Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
HOMILIA
Meus queridos Irmãos,
Estamos caminhando neste tempo espiritual de muita paz e presença constante do Senhor Ressuscitado em nosso Meio: “Ele Está no Meio de Nós!”.
Jesus está no meio de nós para “fazer novas todas as coisas”(cf. Ap 21, 5). Novo é uma palavra mágica, que domina a publicidade e os jornais, mas também traduz a esperança que se expressa em numerosas páginas das Sagradas Escrituras. O entendimento do cristianismo é baseado na sucessão da antiga e da nova Aliança, do antigo e do novo Povo de Deus. E, também, na passagem da antiga para a nova vida e na observância de uma nova Lei em vez da antiga observância. Páscoa é o tempo de renovação, de renovação que nos santifica e nos coloca mais próximos de Deus. Assim a liturgia de hoje nos pede e nos coloca diante de um novo céu e uma nova terra, uma nova Jerusalém e uma nova criação. Tudo redimido e recriado pela paixão, morte e ressurreição de Cristo!
Caros irmãos,
A Primeira Leitura(cf. At 14,21-27) nos apresenta a obra de Deus em Paulo e Barnabé. Essa leitura poderia ser considerada como uma conclusão e um relatório da primeira viagem missionária de Paulo. Na viagem de volta, visitam de novo as jovens comunidades e instituem os presbíteros. Estes sucessos desenrolam-se entre os anos 46 e 49. A primeira leitura acentua a ideia de que a missão não foi uma obra puramente humana, mas foi uma obra de Deus. No início da aventura missionária já se havia sugerido que o envio de São Paulo e de São Barnabé não era apenas iniciativa da Igreja de Antioquia, mas uma ação do Espírito (cf. At 13,2-3). Esse mesmo Espírito que acompanhou e guiou os missionários a cada passo da sua viagem. E aqui se repete que o autêntico ator da conversão dos pagãos é Deus e não os homens (cf. vers. 27). A verdadeira novidade no contexto da missão é a instituição de dirigentes ou responsáveis (“anciãos” – em grego, “presbíteros”), que aparecem aqui pela primeira vez fora da Igreja de Jerusalém. Correspondem, provavelmente, aos “conselhos de anciãos” que estavam à frente das comunidades judaicas. Por isso os que têm responsabilidades de direção ou de animação das comunidades devem ficar atentos porque a missão que lhes foi confiada não é um privilégio, mas um serviço que está subordinado à construção da própria comunidade. A comunidade não existe para servir quem preside; quem preside é que existe em função da comunidade e do serviço comunitário.
Estimados Irmãos,
O Evangelho de hoje fala do amor fraterno (cf. Jo 13,31-33a.34-35). Daquele amor que Cristo nos legou junto com a instituição da Eucaristia na cerimônia do Lava-pés.
O Evangelho fala da glorificação de Cristo. Se o Filho do homem age de modo a manifestar a glória de Deus, muito logo também Deus dará sua glória ao Filho. Qual é essa glória? A glória era a melhor coroa dos reis, seja pela riqueza que possuíam, seja pelo poder que exerciam ou ainda pelo brilho do reinado. Quando o Salmista canta o ser humano como rei da criação, coloca-o como um ser um “pouco inferior a Deus, coroado de brilho e esplendor, com poder sobre ovelhas e bois, animais selvagens, aves do céu e peixes do mar”(cf. Sl 8,6-9). Mas já o Antigo Testamento observava que essa glória, baseada na posse, no poder, no prestigio, é relativa e passageira: “Não te exasperes, quando alguém se torna rico, quando cresce a glória de sua casa. Ao morrer, nada levará consigo e sua glória não o acompanhará depois da morte(cf. Sl 49,17-18)”.
Irmãos e Irmãs,
Quando o demônio tentou Jesus no deserto pela terceira vez, ofereceu “todos os reinos do mundo com sua glória(cf. Mt 4,8)”. Isto é, o diabo ofereceu todas as riquezas, poder e prestígio e fama. A resposta de Jesus manifesta claramente que a verdadeira glória está na adoração e no serviço do Senhor(cf. Mt 4, 10). Esse ensinamento volta muitas vezes nas pregações e nos exemplos de Jesus e, sobretudo, em seu próprio exemplo. Por isso, os pobres e os marginalizados podem dar glória a Deus e serem eles mesmos glorificados, ainda que nada tenham a não ser o desprezo da sociedade.
Jesus viveu a sua paixão e morte da forma mais elevada de glorificar a Deus, porque estava cumprindo à risca a vontade do Pai. João deixa claro que toda a paixão é um caminho de glorificação do Pai, por parte de Jesus; e de Jesus, por parte do Pai. Jesus, portanto, glorifica o Pai, salvando a humanidade com sua morte na Cruz, porque era à vontade do Pai. E o Pai glorifica a fidelidade de Jesus, salvando-o da morte, fazendo-o ressurgir e assentar-se à sua direita.
Como Jesus, os discípulos devem trilhar o mesmo caminho de Jesus. A comunidade eclesial, depois da Páscoa, não tem outra glória a buscar senão a de fazer a vontade do Pai, isto é, salvar a humanidade e fazer acontecer entre nós às alegrias eternas. E essa salvação passa necessariamente pela Cruz. Cada discípulo é convidado a dar ao Pai a mesma glória que Jesus lhe deu. Não em palavras e culto apenas. Mas na doação inteira de si mesmo em benefício de outros. O caminho do Calvário não aconteceu uma única vez com uma só vitima. Repete-se em cada discípulo, que se despoja a si mesmo, assumir a condição de servo de todos, viver solidário com todos, exatamente como fez Jesus. Todas as outras glórias são vãs e passageiras.
A proposta cristã resume-se no amor. É o amor que nos distingue, que nos identifica; quem não aceita o amor, não pode ter qualquer pretensão de integrar a comunidade de Jesus. Nos dias de hoje falar de amor pode ser equívoco… A palavra “amor” é, tantas vezes, usada para definir comportamentos egoístas, interesseiros, que usam o outro, que fazem mal, que limitam horizontes, que roubam a liberdade… Mas o amor de que Jesus fala é o amor que acolhe, que se faz serviço, que respeita a dignidade e a liberdade do outro, que não discrimina nem marginaliza, que se faz dom total (até à morte) para que o outro tenha mais vida. O amor de Jesus é a face misericordiosa do Pai.
Caros irmãos,
A Segunda Leitura (cf. Ap 21,1-5a) nos apresenta a nova criação e a nova Jerusalém. A última palavra sobre a História não é a destruição, mas a restauração da pureza inicial. O mundo embriagado pelo poder e pela cobiça é representado por “Babilônia” que foi destruída(cf. Ap. 18,21-14). Mas Deus permanece conosco: Emanuel. É a nova criação, as núpcias de Deus com seu povo. Esta cidade nova, onde encontra guarida o Povo vitorioso dos “santos”, designa a Igreja, vista como comunidade escatológica, transformada e renovada pela ação salvadora e libertadora de Deus na história. Dizer que ela “desce do céu” significa dizer que se trata de uma realidade que vem de Deus e tem origem divina; ela é uma absoluta criação da graça de Deus, dom definitivo de Deus ao seu Povo. Esta nova realidade instaura, consequentemente, uma nova ordem de coisas e exige que tudo o que é velho seja transformado. O mar, símbolo e resíduo do caos primitivo e das potências hostis a Deus, desaparecerá; a velha terra, cenário da conduta pecadora do homem, vai ser transformada e recriada (vers. 1). A partir daí tudo será novo, definitivo, acabado, perfeito.
O testemunho profético de São João nos garante que não estamos destinados ao fracasso, mas sim à vida plena, ao encontro com Deus, à felicidade sem fim. Esta esperança tem de iluminar a nossa caminhada e dar-nos a coragem de enfrentar os dramas e as crises que dia a dia se nos apresentam. A Mãe Igreja de que fazemos parte tem de procurar ser um anúncio dessa comunidade escatológica, uma “noiva” bela e que caminha com amor ao encontro de Deus, o amado. Isto significa que o egoísmo, as divisões, os conflitos, as lutas pelo poder, têm de ser banidos da nossa experiência eclesial: eles são chagas que desfeiam o rosto da Igreja e a impedem de dar testemunho do mundo novo que nos espera.
Irmãos e Irmãs,
O seguimento de Jesus é o seguimento de gratuidade, de generosidade e de amor. O amor tem que ser como Cristo glorificou o Pai, um amor gratuito, que nada pede em troca a não ser a alegria de que o Pai receba essa expressão de amor como glorificação. Não é qualquer gesto caritativo que distingue o cristão nem um amor genérico, que é mais sinônimo de gosto que de entrega.
No amor ensinado por Jesus não há lugar para simpatias e antipatias, que tanto condicionam nossos gestos. A gratuidade é uma virtude rara na sociedade de hoje, tão sensível a pagamentos e recompensas. O amor é generoso e gratuito!
Onde reina o amor, as coisas não ficam como estão. Quem quebra o “status quo”é Deus. É dele que podemos esperar a total novidade. É o que sonha o autor do Apocalipse. No fim da história, ele vê um novo céu e uma nova terra. Não tem mar, moradia do Leviatã. A nova realidade tem uma aparência de uma noiva enfeitada para seu esposo: as núpcias messiânicas. É a moradia de Deus com os homens. É a nova Aliança: eles serão seu povo e ele será seu Deus. É a plenitude do Emanuel, Deus-conosco. É a consolação completa. É tudo o que se pode esperar. É a nova criação.
Quem move a missão é Deus. Missão amorosa. Pelo mandamento novo tudo renova, Cristo e os cristãos gerarão um novo céu e uma nova terra. O desfecho deste movimento deveria acontecer em cada missa: “Ao chegarem, reuniram a Igreja e puseram-se a referir tudo que Deus tinha feito por eles”. Assim devemos também nós recolher as maravilhas de Deus realizadas nos cristãos pela vivência do mandamento novo, apresentando-as como motivo de nossa ação de graças.
Amemos sem amarras, porque Cristo quebrou todas as amarras e retratos falados. Não só amemos com palavras! Coloquemos os mesmos rogos em prática. Amém!
Padre Wagner Augusto Portugal
Fonte Presbiteros
HOMILIA
Meus queridos Irmãos,
Estamos caminhando neste tempo espiritual de muita paz e presença constante do Senhor Ressuscitado em nosso Meio: “Ele Está no Meio de Nós!”.
Jesus está no meio de nós para “fazer novas todas as coisas”(cf. Ap 21, 5). Novo é uma palavra mágica, que domina a publicidade e os jornais, mas também traduz a esperança que se expressa em numerosas páginas das Sagradas Escrituras. O entendimento do cristianismo é baseado na sucessão da antiga e da nova Aliança, do antigo e do novo Povo de Deus. E, também, na passagem da antiga para a nova vida e na observância de uma nova Lei em vez da antiga observância. Páscoa é o tempo de renovação, de renovação que nos santifica e nos coloca mais próximos de Deus. Assim a liturgia de hoje nos pede e nos coloca diante de um novo céu e uma nova terra, uma nova Jerusalém e uma nova criação. Tudo redimido e recriado pela paixão, morte e ressurreição de Cristo!
Caros irmãos,
A Primeira Leitura(cf. At 14,21-27) nos apresenta a obra de Deus em Paulo e Barnabé. Essa leitura poderia ser considerada como uma conclusão e um relatório da primeira viagem missionária de Paulo. Na viagem de volta, visitam de novo as jovens comunidades e instituem os presbíteros. Estes sucessos desenrolam-se entre os anos 46 e 49. A primeira leitura acentua a ideia de que a missão não foi uma obra puramente humana, mas foi uma obra de Deus. No início da aventura missionária já se havia sugerido que o envio de São Paulo e de São Barnabé não era apenas iniciativa da Igreja de Antioquia, mas uma ação do Espírito (cf. At 13,2-3). Esse mesmo Espírito que acompanhou e guiou os missionários a cada passo da sua viagem. E aqui se repete que o autêntico ator da conversão dos pagãos é Deus e não os homens (cf. vers. 27). A verdadeira novidade no contexto da missão é a instituição de dirigentes ou responsáveis (“anciãos” – em grego, “presbíteros”), que aparecem aqui pela primeira vez fora da Igreja de Jerusalém. Correspondem, provavelmente, aos “conselhos de anciãos” que estavam à frente das comunidades judaicas. Por isso os que têm responsabilidades de direção ou de animação das comunidades devem ficar atentos porque a missão que lhes foi confiada não é um privilégio, mas um serviço que está subordinado à construção da própria comunidade. A comunidade não existe para servir quem preside; quem preside é que existe em função da comunidade e do serviço comunitário.
Estimados Irmãos,
O Evangelho de hoje fala do amor fraterno (cf. Jo 13,31-33a.34-35). Daquele amor que Cristo nos legou junto com a instituição da Eucaristia na cerimônia do Lava-pés.
O Evangelho fala da glorificação de Cristo. Se o Filho do homem age de modo a manifestar a glória de Deus, muito logo também Deus dará sua glória ao Filho. Qual é essa glória? A glória era a melhor coroa dos reis, seja pela riqueza que possuíam, seja pelo poder que exerciam ou ainda pelo brilho do reinado. Quando o Salmista canta o ser humano como rei da criação, coloca-o como um ser um “pouco inferior a Deus, coroado de brilho e esplendor, com poder sobre ovelhas e bois, animais selvagens, aves do céu e peixes do mar”(cf. Sl 8,6-9). Mas já o Antigo Testamento observava que essa glória, baseada na posse, no poder, no prestigio, é relativa e passageira: “Não te exasperes, quando alguém se torna rico, quando cresce a glória de sua casa. Ao morrer, nada levará consigo e sua glória não o acompanhará depois da morte(cf. Sl 49,17-18)”.
Irmãos e Irmãs,
Quando o demônio tentou Jesus no deserto pela terceira vez, ofereceu “todos os reinos do mundo com sua glória(cf. Mt 4,8)”. Isto é, o diabo ofereceu todas as riquezas, poder e prestígio e fama. A resposta de Jesus manifesta claramente que a verdadeira glória está na adoração e no serviço do Senhor(cf. Mt 4, 10). Esse ensinamento volta muitas vezes nas pregações e nos exemplos de Jesus e, sobretudo, em seu próprio exemplo. Por isso, os pobres e os marginalizados podem dar glória a Deus e serem eles mesmos glorificados, ainda que nada tenham a não ser o desprezo da sociedade.
Jesus viveu a sua paixão e morte da forma mais elevada de glorificar a Deus, porque estava cumprindo à risca a vontade do Pai. João deixa claro que toda a paixão é um caminho de glorificação do Pai, por parte de Jesus; e de Jesus, por parte do Pai. Jesus, portanto, glorifica o Pai, salvando a humanidade com sua morte na Cruz, porque era à vontade do Pai. E o Pai glorifica a fidelidade de Jesus, salvando-o da morte, fazendo-o ressurgir e assentar-se à sua direita.
Como Jesus, os discípulos devem trilhar o mesmo caminho de Jesus. A comunidade eclesial, depois da Páscoa, não tem outra glória a buscar senão a de fazer a vontade do Pai, isto é, salvar a humanidade e fazer acontecer entre nós às alegrias eternas. E essa salvação passa necessariamente pela Cruz. Cada discípulo é convidado a dar ao Pai a mesma glória que Jesus lhe deu. Não em palavras e culto apenas. Mas na doação inteira de si mesmo em benefício de outros. O caminho do Calvário não aconteceu uma única vez com uma só vitima. Repete-se em cada discípulo, que se despoja a si mesmo, assumir a condição de servo de todos, viver solidário com todos, exatamente como fez Jesus. Todas as outras glórias são vãs e passageiras.
A proposta cristã resume-se no amor. É o amor que nos distingue, que nos identifica; quem não aceita o amor, não pode ter qualquer pretensão de integrar a comunidade de Jesus. Nos dias de hoje falar de amor pode ser equívoco… A palavra “amor” é, tantas vezes, usada para definir comportamentos egoístas, interesseiros, que usam o outro, que fazem mal, que limitam horizontes, que roubam a liberdade… Mas o amor de que Jesus fala é o amor que acolhe, que se faz serviço, que respeita a dignidade e a liberdade do outro, que não discrimina nem marginaliza, que se faz dom total (até à morte) para que o outro tenha mais vida. O amor de Jesus é a face misericordiosa do Pai.
Caros irmãos,
A Segunda Leitura (cf. Ap 21,1-5a) nos apresenta a nova criação e a nova Jerusalém. A última palavra sobre a História não é a destruição, mas a restauração da pureza inicial. O mundo embriagado pelo poder e pela cobiça é representado por “Babilônia” que foi destruída(cf. Ap. 18,21-14). Mas Deus permanece conosco: Emanuel. É a nova criação, as núpcias de Deus com seu povo. Esta cidade nova, onde encontra guarida o Povo vitorioso dos “santos”, designa a Igreja, vista como comunidade escatológica, transformada e renovada pela ação salvadora e libertadora de Deus na história. Dizer que ela “desce do céu” significa dizer que se trata de uma realidade que vem de Deus e tem origem divina; ela é uma absoluta criação da graça de Deus, dom definitivo de Deus ao seu Povo. Esta nova realidade instaura, consequentemente, uma nova ordem de coisas e exige que tudo o que é velho seja transformado. O mar, símbolo e resíduo do caos primitivo e das potências hostis a Deus, desaparecerá; a velha terra, cenário da conduta pecadora do homem, vai ser transformada e recriada (vers. 1). A partir daí tudo será novo, definitivo, acabado, perfeito.
O testemunho profético de São João nos garante que não estamos destinados ao fracasso, mas sim à vida plena, ao encontro com Deus, à felicidade sem fim. Esta esperança tem de iluminar a nossa caminhada e dar-nos a coragem de enfrentar os dramas e as crises que dia a dia se nos apresentam. A Mãe Igreja de que fazemos parte tem de procurar ser um anúncio dessa comunidade escatológica, uma “noiva” bela e que caminha com amor ao encontro de Deus, o amado. Isto significa que o egoísmo, as divisões, os conflitos, as lutas pelo poder, têm de ser banidos da nossa experiência eclesial: eles são chagas que desfeiam o rosto da Igreja e a impedem de dar testemunho do mundo novo que nos espera.
Irmãos e Irmãs,
O seguimento de Jesus é o seguimento de gratuidade, de generosidade e de amor. O amor tem que ser como Cristo glorificou o Pai, um amor gratuito, que nada pede em troca a não ser a alegria de que o Pai receba essa expressão de amor como glorificação. Não é qualquer gesto caritativo que distingue o cristão nem um amor genérico, que é mais sinônimo de gosto que de entrega.
No amor ensinado por Jesus não há lugar para simpatias e antipatias, que tanto condicionam nossos gestos. A gratuidade é uma virtude rara na sociedade de hoje, tão sensível a pagamentos e recompensas. O amor é generoso e gratuito!
Onde reina o amor, as coisas não ficam como estão. Quem quebra o “status quo”é Deus. É dele que podemos esperar a total novidade. É o que sonha o autor do Apocalipse. No fim da história, ele vê um novo céu e uma nova terra. Não tem mar, moradia do Leviatã. A nova realidade tem uma aparência de uma noiva enfeitada para seu esposo: as núpcias messiânicas. É a moradia de Deus com os homens. É a nova Aliança: eles serão seu povo e ele será seu Deus. É a plenitude do Emanuel, Deus-conosco. É a consolação completa. É tudo o que se pode esperar. É a nova criação.
Quem move a missão é Deus. Missão amorosa. Pelo mandamento novo tudo renova, Cristo e os cristãos gerarão um novo céu e uma nova terra. O desfecho deste movimento deveria acontecer em cada missa: “Ao chegarem, reuniram a Igreja e puseram-se a referir tudo que Deus tinha feito por eles”. Assim devemos também nós recolher as maravilhas de Deus realizadas nos cristãos pela vivência do mandamento novo, apresentando-as como motivo de nossa ação de graças.
Amemos sem amarras, porque Cristo quebrou todas as amarras e retratos falados. Não só amemos com palavras! Coloquemos os mesmos rogos em prática. Amém!
Padre Wagner Augusto Portugal
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