terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A CURA DE JESUS Mt 9,27-31 05.12.2014


HOMILIA

Jesus passou os seus três anos de vida pública pregando o Reino do Pai e operando milagres em benefício daquele povo que sofria muito, por pertencer a uma classe desprivilegiada, muito pobre e excluída.
Um dia, Jesus passava pelas ruas e em determinado local passa por dois cegos, à beira do caminho, que gritam chamando-lhe a atenção. Os cegos acompanham Jesus “que vai saindo de lá”, e vão “gritando”, como são sempre apresentados os cegos nos Evangelhos. O título “Filho de David” designava o Messias e já fora empregado pela Cananéia. Não é plausível que eles soubessem que se tratava do Messias. Mais viável que, desejando um favor, atribuíssem interessadamente, um título que honrava a pessoa: bem David. É mais da psicologia humana, não só daquele tempo, como de hoje: elogiar aquele de quem esperamos um favor.
            Jesus primeiro pergunta se eles acreditam que Ele tenha a força de fazer isso. A resposta é singela: “Sim, Senhor”, “meu senhor”. Em resposta, Jesus lhes diz: “faça-se a vós segundo a vossa crença”, e lhes toca os olhos, recuperando eles imediatamente a visão. Depois adverte-os, que ninguém saiba. Mas bastava olharem para eles, para verificar que haviam recuperado a visão, e eles tornam Jesus conhecido em toda a região.
            Jesus chega até eles e lhes pergunta:- “Que quereis que vos faça?” - “Que enxerguemos, Senhor! Tende piedade de nós!” Jesus coloca os dedos em seus olhos e diz: “Então, que vejam!” E ficaram ambos curados. Saíram gritando e glorificando a Deus pela graça recebida, por toda aquela região. Daí, Jesus, com as Suas pregações e o Seu amor, começa a mudar a vida de muita gente que passa a segui-lo como discípulos; passando da apatia que os dominava, para a certeza em suas esperanças revividas por aquele homem que lhes falava ao coração e lhes trazia a alegria do Senhor. Abriu-lhes os olhos para a realidade das promessas feitas por Deus aos seus antepassados; que começava a ser cumprida ali, em cada encontro. Abriu os olhos a todos que a Ele se achegaram: os olhos do coração, os olhos da decência, os olhos da bondade, os olhos da partilha, os olhos do perdão, da mesma forma que fez aos olhos dos cegos. O povo que O ouvia foi crescendo, crescendo, que mesmo Ele sendo crucificado todos assumiram o seu lugar na Sua vida. E, passado todo aquele tempo da missão de Jesus, todos enxergaram limpidamente, com exceção dos que foram responsáveis por sua morte e, que até hoje esperam o Messias, que já veio, chama-se Jesus e vive no meio de nós, pelo seu Espírito Santo que Ele nos deixou como advogado e defensor. Por isso, todos os dias e a cada Natal, nós, cristãos, fazemos memória e trazemos Jesus à terra, para lhe demonstrarmos que O amamos, na comemoração do Seu nascimento, apesar de sermos fracos, pequenos, mas lutadores e perseverantes para chegarmos até o fim, para recebermos, através da Sua extrema Misericórdia, o lugar no céu, que Ele prometeu a todos que vivessem os Seus ensinamentos.
            Pai, cura-me da cegueira que me impede de reconhecer a presença de tua salvação na minha vida, realizada pela ação misericordiosa de teu Filho Jesus.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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