quinta-feira, 11 de junho de 2015

O CORAÇÃO QUE AMA Lc 2,41-51 - 13.06.2015


HOMILIA

Hoje o seu Imaculado Coração é forte sinal para toda a Humanidade. Convite a aceitarmos o amor, a voltarmos ao amor, a dizermos não à tentação e sedução do mundo da violência, da morte, da arrogância e do poder do mal. Maria é voz de boa-nova a anunciar que Cristo está vivo. Ela continua a ser presença da força do mistério pascal de Cristo que vence o pecado e a morte.
Maria de Nazaré, feliz porque acreditou, aparece como referência do autêntico discípulo que acredita e vive todos os acontecimentos, sobretudo os mais dolorosos e difíceis. Ela vive em confiança e doação total. Ele sabe permanecer e sabe estar de pé na firmeza do poder do amor de Cristo morto e ressuscitado.
Na sedução enganosa da construção do mundo à margem do amor de Deus, importa acatar a mensagem do Seu Coração. Como faremos isso? Precisamos aprender a arte de amar como Deus nos amou!
Assim, o Evangelho de Lucas que acabamos de ouvir, convida-nos a ser discípulos do amor. Convida-nos a subir a Jerusalém para tocarmos os sinais do seu amor, a realização das promessas, a verificarmos a certeza da sua ressurreição ao «terceiro dia», e a comunicá-Lo com entusiasmo e alegria.
A Palavra de Deus oferecida para esta celebração leva-nos ao Deus que tem coração, que ama. Ele faz coisas impensáveis para derramar sobre nós o seu amor e a sua misericórdia.
A sua relação conosco e a sua revelação é uma história de amor. Mas é sobretudo em Jesus Cristo seu Filho – no Seu Mistério Pascal – que todo o seu amor jorra abundante e é derramado no coração da humanidade.
Cristo nossa Páscoa é o centro do amor de Deus e da nossa busca, procura, aceitação e compromisso. É a partir daqui que todos nascemos e devemos viver. Devemos viver na e da fé. E esta fé é tanto mais autêntica quanto mais se compromete em mistério pascal: encontro com Cristo ressuscitado. E a partir desse Acontecimento a dar a vida, a fazer-se doação. Há, pois, um chamamento à nossa identificação com a Cruz de Cristo, isto é, quando «tiverem passado os dias festivos», os sinais da festa, do entusiasmo e nos parecer ter perdido tudo ou se transformarem os acontecimentos em dor, tristeza e desilusão.
Falando da arte de amar, quem já não ouviu a expressão: eu te amo? Meu amor, meu bem? Meu querido? Será que tu e eu sabemos ao fundo o significado dassas palavras? Pelo sim ou pelo não, verdade é que todos devemos aprendemos a amar. É sobretudo com os pais e na família, a melhor e mais importante universidade, que aprendemos vários sinônimos e sinais do amor.
A Palavra de Deus convida-nos à arte de amar: «Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no Senhor». O salmo traduz a pessoa enamorada que canta a beleza da bondade e misericórdia de Deus, das maravilhas que opera. Maria, no Evangelho, aparece como a mais bela docilidade amorosa diante do projeto de Deus.
Maria quer ensinar-nos a arte mais importante: a arte de amar. Amar é fácil de dizer, mas difícil de viver. Maria vive-a como ninguém. Ao mostrar o seu Coração Imaculado é, sobretudo, a vida que Ela mostra. Ela quer ensinar-nos que o amor repara os pecados, reanima a esperança, leva à vida, une, constrói, perdoa, santifica, defende os pequeninos e liberta os humilhados.
O Seu Coração Imaculado sofre de maneira incalculável tantos crimes, pecados e ofensas. É preciso travar o mal com o amor incondicional a Deus e por Ele a todos os Homens. O Seu Coração Imaculado é um convite de forma especial a todos os seus filhos para que Deus «brilhe» com mais transparência em todo o seu ser e vida.
Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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