quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Homilia Diária - 03.12.2022

 JESUS TEM COMPAIXÃO DO POVO Mt 9,35-10,1.6-8


HOMILIA


Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas.


No tempo de Jesus, o Serviço de Assistência Médico-Hospitalar era péssimo. Somente a classe privilegiada podia ter uma assistência médica decente. O povo sofria nas mãos de uma sociedade que em nome de Deus marginalizava os leprosos, proibia que alguém fizesse o bem para os doentes e humilhava os enfermos que buscavam a cura na sinagoga.


Eram os líderes judaicos (Sacerdotes, fariseus, partidários de Herodes e chefes da sinagoga) que faziam o povo sofrer por falta de atendimento médico, saneamento básico e uma medicina preventiva.


Jesus tem muita pena desse povo sofrido e discriminado principalmente pelos líderes religiosos, e o acolhe com grande bondade, cura os enfermos os quais O seguem, por dias inteiros, até no deserto deixando a memória de que “Jesus andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os que estavam dominados pelo diabo” (At 10,38).


Jesus identifica-se com os pobres e com os enfermos tocando nos leprosos considerados impuros pelos fariseus que se diziam puros e santos. E você? O que tem feito pelos seus irmãos enfermos? Boa pergunta. Ou é a pergunta que pode decidir o futuro da sua alma. “Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar” ; “Nunca vimos uma coisa assim”; “Toda a multidão se alegrava com as maravilhas que Jesus fazia” (Lc 13,17).


Nos tempos atuais, também a medicina progrediu bastante, mas para o atendimento dos ricos, e da classe média alta, ou seja, para aqueles que podem pagar um Plano de Saúde. Porque a classe média baixa e os pobres que não podem pagar um Plano de Saúde, tem de ser atendidos no Pronto Socorro, ou tentar sobreviver pela automedicação, ou usando ervas medicinais que, por sinal, curam melhor que os remédios alopatas com seus efeitos colaterais.


Os médicos, preocupados com a automedicação, exigem a receita médica na compra do remédio. Mas isso acaba acarretando outro tipo de “efeito colateral”, para não dizer que é uma faca de dois gumes. Porque se o pobre não tem assistência médica adequada, se não pode pagar uma consulta médica na qual obterá uma receita ou prescrição para comprar o remédio, o que ele vai fazer? Ele vai se automedicar! É claro!


Vivemos diante de uma medicina mercenária como nos tempos de Jesus. Quem pode, pode. Aqueles que não podem, como vão sobreviver?


Em nosso papel de cristãos atuantes, devemos sensibilizar todos os membros da comunidade cristã e estimular sua preocupação real e efetiva pelos doentes. Uma comunidade cristã que não conhece seus doentes, que não está a serviço deles, que não lhes dá lugar na comunidade, que não conscientiza os irmãos pobres sobre seus direitos, que não os ilumina no sentido de procurar cuidar da sua saúde e de seus filhos através de métodos de higiene, por exemplo, é uma comunidade que fez opção pelos poderosos, ao contrário de Jesus que fez sua opção pelos fracos e oprimidos.


Precisamos denunciar essas injustiças. Porque Jesus quer vida em abundância para todos. Ricos e pobres. E para se ter vida com saúde, a medicina precisa ser preventiva, e não curativa, com saneamento básico, e ensinamentos de normas de higiene para os menos esclarecidos. Porque se evitarmos a doença através da higiene, e de uma boa assistência-médica preventiva, não precisamos gastar com remédios e internações. Deixe os Planos de Saúde para aqueles que podem pagá-los.

Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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terça-feira, 29 de novembro de 2022

Homilia Diária - 02.12.2022

 JESUS CURA DOIS CEGOS - Mt 9,27-31


HOMILIA


            A narrativa deste milagre da cura dos dois cegos,  nos lança para uma série de milagres que Jesus faz e serve como que a preparação para a missão dos doze apóstolos. Aqui vemos Jesus como o iluminador ( cf Jo 1,5-9 ). E com o seu milagre se confirma a fé em seu messianismo: Jesus é da descendência de Davi ( Mt 1,1 ).


 O pequeno diálogo com os dois cegos serve para despertar e medir-lhes a fé tanto à eles como a todas  as comunidades, estimulando-as à ação missionária. Mateus faz aqui uma adaptação da narrativa da cura de dois cegos em Jericó (Mt 20,29-34), quando Jesus se aproximava de Jerusalém. O grito dos cegos, “Senhor, filho de Davi…”, significa que eles consideravam Jesus como um messias poderoso, um novo Davi, nisto consistindo sua cegueira. Contudo, eles querem ver e entender melhor. Conforme a leitura de Isaías, feita por Jesus na sinagoga de Nazaré (Lc 4,18), a missão libertadora profética implicava restituir aos cegos a visão. Por outro lado vemos a servera ordem de Jesus que quer impedir o fatal mal-entendido de ver n’Ele apenas um curandeiro, um fazedor de coisas espantosas conforme a tendência popular.. A fé em Jesus e a acolhida de sua Palavra nos iluminam a fim de que compreendamos verdadeiramente sua missão libertadora, na revelação do amor pleno e misericordioso de Deus.


Somos todos cegos e para sermos curados, devemos reconhecer Jesus e almejar a sua luz. Ter a humildade de pôr-se na estrada e suplicar ao Senhor que passa. «Jesus Filho de Davi tem compaixão de nós ». Ele não entra em nós sem a nossa permissão: espera que lhe abraços as partas dando-lhe livre acesso. Abramos-lhe senão for uma porta ao menos um orifício para que entrando, nos possa curar a cegueira da nossa vida.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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Homilia Diária - 01.12.2022

 QUEM ENTRARÁ NO REINO? Mt 7,21.24-27


HOMILIA

Para responder à esta pergunta, Jesus no Evangelho escrito por Mateus nos propõe construção de um edifício. Só que embora todos construam é necessário saber construir. Como em outra passagem, na qual Jesus pedia que o construtor antes de começar a sua obra avaliasse as despesas, aqui Ele nos ensina a avaliar primeiro o terreno e depois abrir valas para assentar o alicerce.  Só então se erguerão as paredes e a construção será firme. Caso contrário ela se desmoronará por qualquer vento. A passagem de hoje, é a conclusão do sermão da montanha. A idéia fundamental é um convite a viver prudentemente Pr 10,25;12,37, para poder entrar no reino os céus. Não é suficiente crer que Jesus é o Senhor, mas é necessário cumprir a vontade do Pai pronto em pratica, cumprindo a sua lei. Embora a nossa fé se funde na Palavra de Deus, a fidelidade a ela exige de nós que a transformemos em acções concretas na nossa vida, fazendo-a e letra viva e não morta. Deus é a rocha firme, fundamento sobre o qual devemos construir a nossa casa. Assim como Deus é caridade, misericórdia, piedade, amor, justiça, paz assim devemos ser nós. Sem este fundamento, vida interior alimentada pela Palavra de Deus, não se poder construir, alías sem a vivência dela toda a vida é estéril. E o verbalismo religioso, individual, comunitário ou litúrgico, torna-se piedosa ilusão. Será pura validade como nos ensina Cohelete. Vaidade das vaidades é tudo vaidade. É correr atrás do vento.

Como acabamos de ouvir, os evangelhos são insistentes em afirmar que o essencial da fé é fazer a vontade de Deus, conforme o testemunho de Jesus. Lemos a parábola dos dois homens, um sensato que constrói a casa sobre a rocha, e outro sem juízo que constrói sobre a areia; o primeiro é o que põe em prática as palavras de Jesus e o segundo apenas as ouve e omite a sua prática. Em outras passagens Jesus afirma que sua família é formada por todos aqueles que fazem a vontade de Deus, e que entra em comunhão com ele todo aquele que se solidariza com os pobres e excluídos, famintos, sedentos, migrantes, nus, doentes, encarcerados. No evangelho de João, Jesus afirma que se alguém o ama e põe em prática a sua Palavra, ele e o Pai farão nele sua morada, o que significa a participação, já, na vida divina e eterna. E a vontade de Deus é que todos tenham vida plenamente, participando e usufruindo de todos os bens da criação, eliminando-se as barreiras entre os privilegiados e os excluídos.

Portanto, construamos a nossa casa sobre a rocha firme: Jesus afim de que ela possa crescer e se fortificar. Aprendamos com Ele observância e vivência da Palavra e da vontade do nosso Pai que está no Céu onde com Ele haveremos de reinar pelos séculos dos séculos. Amém!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Homilia Diária - 30.11.2022

 A graça de cooperarmos com Deus


HOMILIA


‘Ano da Fé’ é tempo de estreitarmos os nossos laços de amizade com Jesus: «Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando» (Jo 13,14). E, como sabemos, o que difere o amigo de um simples servo executor de tarefa será sempre o conhecimento de causa.


Mas como, então, chegar a este nível de relacionamento, no qual a obediência passa a ser expressão de amor cheio de fé? O Evangelho de Mt 4,18-22 aponta-nos uma via segura, trilhada pelos primeiros escolhidos da Nova e Eterna Aliança.


No contexto da perícope citada, Jesus já havia iniciado o Seu ministério na Galileia, anunciando a proximidade do Reino dos Céus (cf. Mt 4,17), quando lança um olhar de eleição e conhecimento sobre a realidade de quem Ele queria compartilhando o Seu destino de vida e missão: «Jesus viu os dois irmãos: Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,18-19). Assim, o evangelista apresenta-nos diversos passos que podem ser traduzidos pelos verbos: ver, seguir e fazer.


Diferentemente dos mestres judeus que eram procurados pela cultura e santidade que apresentavam, o Sábio e Santo Jesus é quem toma a iniciativa de procurar as ovelhas para transformá-las em pastores e apóstolos, n’Ele o Pastor Eterno e Apóstolo do Pai.


Jesus, em tudo, comunicou o movimento da Trindade-Amor em relação à humanidade: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o Seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados» (1Jo 4,10). Por isso Ele, sem merecermos, nos dirige a Sua Palavra chamando, porque ama e, amando, porque chama: «Segui-me».


Estas palavras dirigidas aos primeiros continuam a penetrar a história da humanidade e os corações que se deixam conquistar por tão grande proximidade: «Tu me seduziste Senhor, e eu me deixei seduzir! Foste mais forte do que eu e me subjugaste» (Jr 20,7). Amor rico em promessas: «… eu farei de vós». Assim, no pessoal – «eu»- , Ele aceita bondosamente capacitar aqueles que são olhados e chamados.


Mas com que finalidade? Resposta: para participarmos do cumprimento das promessas de Deus novas e antigas: «Mas agora mando numerosos pescadores – oráculo do Senhor – para pescá-los. Meus olhos acompanham todo o seu caminhar» (Jr 16,16-17). Nas palavras neotestamentárias: «pescadores de homens».


Grande graça é podermos, como povo batizado, participarmos do comum dom e dever do apostolado, o qual tem uma origem divina como é próprio do mistério da Igreja Apostólica, assim ensina o Magistério oficial: «Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, por meio dos sucessores de Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é “enviada” a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. “A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado”. E chamamos “apostolado” a “toda a atividade do Corpo Místico” tendente a “alargar o reino de Cristo à terra inteira”» (Catecismo da Igreja Católica, nº 863).


Por isso, os esforços para uma Nova Evangelização e Missões “ad Gentes” (aos povos distantes), não poderão cessar para a Igreja de Cristo. Contemos com o auxílio de todos os santos e santas que seguem como modelos autênticos de resposta correta e coerente às escolhas de Deus e nossos familiares (cf. CIC, nº 959). Eles (santos) seguem triunfantes no estado da Igreja Celeste como eficazes intercessores para uma milagrosa pescaria, a cada dia primada na qualidade.


Os homens e mulheres do nosso tempo precisam encontrar em nosso olhar, em nossas palavras e ações o reflexo d’Aquele Divino Pescador que, um dia, também nos chamou e nunca cessa de recordar-nos tão grande e imerecido dom do Espírito Santo.


Fonte Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção NovaFonte https://www.paulus.com.br/

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Homilia Diária - 29.11.2022

 FELIZES OS QUE VEEM! Lc 10,21-24


HOMILIA

A alegria é uma característica de todo cristão porque primeiro foi de Cristo, é dom do Espírito Santo para todo batizado, é o que os primeiros cristãos possuíam (cf At 2, 46) e todos nós devemos ter. Mas, porque Jesus exultou de alegria naquele momento? Porque viu os planos do Pai se concretizando de uma maneira que é bem característica da Santíssima Trindade. Jesus reconhece, exulta de alegria vendo a humanidade mais uma vez participar das grandezas divinas. Nosso Senhor glorifica seu Pai porque Ele não escolheu os “sábios e entendidos” para serem os primeiros discípulos do Mestre, mas os pequeninos: povo sem estudo, sem muito entendimento, que não era capaz de muita coisa.

Creio que Jesus, em sua humanidade, tenha se desanimado um pouco ao olhar para aqueles 72 discípulos e ver a realidade. Tinha sido Ele mesmo que os havia escolhido por desígnio do Pai, mas Ele aconselha-os a rezarem ao Senhor pedindo mais operários para a messe (cf. Lc 10,2) pois aqueles não pareciam suficientes. Jesus reconhece que seus discípulos são ovelhinhas perto dos lobos astutos e inteligentes, mas envia-os acreditando que esses mesmos lobos darão a eles o sustento do dia de modo que nem precisam levar bolsas (cf. Lc 10,3-7), pois serão portadores da paz.

Apesar de toda a fé perfeita própria da divindade de Jesus, é difícil para a sua humanidade entender que essa gente com pouca instrução “dará conta do recado”.

Os 72 discípulos voltam alegres dizendo que até os demônios se submeteram a eles pelo nome de Jesus. Parece incrível, não? É como a profecia de Isaías na qual é prometida a harmonia entre lobo e cordeiro, pantera e cabrito, touro e leão, vaca e urso, criança e víbora. Tudo isso será possível porque sobre o nosso Salvador repousa o Espírito Santo com todos os seus dons e porque Ele não julga pelas aparências nem pelo ouvir dizer, mas com retidão e justiça. (cf. Is 11,1-8)

Esta é uma grande lição para todos aqueles que ficam tardando para dar uma resposta ao Senhor porque se acham incapazes, fracos, pequenos. Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo. Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o Reino. “Felizes os olhos que veem o que vós vedes!” Quando nos dispomos a divulgar o Reino dos Céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior. O Pai se dá a conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus, mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a felicidade tão almejada.

Pensar assim seria ter um olhar puramente humano que não leva em consideração a misericórdia de Deus e seu poder soberano. Afinal, todas as coisas foram entregues à Jesus pelo Pai e Ele as dá a quem lhe apraz e quando lhe aprouver.

O que vale para Ele não são a inteligência e sabedoria humanas, mas o conhecimento de Deus, e “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar” (Lc 10,22). Ditosas são as nossas almas quando acreditamos na misericórdia e bondade do Senhor, mesmo que nossos olhos carnais não o tenham visto.

Obrigado, Pai, por nos conceder a oportunidade de Te conhecer mais profundamente. Obrigado, Jesus, por nos apresentar o Pai, e nos aceitar como irmãos teus, a medida que agimos como Tu nos ensinastes. Obrigado, Espírito Santo, por nos santificar, dando-nos coragem para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, e dando-nos paciência para esperar o momento de Deus para aquilo que não podemos mudar. E que na hora certa nos fazes ouvir as palavras do Mestre: Felizes são as pessoas que podem ver o que vocês estão vendo! Jesus, Caminho, Verdade e Vida, Aquele que nos revela o Pai, dá-me um coração puro para acolhê-lo e reconhecê-lo nos momentos diversos de minha vida com a ajuda de Tua Graça.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Homilia Diária - 28.11.2022

 A Palavra de Jesus é sempre eficaz


HOMILIA


Os santos são homens e mulheres que se deixaram conduzir pela Palavra e pelo Espírito de Deus e, por isso, alcançaram a santidade. Celebramos hoje a memória de São Francisco Xavier.


O Evangelho de hoje é o de Mt 8,5-11. Estamos diante da narrativa do milagre que também aparece nos Evangelhos de Lucas e de João com diferenças sensíveis entre si.


O milagre em favor de um pagão, excluído do povo de Deus, é prova de uma fé que não havia sido mostrada em Israel. Assim, Jesus o apresenta como um membro do novo povo de Deus que não mais será formado por aqueles que pertencem a uma raça (a de Abraão), mas por aqueles que têm fé como Abraão: “Em verdade vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”.


Por isso, cabe dizer que o conteúdo principal da mensagem de Jesus, neste Evangelho, é a grande manifestação de fé de um gentio e a cura à distância, sem o toque direto d’Ele. A fé do gentio contrasta com a incredulidade dos israelitas. Com esta cura à distância, fica destacada a eficácia da Palavra de Jesus.


Além deste episódio com o centurião, a cura à distância acontece apenas com outra pagã: a mulher cananeia. Assim, é fortalecida a fé dos discípulos nas comunidades, em todo o mundo, que darão continuidade ao ministério de Jesus, sem a sua presença sensível.


Com Jesus, todos os povos de todos os tempos têm seu lugar à mesa de Deus, em comunhão com sua vida divina e eterna. Trata-se, portanto, de uma refeição, um banquete aberto para todos os povos, nações, línguas, tribos e raças desde que tenham como elemento fundamental a fé na Palavra do Filho do Homem: “Senhor … dizei somente uma ‘Palavra’ o meu criado ficará curado”.


Foi a partir da fé deste centurião que, hoje – antes de comungarmos -, professamos a nossa fé no Corpo e no Sangue de Jesus presentes na hóstia e no vinho consagrados: “Senhor, eu não sou digno de entreis em minha morada, mas dizei somente uma palavra e serei salvo”.


É comungando o Corpo e o Sangue de Jesus que o homem e a mulher se tornam fortes e comprometidos com a missão de anunciá-Lo aos seus irmãos. E, dentre estes homens ilustres, a Santa Mãe Igreja nos faz, hoje, meditar nas qualidades de São Francisco Xavier. Homem de uma fé verdadeira e sincera, o maior missionário dos nossos tempos. Com a garra de um verdadeiro “facho ardente”, São Francisco Xavier levou o Evangelho de Cristo para junto das culturas orientais, adaptando-as ao seu modo de compreender a Palavra da Salvação.


Que São Francisco Xavier nos inspire o seu jeito certo de hoje evangelizar, tal como ele se inspirou em Cristo nosso Senhor.


Fonte Padre Bantu Mendonça

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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Homilia Diária - 27.11.2022

 Sejamos vigilantes com a nossa vida e com nossas atitudes


HOMILIA


Sejamos vigilantes com a nossa vida, com os nossos atos e com as nossas atitudes. Se o Senhor viesse agora ou se tivéssemos que ir agora ao encontro d’Ele, nós estaríamos preparados?


“Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor” (Mateus 24, 42).


Nós vamos à etapa final do Evangelho de Mateus, no qual Jesus começa o Seu sermão escatológico, mostrando-nos as realidades finais da vida humana e da vida de cada um de nós [na Terra]. O primeiro elemento fundamental  – o mais importante para compreendermos o pensamento de Jesus em relação às coisas finais – se chama “vigilância”. Vigilância quer dizer justamente isto: estarmos em estado de alerta, estarmos realmente vigilantes ao cuidarmos da nossa vida e não vivermos uma vida dissoluta, de qualquer jeito, como se tivéssemos uma eternidade para viver aqui na Terra.


Viver em estado de vigilância, estando em estado de alerta,  é sabermos que, a qualquer hora, nós podemos ir ao encontro do Senhor ou Ele vir ao nosso encontro. De modo que, se o Senhor chegar de manhã, se Ele chegar à tarde, se Ele chegar à noite ou na madrugada, nós estejamos realmente com o coração preparado.


Se o Senhor viesse agora ou se tivéssemos que ir agora ao encontro de Deus, nós estaríamos preparados? A espiritualidade da vigilância nos chama à atenção para nos dizer que, no Reino de Deus, não dá para improvisar. Muitas vezes, nós estamos muito acostumados com o improviso: na última hora resolvemos e organizamos a nossa vida, nos confessamos, assim por diante. A cada dia de nossa vida a vigilância se faz necessária! A vigilância com a nossa vida, com os nossos atos e com as nossas atitudes. Nós temos que estar, a cada dia, certos de que o Senhor virá, de que a Sua vinda ao nosso encontro é tão certa como o sol que nasce a cada dia.


Nenhum de nós sabe o momento e a hora em que iremos partir desta vida. A única certeza que temos é a de que nós iremos! E saber o dia em que isso acontecerá não deve ser uma preocupação para nós. A nossa preocupação deve ser a de sabermos nos cuidar e nos preparar a cada dia, vivendo a vigilância e o cuidado constantes na certeza de que o Senhor vem e de que nós vamos ao Seu encontro.


Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Homilia Diária - 26.11.2022

 VIGIAI E ORAI Lc 21,34-36


HOMILIA


Esta exortação à vigilância encerra o discurso escatológico, iniciado com a fala de Jesus sobre a ruína do templo. Os discípulos, comprometidos com a libertação dos oprimidos e a restauração da dignidade humana, devem estar atentos para não se deixarem seduzir pelas propagandas e pelos projetos de sucesso oferecidos pelo sistema sob controle dos poderosos, que escravizam o povo.


Alguns dos seus discípulos estavam comentando como o templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus. Mas Jesus disse: Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas. Mestre, perguntaram eles, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que elas estão prestes a acontecer? Ele respondeu: Cuidado para não serem enganados. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E o tempo está próximo. Não os sigam. Quando ouvirem falar de guerras e rebeliões, não tenham medo. É necessário que primeiro aconteçam essas coisas, mas o fim não virá imediatamente. Então lhes disse: Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares, e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu.


Temos como objetivo fazer uma coisa muito gloriosa, que é anunciar o Evangelho do Reino de Deus por todo mundo. Há uma convicção muito clara em nosso coração de que Deus se agrada disso e nos capacita como instrumento, como um canal para honrar, glorificar e exaltar cada vez mais o nome do SENHOR. E temos também a convicção de que o SENHOR tem permitido que este trabalho se realize para que almas perdidas venham a ser resgatadas e levadas ao caminho certo que são os passos do SENHOR JESUS CRISTO. Muitos estão perdidos, preocupados com as coisas desse mundo, estão cegos, não conhecem a Palavra, mas Deus nos chamou para sermos LUZ. Deixe Deus te usar, Ele anseia por isso! Que você seja canal de benção para as pessoas. Vigiai e orai em todo o tempo para que não caia nas ciladas do vosso adversário, ficai firme, fortaleça o vosso coração no Senhor, porque Dele procede todas as coisas. Ele te ama e quer te usar.


Vigiai. A atitude que Jesus espera de cada cristão com relação à sua vinda não é outra senão a vigilância. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai (Mc.13:37). Estar vigilante é estar atento, é estar prestando atenção a todos os acontecimentos, a tudo que ocorre à sua volta, buscando ver nisto os sinais da proximidade da vinda de Jesus.


Apesar da exortação do próprio Senhor ser no sentido de o crente ter de vigiar durante todo o tempo, tem sido uma constante, na história da Igreja, movimentos que têm posto em segundo plano, quando não em último plano, a promessa da vinda de Jesus. Seja por meio da retirada total do tema do discurso eclesiástico, seja através de decepções com as falsas profecias de designação de datas para o tão aguardado retorno, muitos crentes têm negligenciado e deixado de esperar Jesus. Uma vida cristã sem esta esperança é uma vida sem alento, sem perspectiva da eternidade, uma vida que passa a ser perigosamente envolvida com as coisas deste mundo e que tem grande probabilidade de ser sufocada por estas mesmas coisas, como ocorreu com a semente que brotou entre os espinhos (Mt.13:22).


Os sinais da vinda do Senhor estão se cumprindo. Tudo indica que o retorno de Jesus é iminente. Esforcemo-nos, portanto, para que sejamos vigilantes, tenhamos uma vida de oração, de santidade, cheia do Espírito Santo, com o verdadeiro e genuíno amor divino em nossos corações e com absoluta fidelidade e lealdade ao Senhor. Não nos deixemos perturbar pelas falsas profecias, pelos que, mesmo entre nós, comecem a esmorecer e a desacreditar da volta do Senhor, passando a buscar as coisas desta vida, mesmo em nome de sua religiosidade, mesmo em nome de Cristo. Nunca percamos de vista que a razão de ser da nossa fé é a vida eterna, é o convívio para sempre com Nosso Senhor nas mansões celestiais. Vigiemos e, juntamente com o Espírito Santo, que nosso profundo desejo da alma seja dizer: “Ora vem Senhor Jesus!”

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Homilia Diária - 25.11.2022

 JESUS E A PARÁBOLA DA FIGUEIRA Lc 21,29-33


HOMILIA

Esta parábola da figueira encerra o “discurso escatológico” que encontramos nos três Evangelhos sinóticos, seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. Depois da descrição da violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada.

O escatológico-apocalíptico, que é a expectativa de um fim glorioso para Israel, tem sua origem na tradição do Dia de Javé, o dia da vingança sobre os seus inimigos e de glória e poder para o povo eleito. Os discípulos originários do judaísmo, com sua visão messiânico-escatológica ainda não compreendiam as palavras de Jesus. Jesus os adverte: Vós, do mesmo modo… ficai sabendo…É fundamental que fiquemos atentos para não sermos surpreendidos.

Os cristãos são admoestados a se manterem em contínuo estado de vigilância em relação à história, uma vez que ela está sendo fermentada pelas realidades escatológicas. Urge, pois, perceber como nela se manifestam os sinais do fim.

A mensagem de Jesus nada tem a ver com os apocalipses da época, reservados a um grupo restrito de iniciados. Jesus ensina publicamente, sem a preocupação de selecionar seus ouvintes. Embora só os discípulos o compreendam, sua doutrina deve ser anunciada a todos os povos. Basta abrir-se para Ele, para entender o conteúdo de seus ensinamentos.

A tensão que se estabelece é a tensão da esperança. A esperança é o desejo ardente de realizar, hoje, a vontade de Deus. O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite à participar do banquete da Vida.

A figueira e as demais árvores foram empregadas para ilustrar a parábola da escatologia. Vendo-as frutificar, é possível afirmar, sem perigo de engano, que o verão se aproxima. Igualmente, pode-se declarar que algo de novo estará acontecendo na história, quando a morte ceder lugar à vida, a escravidão abrir espaço para a liberdade, a injustiça for sobrepujada pela justiça, o ódio e a inimizade forem vencidos pelo amor e pela reconciliação.

Este germinar de esperança é um sinal evidente da presença do Filho do Homem, fazendo a escatologia acontecer. Chegará um tempo de plenitude. Este, porém, está sendo preparado pela aproximação paulatina daquilo que todos esperamos.

Pai, reforça a sinceridade de minha fé nas palavras de teu Filho Jesus, pois nele o teu Reino se faz presente na nossa história, realizando, assim, tua promessa de salvação.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Homilia Diária - 24.11.2022

 JESUS FALA DA DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM Lc 21,20-28


HOMILIA


Estamos vivendo o tempo que precede o Advento, tempo de espera e arrependimento. Ocasião propicia para que estejamos conscientes das nossas ações e atentos ao que podem significar as coisas que acontecem ao nosso redor. Jesus nos adverte dos fenômenos que acontecerão no mundo e com as pessoas antes da Sua vinda gloriosa. Se prestarmos atenção, muitos sinais já se fazem notar hoje, no mundo. A maioria das pessoas se apavora quando ouve falar desses prognósticos, porém, os que têm a percepção dos ensinamentos evangélicos, compreendem que as palavras de Jesus vêm nos edificar e nos ajudam a manter a esperança na nossa libertação.


O mundo à nossa volta se angustia e sofre. Muitas pessoas passam por dificuldades e se sentem perdidas, no entanto, isto é prenúncio de libertação. Jesus mesmo nos esclarece quando diz: “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Jesus já veio como homem e chegou para nós por meio do seio de Maria, se entregou por nós, foi crucificado, morto e ressuscitado para a nossa Salvação. Não podemos mudar os prognósticos de Jesus, todos esses fatos já estão acontecendo. Porém, o que nós podemos fazer é assumir o nosso posto de guardiões da fé sem temor, na certeza de que o tempo da libertação se aproxima e deixando que a manifestação da vida de Jesus aconteça no nosso coração primeiro.


Expressão retomada por todos os Evangelhos Sinóticos numa retomada da profecia de Daniel 9,27 sobre as 70 Semanas. Cremos que este mundo, conforme a profecia de Jesus está caminhando para o fim? O que Jesus fala sobre o fim dos tempos, o dia do julgamento e a destruição de Jerusalém não era novidade para os judeus. Jesus alerta sim para a iminência da destruição de Jerusalém pela rejeição do Evangelho. Segundo o historiador Josefo mais de um milhão de pessoas morreram quando os romanos destruíram Jerusalém com seu templo no ano 70. A ruína de Jerusalém deveu-se à sua indiferença diante da visita de Deus, na pessoa do Senhor Jesus Cristo (Lc 19,44).


A abominação é o termo específico para condenar os ídolos, como também a profanação e a apostasia que eles trazem consigo. Por isso, Jesus fala também do julgamento do fim do mundo. Só a cegueira espiritual nos pode impedir de reconhecer os claros sinais que anunciam o dia do julgamento para os que recusam a palavra de Deus a respeito da graça e da salvação. S.Cipriano e S. Agostinho afirmam que neste dia final não se salvarão os que carecem de fé, embora permaneçam na comunidade dos fiéis e participem dos sacramentos. Aliás, a palavra desolação, segundo a etimologia da palavra grega, significa tornar um deserto, vazio da vida de Deus.


Jesus tinha dito aos discípulos o que lhes custaria segui-lo. E prometeu que jamais os deixaria sozinhos, mesmo no tempo de tribulação. Os santos e mártires que foram submetidos aos tormentos e à morte fizeram da prisão um templo de oração e acesso para o trono da glória de Deus. Eles reconheceram a presença salvadora de Jesus em suas vidas em todas as circunstâncias. O discípulo que seguia Jesus podia perder sua vida corporal, mas não sua alma.


O maior dom que nos é dado é o de nossa redenção e de adoção como filhos de Deus. Jesus nos redimiu da escravidão do pecado, do medo da morte e da destruição final. Somos gratos porque nossa esperança está no céu e na promessa que Jesus retornará para estabelecer seu reino de paz e de justiça. Sua segunda vinda será marcada por sinais que todos reconhecerão. Seu julgamento é um sinal de esperança para os que confiaram nele.


Qual é a percepção que você tem das palavras de Jesus? Você se atemoriza quando ouve falar desses acontecimentos? As coisas que você vê acontecer no mundo, hoje, já confirmam isto? – Jesus já veio para você?


Senhor, enchei meu coração de gratidão pelo dom da redenção e aumentai minha esperança em vosso retorno na glória. Que aquele dia me traga alegria e paz. Ajudai-me a servir-vos fielmente, e que eu faça o melhor uso de meu tempo agora à luz do tempo que virá!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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domingo, 20 de novembro de 2022

Homiia Diária - 23.11.2022

 PERSEGUIÇÕES E SOFRIMENTOS Lc 21,12-19


HOMILIA


Jesus Cristo, o Filho de Deus, Aquele no qual nós cremos e seguimos, disse muito claramente e de várias maneiras que aqueles que o seguirem serão perseguidos. Atenção, não que eles podem ser perseguidos, mas que o serão decerto. Eis algumas das suas palavras a tal propósito: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5,11-12)


A perseguição e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais premonitórios do fim. O testemunho de seu Nome atrairia de tal forma a ira dos inimigos que estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra os seguidores do Mestre. Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na sinagoga, morte e ódio era o que lhes aguardava. Até mesmo, a perseguição por parte dos próprios familiares. Tudo isso por causa da fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar neles a chama da perseverança. Tarefa desafiadora! Não obstante isso, nos momentos mais difíceis os discípulos receberiam a ajuda divina, de forma que não precisariam preparar a própria defesa. Receberiam, também, uma sabedoria tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus adversários. Além da perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. “Nem um só cabelo cairá de vossa cabeça” – garante Jesus ao grupo dos discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de contas, é do Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai os protege, preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus tem nas mãos a vida dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de livrá-los do mal.


Os verdadeiros cristãos sempre foram perseguidos em qualquer época e lugar que tenham vivido. Algumas vezes a perseguição será mais forte outras vezes menos forte, mas a perseguição haverá sempre.


Meu irmão, minha irmã, no meio das perseguições permaneça firme na fé não negando o Senhor, sabendo que, como disse o Senhor Jesus, com a vossa perseverança ganhareis as vossas almas (cfr. Lucas 21,19). Lembrai-vos destas palavras de Paulo: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há-de ser revelada” (Rom. 8,18), e também destas: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas” (2 Cor. 4,17-18). Estas palavras são de grande consolação, pois fazem perceber como após o sofrimento, a nós, cristãos, nos espera a glória, uma eterna glória, diante da qual os sofrimentos são coisa pouca. Certo, o sofrimento, justamente porque é um sofrimento, faz-nos sofrer de várias maneiras, mas, aliás, é justo que nós soframos porque também Jesus Cristo sofreu muito por nós. Por que não haveríamos nós de sofrer por amor do seu Nome? E, além disso, as aflições cooperam para o nosso bem porque, como diz Paulo, produzem em nós paciência (cfr. Rom. 5,3) e a paciência cumpre perfeitamente a obra de Deus em nós (cfr. Tiago 1,2-4). Portanto, não murmuremos contra Deus no meio das aflições, mas oremos encomendando as nossas almas ao fiel Criador, fazendo o bem (cfr. Tiago 5,13 e 1 Ped. 4:19).


Não desanimeis, portanto, é normal, justo e útil aquilo que vos sucede. Alegrai-vos de serdes julgados dignos de ser menosprezados e perseguidos pelo Nome de Jesus.


Pai, dá-me uma fé profunda que me possibilite perseverar nos momentos de dificuldade, sem abrir mão da tarefa que recebi: levar adiante o projeto de Jesus.

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sábado, 19 de novembro de 2022

Homilia Diária - 22.11.2022

 NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA Lc 21,5-11


HOMILIA


Em meio ao barulho do povo no templo, alguns admiram a magnificência da construção. O templo, reconstruído depois do exílio, parece que foi realmente modesto se comparado com o primeiro, construído por Salomão. Contudo, para a época de Jesus, aquele modesto templo do pós-exílio era outra coisa totalmente diferente.


Herodes o Grande, com mania de grandeza por natureza, buscando reconciliar-se com os judeus, havia-se encarregado de remodelá-lo, com ampliações e com soluções que ainda surpreendem a engenharia moderna. Isto para entender por que os visitantes se maravilhavam tanto com aquela obra. Exceto a magnificência do edifício e a pompa da obra como tal, sabemos que o templo significava tudo para Israel, não somente por sua convicção de que era o lugar da Presença, lugar onde habitava o Nome de Deus ou sua Glória (Ezequiel 43, 4), mas porque, como estrutura institucional, determinava todos os destinos políticos, econômicos, sociais e religiosos da nação.


Consideremos só o religioso: o templo, como habitação do Nome, do lugar específico do Santo dos Santos irradiava sua santidade para os demais lugares do templo: primeiramente para o que estava mais perto do lugar da Santidade: o altar, em seguida as casas e o pátio dos sacerdotes de Israel, depois as casas e os pátios dos levitas, pátio dos israelitas legalmente puros, pátio dos impuros, pátio das israelitas e das crianças, pátio dos estrangeiros, palácios próximos, o resto da cidade, o país e o mundo; de modo que a santidade se deduzia pela proximidade ou distância do lugar da Santidade divina. Nessa medida, o templo era a réplica em miniatura da sociedade israelita estratificada por razões sociais, econômicas e contraditoriamente, por razões religiosas.


Aqueles que observam a maravilha arquitetônica não estão em condições de pôr em questão tudo o que há por trás daquela estrutura de pedra; unicamente Jesus, que como já vimos se orienta por outros critérios, com outros parâmetros, é capaz de questionar e até se atreve a predizer sua destruição: o da ruína material pôde tê-lo dito pela simples constatação histórica porque já havia ocorrido em 587, mas também porque era um fato que os detentores do poder procuravam arruinar as construções religiosas dos súditos para submetê-los com maior crueza. Destruindo os templos, saqueando-os e, especialmente, retirando deles as estátuas das divindades e demais símbolos religiosos, os invasores davam por submetidos também os deuses dos povos conquistados, e estes tinham a obrigação de submeter-se à religião do conquistador.


Já o templo de Jerusalém tinha sido saqueado pelos babilônios, pelos gregos, e faltavam os romanos, mas não tardariam. Contudo, a realidade da destruição do templo Lucas já a devia conhecer e aproveita aquela imagem para pô-la na boca de Jesus como profecia e como introdução a seu discurso escatológico que se abre precisamente aqui a propósito das palavras de uns aterrorizados fiéis diante daquela fortíssima construção.


Não é necessário, portanto, insistir se Jesus predisse a destruição de Jerusalém e seu templo em termos literais. O mais importante é que com a clareza de uma consciência totalmente liberta e desprovida da alienação religiosa, própria de seu tempo, Jesus manifesta sua mais profunda convicção e fé na queda de todo o sistema montado ao redor do templo como estrutura geradora de injustiça institucional. Não seria algo pacífico nem fácil, com a mesma violência e injustiça com que se tinha levantado tudo aquilo, seria derrubado também. Não porque Deus interviesse para que as coisas assim acontecessem, senão como uma espécie de lei da vida.


Pai, teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha segurança.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Homilia Diária - 21.11.2022

 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA Mt 12,46-50


HOMILIA


Tem coisa melhor no mundo que chegar em casa e ter alguém te esperando? Alguém preocupado contigo, perguntando sobre o teu dia, tuas dificuldades, tuas perdas e tuas vitórias? Alguém sempre disposto, com um ombro amigo, pronto para te ouvir, te abraçar? Se existem estas pessoas elas são a tua família: pai, mãe, irmão, avô, avó, sobrinhos, filhos, netos. Sem dúvida essas pessoas são importantíssimas na tua vida por “N” razões diferentes. Mas pode ter certeza que, todas são importantes para você, sem exceção.


Você se engana quando se acha forte o suficiente para lutar contra os seus problemas, matando um leão por dia nessa selva de pedras. E que selva! Dificuldades, sentimentalismo, angústias, medos; enfim, a vida nos traz problemas e/ou dificuldades, mesmo sendo bela! A família não foi criada para recreação ou por engano; mas exerce uma influência decisiva na formação do indivíduo. Os ataques à família têm um objetivo único: destruir o ser humano.


Uma família que não vive sua responsabilidade deixa muito a desejar e contribui para a banalização do conceito família e se torna responsável pela morte de muitas crianças, adolescentes e jovens. Ela é culpada pelos assaltos e criminalidade nas casas, nas ruas, nas escolas e em todos os ambientes.


O educador Brasileiro, Paulo Freire, dizia o seguinte: “A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade”. E para que a sociedade seja o lugar de todos, onde cada um se sinta livre e por isso responsável do que acontece à sua volta é fundamental revermos o conceito que temos de família.


A família é mesmo um porto seguro. Quando mais precisas, sempre estão solícitos em ajudá-lo. Porém, nem sempre encontramos a solução de nossos problemas dentro de nós mesmos ou dentro de nossos familiares.


Mesmo sendo possível fazermos algumas escolhas para nortear nossas vidas, devemos nos lembrar que, quando menos esperamos, haverá sempre uma pedra no meio do caminho. De repente, teus amigos não são mais amigos, algumas pessoas que você ama se foram e, você tem a família para te ajudar. Aí, nossos familiares e verdadeiros amigos fazem a diferença, abrindo os nossos olhos, nos mostrando que precisamos de ajuda externa, afinal, de certos problemas, a melhor coisa a se fazer é procurar um profissional dessa área. E o profissional da área em que precisa de ajuda é Jesus de Nazaré, o Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Ele nos convida a sermos seus irmãos e irmãs. É verdade que alguns têm preconceito de procurar ajuda “neste profissional”, pois pensam que é tempo jogado fora, outros, por acharem que religião é coisa de loucos, de fracassados. Mas eu te digo que quem pensa dessa forma, está completamente enganado! Nesse mundo que vivemos, somos bombardeados diariamente por problemas, dúvidas, incertezas e coisas semelhantes, Jesus se apresenta como nosso irmão, para nos indicar o verdadeiro caminho que nos conduz ao chefe da família: Deus nosso Pai. Recorda-nos que a família carnal é a célula do grande tecido da família universal dos filhos de Deus, tendo assim sua vocação na superação dos limites de suas tradições e de suas posses, empenhando-se no resgate da vida e da dignidade humana neste mundo. E consequentemente ela é a prefiguração da família eterna lá no céu.


Pai reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és Tu e que a nossa casa é lá onde, com Jesus, nosso irmão e o Espírito Santo viveis e reinais pelos séculos sem fim.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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