HOMILIA
A Busca pela Verdade e a Coragem de Questionar
Queridos irmãos e irmãs,
O Evangelho de João, neste trecho que acabamos de ouvir, nos apresenta um cenário carregado de tensão e debate. Nele, vemos uma multidão dividida em suas opiniões sobre Jesus Cristo. Alguns O reconhecem como o Profeta esperado, outros como o próprio Cristo. Contudo, surgem dúvidas e questionamentos sobre a origem de Jesus, desencadeando uma acalorada discussão entre o povo.
Nesse contexto, emerge a figura de Nicodemos, um fariseu que demonstra coragem ao desafiar as autoridades e questionar a justiça do julgamento precipitado. Ele lança uma pergunta que ecoa pela história e ressoa em nossos corações até hoje: "Porventura a nossa lei julga um homem sem primeiro ouvi-lo e conhecer o que ele faz?" (João 7:51).
Essa questão transcende o tempo e continua a nos desafiar. Ela nos confronta com a necessidade de não nos apressarmos em emitir julgamentos, de não permitirmos que preconceitos ou opiniões pré-concebidas obscureçam nossa compreensão da verdade. Como Nicodemos, somos chamados a buscar a justiça, a ouvir atentamente antes de formar nossas opiniões e a reconhecer a presença de Deus mesmo nos lugares menos esperados.
Além disso, esse trecho nos alerta sobre os perigos do orgulho intelectual e do desprezo pelos outros. Quando os fariseus desdenham da Galileia como lugar de surgimento de profetas, revelam uma atitude de superioridade e preconceito que é contrária ao espírito do evangelho. Eles esquecem que Deus não se limita a nenhuma região geográfica ou contexto social; Ele se revela onde quer que haja corações abertos e receptivos.
Portanto, hoje somos convidados a refletir sobre a coragem de Nicodemos em questionar, sobre sua busca pela verdade e sua defesa da justiça. Somos desafiados a seguir seu exemplo, a sermos pessoas que não se contentam com respostas superficiais, mas que buscam profundidade e discernimento em nossas vidas espirituais.
Que possamos, como Nicodemos, ter a coragem de questionar, a humildade de reconhecer nossas próprias limitações e a disposição de buscar incessantemente a verdade que nos liberta. Que possamos abrir nossos corações para a voz do Espírito Santo, que nos guia para a compreensão mais profunda do amor e da justiça de Deus.
Que assim seja. Amém.
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