A mente é governada pelo espírito e, dessa forma, quando o espírito predomina, o homem vive em comunhão e intimidade com Deus.

Jesus disse que Deus é espírito e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (João 4:24). Quando Ele primeiramente criou o homem (com espírito, mente e corpo), Deus o planejou para a comunhão. O homem conheceu a Deus e viveu em comunhão com Ele por causa da dimensão do espírito em seu ser. Entretanto, quando o espírito do homem está morto, ele é reduzido a viver no plano da existência animal. Seus pensamentos estão primariamente concentrados em suas necessidades e paixões.

Infelizmente, Adão escolheu viver segundo o desejo de sua carne e comeu do fruto proibido. E, ao fazê-lo, seu espírito morreu. Era preciso que Jesus, o Filho de Deus se tornasse homem para que o homem voltasse ao estado anterior. Por isso, Jesus disse a Nicodemos que ele tinha de nascer de novo (João 3:7).

Precisamos nascer espiritualmente, sem o nascimento espiritual, você é apenas dois terços de uma pessoa. O homem natural, de alguma maneira, tem a leve consciência de que há algo faltando em sua vida e tenta constantemente preencher este vazio. O problema é que ele geralmente busca preenche-lo por meio de uma experiência física ou emocional. Mas, no final das contas, mesmo que um homem possa se fartar de prazeres físicos ou experiências emocionais, ele ainda sentirá que alguma coisa está faltando. Pois nada pode preencher o lugar do Espírito, exceto ao nascer de novo.

O homem foi criado para adorar a Deus. Se você não adora o vivo e verdadeiro Deus, então você achará um substituto. Pode ser o seu carro, sua casa, ou seu barco – a lista pode estender-se para sempre. Porém, adoração é uma parte inata da existência humana.

Você pode pensar que tudo isso é simples demais. Você pode não entender como ter um nascimento espiritual apenas acreditando em Jesus Cristo. Pois bem, Deus o fez assim, de uma maneira simples, para que até mesmo uma criança pudesse nascer novamente.

Jesus continuou a explicar a Nicodemos que Deus amou tanto o mundo – um mundo que fora destruído pelo pecado e estava perecendo como resultado disso – para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).

Um homem nasce novamente ao crer na condição de amor que Deus proveu para o perdão de seus pecados; pecados que Jesus mesmo levou sobre si. Dessa forma, quando você recebe Jesus como o seu Salvador e crê que Ele morreu pelos seus pecados, há uma transformação maravilhosa e misteriosa que ocorre interiormente, enquanto o seu espírito nasce. E, de repente, você começa a viver uma vida mais que completa, com uma nova dimensão do Espírito, com a qual você nunca sonhou e nem pensou que existisse. É tão glorioso e maravilhoso e, ainda, está muito além de qualquer coisa que já experimentou. Você vai achar muito difícil descrever tal experiência. Paulo disse que as experiências espirituais que ele teve foram tão maravilhosas, que seria um crime tentar colocá-las em palavras (2 Coríntios 12:4). Não existe nenhuma linguagem que possa expressá-las.

Jesus disse: “Se você quiser ver o Reino dos Céus e entendê-lo, você tem que nascer de novo”. Para entrar no Reino de Deus, você deve nascer de novo. Apenas olhe para Jesus Cristo, que morreu por seus pecados sobre a cruz, e acredite Nele e no Seu amor por você, e aquela transformação vai acontecer. Mais uma vez, a pergunta: “Você já nasceu de novo do Espírito de Deus?”. Se não, o processo é bem simples.

Hoje, você tem duas escolhas; e tudo depende do seu relacionamento com Jesus Cristo. Você pode acreditar e olhar com fé para Ele, que morreu por você na cruz; ou pode seguir exatamente como você está. Para estar perdido, você não precisa fazer nada, apenas continue fazendo o que tem feito e você perecerá. Mas, se você olhar para a cruz e acreditar naquele que morreu por seus pecados, então, o dom da vida eterna com Deus será seu e você terá nascido de novo.

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domingo, 19 de abril de 2020

Homilia Diária - 20.04.2020

É PRECISO NASCER DE NOVO Jo 3,1-8
HOMILIA

Neste texto do Evangelho de hoje, temos a conclusão do diálogo de Jesus com Nicodemos. O evangelista João recorre ao simbolismo da serpente de bronze (cf. Nm 21,9) – a qual, pela fé, libertava das mordidas mortais das serpentes do deserto para aplicá-lo à fé em Jesus, pelo qual se tem a vida eterna. Este diálogo com Nicodemos é um convite à conversão. Coloca em confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz.

Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo. A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço. A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus! Jesus pintava francamente as dificuldades em segui-lO e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada. Jesus pregou sobre o tema: “Não pode ser meu discípulo”, discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de discípulo.

Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos. Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão. Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lO e que eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não eram. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige.

A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, neste Evangelho de hoje, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: “Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus.” Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus. Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza nada valem. As realizações do passado nada representam. Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num relacionamento com Deus.

Mas para isso basta olhar para o que Jesus ensinou! Para Ele é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou com a idéia de um homem que começou a construir uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do convertido.

O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão, envolve morte ao pecado. A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas. Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o resultado do arrependimento.

Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.

Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, a pessoa precisa de nascer de novo, no poder a água e do Espírito Santo. Ela precisa executar o ato certo, pelo motivo certo. A pessoa precisa ser um discípulo fiel.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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