quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Homilia - 16.12.2016

«João era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente»
HOMILIA

Hoje, nós cristãos temos muito que aprender de João Batista. Jesus compara-o com o fogo que queima e dá luz: «João era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente» (Jo 5,35). A sua missão, como a nossa, foi a de preparar o caminho do mestre: aplanar os corações para que só Cristo brilhe, anunciar que a Vida plena é possível, se seguirmos Jesus Cristo com fidelidade. João é a voz que clama no deserto: «Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as suas veredas» (Mt 3,3). O Filho de Deus vem à terra para descansar em nossos corações. – Mas… no meu coração manda a minha liberdade e, Ele pede-me “permissão” para entrar aí: por isso há que “aplanar” o difícil caminho que leva ao coração humano. «Que o nosso pensamento se disponha para a vinda de Cristo com uma preparação não inferior à que faríamos se Ele ainda tivesse que vir ao mundo» (São Carlos Borromeu).

Hoje se nos pede que aprendamos de São João. Não é fácil. A renúncia, o sacrifício, o compromisso, a verdade… não estão na moda atualmente. Quantos só se movem pelo dinheiro, pelos prazeres, pela comodidade, pela mentira…? Há que ter o coração limpo e desalojado das coisas. Se não, aí não podem encontrar espaço nem Jesus nem as outras pessoas.

Mas o Evangelho é caminho de Vida e de felicidade. Só a Verdade nos pode fazer livres, ainda que isto nos traga a perseguição ou a morte. João Batista já o tinha percebido, mas aceita porque esta é a sua missão. O seu batismo era libertador e as suas palavras – convidando à conversão – o caminho para lá chegar.

Jesus encontra o caminho aplanado, preparado, temperado pela penitência do Batista. Suas obras dão testemunho de que Ele é o enviado. Encontra já os corações arrependidos e humilhados graças ao testemunho de João. Para ele, o Mestre não encontra mais que palavras de elogio.

Tomara sejam as mesmas palavras para cada um de nós. Sobretudo, se tivermos sido capazes de apontar o Mestre, apresentando-o e, por sua vez, desaparecendo nós mesmos.
Rev. D. Rafel FELIPE i Freije
(Girona, Espanha)
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