sábado, 31 de outubro de 2020

Homilia Diária - 01.11.2020

AS BEM-AVENTURANÇAS Mt 5,1-12


HOMILIA

O Sermão da Montanha, introduzido pela proclamação das bem-aventuranças, é o programa do Reino dos Céus já presente entre nós. Elas constituem as virtudes de Jesus. São, segundo Santo Agostinho, uma regra perfeita de vida cristã. Nas bem-aventuranças encontramos valores universais, que podem ser entendidos e acolhidos por todos. As bem-aventuranças são o caminho concreto para a transformação deste mundo em um mundo de fraternidade, justiça e paz.


Bem Aventurados os pobres de espírito (…). Os bens, desde que sejam adquiridos com justiça, devem ser possuídos e administrados em justiça. A ganância é contrária à pobreza de espírito. Deixemos que o Espírito nos dê um coração de pobre. Somos mendigos do Espírito.


Bem Aventurados os que choram (…). Vivamos numa experiência da misericórdia divina no nosso coração. Deixemos que Deus enxugue as nossas lágrimas e recebamos a sua consolação. Acreditemos que por maiores que sejam os nossos sofrimentos e dores, a Misericórdia divina superabunda tudo isso.


Bem Aventurados os mansos (…). Conhecemos que a mansidão, a paciência e a humildade são caminhos para a glória eterna. Sejamos mansos, puros e humildes.


Bem Aventurados os que têm fome e sede de justiça (…). A nossa fome e sede do espírito são de amor a Deus, que é justiça e de amor ao próximo. Desenvolvamos essa fome espiritual, que só a fé sacia.


Bem Aventurados os misericordiosos (…). A misericórdia é a força do nosso coração. Como a anunciamos aos irmãos?


Bem Aventurados os puros de coração (…). O nosso coração cresce em sinceridade e retidão para com os outros? Cultivamos um coração simples? Deixemos vivificar em nós, a experiência de que somos templos do Espírito Santo.


Bem Aventurados os pacíficos (…). Os nossos valores éticos constituem uma afirmação evangélica contra as normas de uma sociedade desprovida do Deus de Amor. A Paz esteja convosco: disse-nos Jesus. Assim, ela é um dom de Deus. Somos construtores da paz. Nunca se esqueça que a Paz se opõe as atitudes de guerra, de agressividade, de conflito e de autoritarismo.


Bem Aventurados os que sofrem perseguição (…). As perseguições, mentiras e ataques perseguem os discípulos de Jesus. Como ontem, assim hoje são perseguidos, às vezes até pela própria família. Você é perseguido? A explicação está aí. Por isso, aguente firme. Aceitemos tudo isso, para nos deixarmos morrer interiormente, afim de que Cristo ressuscite em nós. Que a partilha das Bem-Aventuranças contribua para uma vivência de vida cristã e de uma comunidade de amor. Deus te abençoe meu irmão, minha irmã, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Homilia Diária - 31.10.2020

HUMILDADE E HOSPITALIDADE Lc 14,1.7-11

HOMILIA

Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido. «Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus. Eles o observavam atentamente». Ao ler o Evangelho a partir de um certo ponto de vista, acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios: hipocrisia, falsidade; os inimigos por antonomásia de Jesus. Com estes significados negativos, o termo «fariseu» passou a fazer parte do dicionário de nossa língua e de outras muitas.

Semelhante idéia dos fariseus não é correta. Entre eles havia certamente muitos elementos que respondiam a esta imagem e Cristo os enfrenta. Mas nem todos eram assim. Nicodemos, que vai ver Jesus de noite e que depois o defende ante o Sinédrio, era um fariseu (cf. João 3, 1; 7, 50ss). Também Saulo era fariseu antes da conversão, e era certamente uma pessoa sincera e zelosa, ainda que não estivesse bem iluminado. Outro fariseu era Gamaliel, que defendeu os apóstolos ante o Sinédrio (cf. Atos 5, 34 e seguintes).

As relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no amor de Deus e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da lei. Alguns, como neste caso, inclusive o convidam para uma refeição em sua casa. Hoje se considera que mais que os fariseus, quem queria a condenação de Jesus eram os saduceus, a quem pertencia a casta sacerdotal de Jerusalém.

Por todos estes motivos, seria sumamente desejável deixar de utilizar o termo «fariseu» em sentido depreciativo. Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com grande honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história, especialmente após a destruição de Jerusalém.

Durante a refeição, naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um dirigido aos «convidados» e outro para o «anfitrião». Ao dono da casa, Jesus disse (talvez diante dele ou só em presença de seus discípulos): «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides seus amigos, nem seus irmãos, nem seus parentes, nem os vizinhos ricos…». É o que o próprio Jesus fez, quando convidou ao grande banquete do Reino os pobres, os alitos, os humildes, os famintos, os perseguidos.

Mas nesta ocasião quero deter-me a meditar no que Jesus diz aos «convidados». «Se te convidam a um banquete de bodas, não te coloques no primeiro lugar…». Jesus não quer dar conselhos de boa educação. Nem sequer pretende alentar o sutil cálculo de quem se põe em uma fila, com a escondida esperança de que o dono lhe peça que se aproxime. A parábola nisso pode dar pé ao equívoco, se não se levar em consideração o banquete e o dono dos quais Jesus está falando. O banquete é o universal do Reino e o dono é Deus.

Na vida, quer dizer Jesus, escolhe o último lugar, procura contentar os demais mais que a ti mesmo; sê modesto na hora de avaliar seus méritos, deixa que sejam os demais quem os reconheçam e não tu («ninguém é bom juiz em causa própria»), e já desde esta vida Deus te exaltará. Ele te exaltará com sua graça, te fará subir na hierarquia de seus amigos e dos verdadeiros discípulos de seu Filho, que é o que realmente importa.

Ele te exaltará também na estima dos demais. É um fato surpreendente, mas verdadeiro. Não só Deus «se inclina ante o humilde e rejeita o soberbo» (cf. Salmo 107, 6); também o homem faz o mesmo, independentemente do fato de ser crente ou não. A modéstia, quando é sincera, não artificial, conquista, faz que a pessoa seja amada, que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja desejada.

Vivemos em uma sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem evangélica sobre a humildade. Correr para ocupar os primeiros lugares, talvez pisoteando, sem escrúpulos, a cabeça dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas por todos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade e hospitalidade.

Pai, faz-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por ti.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Homilia Diária - 30.10.2020

JESUS EM BETÂNIA Lc 14,1-6


HOMILIA


O sétimo dia abençoado e consagrado por Deus, ao mesmo tempo que encerra toda a obra da criação, está em ligação imediata com a obra do sexto dia, quando Deus fez o homem “à sua imagem e semelhança” (cf. Gn 1,26). Esta relação mais direta entre o “dia de Deus” e o “dia do homem” não pode passar despercebida à nós cristãos.


A este propósito, S. Ambrósio diz: “Demos, pois, graças ao Senhor nosso Deus, que fez uma obra onde Ele pudesse encontrar descanso. Fez o céu, mas não leio que aí tenha repousado; fez as estrelas, a lua, o sol, e nem aqui leio que tenha descansado neles. Mas, ao contrário, leio que Ele fez o homem e que então repousou, tendo nele alguém a quem podia perdoar os pecados”.


Assim, o “dia de Deus” estará sempre diretamente relacionado com o “dia do homem”. Quando o mandamento de Deus diz: “Recorda-te do dia de sábado, para o santificares” (Ex 20,8), a pausa prescrita para honrar o dia a Ele dedicado não constitui de modo algum uma imposição grave para o homem, mas antes uma ajuda, para que se conscientize da sua dependência vital e libertadora do Criador e, simultaneamente, da vocação para colaborar na sua obra e acolher a sua graça. Deste modo, honrando o “repouso” de Deus, o homem encontra-se plenamente a si próprio, e assim o dia do Senhor fica profundamente marcado pela bênção divina (cf. Gn 2,3) e, graças a ela, dir-se-ia dotado, como acontece com os animais e com os homens (cf. Gn 1,22.28), de uma espécie de “fecundidade”. Esta exprime-se, não só no constante acompanhamento do ritmo do tempo, mas sobretudo no reanimar e, de certo modo, “multiplicar” o próprio tempo, aumentando no homem, com a lembrança do Deus vivo, a alegria de viver e o desejo de promover e dar a vida.


Jesus nos ensina a também sermos coerentes nas nossas ações e a não deixarmos para fazer depois o bem que podemos fazer hoje. Quantas vezes nós deixamos de realizar alguma boa obra porque o dia não nos é conveniente ou porque as regras do mundo não nos permitem fazê-lo! Quanto medo nós temos hoje de ajudar a alguém porque podemos estar caindo em alguma emboscada! Nem sequer paramos para escutar as pessoas, quando estamos na Igreja, ou muito ocupados(as) na nossa oração! Mesmo já tendo descoberto o reino de Deus e de querermos servir ao Senhor, nós ainda damos muito crédito às normas dos homens e aos comentários das pessoas que observam as nossas ações. Jesus não escolhia dia, hora e nem lugar para envolver-se com aqueles que Dele se aproximavam, pelo contrário: Ele até os procurava com o olhar e mesmo sem que o pedissem Ele os tocava e curava, ainda que fosse em “dia de sábado”. O dia de sábado pode significar também algo que o mundo recrimina e proíbe.


E você tem medo de ajudar as pessoas para não envolver-se em alguma trama? Qual será o dia ideal para se fazer o bem? Você tem medo de comentários maldosos quando você faz o bem “em dia de sábado”?


Pai, predispõe-me a manifestar meu amor a quem precisa de mim, sem inventar justificativas para me dispensar desta obrigação urgente.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/


Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Homilia Diária - 29.10.2020

 JESUS E A SUA MISSÃO Lc 13,31-35


HOMILIA

Caminhando para Jerusalém, Jesus atravessava cidades e povoados e firmemente caminhava para o desfecho final. Por outro lado estão os fariseus que, na sua ignorância, preveniam-no de que Herodes procurava matá-lo. Porém, Jesus continuava firme no seu propósito de fazer a vontade do Pai e não estava preocupado com o que Herodes poderia fazer com Ele. Por isso, afirmava que continuaria operando milagres até que seus dias chegassem ao fim. Ele caminhava para a morte e tinha consciência do que iria ter que enfrentar. Ele sabia muito bem o que o esperava em Jerusalém, mas era para lá que Ele deveria caminhar. Jerusalém, a cidade santa, seria o palco dos acontecimentos. Era lá que estava erguido o templo e, ao mesmo tempo, seria lá que Jesus morreria e, depois de três dias, ressuscitaria.


Jerusalém é, também hoje, o nosso destino. É para a Jerusalém celeste que nós caminhamos. Jesus Cristo abriu o caminho para nós, não precisaremos ser flagelados nem crucificados porque Ele mesmo já o foi por nós, entretanto haveremos de caminhar com coragem para atravessarmos os vales sombrios da nossa vida.


Colocando na nossa vida prática nós podemos tirar como mensagem o exemplo da determinação de Jesus diante da missão a que Ele se propunha. Não temeu os homens, mas permaneceu fiel ao Pai. Ele, como homem, tinha inteira liberdade para dar justificativas de afastar-se de Jerusalém porque o rei  queria matá-lo. No entanto, o seu ideal de vida era justamente “beber o cálice” que lhe estava destinado. E, assim, permaneceu fiel aos seus propósitos. Jesus chorou diante das muralhas de Jerusalém lamentando sua rebeldia e obstinação em não aceitá-lo como Salvador. Chorou por aqueles que não o acolheram e previu para eles um tempo de abandono e dispersão. Nós podemos também colocar-nos no lugar de Jerusalém, isto é, do povo que não aceita a salvação de Jesus e não aproveita o tempo em que é visitado. Muitas vezes rejeitamos a Deus, não caminhamos segundo sua Palavra, não seguimos os seus ensinamentos e perdemos o precioso tempo que estamos vivendo aqui na terra. Jesus também chora diante de nós e lamenta a nossa ignorância, mas, mesmo assim, torce e espera que nós, no devido tempo, possamos ainda dizer de coração: “Bendito aquele que veio em nome do Senhor”. Hoje, também, todos aqueles que não acolhem Jesus como Salvador e Senhor, vivem abandonados, sem templo, à espera daquele que ainda virá.


Como você tem agido diante das dificuldades do dia-a-dia? Você tem desistido de assumir a salvação em vista das dificuldades? Você tem coragem de enfrentar os “seus inimigos” como Jesus os enfrentou? Você tem medo de se entregar pela causa do Evangelho? Você é uma pessoa que caminha firme para a santidade mesmo sabendo que dificuldades o(a) esperam? Você foge da realidade quando percebe algum indício de sofrimento? Lembre-se: como vimos, a atividade de Jesus provoca temor e reação das autoridades. Todavia, Jesus não as teme, e continua a realizar a missão que liberta as pessoas e que ao mesmo tempo vai levá-lo à morte. Assim como Ele fez, também devem fazer os seus discípulos e missionários.


Pai, predispõe-me pela força do teu Espírito a acolher a salvação que teu Filho Jesus me oferece, fazendo-me digno deste dom supremo de tua bondade.


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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Homilia Diária - 28.10.2020

 A ORAÇÃO E ELEIÇÃO DOS DOZE APÓSTOLOS Lc 6,12-19


HOMILIA

Jesus nunca subestimou a sua missão. Ele sabia da grande responsabilidade que era escolher, dentre muitos, os doze apóstolos que seriam os continuadores da sua obra aqui na Terra. Portanto, Ele subiu à montanha para em oração ao Pai fazer o discernimento. Quando desceu Ele estava seguro de que os seus escolhidos eram aqueles à quem o Pai havia destinado para pôr em prática o seu projeto salvífico. Até Judas teve o seu papel específico no plano de salvação de Deus Pai. Muitas vezes nós também rezamos, fazemos o discernimento e no primeiro sinal de que algo não vai muito bem, nós começamos a duvidar da nossa oração e do direcionamento do Senhor. Fica para nós o exemplo: Jesus ainda não sabia que entre os escolhidos havia um traidor, mas nunca duvidou de que fez a escolha certa segundo a vontade do Pai.


Para muitas coisas na vida nós nos preparamos, nós nos aprimoramos, nós nos adestramos. Porém, nas tomadas de decisões nós nos confundimos e não temos o mesmo cuidado. Agimos por impulso, por sentimento, por preferências pessoais. Jesus veio ao mundo não apenas para nos salvar da morte eterna. Ele veio nos ensinar a viver a vida em harmonia com o pensamento de Deus e, assim, descobrir o que é ou não agradável ao Pai a fim cumprir no mundo a missão que nos é proposta.


Ele nos instrui sobre o que fazer antes de tomar qualquer decisão, de resolver qualquer problema, de escolher, de fazer opções, enfim, antes de enfrentar as multidões. “…foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus,” a fim de escolher os doze apóstolos a quem Ele entregaria a sua Igreja. Ao amanhecer Ele já sabia o que fazer: entre muitos Ele escolheu somente doze. Unicamente depois de escutar o Pai foi que Jesus tomou a iniciativa de reunir os seus discípulos e fazer a escolha conforme o Pai lhe havia segredado. Será que Jesus escolheu os melhores, os mais preparados, os mais capazes, os mais obedientes? Dentre os doze, haviam traidores, descrentes, pretensiosos, nenhum deles era exemplo de santidade. Porém, Jesus tinha a convicção de que aqueles lá eram os eleitos do Pai e por isso não relutou em chamá-los.


Muitas vezes nós também nos prostramos aos pés do Pai e pedimos orientação para a nossa caminhada. Falta-nos, no entanto, a paciência para esperar o fruto das escolhas que fazemos sob a orientação do Espírito. No primeiro contratempo nós já estamos nos decepcionando e nos frustrando, achando que fizemos as escolhas erradas e culpamos a Deus pelos acontecimentos. Jesus sabia que na sua Missão Ele teria que enfrentar dificuldades também com os seus escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Precisamos também nós, estarmos firmes e convictos em tudo quanto nos for revelado pelo Pai, em oração.


A sua Palavra é a garantia para confirmar o que Ele nos confidenciar durante a oração. Não tenhamos medo de confiar na força do Espírito Santo quando precisarmos de orientação. Jesus é o nosso modelo, o nosso Mestre e com Ele nós aprendemos a viver, sem temor, o que Deus nos mandar fazer.


Quando nós também subirmos à montanha para orar estejamos certos de que lá o Senhor nos dará a orientação segura para que possamos descer e enfrentar a multidão e até os traidores com serenidade e segurança. O que você faz quando tem que tomar uma decisão importante: pede o conselho dos homens ou o conselho de Deus? Você se reúne com alguém em oração para fazer suas opções de vida? Você pede ajuda a pessoas que têm intimidade com Deus? Você costuma orar pedindo discernimento para suas ações? Quando você reza e as coisas não acontecem de acordo com o que você esperava, qual é a sua reação? Você confia que o Senhor sempre dá o direcionamento seguro mesmo que haja algum contratempo em algum momento? Peça ao Senhor a graça da perseverança na oração.


O seu irmão, em Cristo Jesus, envia-lhe a benção do alto.


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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Homilia Diária - 27.10.2020

A SEMENTE DE MOSTARDA E O FERMENTO Lc 13,18-21


HOMILIA

Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo então eles tinham mais dificuldade de entender, e às vezes se confundiam.


Hoje, Ele se desafia. Com que poderei comparar o Reino dos Céus? Primeiro Ele compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme… E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar aonde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados… e mesmo quando vem o lenhador e corta o seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.


A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com 3 porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto… Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa. E eu fico imaginando aquelas mulheres, quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão. A farinha é o nosso ser, e o fermento é o Amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual. Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual, sem áreas deformadas pela falta do fermento.


Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus, e desejar, com todas as forças, fazer parte dele.


Senhor, faça com que eu seja instrumento de seu Reino para que ele chegue à todas as pessoas, sem exceção, mormente aos pobres e marginalizados.


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domingo, 25 de outubro de 2020

Homilia Diária - 26.10.2020

 JESUS CURA A MULHER ENCURVADA Lc 13,10-17


HOMILIA

O Evangelho de Lucas traz uma mensagem universal, global, anunciando Jesus como o Salvador do mundo; mas faz isso usando de uma linguagem e estilo literário regionais.


As parábolas de Jesus são organizadas no Evangelho de Lucas de forma a comporem um todo doutrinário, que pode melhor ser compreendido a partir do entendimento da cultura da época.


Entre os Evangelhos, o livro de Lucas é o único que possui a narrativa da cura da mulher encurvada. Jesus estava mais uma vez ministrando na sinagoga e entre a multidão estava uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; ela andava encurvada sem de modo algum poder endireitar-se. Vivia debaixo de um governo maligno. Sua enfermidade era espiritual e refletia no físico. Suas vértebras se fundiram e era impossível consertar. Hoje temos obras científicas comprovadas de que as doenças do espírito provocam descargas muito fortes na estrutura física do homem provocando todo tipo de enfermidades. Quem sabe na vida daquela mulher a falta de perdão, ressentimentos, raízes profundas de amargura, foram as brechas para o inimigo trabalhar e lançar a enfermidade. Não sabemos, pois a Palavra não nos afirma assim, mas podemos conjecturar.


Durante dezoito anos aquela mulher encurvada estava todas as semanas no templo, ouvindo as pregações, louvando, ofertando e sacrificando, mas sem nenhuma solução para o seu problema. Hoje temos muitos vivendo como essa mulher: vida pessimista, encurvada, oprimida por cargas e fracassos durante anos.


O versículo 12 nos diz que Jesus viu aquela mulher. As mulheres na sinagoga ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam junto com os homens, havia uma cortina que separava, mas Jesus a viu, chamou-a e liberou uma Palavra de Autoridade contra o espírito de enfermidade que a atormentava, e logo em seguida tocou-a e ela se endireitou e glorificava a Deus. O Mestre a contemplou nos últimos bancos, na ala das mulheres, sentiu compaixão pela dor daquela mulher, parou tudo, e chamou-a para frente, a ala dos homens, quebrando totalmente o protocolo da tradição e diante de todos libertou-a de todo o tormento.


Em seguida os religiosos se levantaram contra a vitória daquela mulher, pois não aceitaram a cura em dia de sábado. Nunca haviam feito nada por ela em todo o decorrer dos anos, mas quando alguém fez levantaram-se contra. Jesus defendeu-a! A vida é muito mais importante do que as tradições e ritos. Quem sabe muitos tem se levantado contra a tua vitória, mas creia que Jesus no momento certo te defenderá diante de tudo e todos, tu serás justificado pelo Bom Mestre.


No versículo 6 Jesus afirma que aquela mulher estava cativa e era “Filha de Abraão”, ou seja, era israelita, filha da promessa, mas Satanás a havia escravizado.


Não é apenas Satanás que faz as pessoas se curvarem. O pecado (Salmo 38:6), a tristeza (Salmo 42:5), o sofrimento (Salmo 44,25) entre outros, também podem ter esse efeito. Jesus é o único capaz de libertar o cativo!


Ao final da história, no último versículo, haviam duas classes de pessoas: os envergonhados e os que se alegravam com a vitória daquela mulher.


Talvez você em alguma área da sua vida esteja encurvado. Você não consegue andar corretamente. Aquela mulher não levantava a cabeça, só olhava para o chão. Ninguém conseguia ver sua face, andava escondida, cheia de complexos. Mas quando Jesus chega, Ele muda tudo. Quando Jesus chega o inferno tem que se render diante do Seu grande Poder. Quando Jesus chega os inimigos tem que recuar e saírem envergonhados.


Meu irmão, minha irmã, este é o seu dia. Este é o seu momento!


Levante-se, erga a cabeça e tome posse do milagre! Jesus está lhe dizendo: “Você está curada. Vai em paz.”


Amém.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

sábado, 24 de outubro de 2020

Homilia Diária - 25.10.2020

 DE QUE MODO AMAS A DEUS? Mt 22, 34-40


HOMILIA

Rezando e lendo o Evangelho, indo à Missa aos Domingos e Dias Santos de Guarda, pensando nas três pessoas da Santíssima Trindade, ouvindo e divulgando a sua Palavra, acreditando em Jesus. De que modo nós amamos as pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia na família, na escola e que são próximas a nós? Respeitando, evitando uma briga, não roubando, não prejudicando, sorrindo, cumprimentando, perdoando, tolerando, ajudando, demonstrando interesse, compreendendo, falando bem, mostrando seus erros, corrigindo, não sendo falso, mas amigo de verdade, não fazendo fofoca, não estragando as coisas dos outros, não fazendo bagunça durante às aulas, não tendo inveja e não desejando o mal a ninguém, não fazendo brincadeiras de mal gosto, obedecendo os professores e os pais, tendo pena e ajudando: os cegos, mendigos, paralíticos e outros deficientes, etc. Sendo honesto, dando esmola a um pobre, não mentindo, não sendo fingido, não caluniando, não guardando rancor, não tendo ódio, não sendo preguiçoso, não divulgando os defeitos dos outros, não ofendendo, não fazendo gozação, enfim, procurando acertar mais e errar menos, querendo para os outros exatamente o que desejamos para nós.


Cristão é aquele que vive o amor de Cristo e trabalha para construir um mundo melhor, combatendo as coisas erradas, por exemplo. O cristão cresce, ou se valoriza como pessoa, quando ele se preocupa com o verdadeiro desenvolvimento dos outros. Quando procura viver como irmão. E é esse amor fraterno que dá sentido a nossa vida e à vida das outras pessoas. Mas será que vivemos sempre esse amor fraterno? Será que no nosso dia-a-dia na família, na escola, no trabalho, nós nos esforçamos realmente para que este mundo seja melhor? Recebemos de Deus a tendência natural para fazermos o que Ele nos manda, de maneira que não podemos insurgir-nos, como se Ele nos pedisse uma coisa extraordinária, nem orgulhar-nos, como se déssemos mais do que aquilo que nos é dado. Ao recebermos de Deus o mandamento do amor, possuímos imediatamente, desde a nossa origem, a faculdade natural de amar. Não foi a partir do exterior que fomos por ela formados; e isto é evidente, porque procuramos naturalmente aquilo que é belo; sem que no-lo ensinem, amamos aqueles que nos são aparentados, pelos laços do sangue ou de uma qualquer aliança; enfim, de boa vontade damos provas de benevolência aos nossos benfeitores. Ora, haverá coisa mais admirável do que a beleza de Deus? Haverá desejo mais ardente do que a sede provocada por Deus na alma purificada, que exclama com emoção sincera: «Desfaleço de amor» (Cant 2, 5)? Esta bondade é invisível aos olhos do corpo, só podendo ser captada pela alma e pela inteligência. Sempre que iluminou os santos, deixou neles o aguilhão de um grande desejo, a ponto de eles exclamarem: «Ai de mim, que vivo no exílio» (Sl 119, 5), «Quando poderei eu chegar, para contemplar a face de Deus?» (Sl 41,3), «Desejo partir para estar com Cristo» (Fil 1, 23) e «A minha alma tem sede do Senhor, do Deus vivo» (Sl 41, 3). É assim que os homens aspiram naturalmente ao belo. Mas aquilo que é bom é também supremamente amável; ora, Deus é bom; portanto, se todas as coisas procuram o que é bom, todas as coisas procuram a Deus. Se o afeto dos filhos pelos pais é um sentimento natural, que se manifesta no instinto dos animais e na disposição dos homens para amarem as mães desde tenra idade, não sejamos menos inteligentes do que as crianças, nem mais estúpidos do que os animais: não nos apresentemos diante de Deus que nos criou como estrangeiros sem amor. Mesmo que não tivéssemos compreendido, pela Sua bondade, Quem Ele é, devíamos ainda assim, apenas pelo fato de termos sido criados por Ele, amá-Lo acima de tudo, e permanecer ligados à memória do que Ele é, como as crianças permanecem ligadas à memória de sua mãe pelo amor que essa lhe dedicou.


Só o amor de uma mãe pode tornar agradável a Deus a ação do homem: “Compreendo tão bem, que somente o amor pode nos tornar agradáveis ao Senhor, que isso constitui minha única ambição. O amor “é tudo.” O homem poderia fazer coisas grandiosas, mas sem o amor, permaneceriam vazias, completamente desvitalizadas como um corpo sem alma. Seu valor não depende da grandiosidade, mas do amor com o qual foram idealizadas e realizadas. O amor é o único elemento que pode plasmar e dar finalidade dignamente a todo o agir humano. “Com amor, não caminho apenas, ponho-me a voar.” Você já compreendeu que só o amor que você viver será agradável a Deus? Como você tem vivido o amor com o próximo? Você sabia que ser santo é amar? De que modo amas a Deus?


Pai, grava no meu coração o mandamento do amor a Ti e ao meu semelhante, de modo que toda a minha ação encontre seu sentido nesta dupla fidelidade.


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Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Homilia Diária - 24.10.2020

O ARREPENDIMENTO Lc 13,1-9


HOMILIA

Esses dois episódios, como sinais dos tempos, dizem que a morte pode vir de improviso. Assim também o juízo de Deus pode chegar quando menos esperarmos. Por isso, precisamos e devemos nos arrepender de todos os nossos pecados.


Jesus deixa claro que não necessariamente há uma relação direta de causalidade entre culpa e sofrimento. Mas as desgraças públicas são, como sinais dos tempos, oportunidade para reflexão e penitência dos pecados. Jesus adverte que toda nação caminha para a ruína se não se converter ao Messias. Todos necessitamos de conversão contínua porque todos erramos. O mistério do sofrimento sem espírito de fé esmaga o homem.


Primeiro, arrepender-se é desviar do pecado, mudando de direção em relação à iniquidade.


O arrependimento é mais do que um aprimoramento pessoal, é mais do que uma maneira de se controlar a vida. É uma medida profunda, uma decisão de abandonar tudo o que é estranho a Deus. Essa medida contribui para uma transformação total, a que Jesus chama novo nascimento (João 3:3).


Arrepender-se não é simplesmente sentir remorso do pecado cometido. Uma pessoa pode sentir remorso de ter pecado devido às complicações que o pecado trouxe à sua vida, ou devido a uma consequência desvantajosa que tenha de sofrer pelo ato pecaminoso. Judas sentiu remorso por ter traído Jesus, mas não se arrependeu (Mateus 27:3). Pedro, que negou Cristo (Mateus 26:34,69–75), arrependeu-se; Judas sentiu apenas remorso. É possível sentir-se perturbado pelo fato de ter pecado, sem, contudo, arrepender-se.


O arrependimento não é simplesmente uma convicção do pecado. No dia de Pentecostes, Pedro expôs o pecado dos judeus que o ouviam. As palavras do apóstolo levaram convicção ao coração deles, a ponto de clamarem: “Que faremos?” (Atos 2:37). Pedro, porém, não considerou essa convicção como arrependimento; pois ao responder à indagação deles, disse: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).


O arrependimento não é simplesmente uma tristeza divina. A tristeza divina por causa dos pecados precede e produz o arrependimento, segundo o apóstolo Paulo: Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza segundo o mundo produz morte (2 Coríntios 7:10).


O arrependimento não deve ser tampouco definido como uma mudança de vida. Ele produz, sim, uma mudança de vida. Se o arrependimento não resultar numa vida transformada, então não houve de fato arrependimento genuíno; mas a mudança de vida não é o arrependimento propriamente dito. João Batista advertia o povo que o seguia: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mateus 3:8). O arrependimento real precede os frutos de arrependimento, a saber uma vida mudada.


Arrependimento tem a ver com mudança resoluta da vontade própria em relação ao pecado. Envolve o intelecto, as emoções e a consciência. Essa mudança de atitude em relação ao pecado torna-se tão nítida na personalidade humana, que capacita o crente a desistir de um modo de vida. No batismo, uma pessoa é imersa para morrer espiritualmente para o pecado, crucificando seu velho eu, de modo que o corpo do pecado seja destruído (Romanos 6:6).


Em segundo lugar, arrepender-se é voltar-se para Cristo. Não é apenas uma reação negativa ao mal; é também uma resposta positiva a Cristo.


O arrependimento consiste em abandonar o pecado e voltar-se para Cristo para ter vida. Jesus não convidou ninguém para tirar férias religiosas, ou dar uma breve trégua na iniquidade.


Ele pediu comprometimento total, descrito como um nascimento da água e do Espírito, um nascimento do alto (João 3:5). Essa transformação é tão radical e duradoura que Paulo a comparou com uma circuncisão espiritual, uma remoção completa do corpo da carne por obra de Deus: Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo (Colossenses 2:11).


O arrependimento envolve um compromisso constante. Ao respondermos a Deus, devemos fazer morrer as obras do corpo. Daí para frente, uma tarefa que temos como cristãos é não deixar virem à tona essas obras.


Paulo disse: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e avareza, que é idolatria” (Colossenses 3:5).


É preciso viver no mundo sem ser dele, e nele viver conforme o Espírito de Deus. O juízo de Deus sobre nós pode dar-se quando menos esperamos e por isso devemos viver de tal modo que não sejamos surpreendidos. O cristão está em contínua vigilância pela caridade e pela prática da misericórdia.


Pai, que a minha vida seja uma contínua busca de comunhão contigo, por meio de um arrependimento sincero e de minha conversão urgente para ti.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Homilia Diária - 23.10.2020

O SINAL POR EXCELÊNCIA É JESUS Lc 12,54-59


HOMILIA

Jesus lamenta que os seus ouvintes sejam capazes de interpretar os sinais do tempo e não captem os sinais dos tempos que representam a chegada do Reino de Deus entre eles. Não descobrem nele e nos seus sinais a importância do momento em que vivem.


Portanto, Jesus repreende os seus contemporâneos, que sabem distinguir os sinais meteorológicos, mas não o sinal que Ele mesmo é: o Filho Unigênito enviado pelo Pai para salvação de todos. Compreender o tempo  em que vivemos é compreender as intenções de Deus que, em todo o tempo, sobretudo pelo mistério da Igreja e dos sacramentos, torna atual o mistério de Jesus com toda a sua eficácia salvífica.


Saber fazer previsões do tempo, analisando os dados da meteorologia, implica uma atenção interessada. Se não estivermos realmente interessados e atentos para nos darmos conta da importância do tempo como tempo para exercer a justiça e a caridade, corremos sério risco. Há que reconciliar-se radicalmente com aqueles com que estamos em conflito. Caso contrário, podemos cair no redemoinho do não-perdão, donde não sairemos sem danos. É como se Jesus apontasse o sinal do tempo por excelência, que é Ele mesmo, como sinal de salvação, mas só para quem se compromete a viver como reconciliado, isto é, na paz, na justiça e na bondade.


É na história que podemos compreender as intenções de Deus, e não fora dela. Daí a atenção que devemos dar aos sinais dos tempos. Deus atua dentro do tempo. É também no tempo que responde às nossas interrogações. Quantas vezes Lhe fazemos perguntas na oração, e encontramos as respostas na vida.


É, pois, no tempo que havemos de ler os sinais de salvação e de perdição. O sinal de salvação por excelência é sempre Cristo, com o seu mistério pascal. Ele salva-nos à medida que, lendo os sinais dos tempos e confrontando-os com a Palavra, deixamos que ela mesma, a Palavra, produza frutos em nós e no nosso tempo. Pondo em prática a Palavra, permitimos a Deus fazer muito mais do que podemos esperar.


Um dos sinais do nosso tempo é a chamada globalização, em que passamos de um mundo dividido e fragmentado, àquilo a que M. McLuhan chamou de a «aldeia global». Os meios de comunicação, que podem ser instrumentos de divisão e guerra, também podem e devem tornar-se instrumentos de união e de paz. Para isso, todos os homens de boa vontade, e particularmente nós, os crentes, havemos de superar a tentação do individualismo, que fragmenta, e dar espaço à unificação da nossa pessoa, e à união entre os homens. Como crentes, temos a certeza de que Cristo habita no nosso coração e que, fundados e radicados na sua caridade, podemos ser repletos da plenitude de Deus, e alcançar a unificação do coração e de todas as nossas faculdades e forças, a unificação da nossa pessoa. S. Paulo indica-nos os meios para isso: a humildade, a mansidão, a paciência, e o suportar amoroso de nossas índoles.


A chave que temos ao alcance da mão, para contribuirmos para a unidade entre os homens, é procurar tudo o que une e deixar de parte tudo o que divide como dizia e fazia João XXIII. Com essa chave chegaremos à unificação pessoal, comunitária, eclesial, social e… planetária. Vivendo e realizando esse projeto, o nosso tempo, que está sob o signo de Jesus, tornar-se-á um tempo de claridade, iluminado pela luz da salvação. E, com Cristo e como Cristo, tornar-nos-emos instrumentos de unidade e de paz. A exemplo do Fundador, sintonizando com os sinais dos tempos e em comunhão com a vida da Igreja, queremos contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo; queremos participar na construção da cidade terrena e na edificação do Corpo de Cristo empenhando-nos sem reserva, no advento da nova humanidade.


Muitas vezes nós, como os conterrâneos de Jesus, temos um coração duro. Não sabemos olhar em profundidade e não descobrimos, ou não queremos descobrir, o sentido dos acontecimentos; inclusive, olhamos para o outro lado se o que vemos nos compromete.


Pai, corrige a negligência que me impede de entregar-me inteiramente à ti, sem demora. Torna-me hábil para as coisas do teu Reino! Cura a minha cegueira, Senhor, e dá-me a luz do teu Espírito para ver a profundidade das pessoas.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Homilia Diária - 22.10.2020

DIVISÃO POR CAUSA DE JESUS Lc 12,49-53


HOMILIA

Neste evangelho, Jesus mais uma vez nos mostra o seu amor, convidando-nos a conhecer sua missão em meio às alegrias e dificuldades. Jesus veio nos trazer o Espírito Santo, o Espírito de amor, o Consolador, Aquele que nos ensina todas as coisas.


Jesus nos deixa o exemplo: Ele que é o Rei se fez pequeno quando pediu a João Batista para o batizar, batismo esse que nos dá força em meio ao combate espiritual, onde a carne e o espírito conseguem vivenciar dentro de uma fraternidade de amor e paz. Após o batismo, somos chamados a vivenciar os frutos do Ressuscitado para que possamos ter uma vida plena e cheia do Espírito Santo.


Jesus era consciente de que um efeito (ainda que não desejado) do seu trabalho ia ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam donos da verdade. O fogo da Palavra de Deus não era para funcionários lúgubres saturados de doutrinas e sedentos de poder.


Mas o fogo de Jesus não é o fogo das paixões políticas. É o fogo do Espírito que tem que ser aprovado na entrega total, no batismo da doação pessoal. É um fogo que prende aí onde se abandonaram os interesses pessoais e se busca um mundo de irmãos.


A paz de Jesus é um fogo purificador que não se confunde com a “Pax Romana”, aquela paz que Roma (e qualquer império) se esforça por proclamar. Esta é só uma tranquilidade institucional que garante a vantagem dos opressores sobre os oprimidos, do império sobre os subalternos, da injustiça sobre o direito.


O fogo purificador de Jesus faz amadurecer os mensageiros, os discípulos, os profetas, os apóstolos. O destino deles, como o do mestre, é sair ao encontro da obscuridade com um clarão que põe às claras tudo o que a ordem atual esconde. O fogo põe as claras também as deficiências pessoais, as ambições subterrâneas, os desejos reprimidos. O fogo que se prova com a entrega total ao serviço do evangelho.


Devemos observar que o Senhor Jesus Cristo não está atacando o relacionamento familiar, mas indica que nenhum laço terreno, embora muito íntimo, poderá diminuir a lealdade a Ele.


Essa lealdade pode até mesmo causar em determinados membros de uma familia que eles sejam afastados ou ignorados pelos outros por terem escolhido seguir a Cristo Jesus.


Podemos resumir que o Senhor Jesus Cristo se refere a espada por ser um instrumento cortante e que na qual a sua vinda causará separação em muitas pessoas, não porque Ele quer, mas pela opção de cada um em seguí-lo como Senhor e salvador.


Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/


terça-feira, 20 de outubro de 2020

Homilia Diária - 21.10.2020

 VÓS TAMBÉM FICAI ATENTOS Lc 12,39-48


HOMILIA

Estas duas parábolas, a da chegada inesperada do ladrão e a do comportamento do servo que aguarda a chegada do senhor, continuam o tema escatológico da Parusia. Esperando continuamente a chegada imprevisível do Senhor que serve, a comunidade cristã permanece atenta, concretizando a busca do Reino através da prontidão para o serviço fraterno. Os vv. 41-46 mostram que isso vale ainda mais para os dirigentes da comunidade, que receberam de Jesus o encargo de servir, provendo às necessidades da comunidade. A responsabilidade é ainda maior, quando se sabe o que deve ser feito.

Vós também, ficai preparados, pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem. O tema de hoje é a vigilância, eu e você precisamos estar preparados. Se você soubesse que hoje é o último dia da sua vida, o que você faria, meu amigo, minha amiga? Quantas respostas não? Talvez diriam: “Eu correria para a Igreja a fim de fazer uma boa confissão”. Outros diriam: “Eu vou correr e perdoar todas as pessoas que me ofenderam; eu iria pedir perdão a todos aqueles que eu ofendi; eu iria repartir o que eu tenho a mais com os pobres”.

O que te impede, meu amigo, minha amiga, de fazer isso hoje, mesmo sabendo que talvez hoje não seja o último dia da sua vida? Fazer assim é estar preparado. Não sabemos nem o dia e nem a hora. Eu preciso viver como se este dia, como se esta hora fossem os últimos na minha vida. Se eu viver assim o dia de hoje, tenho certeza que estarei preparado, porque se o Senhor vier no dia de hoje, não vai haver desespero para mim e nem para você. Por quê? Porque estou vivendo este dia como o último, esta hora como a última. E o que faria no último dia da tua vida? Certamente farias o melhor dia da tua vida, irias amar a todos, perdoar a todos, servir a todos. O que te impede de viver assim o dia de hoje, eu lhe pergunto? Então viva assim, buscando fazer o bem, buscando amar a todos, buscando perdoar a todos, lutar pela verdade, lutar pela justiça, cuidar de quem sofre, amar os mais pobres, socorrer os necessitados, consolar os aflitos. É assim que o Senhor quer te encontrar e me encontrar na sua segunda vinda.

Agora, seria muito triste eu não zelar, não administrar bem o que o Senhor me confiou, os talentos: a quem muito foi dado, muito será colhido, a quem muito foi confiado, dele muito será exigido. É verdade. Deus me confiou muitas coisas, Deus me deu muitos dons, Deus me confiou uma obra, Deus me confiou muito. Então, eu tenho que ser fiel àquilo que Deus me confiou, eu tenho que administrar bem aquilo que Deus me confiou, mesmo sabendo de minhas fraquezas e pecados, Deus me confiou.

Deus te confiou uma família, Deus te confiou um trabalho, Deus te confiou tantas coisas. Deus te confiou uma comunidade, Deus te confiou filhos, Deus te confiou pais, Deus te confiou o que está à tua volta para que você cuidasse com toda fidelidade e pudesse estar vigilante: hoje o Senhor vai vir! Os primeiros cristãos viviam sempre na iminência da segunda vinda de Cristo. Assim como eles, também nós estejamos vigilantes porque Jesus vai voltar. Ele pode voltar hoje pela manhã, pela tarde, ou durante a noite. Vivamos então, meu amigo e minha amiga, preparados, para que o Senhor possa assim nos encontrar.

Pai, leva-me a tomar consciência de que muito será exigido de mim, pois muito me foi dado. Que minha vida seja compatível com minha condição de discípulo do teu Reino.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Homilia Diária - 20.10.2020

 OS EMPREGADOS ALERTAS Lc 12,35-38


HOMILIA

Na pregação apostólica, um dos principais conteúdos era a proximidade da Parusia, ou seja, da volta iminente de Jesus para o Juízo Final.


Diante da correria diária, trabalho, serviços, estudos e outras atividades que fazem parte de nossas vidas, ficam às vezes impossíveis ou esquecidos nosso momento de intimidade com o Senhor. Intimidade, aqui não queremos que  você entenda somente o ouvir uma música religiosa, fazer leitura bíblica, mas sim, converter à Eucaristia, à Adoração, ao estudo da Palavra, à reza do terço em ações concretas do nosso dia-a-dia. Pois o Senhor nos diz: felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Esse manter-se acordado estende-se ao serviço, seja em casa, na escola, seja na fábrica, no escritório, na sua Paróquia, na comunidade dentro da sua pastoral ou ministério, seja em que lugar for. Temos de servir e trabalhar naquilo para o qual o Senhor nos chamou. Somos discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica. É fundamental que cada um descubra qual é a missão pela qual Deus o chamou. A propósito, você já descobriu o seu lugar na Paróquia, na comunidade? É fundamental que você saiba qual é o seu lugar e função aí para que Deus lhe fale ao coração. O Senhor nos pede que fiquemos com os rins cingidos e as lâmpadas acesas. Como estão os teus rins e os teus olhos espirituais? Como você tem se mantido: em estado de alerta, ou seja, em estado de graça ou relaxado como cristão? Você já tem experimentado a comunhão com Deus pelos sacramentos e a oração? Você se sente feliz por isso? Você tem medo de ser chamado por Jesus?


Lembre-se que a virtude da vigilância é por si mesma, uma atitude escatológica a aguardar constantemente o retorno do Senhor. Os servos vigilantes, a representar os membros da comunidade eclesial, são felizes porque o próprio Senhor, por ocasião de seu advento, fará a função de servo, cingindo-os e colocando-os à mesa.


A vigilância escatológica é a virtude de quem aguarda o fato derradeiro. Por isso, o Filho do Homem que há de vir sobre as nuvens dos céus (Dn 7,13), por ocasião da Parusia, assemelha-se ao ladrão que não avisa a hora do assalto. A vigilância supõe e exige um estado constante de preparação para o juízo escatológico, colocando os fiéis de Cristo em estado permanente de crise, de modo especial, aqueles que têm a missão de anunciar o Reino à semelhança do administrador fiel e prudente. Neste caso, a escatologia possui uma dimensão presente e eclesial, pois o juízo definitivo supõe a avaliação das atividades atuais dos fiéis, mediante as penas impostas pelo Senhor. A provação dos últimos tempos acentua a responsabilidade histórica do cristão, sobremaneira agradecido pelos bens messiânicos: a quem muito se deu e foi confiado, muito será pedido e reclamado.


Por tudo quanto dissemos o importante é não se desviar, não se distrair. É manter-se sempre alerta, acordado, e esperar até o final pela segunda vinda gloriosa do nosso Senhor Jesus Cristo. Feliz és tu se assim estás procedendo! Porque o próprio Senhor passando te servirá, como fez na Última Ceia, com seus Apóstolos.


Pai, somente em ti quero centrar as minhas opções mais profundas, para não permitir que o egoísmo tome conta do meu coração e me afaste de ti.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/